Certamente passar uma temporada inteira em uma região com fortes nevascas e clima gélido havia de certa forma ''desacostumado'' o policial com o clima tropical do continente, mas apesar da mudança climática brusca, aos poucos Zenitsu e seus monstrinhos se acostumavam com a chegada da Primavera e sua atmosfera confortável e refrescante. Mesmo Pallet Town tendo diversas atrações locais que certamente valiam uma visita, o menino por hora parecia não muito interessado em envolver-se em qualquer uma das disponíveis naquele momento.

Enquanto andava pelas movimentadas ruas da cidade, em determinado momento o jovem guardião da aura encontrou uma figura peculiar no centro da praça de Pallet Town. O homem desconhecido parecia ser algum pintor da região, através de seus quadros ele buscava retratar alguns monstrinhos nativos de Pallet Town, porém em suas obras também era perceptível algumas ''espécies invasoras'', Pokémons que são trazidos para determinadas áreas através de acordo com as estações e condições climáticas.

Curioso com o trabalho de Tracey, o jovem aproximou-se e foi recebido de braços abertos pelo artista, a figura aproveitava a atenção que estava recebendo de Zenitsu para lhe apresentar suas pinturas, mostrando-o sua verdadeira paixão: pintar.

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A proposta repentina vinda do jovem policial acabava por surpreender Tracey. Apesar de não ser um artista muito famoso, o homem conseguia manter-se com sua pouca fama, usando de sua influência para vender quadros em Novus City e fornecendo algumas jóias em troca de ''modelos'' raros, conseguindo dessa forma ter quadros variados de espécies raras.

Mesmo conseguindo se manter bem, pertencer a um grupo lhe chamava atenção, ainda mais sabendo que esse grupo poderia ampliar seus horizontes, aliás era sempre bom ser mais reconhecido e ter mais modelos, quem sabe dentro da polícia a figura não poderia encontrar algo exclusivo para pintar. - Sua proposta é bem interessante, tenho que admitir. - dizia o pintor parando para refletir um pouco sobre oque acabava de ouvir. - Bom, antes de qualquer resposta quero que saiba que muito dificilmente eu conseguiria ajudar pessoas através de minhas artes, porém como assistente do professor Oak eu garanto que posso agregar bastante, principalmente no âmbito de pesquisas. - comentava o rapaz enquanto voltava seu olhar para o quadro.

Tracey de fato era um bom assistente e seria uma ajuda imensa para os pesquisadores que faziam parte da polícia, talvez aquela oportunidade fosse muito além de torná-lo mais famoso, ele poderia pegar mais experiência científica e talvez em um futuro não tão longínquo tornar-se alguém mais bem sucedido no ramo das pesquisas e estudos sobre os famosos monstrinhos.

Enquanto conversava com Zenitsu, o pintor não cansava de fazer questionamentos, o perguntando um pouco da facção, dando oportunidade para o jovem expressar-se e mostrar as coisas boas que a polícia vem fazendo pela população.

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Enquanto ouvia Zenitsu falar sobre sua facção, Tracey se via refletindo um pouco sobre os ônus e bônus de juntar-se a um grupo. O artista certamente teria outras oportunidades e mais visibilidade, porém seu perfil não se encaixava muito como um agente da segurança e isso se devia principalmente ao fato do homem tratar-se muito mais como um intelectual do que força bruta.

Tracey de fato não tinha monstrinhos poderosos para operações policiais, assim como também não tinha um grande senso de justiça, porém em determinada parte do discurso um tópico chamou a atenção do assistente, ''ajudar pessoas em momentos de vulnerabilidade''. Sendo um artista e sendo bastante sensível, Tracey conhecia o poder dos quadros e as diversas sensações e emoções que uma pintura poderia transmitir. Certamente ele não seria um bom atuante em campo, porém com seu conhecimento poderia agregar a área de pesquisa da polícia e através de sua arte poderia quem sabe auxiliar aqueles que estavam em momentos de fragilidade.

Refletindo um pouco sobre a proposta, Tracey acabava aceitando integrar as forças de segurança, dessa forma dando sua palavra de que agiria em prol não apenas de si mesmo, porém de algo maior. Antes de despedir-se do policial, Tracey recebia algumas moedas de facção de Zenitsu, dessa forma ele poderia pagar pela sua inscrição na organização quando frequentasse Novus City novamente.

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Depois de uma conversão bem sucedida e de coletar os itens produzidos pelos seus monstrinhos, Zenitsu voltou a caminhar pelas ruas da cidade em busca de qualquer atividade interessante que pudesse lhe entreter. Conforme o jovem se afastava da praça e se aproximava mais das casas, dois de seus itens começavam a emitir sinais claros e apitar constantemente, sinalizando dessa forma que existia algo pela região. Ao abrir sua mochila, o policial percebia que os sinais e apitos vinham de seu PokéRadar e ItemFinder, ambos mostravam em sua tela a existência de uma criatura incomum e um item perdido em uma das vielas que ficavam entre casas.

Embora os aparelhos apontassem para uma região estreita e de difícil acesso, Zenitsu não se intimidava e logo acabava por seguir a direção indicada pelos itens, adentrando em um beco pequeno e escuro que aparentava não ter saída. Enquanto o policial tentava entender o porquê dos sinais levá-lo para um beco vazio, Riolu percebia alguns ruídos baixos vindo de uma das caçambas de lixo da região. Ao notar que não estavam sozinhos, o canino verde começou e eriçar os pelos e aproximar-se de seu treinador, segurando na camisa do menino com uma das patas e com a outra apontando para a lata de lixo.

Antes que Zenitsu pudesse se dar conta do motivo pelo qual Riolu estava tendo um comportamento estranho, de dentro da lata de lixo emergiu um pequeno roedor com aparência semelhante a um esquilo. O monstrinho carregava em suas patas uma jóia amarelada, porém no mesmo momento em que Skwovet percebeu a presença de Zenitsu o roedor acabou por enfiar a jóia em sua boca, escondendo-a em sua bochecha. O Pokémon não demonstrava interesse em nenhum combate, parecia que sua maior vontade era sair daquela situação e fugir com o item encontrado, porém cabia ao treinador escolher se deixaria o pequenino fugir com a rara jóia ou não.

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Mesmo que no começo buscasse evitar confrontos, a oportunidade de conseguir uma joia rara juntamente com um monstrinho diferente acabava por pesar na decisão de Zenitsu, fazendo o jovem policial abandonar sua postura pacífica. Sem hesitar muito em sua decisão, o rapaz logo escolhia seu inicial para travar o duelo contra o pequeno esquilo, dessa forma Fenrir prontamente se colocava perante o esquilo, apenas aguardando o momento ideal para atacar.

( 100.0% ) | Nv.17 - Inner Focus | | Item | Speed: 30 |

( 100.0% ) | Nv.10 - Cheek Pouch | | Item | Speed: 13 |

Primeiro Turno
Como era de costume, Riolu tinha sua velocidade extremamente superior a de seu adversário, dessa forma ele se aproveitava dessa vantagem para sair na frente durante o combate. Fazendo uso de sua força interior o canino verde quebrava barreiras, potencializando seu próximo movimento de forma absurda. Juntando suas duas patas, o Pokémon impulsionava-se em direção a seu oponente, o golpeando com um soco certeiro que arremessava o esquilo contra a lata do lixo, fazendo com que o mesmo soltasse a pedra rara que segurava e quase caísse inconsciente. Apresentando uma grande resiliência, o roedor se levantava ainda machucado, correndo em direção a Fenrir e chocando seu corpo contra o canino bípede, causando um dano quase insignificante no mesmo.

Segundo Turno
Como forma de finalizar aquele combate desigual, mais uma vez o Pokémon lutador desferia o mesmo golpe, porém dessa vez a ausência de sua aura era perceptível, mas ainda sim o golpe era letal o suficiente para nocautear Skwovet, fazendo o monstrinho cair desmaiado no chão sem chance de revidar ou fugir do combate.

( 87.3% ) | Nv.18 - Inner Focus | | Item | Speed: 32 |

( Inconsciente ) | Nv.10 - Cheek Pouch | | Item | Speed: 13 |

Logs:

O combate acabava tão rápido quanto havia começado, agora na frente do policial existia um monstrinho inconsciente e uma pedra rara amarelada jogada no chão. Riolu sentindo-se vitorioso olhava para seu dono demonstrando alegria e confiança, o pequenino abanava sua cauda constantemente enquanto esperava afagos e elogios de seu treinador.

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Depois de capturar a criaturinha selvagem, Zenitsu Agatsuma e seus monstrinhos continuaram caminhando pela cidade de Pallet Town. Apesar de estar na região há algum tempo, o jovem rapaz sentia que não havia explorado muito da cidade, aliás constantemente ele interrompia seu turismo para batalhar com alguns indivíduos da fauna local e isso tem o distraído de certa forma de seu objetivo.

Buscando manter-se longe de encrenca, o policial fazia uso de uma substância líquida, aplicando suavemente um repelente em sua pele. Apesar do produto não emitir cheiro para humanos e Pokémons domesticáveis, a substância tinha um cheiro insuportável para as criaturas selvagens, fazendo-as se afastar e formando uma espécie de escudo natural para o rapaz que buscava evitar esses confrontos desnecessários.

Depois de algum tempo caminhando pela cidade de Pallet Town, Zentisu recebeu uma importante notificação em seu Rotom Phone. Ao verificar o aparelho eletrônico o garoto notava que a mensagem havia sido enviada da delegacia de Pallet Town, aparentemente os policiais estavam precisando de algum policial para escoltar uma jovem dama até a cidade de Violet City, uma metrópole vizinha que não se localizava muito longe.

Segundo o comunicado oficial, a menina tratava-se de Clara Sesemann, uma jovem treinadora que possuía seus movimentos limitados, dessa forma tendo que fazer uso de uma cadeira de roda para locomover-se. Essa limitação da menina tornava todo trajeto mais complicado e perigoso, devido a isso a polícia devia mostrar-se prestativa e auxiliar a jovem até seu destino em segurança.

A tarefa parecia demandar um alto conhecimento e uma responsabilidade enorme, porém apesar das dificuldades também seria a oportunidade perfeita para Zenitsu provar seu valor a sua facção, iria ele aceitar a difícil missão?

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Após coletar algumas recompensas que lhe aguardavam no PokéCenter, Zenitsu seguiu seu caminho pela cidade de Pallet Town, chegando à delegacia local depois de alguns minutos de caminhada. Logo ao chegar no estabelecimento, o jovem policial era surpreendido pela visão de Clara, uma jovem que devido às suas necessidades físicas fazia uso de uma cadeira de roda para que assim pudesse se locomover. Mesmo carregando em seu rosto um semblante triste e tímido, Clara estava bem acompanhada, tendo ao seu lado um adorável Audino que criava um contraste com sua treinadora, aliás a espécie desse monstrinho era muito famosa por conta de seu otimismo e bom humor.

Ao perceber que Zenitsu iria escoltá-la, Clara apenas concordava com a cabeça e com um gesto pedia para que Audino acompanhasse o jovem rapaz. Ainda tímida e sem vontade de interagir, Clara tentava se comunicar apenas quando necessário, evitando ao máximo contato tanto com Zenitsu quanto com o mundo à sua volta. Mesmo que não deixasse transparecer, por trás daquele triste semblante um dia existiu uma menina que sonhava em se aventurar pelo mundo, porém quando seus sonhos foram frustrados por conta de um acidente, Clara se fechou para o mundo, tornando-se uma pessoa amargurada e melancólica.

- Certo, obrigada por ter aceitado essa escolta - dizia a menina evitando trocar olhares com o policial. - Não é um favor, ao final do trajeto irei recompensá-lo por isso, apenas peço para que evite comentários... Caso precise de ajuda ou não esteja preparado para me escoltar, Audino poderá prestar suporte. - após esclarecer tudo que tinha de ser esclarecido, a menina apenas fincava seu olhar na porta da delegacia, fazendo um gesto para que seu Audino começasse a empurrar sua cadeira de rodas em direção a saída do estabelecimento.

Deixando o estabelecimento Zenitsu podia notar que a noite começava a assolar toda a cidade, trazendo ventos frios e gélidos consigo, assim como amaldiçoando todos com os perigos noturnos. Os desafios pareciam se multiplicar aos pés do jovem rapaz, agora teria de escoltar uma jovem em meio a escuridão, horário esse o qual era oportuno para bandidos e monstrinhos noturnos que gostavam de esgueirar-se pelas sombras em busca de alvos faceis.

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