Pallet ✪ 19:23

Pidgey demorou alguns momentos para seguir seu treinador novo, a testa um pouco franzida de desgosto antes dele simplesmente murmurar e esvoaçar atrás da dupla problemática. Ele nem sequer conseguiu terminar seu banho!

Assim, os três seguiram pelas ruas sem muitos problemas. A senhorita Daisy era bem conhecida na cidade e, por isso, mesmo de noite, não foi nenhum problema chegar até sua casa: uma casinha simples, de telhado de telha vermelhas e paredes coloridas de uma tom azul bebê. Havia um quintal na frente, de onde inúmeras flores de todos os tipos ornamentavam a entrada, às vezes chegando a crescer até mesmo grudadas ao muro. O portão de metal negro estava entreaberto e a lâmpada da frente iluminava fracamente o caminho. Não havia sinal de campainha ali.

O que Brandon fará agora?

Pallet ✪ 19:23

Brandon era uma pessoa normal. Deveras normal. Tipo, tão normal que se sentiria deslocado em uma história de aventura...claro, se a sua vida fosse uma história contada através de algum rpg forum aleatório. Como não era e ele era só uma pessoa normal, ele decidiu bater na porta e esperar uma resposta.

Atravessar o portão foi fácil, visto que ele estava entreaberto; quase que convidativo. Seguir pelo caminho a luz da lâmpada amarelada e bater três na madeira da porta foi como tirar doce de um bêbe... exceto que ali, parado solitário com seus dois pokémon durante a noite em uma casa que certamente parecia muito abandonada para tão cedo da noite; não soava muito bem. As batidas soaram alto na solitude, estendendo seu som em um eco profundo e a porta lentamente se abriu com um guincho medonho que fez Growlithe se contorcer atrás de seu treinador. Ele não parecia gostar muito da escuridão que parecia se arrastar ao redor deles ou das sombras que o interior da casa prometia. Quer dizer, claro que fantasmas existem, mas Growlithe não parecia muito à vontade com a perspectiva de ver um.

Em compensação, Pidgey parecia meio sem noção com aquilo tudo. A ave sem dúvida era um tanto distraída e despreocupada, uma vez que nada ali parecia afetá-la.

O que Brandon fará agora?

Ps: Vou atualizar tudo na sua ficha esse fim de semana^^

Pallet ✪ 19:23

 O treinador jovem e inteligente rapidamente surge com um plano. Não é a coisa mais sensata do mundo, quando você para para pensar em todas as consequências, mas pode ser eficiente no seu devido tempo. Light, sempre obediente, engole em seco e dá alguns passos para dentro da casa, patas almofadadas fazendo pouco barulho em contato com a madeira. A cauda fofa e amarela está encolhida contra as pernas traseiras e as orelhas estão coladas, o pokémon claramente encurvado contra si mesmo. Ele gira a cabeça de um lado para outro a cada som estranho, agindo de maneira obviamente frenética. Swin apenas valsa ao seu lado, agindo tão distraído quanto antes. O pokémon não enxerga nada naquela escuridão, mas ambos escutam com atenção o restos das instruções de Brandon.

O garoto assobia e o fogo escala pela sua garganta e salpica sua língua. Growlithe ainda não aprendeu a cuspir uma chama retilínea – afinal, ele só conhece o Ember — e tudo que pode fazer é sentir as brasas se solidificarem na sua boca. Ele as cospe lentamente para frente, conforme solicitado, e elas caem como filetes de fogo na madeira, apagando-se em alguns segundos. O pouco fogo ilumina a sala que estão e Brandon consegue ver uma televisão e o vulto de um sofá assim como três portas. Talvez ele conseguisse investigar mais seguindo esse plano louco... mas Light só sabia Ember e brasas de fogo tinham uma alta chance de causar incêndio...

Se você decidir seguir o plano para chegar em algumas das portas, terá uma chance de 50% de dar certo, 30% de incendiar algo pequeno e 20% de incendiar algo grande.
Se você decidir chegar em uma das portas sem fogo, você tem 50% de chegar lá, 30% de tropeçar em algo e cair e 20% de derrubar algo de valor.

Pallet ✪ 19:23

 Pidgey estava se mostrando cada vez mais sem noção.

Quer dizer, ele escutou quando Brandon o chamou e assistiu com ar de exasperação a luz fraca das chamas do Growlithe se apagarem enquanto seu treinador se movia em direção ao raque, onde, teoricamente, estaria o controle. Ele viu a escuridão se instalar e andou na direção da voz do seu treinador, no entanto, antes que pudesse se questionar exatamente onde estava um pé o estava acertando na lateral, fazendo-o gritar de dor e bater as asas em um estardalhaço de penas e sons. Brandon, que havia chutado seu pokémon no escuro, tropeçou por cima dele e caiu esparramado, braço esquerdo acertando dolorosamente a madeira do móvel. Ele sibilou de dor até que um barulho alto ressoou na casa.

Ainda deitado, Brandon olhou para frente e, do breu, um par de olhos dourados o fitou de volta. Pareciam afiados e caninos e sua silhueta era confusa e difusa. O bicho rosnou viciosamente e tentou morder os dedos de Brandon...

Pallet ✪ 19:23

Brandon gritava e seu grito ecoava por toda a casa. O jovem, no entanto, não estava muito preocupado com isso, já que sua atenção estava voltada no pokémon marrom e branco que se lançava e agarrava-se ao seu rosto, fazendo o garoto tentar soltá-lo. Ele gritava de novo e o agarrava com ambas as mãos, pisando no rabo de Growlithe no processo e sentido as garras do pidgey em seus dedos, tentando ajudá-lo a arrancar a bola de pelo rosnante de seu cara.

Dava certo.

Com força, ele arrancava o pokémon e o jogava de volta no chão. Por apenas alguns segundos, ele conseguia discernir o padrão em zigzague do pokémon e o branco que se destacava na escuridão. Essas cores e silhueta só podia ser um pokémon, entretanto, no mesmo momento que essa percepção o atingia outra coisa o atingia também. Parecia que um saco de pedras tinha sido atirado em sua nuca e, sinceramente, podia muito bem ter sido isso, pois, depois que ele caiu no chão, meio desmaiado meio acordado, a última coisa que viu foi uma silhueta feminina furiosa que bradava uma bolsa cor de rosa estufada como se fosse um taco de beisebol. Enquanto sua consciência se desvanecia, Brandon só conseguia pensar em apenas uma coisa:

Aquela criatura furiosa era a doce Daisy Oak, a amada e benevolente neta do professor Oak...

É, sem dúvida, muito benevolente...

Brandon acorda, uma hora e meia depois, para um telhado de madeiro rústico, um sofá de couro muito confortável e um peso quente e peludo deitado em sua barriga.