CRIMSON MIRELANDS, AO ANOITECER

Estava recém anoitecido e Michiru sabia que precisava analisar as matérias primas ao redor de Hisui para ter um melhor planejamento do que iria fazer nos próximos dias. Ele sabia dominar muito bem uma katana, mas contava com a ajuda de Rowlet porque Pokémons poderiam ser muito imprevisíveis, e também seria uma boa oportunidade de conhecer seu parceiro, que ficava voando conforme Michiru andava, e pousava no ombro dele assim que ele parava por muito tempo.

— Então Rowlet, quais são seus planos pro futuro?

Apesar de ter ouvido que a pergunta era pra ele, Rowlet não entendeu muito bem e apenas virou a cabeça pro lado. Não estava tão escuro, dava pra ver muitas coisas por ali, então iria aproveitar para coletar alguns materiais conhecidos para usar posteriormente, os Medicinal Leaks, estes sendo um pouco diferente dos que tava habituado.

— Talvez precise comprar alguma receita que utilize esse aqui.

Michiru analisava conforme colhia em algumas árvores, até ter ouvido um som não tão familiar, parecia ser algum tipo de Pokémon que estava perto da água. O rapaz analisava bem a situação, e lembrava-se que Laventon havia dito para capturar a maior quantidade de Pokémons que conseguisse, pensando nisso, o rapaz de cabelos azuis foi se aproximando daquela criatura estranha, enquanto fazia um gesto de silêncio para Rowlet, e discretamente pegando uma Pokébola em sua sacola pronto para jogar, mas antes que pudesse ser possível, o Pokémon se virou, era Croakung.

- Croagunk

Spoiler:

Estava surpreso? Parecia estar desconfiado o tempo todo, e estava indo em direção a Michiru, ele tinha que pensar rápido, vendo uma Apricorn estragada ali no chão e jogando em Croakung, pensando que assim teria tempo de correr para o mais longe possível quando acertasse, mas Croakung pegou a fruta que lhe foi arremessada, surprendendo Michiru e seu Pokémon.

— Droga… Rowlet…

Rowlet não parecia se sentir confiante, assim como Michiru também não se sentia, mas ao notar a reação do Pokémon adversário, percebeu que ele havia gostado da Apricorn estragada… Era isso mesmo? Ele inclusive comeu a fruta e pareceu se sentir feliz com aquilo. Michiru encontrou outra ali no chão, havia caído de uma árvore e sido levada com o tempo, ele pegou e tentando confiar nos próprios instintos aproximou-se calmamente para entregar ao Pokémon que não parecia nem ser um adversário.

— Você gosta disso? Eu posso te dar mais…

Dizia tentando criar algum tipo de confiança com o Pokémon e entregando outra Apricorn a ele, da mesma forma que Michiru estava inseguro, Croagunk estava desconfiado, mas aceitou, olhou, cheirou e comeu a Apricorn. Como algo estragado poderia fazer bem para um Pokémon? Algo que até instigava Michiru a querer conhecer mais daquele Pokémon.

— Você é muito interessante, como é seu nome?

Croagunk que parecia já não estar mais desconfiado e parecia estar fazendo amizade com Michiru respondeu “Crô-Crô-Gunk”, Michiru ficou tentando entender aqueles sons até que talvez resolvesse chamar de Crogunk o sapo (que coincidência, porque era o nome dele), ele ainda iria tentar dialogar mais com o Pokémon, utilizando gestos e palavras.

— Ok, você é o Croakung, eu sou o Michiru e esse é o Rowlet. Nós queremos ser seus amigos. Me permite conhecer melhor você?

Michiru gesticulou bastante, apontando para si, para Rowlet, abraçando a ave ao dizer amigos, pegando uma Berry podre que estava junto da Apricorn do chão e em seguida estendendo a mão para Croagunk, este que por sua vez, segurou na mão de Michiru mas estava olhando para a Berry. Michiru Entregou e aproveitou o momento de baixar a guarda para fazer carinho em Croagunk, mas havia sido o momento de fazer anotações, por isso anotou tudo o que poderia na própria Pokedex sobre aquela espécie, desde seu nome, e características físicas até seu comportamento e hábitos observados, e logo teve um insight, por que não desenvolver remédios para Pokémons? Talvez pudesse ser um bom empreendimento, mas queria ter a oportunidade de conhecer melhor diversas espécies de espécies, porque certamente Rowlet não faria o que Croagunk estava fazendo. Michiru tirou uma Pokébola da própria mochila e mostrou para Croagunk, seguido de todos os frutos estragados que haviam ali, logo entendendo que ele era um Pokémon do tipo venenoso.

— Você quer ser meu Pokémon e me ajudar a expandir o negócio da minha família? Quero conhecer melhor sobre você e futuramente fazer consumíveis para Pokémons. O que você acha? Eu posso te dar mais disso.

Ele apontou para os frutos como um leve suborno. Croagunk tinha uma personalidade um tanto estranha, ele pareceu ter aceito, mas sem muita euforia, apenas encostou no centro da Pokébola, onde logo foi sugado, fazendo-a se mexer três vezes até que por fim estivesse capturado. Michiru soltou o sapo para fora da esfera para falar com ele.

— Bom… Agora nós vamos descobrir Hisui juntos, eu, você, Rowlet… E quem mais? Obrigado por confiar em mim, não vou te desapontar.

Att: