Era hora de seguir viagem. A grande montanha ao sul de Pewter era onde a próxima exploração acontecia, então eu queria explorá-la um pouco antes de ir correndo para lá. Depois da minha passada no Centro Pokémon, eu entrei por Pewter almejando o cume do lugar (e também as suas proezas minerais).

O exterior era de tirar o fôlego, parecendo que o monte tocava os céus, mas o interior era onde a real beleza estava: numa rede de cavernas ascendentes que se fazia em diversos cristais brilhantes enquanto se dirigiam ao planalto. Pelo visto, eu não era a única mineralogista encantada com aquela que deveria ser uma das maiores altitudes de toda a Pokégea.

Logo assim que entrei, eu utilizei o meu Ride Pager para quebrar algumas pedras nos nossos arredores, buscando achar um fragmento de fóssil. O Pokémon que foi invocado fazia logo o seu papel e se desmaterializava pela Poké Ball do item, deixando para eu lidar com os dois Pokémon invocados pela ação e o item que guardavam.

— Ótimo, a cara deles não está nada boa. Vaporeon, use Surf. Snover, use Blizzard.

A criatura aquática subitamente tornou-se suspensa por um pilar d’água, que se espalhava por todo o campo de batalha e pelas galerias ao fundo da caverna. Devido à fraqueza de ambos os oponentes ao tipo água, eles eram desmaiados pelo movimento rapidamente. Snover, no entanto, recebia uma alta parcela de dano, mas ainda conseguia ficar de pé graças a resistência.


Quando a água abaixou, a única coisa que sobrou e foi trazida aos meus pés havia sido um fragmento de Armor Fossil. — Acredito que isso seja meu. — Comentei, deslizando as mãos até a mochila e pegando duas Great Balls para capturar ambos os Pokémon derrotados.

Aquele pedaço de vida antiga adormecida me motivava a continuar no meio daquelas pedras, para ver se conseguia mais achados no meio de tudo. Coletei o que era necessário ser coletado e caminhei adiante.

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Deslumbrada com a infinidade de belezas minerais da montanha lunar, eu como mineralogista acabava pegando tudo o que eu via pela frente: estilhacei uma estalactite e consegui uma Pearl escondida nos sedimentos e me aventurei também pelas breves tempestades de poeira para conseguir algumas gemas.

Fazer isso, no entanto, me permitiu avançar pelas galerias inóspitas da caverna. Um vento gélido cortava pela minha espinha e numa questão de segundos, eu percebia uma presença na sala. A criatura encapuzada não me era estranha e eu tentava um contato, mas ela permanecia parada, calada, por alguns minutos. Ela se aproximava um pouco mais dessa vez, diferente de nosso último encontro, revelando uma estatura altíssima, o dobro de um ser humano normal. Com certeza era humanamente impossível um ser humano comum ter aquele físico, por mais excêntrico que fosse.

Seus braços se estendiam de uma hora para outra, estava farto de minha análise — ou da falta de ação. No mesmo momento, três Pokémon eram puxados dos confins da escuridão e tornavam a me atacar. Meus reflexos enviavam Florges direto para o campo.

— Dazzling Gleam! — O ser, no entanto, permanecia impávido.

As coisas, no entanto, começavam complicadas: um dos goblins corria pelas paredes da caverna e estapeava as laterais da cabeça da fada, enquanto o cristal ambulante fazia um pedaço de pedra soltar-se do teto em sua cabeça e o outro Sableye aproveitava para assustá-la. Aqueles ataques brutais dos Pokémon brilhantes a fazia chocar-se com um geodo, revelando uma gema roxa.


— Argh, que droga! Agora sim, Sludge Wave!

Antes de tudo, ambos os fantasmas se metiam pelas sombras e atacavam Florges sem qualquer pudor. Num dado momento, a fada balançava o seu próprio corpo e no mesmo momento destruía a meia-luz da sala com um clarão, que também servia como um movimento ofensivo e causava grandes danos aos Pokémon subterrâneos. Apesar disso, Carbink nem se importava e invocava seis pedregulhos que brilhavam em cores diferentes e então eram disparados.


— Dessa vez, Sludge Wave!

Dessa vez, seus ataques combinados também aconteciam, porém eram esperados. A ninfa, então, expandia a onda de lodo venenoso como um campo de proteção e lançava ambos na direção das paredes laterais da caverna. Agora, apenas o Pokémon de pedra permanecia no combate. Ainda saudável, insistia em seu poder ancestral e o disparava contra a oponente esperando pelo poder residual. Arfando, Florges colocava as mãos sobre o tórax e sentia o seu vigor se esvaindo pelos ataques consecutivos.


Eu decidi realizar, então, uma substituição. Florges havia se debilitado demais e precisava de descanso. Vaporeon, então, chegava para substituí-la. Apesar disso, Carbink via essa ação como uma janela de ataque e disparava uma pedrinha na testa do aquático, criando um tímido hematoma.


— Vamos acabar com isso por Florges. Surf!

Os bônus provaram-se suficientes para Carbink agir primeiro, disparando outra pedra contra Vaporeon. Utilizando a sua especialidade, ele reunia uma grande quantidade de poder numa onda gigante, que finalmente derrubava o Pokémon fada de sua flutuação, terminando ali o combate.


A figura assentia com a cabeça e desaparecia num piscar de olhos, deixando aqueles três Pokémon para trás. Toquei neles com duas Great Balls vazias, esperei a sua captura e então permaneci por ali para tomar conta dos meus suprimentos e dos status dos meus companheiros. Ainda assim pairava a dúvida a respeito daquele encontro peculiar na minha cabeça, mas decidi investigar conforme ia adiante.

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No caminho, eu observava o musgo entre os rochedos florir e me lembrava das suas propriedades de absorção d’água. Saquei um pequeno martelinho de meu kit de exploração e quebrei uma pedra pequena para conseguir aquele item útil.

Ao permanecer a caminhada, notei que aquele seria um bom momento para ligar o Pokéradar e deixá-lo trabalhar. Ele revelava uma silhueta um tanto incomum nos arredores. Conforme eu andava, ela ia ficando mais perto de uma pilha de pedras escuras. A minha aproximação da criatura fazia os seus olhos iluminarem, apesar do seu claro desinteresse pela minha presença.

— Parece ser o Pokémon que dá origem ao Carkol... Para ser sincera, é um pouco desapontador... — Comentei, esperando algo diferente para a minha Pokédex. Num primeiro momento, eu preferi deixá-lo quieto e explorar a sala que ele permanecia em busca de outras gemas e achados mais utilizáveis naquela caça ao tesouro mineralista. Enquanto eu vasculhava a sala para cima e para baixo, o som, dos meus passos começava a irritá-lo e num dado momento, ele saia do seu monte de pedras e ameaçava correr em minha direção em susa maior velocidade possível (que não era tanta). Saltei do seu caminho, então, entrando contrariamente naquele combate improvisado.

— Gyarados, amedronte-a com a habilidade Intimidate e então pare sua corrida com um Waterfall!

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A derrota de Rolycoly nos abria uma diferente passagem rumo ao nosso destino. Logo depois, aproveitei para consumar aquela captura com uma das minhas Great Balls vazias, que fazia um rápido trabalho e deixava Rolycoly finalmente descansar em algum lugar da minha Fazenda.

Trouxe Gyarados de volta para seu descanso na Poké Ball e caminhei em direção à uma rampa sinuosa, dentro de uma galeria larga. A luz da lua invadia aquele lugar, tingindo-o com uma fraca luz azul suficiente para notar o caminho correto ao topo com clareza. Pelo visto, a noite já tinha caído há um certo tempo conforme eu passava pelos eventos dentro da caverna, mas algo me dizia que ainda havia chão para percorrer. Ou seja, eu ainda podia ser surpreendida por algum percalço, principalmente pela sala ser um muito mais aberta do que a anterior e possibilitava até mesmo ataques aéreos.

Eu sentia uma brisa um pouco mais gélida durante a travessia pela rampa, indicando que a área externa estava por perto. Eu, então permaneci adiante aos poucos, preparada para qualquer perigo adiante.

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