Laki, um renomado ator e detetive secreto da polícia de Pokegea estava em sua cama quando recebia a ligação de um velho amigo: DJ Léo, do trio Dig-Dug-Léo, famoso grupo que embalava Alola inteira com suas músicas dançantes que faziam todos irem a loucura.

O celular tocava no vibracall, mas ele estava acordado. Ao seu lado, uma garota dormia tranquilamente em sua cama e antes de atender o aparelho ele saia silenciosamente da cama. Na varanda, ele apertava o botão para que pudesse falar com o remetente da ligação.

- Ai Laki, é o Léo. Só de boa? Cara, ce ta sabendo de alguma parada acontecendo que tudo tá pegando fogo? Isso ai não é normal não...
- Eai meu chapa. Pois é. São incêndios criminosos. Mas pode deixar que eu vou correr atrás de saber quem tá fazendo isso. Fica frio.
- Belezura então meu chapa. Se precisar, pode contar comigo. Não vamos deixar que ninguém ferre com a Alegria de Alola cara. É nosso orgulho.
- Fechou meu camarada. Tamo junto. Quando souber de algo eu te aviso. Abraços.
- Abraços.

Apesar de não se falarem a um tempo, a conversa era um pouco curta. Ambos estavam preocupados demais para amenidades. Laki já estava sabendo disso um pouco antes que Léo, pois minutos atrás havia recebido uma mensagem da Polícia. Era por isso que não estava conseguindo dormir. Estava matutando sobre as possibilidades.

A Team Imperium é a única gang especialmente ativa hoje em dia, mas eles são muito minuciosos e consistentes em seus intentos. Não são fanáticos como as equipes anteriores, ou megalomaníacas. Tampouco apegadas 100% ao material como a Team Rocket. É improvável que eles estejam por trás disso, apesar de ser o mais óbvio. Mas como eu digo: Quanto mais estranho um crime, menos óbvio é o criminoso.

Era com esse pensamento fora da caixa que ele, que começou como um policial, hoje era um ator que interpretava um policial, tirando de si desconfianças óbvias gerando um conflito de obviedades em sua vida. Um pensamento intrincado.

Ele já havia sido convidado a liderar a equipe de investigação. Em 24 horas ele se propunha a esboçar uma linha de ação para a policia, mas era difícil saber por onde começar. Teria que que ir pelo mais fácil primeiro. E o mais perigoso.

Vou entrar em contato com a Team Imperium... Seria difícil conseguir essa informação rapidamente em pouco tempo se eu tentasse me tornar um espião, mas farei algo diferente. Buscarei entrar em contato com membros proeminentes dessa organização. Talvez eu consiga ter uma boa conversa. Talvez até tenhamos inimigos em comum... Terei que ser mais audaz que o normal. Mas esse é meu estilo de investigação. É assim eu o Detetive L de Alola deve agir!

- Smeargle, prepare nossos equipamentos. Vamos visitar alguns informantes. – falava ele com seu Smeargle, seu fiel escudeiro, que saia da pokebola e começava a atender o pedido de seu mestre.

Se tem uma cidade que exibe até hoje as marcas de sua história é Ecruteak. Segundo os mais velhos, a região era comumente visitada por pokémons lendários e aquele que mais se fez presente era Ho-oh, a ave amava se empoleirar na Bell Tower. Alguns ainda acreditam piamente que as feras lendárias renasceram na burned tower, adicionando mais três nomes para a lista. Grimsley acabou fazendo morada nesse cenário cheio de enredo e rapidamente se habituou a vida na cidade, tornando-se o seu representante.
O trabalho como defensor da região acabava obrigando o dark tamer a acordar cedo. O que provou ser um enorme dilema para o jovem, afinal ele e seus companheiros tinham hábitos noturnos. Acabou precisando entrar num processo de adaptação, ou melhor, os cidadãos precisaram se habituar a ele.
De maneira despreocupada, eriçou-se como um gato, desvinculando-se lentamente da cama. Os olhos ainda estavam fechados enquanto se dirigia ao banheiro, local em que lavou o rosto e aprontou a banheira, regando-a com água morna e sais de banho.
Uma vez que se encontrava completamente limpo, desceu a escadaria indo em direção a copa. Local no qual sua assistente terminava de aprontar o café da manhã, com um singelo sorriso disse: - Bom dia, Kath! Hoje teremos um dia cheio? - Concluiu a indagação enquanto sentava numa cadeira, logo em seguida começou a passar manteiga na torrada.
A mulher se assustou com o bom humor do chefe e sem querer irritá-lo, respondeu-lhe: - Bom dia! Hoje temos apenas um desafiante agendado, provavelmente terá o resto do dia livre. - O especialista em pokémons dark pareceu satisfeito com o que ouviu e rapidamente devorou a torrada, almejando dar cabo do desafiante de maneira ágil.
Saiu de casa acompanhado por Kath, a jovem ainda estava se habituando a andar com alguém famoso, por onde passavam as pessoas acenavam, tudo graças a fama de Grimsley ou talvez devido a suas roupas. Hoje em especial trajava um kimono branco com adornos nas cores preta e azul marinho, preso por uma faixa preta. Seus sapatos também eram bastante simples, apostou no clássico calçado social preto.
Não tardou para que chegasse ao local em que os desafios ocorriam, mirando com os olhos, notou que o treinador já estava a sua espera. Com um sorriso malicioso o homem disse: - Vejo que está com pressa para ser derrotado. - Grimsley concluiu a frase sacando uma pokébola, ao ativar o item materializou um fantasma roxo, o corpo era repleto de gemas e claramente fazia lembrar seu mestre.

[...]

Grimsley foi implacável, não deu folga para o adversário e concluiu o combate rapidamente, utilizando as mais sujas artimanhas. Seus se olhos se voltaram para o desafiante de maneira desdenhosa, levou a mão em direção a boca e bocejou, logo em seguida disse: - Nem me fez suar. - Concluiu enquanto se espreguiçava, partindo em direção a cadeira.
De maneira despreocupada, começou a checar as mensagens recebidas no apetrecho e não demorou para encontrar algo que lhe chamasse a atenção. Karen havia deixado um recado, algo pouco comum, curioso colocou-se a ler.

”Grimsley, corre! Chegou um novo estilista em Novus! Parece que ele está trabalhando com peças personalizadas, vem garantir a sua!
Ass: Karen s2”

O dark tamer olhou de maneira desgostosa para o kimono que vestia, embora no começo do dia essa fosse a sua peça favorita, agora parecia velha e desbotada. De imediato saltou e sacou seu talismã, mas antes que o ativesse, ouviu a assistente dizer: - Cof! Cof! Gostaria de lembrar que o senhor já não tem dividas mas o ideal seria não voltar aos vícios antigos! Seja cauteloso com os seus gastos. - Com um sorriso malicioso, o homem respondeu: - Hahahaha! Tudo bem, qualquer coisa eu vendo você. - O corpo de Grimsley foi envolto num clarão, sendo teletransportando para a capital, deixando para trás uma funcionária cheia de dúvidas.

Era uma noite bem tranquilo, o antigo líder da cidade de Ecruteak, Grimsley, caminhava pelas trilhas calmas e solitárias da Route 510. O treinador ainda estava aborrecido pela sua derrota humilhante que ocorreu e sua expressão facial não era a das mais agradáveis de se encarar, nenhum pokémon selvagem ousava se aproximar do homem, que caminhava exalando um ar tão perigoso e carregado de ódio que até mesmo os pokémons cruéis que estavam por ali, da mesma forma alguns treinadores trombavam seu caminho e nem mesmo eles ousavam enfrentar o treinador.

"Aquela mulher maldita...Eu vou exterminar ela ainda...E vou retomar minha cidade...Eu vou...Matar...Aquela..." Os pensamentos de Grimsley fluíam como uma correnteza de um rio, porém carregada de ódio pela mulher que havia humilhado o mesmo em seu próprio ginásio e cidade. Porém seus pensamentos eram muito mais sinistros que o comum e seus passos eram muito leves e agora ele começava a sair da trilha, entrando no meio da floresta. -Matar...Aquela...Eu vou...Maldita...Mulher...- Grimsley agora começava a sussurrar seus pensamentos odiosos e seus olhos perdiam o brilho, como se ele perdesse sua vida.

O caminhar do Dark Tamer era preciso, silencioso e lento, ele rumava para o centro da densa floresta e agora uma densa névoa negra começava a surgir em volta de Grimsley e se espalhar pela floresta, nenhum pokémon se aproximava e o frio começava a imperar pelo local, como seu não tivesse vida por ali e então uma risada sombria e impiedosa começava a surgir por toda a floresta e Grimsley acordava.

-O que? Onde eu estou? Como eu vim par...- Grimsley simplesmente parava de falar, mas não por ter ficado sem ter o que falar, ele movia sua boca, mas nenhum som saia de seus lábios, seus olhos se arregalavam e duas garras surgiam do meio da névoa e agarravam o treinador sombrio.


O corpo de Grimsley se esfriava potencialmente e ele começava a tremer, se ajoelhando e sentindo um pavor extremo, nesse momento Purrloin saía da pokébola e tomava a frente de Grimsley, mas ela simplesmente tomava um rasgão no peito e entrava na pokébola, que por sua vez era flutuada e envolvida pela névoa, ficando totalmente negra e entrando dentro do bolso de Grimsley que era absorvido pela névoa e então era possível ser ouvido.

Matar aquela mulher...Eu vou te conceder o poder para isso...

Após isso, a névoa se dissipava, Grimsley estava em pé, com um ar totalmente diferente de antes, não exalava o ódio e nem o medo, apenas um ar de superioridade saia do corpo do ex-representante de Ecruteak. Em sua mão, a pokébola de Purrloin totalmente negra. Grimsley guardava-a e partia para fora da floresta, tomando um caminho bem preciso, Ecruteak City.

Ariana estava viajando por Pokégea há muito tempo, em busca de uma única coisa, saber a localização de seu antigo amor e líder, Giovanni, porém ela nunca conseguia encontrá-lo e sempre que se aproximava de pistas para encontrá-lo, essas mesmas pistas eram falsas ou existiam nos locais há muito tempo, até mesmo antes do Grande Cataclisma, e essa falta de saber, de localização, deixava a ex-líder da Team Rocket extremamente frustrada.

Naquele dia não seria nem um pouco diferente. Ariana estava viajando pelos arredores de Slateport City, parecia que haviam pistas de que Giovanni havia capturado um pokémon ali, porém assim que chegava perto, ela se decepcionava, mas naquele dia, algo diferente aconteceria, ela encontraria alguém mas não chegava nem perto de ser Giovanni. A mulher estava nos arredores da cidade, bem próximo à uma das entradas da mesma e ela ouvia simplesmente uma voz masculina lhe chamando de um buraco, era bem grossa e bem poderosa, ela sentia que finalmente havia encontrado Giovanni.

"Olha minha pequena Ariana...Que bom que conseguiu me encontrar, venha aqui dentro, não posso sair na Luz."

Ariana entrava no buraco e então via o homem, ele era moreno como Giovanni e até mesmo elegante como tal, porém não passava disso, ele segurava uma bengala em uma mão e na outra uma pokébola, liberando dela um Gengar e logo em seguida o pokémon atravessava o corpo de Ariana e a prendia no chão, possuindo suas pernas, o homem então se aproximava dela e colocava a parte de baixo da bengala na testa dela e sussurra bem baixo, porém com o eco do buraco o som entrava perfeitamente nos ouvidos da mulher, que agora era liberta da possessão do Gengar e o homem encarava-a. "Sabe o que tem que fazer?" A mulher movia a cabeça para cima e para baixo concordando. -Sim, Mestre Giovanni...Devo matar todos eles...Todos os falsos." A mulher então sorriu e saiu caminhando do buraco, indo para o Centro Pokémon de Slateport City e desde então o paradeiro da mulher é dado como desaparecido, assim como todos os pokémons que estavam naquele Centro Pokémon.