u não imaginava que estar de volta à capital Aero me daria tanta ânsia. O templo na região montanhosa de Kenshin Sakai erguia-se imponente como o único local de influência dos Aero após o Grande Cataclisma. Talvez fosse de uma boa opção realizar as missões disponíveis em nome do Clã para ganhar algum dinheiro e fama, eles precisavam saber que eu estava de volta. Os monges sempre são vistos como sábios e pacatos, mas eu sabia exatamente o quão vilanescos muitos deles poderiam ser.

Após chegar à capital, o vento forte e característico da região balançou minhas vestes, liberando meus longos cabelos voarem de forma dramática. Pintados de lilás, muitos ali não me reconheceriam após cinco anos vivendo em Republic City talvez nem mesmo meus pais me reconheceriam.

Tudo continuava do mesmo jeito. O templo em si seguia com a mesma pintura, dessa vez mais desgastadas que o normal, talvez pela falta de capital após o Grande Cataclisma ou pelo descaso dos monges, o que era bem menos provável. No mais, segui para as torres de habitação, onde eu poderia encontrar meus pais. O grandes salões abertos já não estavam tão cheios quanto eu lembrava, poucas crianças brincavam ali e eu conseguia avistar alguns monges caminhando lentamente, observando os arredores, pareciam procurar algo... Quando me viram cruzar um dos pátios próximos à zona de habitação, me interceptaram com um sorriso amigável. Nojento.

— Olá, jovem, posso ajudá-la em alguma coisa?

— Não. — segui, mas lembrei subitamente de tentar não ser tão hostil — Por enquanto, não. Só vim para visitar meus pais.

— Ah, então você é uma Aero? — ele pareceu surpreso, talvez buscando lembrar de meu rosto — Mas não me recordo de ti...

— Alberon. Shyla Alberon. — continuei séria, encarando-o.

— Ah, a garotinha rebelde que foi para Republic City. — ele mudou de semblante, malicioso — Poderíamos ter ensinado bons modos a você, jovem.

— Eu estou deveras atrasada, perdoe-me. — saí, com o estômago embrulhado. Nada tinha mudado por aqui.

— É bom vê-la de volta, jovem Alberon... — pude ouvir ao fundo.

Precisei caminhar rápido para chegar o mais breve possível na casa de meus pais, em uma das torres habitacionais. Eu era filha única e sabia que eles me amavam, mas estariam prontos para me receber novamente? Respirei fundo e bati à porta do apartamento deles.


— Você está mais magra, Shyla. — começou minha mãe, Alba, servindo um chá de ervas para meu pai e eu — O que a traz de volta à capital dos Aero?

— Queria saber se vocês estavam bem após o cataclisma... — disse, não tocando em nada ainda. Meu pai me encarava com certa dúvida.

— Estamos sim, minha querida. Infelizmente perdemos muita gente... — disse minha mãe, se juntando à mesa.

— Eu acho preocupante a sua chegada, Shyla. — começou meu pai, servindo-se — Você sabe como os monges se sentem com relação à moças como você.

— Malart! — exclamou minha mãe.

— Mas é a verdade, Alba. Você, melhor do que ninguém, sabe tudo que passou.

— Nossa filha acabou de retornar para uma visita e você a trata dessa maneira?

— Eu só estou preocupado, é apenas isso...

— Não fique, meu pai. — com sutileza, servi-me uma xícara de chá — Estou aqui para conquistar meus objetivos, apenas. E já sou mulher, pertencente ao clã Aero, sei me defender muito bem.

Eles ficaram estáticos com o tom de minha voz, não esperando aquela reação da filha explosiva que um dia tiveram. Seguimos com o lanche e meus pais estavam bem mais relaxados, notando minhas mudanças comportamentais. Eu não queria envolvê-los em nada do meu futuro, então era melhor não arranjar problemas enquanto estivesse sob o teto deles. Muita coisa iria mudar em minha vida. Disso eu tinha certeza.

Shyla, deixei a janela do seu quarto aberta para arejá-lo. — gritou minha mãe, da cozinha do pequeno apartamento — Está do jeito que você deixou, quando foi para Republic City.

Revirei os olhos. Última coisa que queria ouvir era aquilo, que tudo que eu deixei para trás forçadamente ainda estava do mesmo jeito. Talvez qualquer outro gostasse de ouvir aquilo, mas eu não estava disposta à isso. Entrei em meus antigos aposentos sem dar muito atenção aos detalhes, mas era quase impossível. Mesmo vindo de uma família antiga, sempre tive uma vida humilde e com poucos luxos. Talvez o maior dos luxos foi poder tingir metade dos tecidos do meu quarto em tons de lilás e um amarelo pálido extraído das muitas flores que crescem por aqui.

Sentei na cama e notei as rachaduras no teto e nas paredes, talvez por conta do cataclisma que modificara tudo e todos. Percebi que eu sentia falta do som das crianças brincando na rua, se divertindo com os pokémon dos pais e, por falar nisso... Peguei a pokébola da pequena joltik e a liberei. Confusa e diminuta, ela correu em círculos rapidamente até finalmente ficar tonta e parar de girar. Finalmente consegui fitar seus olhos azulados.

— Olá pequena Taryn, pronta pra ser minha parceira no crime?

A pokémon parecia estar paralisada, completamente estática em cima da cama. Por um momento achei que ela estaria assustada com minha presença, então o tempo foi passando e a joltik não se movia por nada. Decidi checar a pokédex, uma central com as informações de todos os pokémon que podem ser encontrados.

Pokédex escreveu:

The attaching pokémon
Fixam-se a outros Pokemon muito maiores que eles e absorvem a eletricidade estática, que armazenam numa bolsa eléctrica no seu corpo. Usam esta eletricidade estática para se alimentarem.

— Oh! Então você precisa absorver eletricidade, entendi. — olhei rapidamente ao redor e, sem pensar duas vezes, o peguei e coloquei sobre minha cabeça. — Agora, vamos pegar isso e... — passei um pente nos cabelos e, aos poucos, a pequena Taryn voltou a se mover — Então vamos ficar assim até eu comprar algo pra te dar a energia que você precisa, pequena.

Dividindo esse primeiro momento com a pequena pokémon, Taryn já conseguia entender seu território, ou seja, sua parceira. Talvez ela ainda não confiasse totalmente na humana, mas por alimentá-la corretamente, já era o começo de uma boa amizade. A atenção das duas voltaram-se para o canto do quarto, distante da janela. Sob uma pilha de almofadas, algo moveu-se. Provavelmente, como Alba havia deixado a janela aberta, um pokémon entrara.

— Vamos ver do que se trata. — disse apontando a pokedex para o pokémon desconhecido.

Informações escreveu:

1. Pokémon selvagem encontrado;
   
2. Esperando saber qual pokémon é para dar continuação à narração :D
   
3. Joltik nomeada de Taryn :3
   

m pequeno pokémon surgia entre as almofadas de meu quarto. A pokédex rapidamente o escaneou e eu pude ter as informações que eu precisava. Um pokémon psíquico.

Pokédex escreveu:

 

Ralts sente as emoções das pessoas usando os chifres na cabeça. Este Pokémon raramente aparece diante das pessoas. Mas quando o faz, ele se aproxima e sente quando a pessoa tem uma disposição positiva.

A fragilidade daquele pokémon era notória e, numa tentativa de parecer simpático, ele tremeu ao sentir qual emoção partia de meu olhar enquanto o fitava.

— Então você é capaz de sentir as emoções das pessoas ao seu redor, não é pequeno? — sentei novamente à cama e retirei Taryn de meus cabelos — Você não me é útil.

O psíquico parecia aterrorizado. Estava longe o suficiente da janela, então começou a correr desajeitadamente para escapar de uma luta que não queria.

— Taryn use spider web. — o jato de seda prendeu o pequeno invasor ao solo, deixando-o incapaz de evadir o local — Agora use absorb.

A seda que prendia o pequeno ralts brilhou em tom esverdeado, absorvendo um pequena parcela de sua vida. Em contra partida, o selvagem utilizou growl para tentar intimidar a pequena aranha, mas não era suficiente.

Round 1 escreveu:

 
Level 05 (preso à spider web)
90%

100%
 
Level 05 (-1 atk)

— Taryn, continue absorvendo a energia do inimigo.

O ralts debatia-se contra a teia que o prendia, gerando energia estática no atrito gerado, exatamente o que o joltik precisava para se alimentar com sucesso. O selvagem continuava a se debater e a grunhir, mas logo reuniu forças e desferiu um poderoso disarming voice, atingindo minha parceira em cheio.

Round 2 escreveu:

 
Level 05 (preso à spider web)
70%

71%
 
Level 05 (-2 atk)

— Muito bem, acredito que já tenha energia o suficiente. Electro ball! — abaixando a cabecinha e empinando seu bumbum, a pequena aranha reuniu a energia estática absorvida do ralts selvagem e o transformou em uma esfera elétrica, lançando-a sobre o inimigo e garantindo um bom dano. — Vamos de absorb uma vez mais.

O selvagem arfava de cansaço e dor, mas não parava de se debater. Grunhiu para tentar nos afugentar, acredito que se tratava mais de um pedido de misericórdia, porém aquilo me divertiu bastante. Taryn também parecia estar gostando, mesmo estando um pouco machucada. Reunindo o restante de suas forças, o ralts lançou mais um disarming voice.

Round 3 escreveu:

 
Level 05 (preso à spider web)
28%

47%
 
Level 05 (-3 atk)

— Chega de brincar, Taryn, electro ball. — mais uma esfera de energia era lançada em direção ao selvagem que caiu desmaiado.

Final Round escreveu:

 
Level 05 (DESMAIADO)
--%

47%
 
Level 05 (-3 atk)

Taryn correu em círculos, excitada com a vitória e rapidamente peguei-a para deixá-la repousando em meus cabelos. Era tão diminuta, porém há um ditado que diz "Os piores venenos estão nos menores frascos" e a pequena aranha era a prova viva disso.

— Bem, é uma boa hora para fazer uma faxina aqui no quarto, não acha Taryn?

Pegando o pequeno psíquico pelo capacete, ligeiramente mais pesado do que eu esperava, e arremessei o selvagem pela janela. Talvez ele servisse de alimento para outros selvagens na capital, então eu estava fazendo um bom trabalho, não? Por falar em selvagens, eu não havia visto tantos quanto antes. Estranho... Após organizar o quarto, troquei de roupa e decidi seguir ao centro pokémon, onde curaria minha parceira e aproveitaria para conversar com algumas pessoas, se possível fosse.

Informações escreveu:

1. Dados do RALTS (pokémon selvagem)
   
2. Joltik ganhou 41 de EXP
   
3. Quantos pontos de fama foram? Olha, era um pokémon raro, hein?!
   
4. Vou seguir em direção ao centro pokémon da cidade, aproveitar para fazer novos eventos hehehe
   
5. Qualquer dúvida, chama na MP ou Whats ;)
   

egui em direção ao Centro Pokémon, onde curaria minha pequena parceira de batalha. Era fato que, a princípio, não confiei nas palavras da ajudante do Laboratório em Pallet, mas Taryn já estava me surpreendendo. Não havia filas para restaurar a saúde dos pokémon, visto que eram poucos que sobraram após os acontecimentos catastróficos.

Devidamente curada, Taryn voltou para meus cabelos. Eu gostava da sensação de tê-la ali tão perto, sentindo suas patinhas correndo pelo meu cabelo ou apenas esfregando-se para gerar a energia que precisava. Eu finalmente não estava mais sozinha. Os pátios extensos continuavam bem vazios e, em algum momento da caminhada, um antigo colega apareceu.

— Shyla? É você mesmo? — o rapaz aproximou-se — Não acredito que você está de volta à capital.

— E quem é você? — o capuz estava na cabeça, então ele não podia me encarar.

— Uskan... Éramos amigos quando mais novos, não se lembra? — ele se aproximou, então recuei prontamente.


— Não, não me recordo. Agora com licença. — continuei meu caminhar.

Se tivesse olhado para trás poderia ter vislumbrado o rosto de confusão e decepção, em um misto excitante de emoções do jovem rapaz. Sim, eu me lembrava muito bem de Uskan e nosso conturbado envolvimento amoroso. Ele sempre fora tão devoto à mim e minhas loucuras, enquanto eu só queria ser livre e viver de verdade, não viver presa e submissa aos desejos dos monges.

Sentei em um dos bancos mais distantes do pátio, o vento estava forte, mas agradável. Ao fundo, notei uma silhueta inusitada. Pokémon selvagens estavam muito raros de serem vistos, totalmente diferente de antes, onde os monges os alimentavam livremente pelos pátios, sempre passando a ideia de serem pacíficos e amigos de todos os pokémon, mas dentro dos templos tudo parecia ser diferente. Peguei minha pokédex e apontei-a para a silhueta debaixo de um banco próximo.

Considerações escreveu:

1. Uskan é simplesmente narrativo, por hora;
   
2. Shyla encontrou um pokémon selvagem aqui;
   
3. Darei continuidade á luta com o selvagem no próximo post, don't worry!
   

pokémon encarava-me com certa malícia no único olho, parecia estar fazendo certo esforço em intimidar-me ou algo do tipo, até que senti minha vista tremer fracamente e o selvagem soltar um risinho. A pokédex finalmente reconheceu o pokémon com formato de vela.

Pokédex escreveu:

Litwick

Litwick brilha uma luz que absorve a energia da vida das pessoas e Pokémon, que se torna o combustível que se queima.

— Então você gosta de absorver a energia vital das pessoas, não é? — o selvagem apertou o olhar — Depender das pessoas assim é tão... degradante! Taryn, vamos!

A amarelada pulou de meu capuz em direção ao chão à minha frente, deixando uma teia fina, como se tivesse feito um bungee jumping para a batalha contra o pokémon. Se não me engano, estávamos em desvantagem pelo selvagem ser do tipo Fogo, mas daríamos o nosso melhor para colocar aquela criatura no lugar dela.

— Taryn, comece com electro ball! — a joltik rapidamente formou uma esfera elétrica sobre si, desferindo-a contra o selvagem. — Muito bem, sigamos com mais um electro ball!

Assim que recebeu a primeira esfera elétrica, o selvagem começou a reduzir seu corpo (minimize) para tentar escapar do segundo ataque da amarelada, mas não teve sucesso e recebeu uma boa quantidade de dano. Em troca, o litwick gritou com sua voz fantasmagórica (astonish), resultando em um arrepio pela minha espinha. Essa não seria uma vitória muito fácil.

Batalha - 1º turno escreveu:

 
Lvl 08
50% (+EVASIVENESS)

 
Lvl 05
72%

— Não vamos vacilar, Taryn. — a aranha mantinha-se parada com o intuito de não gastar a energia estática que havia acumulado e assim conseguiria atacar mais algumas esferas elétricas — Vamos com spiderweb, seguido de electro ball!

A joltik rapidamente lançou sobre o selvagem uma rede pegajosa feita com sua teia. Essa era a maravilha dos tipos Inseto, evitar que a presa fuja, mas o selvagem era do tipo fogo, então utilizou suas brasas (ember) para se livrar da rede pegajosa, recebendo uma esfera elétrica em seguida. Por mais que tentasse se livrar da teia, ela era resistente o suficiente para enfurecer o litwick, que lançou sobre Taryn mais um astonish.

Batalha - 2º turno escreveu:

 
Lvl 08
25% (preso à spiderweb)

 
Lvl 05
44%

— Está acabando, Taryn. Siga com mais uma esfera elétrica! — o litwick arfava cansado, mas não desistiria tão facilmente e lançou uma chuva de brasas (ember) para chocar-se com o ataque da joltik, levantando uma cortina de fumaça escura — Taryn, aproveite a fumaça e encerre isso de uma vez!

Com o selvagem preso à spiderweb, a joltik sabia exatamente onde mirar, podendo utilizar a cortina de fumaça para mudar de posição e não ser atingida pelas brasas do inimigo. Como o previsto, ao entrar na cortina de fumaça, a nova esfera elétrica da joltik acertou em cheio o selvagem, nocauteando-o.

Batalha - 3º turno escreveu:

 
Lvl 08
--% (DESMAIADO)

 
Lvl 05
10% (POISONED)

O que eu não esperava era o golpe final do maldito litwick. Notei o tom púrpura que a fumaça, anteriormente negra, estava deixando. Era smog, um movimento do tipo poison, o que afetou Taryn, deixando-a envenenada. Fitei o corpo desmaiado do selvagem e podia jurar ter ouvido a risadinha dele comemorando o sofrimento da joltik. Com ela sob meu capuz e contendo a vontade de chutar aquele maldito selvagem montanha abaixo, corri para o Centro Pokémon.


O rapaz aproximou-se do pokémon selvagem desmaiado. Quase não o notara de tão minúsculo, visto que o Sol já estava se pondo. Este fora o segundo pokémon encontrado em estado de fadiga máxima, o primeiro fora um ralts que não tivera a sorte de manter-se com vida, mas esse litwick ainda podia ser salvo a tempo.

Uskan lançou uma pokébola sobre o corpo desacordado do selvagem, realizando uma captura fácil. Quem atacaria seres tão puros quanto pokémon? Qual o propósito de deixá-los ao relento, sofrendo. Por ser um monge, Uskan sabia que deveria ter compaixão pelos pokémon e humanos, ensinando a arte de cuidar para aqueles que precisam aprender sobre amar e respeitar o próximo.

Talvez isso merecesse atenção redobrada... Seguiu em direção ao Centro Pokémon.

Considerações escreveu:

1. Selvagem sorteado aqui;
   
2. O pokémon sorteado é um Litwick #8 na lista da Capital Aero, meus +5 de Fama, please <3;
   
3. Joltik recebeu 90 de EXP, subindo para o lvl 7 (30/78);
   
4. Reforço que o Uskan é um NPC criado para fins narrativos apenas;
   
5. Espero que esteja tudo de acordo <3
   
6. Eu quero um BUUUUG >:(
   

á no Centro Pokémon, o tratamento de minha parceira joltik demorou mais que o esperado. O Sol já havia encontrado seu destino diário e a noite abraçava os poucos moradores da Capital Aero. Viver nas montanhas era realmente diferente, visto o isolamento das outras cidades e o fato das pessoas parecerem viver em uma realidade paralela. Mesmo após um evento de proporções apocalípticas, os Aero continuavam serenos no olhar. Notei uma moça baixinha se aproximando.

— C-com li-licença? — ela se aproximava sem manter o contato visual — Você é Shyla?

— Sim, algum problema? — retirei o capuz para tentar chamar menos atenção, mas consegui o efeito contrário — Tsk...

— Ah, perdão por atrapalhá-la, mas você é uma inspiração para mim. — a menina levou os braços para trás e sorriu enquanto batia os tornozelos, deveria ter pouco mais de quinze anos.

— Inspiração? — gargalhei. O som da risada ecoou pela recepção ampla da construção antiga que era o Pokécenter.

— A-ah! — ela parecia acuada — S-sim. Você conseguiu descobrir pokémon aqui na cidade. Ninguém os tinham visto ainda. I-isso dá esperança para nós.

— Hum... — cruzei os braços — Esperança para...

— Para um mundo melhor, sabe? — ela inclinou-se e passou a sussurrar — Depois do acontecido, parecia que nosso deus havia nos deixado. Mas se os pokémon estão voltando, significa que Ele nos ama, não é mesmo?

Antes que eu pudesse responder à menina, o enfermeiro chamou-me para receber a pokébola de Taryn. A pequena joltik estava curada e, por enquanto, a manteria em segurança na pokébola. Ao fundo, ouvi a menina gritar "Obrigada novamente, Shyla!" sorrindo e acenando como se estivesse em um desfile de alegorias em um festival de verão. "Patético", pensei.

Eu havia vivido um bom tempo aqui na capital, sob a influência dos Aero e seus monges com ideais estúpidos demais para serem levados em consideração e agora, depois de quase a destruição global e o desaparecimento de diversas pessoas, eles continuam pregando os ideais religiosos do deus deles. Eram dignos de pena. Caminhei tão imersa em meus pensamentos que me assustei quando uma figura pulou à minha frente, talvez eu tivesse entrado em um território perigoso. Sem conseguir reconhecer a figura, apontei a pokédex para melhores informações.

Considerações escreveu:

1. Pokémon selvagem #2 encontrado;
   
2. O evento era de NPC, mas a capital ainda não possui NPCs e o Mars autorizou ir para pokémon selvagem XD
   
3. Será que vem aí meu bug?
   

m pokémon flutuava à minha frente, ao passo que grunhia em represália por termos entrado em seu território. O selvagem em questão era um chingling, o pokémon sino, como apontado pelo aparelho eletrônico em minhas mãos.

Pokédex escreveu:

 

Chingling produz o seu grito ao agitar uma pequena esfera que tem na sua garanta. Os seus movimentos são pequenos saltos e possuem uma caracterÍstica notável, a cada salto um som de guizo é produzido. É capaz de produzir sons indetectáveis por humanos, porém se este pokémon começa a gritar tem uma duração bastante considerável.

O selvagem não parecia estar intimidado com minha presença, mesmo sendo de características passivas, o chingling parecia um tanto agressivo. Seria isso um efeito provocado pelo Grande Cataclisma? Será que os pokémon, inteligentes e poderosos como são, estariam culpando os humanos pela desgraça do mundo? Perguntas que um dia poderiam ser respondidas por um grande sábio, talvez um monge... O selvagem grunhiu (growl) para mim, tentando uma intimidação.

— Não funcionará comigo. Taryn, vamos para mais um combate. — lancei a pokébola da joltik, que já caiu em posição de combate — Comece com spiderweb e o acerte com fury cutter. Vamos poupar sua energia.

A pequena aranha lançou sua seda em formato de rede sobre o pokémon selvagem, anulando suas chances de escapar dos próximos ataques. Em seguida, com as patas dianteiras crescendo levemente com um brilho amarelo-esverdeado, tomou impulso com as patas traseiras e desferiu um ataque certeiro no psíquico. Em contra partida, o selvagem utilizou do que parecia laços em suas costas e prendeu a pequena aranha em um abraço apertado (wrap).

Batalha - 1º turno escreveu:

Lvl 08
78% (Spiderweb)

Lvl 07 (-1 ATK)
92% (Wrapped)

— Taryn, não vacile! Siga com mais um fury cutter! — as patas dianteiras voltaram a crescer e mais um corte de fúria atingia o chingling que urrou de dor e retribuiu com um grunhido de dor (growl) e um astonish aterrorizante — Aproveite a proximidade e absorva a energia que precisas.

O corpo da joltik adquiriu um brilho verde pálido, que logo banhou o selvagem por alguns segundos, fazendo com que Taryn roubasse parte da energia daquele pokémon (absorb). Em resposta, os laços prendendo a joltik apertaram-se, causando dano.

Batalha - 2º turno escreveu:

Lvl 08
27% (Spiderweb)

Lvl 07 (-2 ATK)
79% (Wrapped)

— Aguente firme, Taryn! Use fury cutter! — a joltik atingiu o selvagem novamente nos laços que a abraçavam, em resposta, mais um grunhido de dor (growl) — Finalize com mais um furry cutter!

Batalha - Final escreveu:

Lvl 08
--% (DESMAIADO)

Lvl 07 (-3 ATK)
79%

Os laços prendendo Taryn afrouxaram-se e o selvagem foi lentamente de encontro ao chão, parecia até cômico ele desmaiando em câmera lenta. Agradeci Taryn pelo ótimo trabalho e retornei para o Centro Pokémon. Talvez eu devesse armar uma barraca por lá.

Considerações escreveu:

1. Sorteio 3;
   
2. Joltik recebeu 94 EXP, indo para o lvl 8 (46/105) e aprende Bug Bite <3
   
3. Resumo: Shyla enfrentou um chingling e agora temos certeza que esse pokémon é inútil :v porém eu amo.
   

ssim que preenchi a ficha da joltik, o enfermeiro apareceu com um sorriso no rosto. Parecia simpático e galanteador, deveras interessante. Retirei o capuz e retribuí gentilmente o sorriso do homem.

— Terceira vez hoje, não é mesmo? — ele disse após receber minha ficha e a pokébola de Taryn.

— Os pokémon selvagens parecem estar agitados.

— Bem, você está encontrando pokémon que haviam desaparecido por complete. É um milagre até!

— Então você é a jovem que anda catalogando os pokémon vivendo nos templos do Sul? — virei bruscamente pela surpresa, dando de cara com um homem de olhar meigo — Calma, calma, não quis assustá-la.

— Avatar Aang! — disse o enfermeiro ao fazer uma reverência — O que o traz aqui?

— Vim dar um passeio e ver de perto essa moça. — ele sorriu para mim — Qual o seu nome, minha cara?

— Shyla. — eu estava atônita com a leveza das palavras daquele homem — Perdoe-me. — finalizei com uma reverência curta.

— Não precisa disso. O que me diz em acompanhar-me em um passeio?

— Eu preciso esperar pela minha pokémon...

— Ela não sairá daqui, disso eu tenho certeza.

O homem saiu andando lentamente em direção à porta. Olhei para o enfermeiro que sorriu e acenou com a cabeça, encorajando-me à acompanhar o tão admirado Avatar, antes de sumir porta adentro com minha parceira e sua ficha. A passos largos, segui o monge.

O vento frio agitou-me os cabelos e um arrepio percorreu por todo meu corpo. Cruzei os braços à frente do meu corpo, como se me abraçasse para dissipar o frio. O Avatar Aang seguiu andando calmamente pelo pátio imenso. Ao fundo, focos de luz bruxuleantes escondia-se à sombra dos templos, com certeza eram litwicks buscando algum outro pokémon ou um humano para sugar-lhes a energia vital. Aang parou próximo ao fim do pátio e pudemos contemplar a vista das montanhas sob o luar prateado.

— São tempos difíceis, senhorita Alberon. — ele começou, pegando-me de surpresa por ele saber meu sobrenome — O mundo inteiro fora modificado e muito perderam seus familiares, amigos, parceiros... É muito bom ver uma jovem Aero carregando o nome de nosso clã.

— Eu...

— Deixe-me concluir, por favor. — cortou o homem. As tatuagens em seta no topo da sua cabeça pareciam ainda mais mágicas que o normal — Eu acredito que seja bem difícil manter tradições antigas, visto que o mundo muda bastante. Por exemplo, os Aero não precisam mais serem monges nos templos, nem fazerem tatuagens, e isso está ótimo, o mundo muda bastante. Mas as pessoas também mudam, seja para o bem ou para o mal.

— Eu não consigo entender muito bem, senhor.

— Está tudo bem, apenas desejo que se divirta e encontre um caminho de luz. Além disso, que você se descubra uma verdadeira Aero. Cresça junto de seus pokémon, evoluam, e depois me procure. Tenho mais algumas coisas para contar-lhe.

O homem retirou-se tão misterioso como quando chegou. Algo de urgente em suas palavras m incomodava, mas eu ainda não tinha ligado completamente os pontos. Tantas lacunas precisavam ser preenchidas... Voltei ao Centro Pokémon e, após receber Taryn completamente curada, segui de volta para a casa de meus pais. Amanhã seria um novo dia.

Considerações escreveu:

1. Sorteio 4
   
2. Resumindo: encontro com Avatar Aang, onde ele apresenta as quests pessoais dele, de fortalecer-se como um Aero :D
   
3. Qualquer dúvida: MP <3
   

pós o encontro com o avatar, o enfermeiro disse que precisava me presentear por estar ajudando a catalogar os pokémon selvagens da cidade após o cataclisma. Em um primeiro momento, neguei, mas em seguida vi que seria uma desfeita imensa não aceitar o presente de um representante do Centro Pokémon. Na caixa de madeira, um ovo pokémon estava dentro de uma cuba portátil, enquanto alguns drives faziam presença.

— Você deve devolver a cuba assim que o ovo chocar, okay? — disse o sorridente enfermeiro.

— Está certo. Trarei assim que ele nascer.

Com Taryn de volta aos meus cabelos, segui de volta para casa. Não notei, mas refletindo sobre tudo que ocorrera ao fim do dia, eu estava ansiosa para saber o que iria sair daquele ovo. Em casa, meus pais me receberam sob um interrogatório, visto minha demora para retornar para casa. Contei-os sobre o fato de estar encontrando alguns pokémon e que dialoguei brevemente com Aang. O conteúdo da conversa não era o melhor para eles, então preferi dizer que foi apenas um caloroso [i]welcome[/].


A noite passou tranquila, sem muitos problemas. Assim que o Sol fez-se presente, eu estava de pé. Meus pais ainda dormiam, então tomei as rédeas da cozinha e fui preparar um café da manhã. Abri as janelas da cozinha e constatei que a vista das montanhas era muito melhor nas primeiras horas da grande estrela. Coloquei a água do chá para ferver e, colocando mais lenha no fogão, fritei alguns legumes e as fatias de um pão seco que encontrei no armário.

Lembrei ter visto um pequeno pé de hortelã no jardim suspenso da sala de estar, então fui direto para lá. Contudo, um visitante inusitado já tinha devorado todas as folhas de hortelã.

Considerações escreveu:

1. Pokémon selvagem #7 encontrado;
   
2. Gostaria de retirar tudo que está na minha BOX e colocar na mochila, please <3
   
3. Vou dar continuidade no próximo post, assim que sober qual o pokémon.
   

pokédex cantou as informações sobre o curioso selvagem. Suas asas batiam em um ritmo frenético e, devido seu tamanho incrível, o tipo inseto bagunçou a casa inteira com as rajadas de vento geradas cada vez que se movimentava. O pequeno pé de hortelã estava só com os talos para fora da terra, visto que o selvagem o havia devorado. Estava embasbacada com o quão magnífico aquele pokémon parecia ser.

Pokédex escreveu:

 

Yanma consegue bater muito rapidamente as suas asas criando ondas de choque que possuem a capacidade de partir janelas próximas. Esse pokémon consegue ver a 360 graus olhando em todas as direções em simultâneo, procurando por insetos que constituam a sua alimentação.

O simpático pokémon encarava-me com certa curiosidade e fazia alguns ziguezagues no ar, como se nos chamasse para brincar. O vento soprou forte o suficiente para ter seu canto ecoado por todo o apartamento. Taryn foi logo saindo do meu cabelo e tomando posição sobre as poltronas à frente. O selvagem tomou a dianteira e seus olhos tomaram uma coloração esbranquiçada (foresight), mas nada pareceu acontecer com Taryn.

— Vamos começar! Taryn... — em segundos minha parceira estava sendo lançada contra a parede, eu nem tinha visto o inseto fazer um ataque, apenas senti a rajada de vento deixada por ele, levantando minha camisola (quick attack) — Ta-Taryn, você está bem? — a amarelada pulou rapidamente, gritando um "tiktik" — Vamos com tudo! Electro ball!

Como um canhão de energia, a pequena joltik lançou a primeira esfera elétrica em direção ao selvagem. Mesmo com mais de 1 metro, o inseto rival era muito ágil e desviou com maestria da primeira esfera dando algumas piruetas no ar. Entretanto, a segunda o acertou em cheio. Ele soltou um risinho de excitação.

Batalha - 1º turno escreveu:

 
Lvl 09
67% (+1 SPE)

 
Lvl 08
79%

Envolto em animação pela batalha e a recém tomada refeição matinal, o selvagem avançou (tackle) sobre a joltik com o corpo todo envolto de um brilho sutil de prata. Por reflexo, Taryn utilizou sua teia para evadir do ataque inimigo (spider web). Vendo que a pequena havia se reposicionado, o selvagem entendeu que não seria uma batalha fácil e pegou impulso para, mais uma vez, atacar com um ataque rápido (quick attack). Dessa vez, consegui notar um rastro de brilho esbranquiçado deixado pelo movimento do selvagem. Era hora do contra-ataque.

— Taryn, acerte-o com electro ball! — a pequena aranha desferiu sobre o selvagem mais uma esfera de eletricidade — Vamos continuar atacando, esse pequeno será meu!

Batalha - 2º turno escreveu:

 
Lvl 09
34% (+2 SPE)

 
Lvl 08
58%

O yanma seguia divertindo-se com a batalha. Com um jeito simpático, dava piruetas no ar e logo preparava-se para o próximo ataque. Com uma velocidade incrível e que parecia cada vez mais rápido, o selvagem avançou sobre Taryn (quick attack). Foi difícil acompanhá-lo, mas ele retornou para o mesmo canto em que estava antes, dando a certeza do próximo ataque elétrico atingi-lo.

— Taryn, electro ball! — a esfera de energia fora a última que Taryn poderia lançar naquela batalha, visto a necessidade da pequena de "recarregar a bateria" com certa frequência. O selvagem parecia saber disso, visto que a amarela ficou parada após acertar o ataque elétrico no voador, então ele seguiu para o avanço (tackle) — Taryn, prepare-se! Fury cutter!

Batalha - 2º turno escreveu:

 
Lvl 09
--% (DESMAIADO)

 
Lvl 08
16%

Com o selvagem próximo, a amarela acertou-o com suas patas dianteiras brilhando no característico tom amarelo-esverdeado, deixando o inseto rival exausto o suficiente para eu tentar uma captura. Lancei a pokébola torcendo pelo melhor.

- Yanma

Spoiler:

Considerações escreveu:

1. Captura do Yanma aqui;
   
2. Joltik recebeu 145 EXP, subindo para o lvl 9 (86/141);
   
3. +5 de fama local pela descoberta do selvagem;
   
4. Dado de captura rolado aqui;
   
5. Qualquer dúvida MP <3
   

apturar o selvagem yanma fora uma experiência bem interessante para mim. Meu corpo vibrava de excitação e eu podia sentir aquela corrente de adrenalina percorrendo todo meu corpo como um arrepio, deixando meus mamilos sensíveis e, ao abaixar para pegar a pokébola do selvagem, mordi o lábio inferior e soltei um gemido baixo. Já fazia quanto tempo que eu não me divertia?

Um cheiro leve de queimado chegou ao meu nariz e me tirou dos devaneios carnais. Os legumes fritos, mesmo em fogo baixo, estavam quase passando do ponto após a água deles ter secado quase completamente. Rapidamente, fechei a tampa do fogão à lenha e a portinhola, encerrando a circulação do oxigênio, o que extinguiria as chamas rapidamente. Sim, esse era um mecanismo bem diferente ao que eu estava me acostumando em Republic City, onde tudo era mais simples e mecânico. As torradas estavam prontas, os legumes fritos com quase maestria, faltando apenas o toque da hortelã. Retornei Taryn para sua pokébola, já que ela parecia estar cansada e tratei de servir-me o chá.

Minha mãe, Alba, fora a primeira a levantar e rapidamente sentou à mesa, servindo-se.

— Você vai se servir antes de papai? — perguntei com certa malícia.

— Bom dia para você também, moça. — ela sorriu — E sim, acho que podemos mudar alguns costumes aqui.

— E eu não sou contra. — meu pai veio em seguida, arrastando o chinelo como de costume — Eu já não tenho forças para manter certas tradições...

— Perdão, meu pai, não queria causar confusão alguma.

— Não se preocupe, Shyla, você está fazendo bem mais que muitos por aí.

— Certamente que sim. — concordou minha mãe.

Realmente, talvez eu estivesse fazendo algo, mas nada de muito especial ainda. O chá de ervas tinha um sabor levemente amargo, contrastando com sabor dos legumes fritos e as torradas. Como eu havia dito, não éramos ricos, como muitos sob o comando dos Aero, mas conseguíamos viver suficientemente bem. Após a refeição, coloquei uma roupa mais comum e segui para o centro pokémon, onde curei meus parceiros.


Após o tratamento de meus monstrinhos, Uskan interceptou-me.

Considerações escreveu:

1. Pokémon curados no Centro Pokémon;
   
2. Vamos de continuar o plot de historinha da Shyla com o Uskan;
   
3. Eu tô tramando um plot de coisas maquiavélicas MUAHAHAHA;
   

rapaz aproximou-se com um olhar de preocupação, ou talvez seria raiva? Eu não sabia como distinguir naquele momento, apenas esperei que ele chegasse perto o suficiente de mim. Esse fora meu erro. Uskan agarrou meu braço com uma firmeza exagerada e me arrastou para uma pilastra, longe da vista de qualquer curioso.

— O que você está fazendo? — ele soava nervoso. Seu hálito deixava claro que ele andara bebendo.

— Bom dia para você também, senhor. — livrei meu braço, mas ainda estava presa àquela situação.

— Não me venha com seus jogos, Shyla. Você deixou uma trilha de pokémon abatidos.

— E você se preocupa com eles?

— EU SOU UM AERO, SHYLA! CLARO QUE ME PREOCUPO! — ele estava legitimamente com raiva.

— Você sempre foi muito inocente, Uskan. — disse, enquanto dava três tapinhas em seu rosto.

— Eu não vou deixar você se perder, Shyla. Não assim! — ele disse, segurando minha mão antes do quarto tapinha.

— Como consegue ser tão bobo? — me aproximei e o beijei, ele não fez menção de se afastar — Seu beijo continua péssimo...

— Você... — ele finalmente relaxou os braços e eu evadi rapidamente pela direita — Como pode não se preocupar com os pokémon, Shyla? Conosco, as pessoas sob a proteção dos Aero, como não se importa? Você é realmente sem coração... — ele parecia estar abalado, mas não seria eu quem o livraria dessas algemas.

— Por que me preocupar? Os Aero só se importam em dominar, como todas as outras facções. Hoje é o desejo de poder, de conquista, que manda em tudo e todos. Você acha mesmo que esses monges são pacíficos assim? Que os Aero são apenas amorzinho? Você é e sempre será patético, Uskan. PATÉTICO.

Segui para longe dele. Uskan não estava em condições de entender que vivíamos em um mundo completamente diferente. Os domínios Aero estavam desconectados, ninguém conseguira informações das pessoas dos outros templos, quiçá estariam eles ainda vivos... Tudo ainda era uma incógnita e ninguém havia se movido ainda, será que os Aero realmente se importavam? Um chingling selvagem entrou em meu campo de visão e eu tinha que descontar minha raiva em algo.

— Sinto muito, pequena, você está no lugar errado, na hora errada. — lancei Taryn — Taryn, electro ball.

Recém tratada, Taryn estava pornta para o combate. Reunindo a energia em seu corpo, a joltik formou uma esfera elétrica sobre si e lançou sobre a selvagem. Após receber o dano elétrico, a chingling grunhiu (growl) para minha parceira, como forma de intimidação. Contudo, Trayn e eu apenas trocamos olhares e, com as patas dianteiras maiores que o normal e com um brilho amarelo-esverdeado (fury cutter), a amarelada deixou a selvagem desmaiada sem muito esforço.

Batalha escreveu:
Joltik usou Electro Ball, causando 56,5% de dano.
Chingling usou Growl, reduzindo o ATK de Taryn em -1.

Joltik avançou com Fury Cutter causando 52,6% de dano.
Chingling nocauteada.

— Retorne, Taryn. Você foi perfeita, como sempre.

A batalha não fora exatamente o que eu queria, então eu precisaria procurar um meio diferente de descontar minha raiva. Onde Uskan estaria bebendo em uma cidade composta por monges e templos diferentes? Apenas um único lugar serviria álcool à 10 da manhã: a base Aero.

Considerações escreveu:

1. Pokémon encontrado aqui;
   
2. Taryn recebeu 70 EXP, upando para o lvl 10 (35/182);
   
3. Talvez eu esteja criando um universo alternativo onde os monges do Ar não são tão bonzinhos assim? É acompanhar para saber hehehehe
   

base Aero localizava-se na torre mais alta de todo o templo. Os monges geralmente frequentavam o lugar, visto que eles ajudavam os Aero remanescentes a reconstruir todos os templos após os eventos catastróficos da atualidade. Diferente de todos os outros lugares do Sul, a base Aero era tomada por bêbados e alguns mercenários contratados recentemente.

Assim que entrei no lugar, o odor forte de álcool deixou uma ardência agradável em minhas narinas e engoli seco em seguida. O ambiente estava ligeiramente cheio, com alguns compartilhando histórias sobre como os Aero eram antes e como estavam mudados atualmente, enquanto outros flertavam entre si e davam alguns beijos calorosos. Sem conhecer ninguém até o momento, sentei em uma das cadeiras do balcão. O barman se aproximou.

— O que vai querer? — ele limpava vigorosamente uma caneca de vidro.

— Uma caneca de cerveja está ótimo. — varri o salão com o olhar — Não há muitos de nós por aqui, não é?

— Humpf... — ele grunhiu enquanto enchia a caneca com o líquido amarelado e entregou-me em seguida — O cataclisma diminuiu consideravelmente a influência dos Aero, então muitos debandaram. E quem é você?

— Shyla. — dei uma golada e o amargor da cerveja me fez arrepiar.

— Ah sim... — o homem sorriu — Você é a moça nova que alguns estão comentando. Andas bem ocupada descobrindo alguns pokémon por aqui, não é?

— Alguém tem que preparar o caminho para os monges, não é mesmo? — o sorriso no canto do meu rosto surgiu automaticamente, enquanto o homem me encarava com incerteza. Quando ele começou a gargalhar, bebi mais um gole.

— Você realmente tem um ponto! — ele enxugou uma lágrima que escorria depois dos minutos de gargalhadas — Eles acham que mandam nos Aero e a maioria nem se importa com os pokémon, capturam vários e selecionam os mais fortes para o programa de dominação. Muitos pokémon morrem.

— Quanta atrocidade... — segui bebendo e atenta às informações do homem.

— Na capital você não vai ver coisa alguma, mas se você seguir para os outros templos, com certeza fica bem mais evidente. — ele sorriu.

— No caso, parece que você está conspirando contra os monges, senhor... — o encarei com um sorriso no olhar, ele olhou rapidamente para os lados e se aproximou.

— Não fale besteiras assim, novinha. — ele sussurrou. Seu hálito era surpreendentemente agradável. — Eu só não suporto ser tratado como lixo.

— E vocês são?

— Somos. Você, por exemplo, deve estar correndo perigo e nem sabe. — ele voltou a falar normalmente — O Avatar Aang é um dos poucos que podemos confiar.

Bebi o último gole de cerveja na caneca e sorri para o homem, deixando um sorriso para trás e indo até o quest board com as informações que eu precisava para seguir até o próximo templo. Notei que o Nothern Air Temple seria meu próximo destino, então seria uma viagem um tanto quanto longa. Saí da base Aero e segui direto para casa. Talvez eu tivesse ficado um pouco mais bebendo, mas nada ali me era tão atrativo.

Já em casa, notei que uma bola esverdeada estava sobre minha cama. Ao me aproximar, um karrablast de coloração distinta dormia pacificamente. Provavelmente rachara do ovo que ganhei de meus pais. Talvez fosse um bom momento para tirar um cochilo e continuar mais tarde, visto que ainda nem passara do meio dia.

Considerações escreveu:
1. Sorteio do nascimento do karrablast aqui;
2. Ficha do karrablast:

- Karrablast

Spoiler:

3. Ensinei o Rain Dance para o karrablast;
4. Ensinar Protect e Giga Drain para a joltik, por favor.
5. Qualquer dúvida, vem de MP.