A noite se mostrava cada vez mais impiedosa, a pequena cidade de Pallet estava coberta pelo manto sombrio da escuridão, as ruas estavam tomadas pelo silêncio fúnebre, nem mesmo as criaturas selvagens mais corajosas da região ousavam deixar seus abrigos para se aventurar pelo ambiente. Logo ao chegar na cidade a pesquisadora sentia um estranho pressentimento, algo não parecia estar muito certo por ali. Por conta de ser uma guardiã da aura, Ayla conseguia sentir vibrações e energias, coisas que muitos humanos eram incapazes de distinguir. Mesmo percebendo algo errado na região, por hora a jovem optou por não pensar muito sobre, ela estava na cidade com apenas um objetivo: se encontrar com Kayn.

Depois de passar no centro hospitalar, a jovem e sua raposa noturna se locomoveram até o Viveiro Xanadu, uma pequena atração turística da cidade, um lugar repleto de raras flores e vegetações das mais diversas. Ayla não entendia bem o porque Kayn havia requisitado sua presença tão urgentemente daquela forma, ela também não fazia ideia o porque o ponto de encontro seria a famosa estufa de flores, porém a jovem evitava questionar as ordens do menino, aliás ele era um policial extremamente mais experiente que ela, certamente sabia oque estava fazendo.

Após caminhar por alguns minutos pelas ruas silenciosas de Pallet Town, finalmente a jovem e seu fiel companheiro, Umbreon, se aproximaram da entrada do Viveiro Xanadu. Antes que a menina pudesse empurrar os portões de madeira e adentrar a instalação, uma mão em seu ombro lhe impediu, ao olhar para trás os olhos lilás de Ayla encontravam um parte de olhos verdes familiares, era Kayn. Animada por reencontrar seu parceiro, a garota não desperdiçava tempo e o abraçava buscando matar as saudades. Após alguns segundos abraçados, a policial começava a se sentir um pouco envergonhada por causa da tamanha proximidade, assim por conta própria ela cortava o abraço e questionava a Kayn o porquê dela a ter convocado no meio da madrugada.

Com um pouco de pesar em sua voz, o policial abria as portas do Viveiro, convidando-a para entrar. Embora fosse uma atitude um tanto quanto estranha, a menina aceitava o convite e o seguia por dentro da enorme estufa sem saber ao certo oque esperava encontrar por lá. Depois de alguns segundos caminhando em silêncio, Kayn parava em frente a uma porta de vidro que dividia as espécies mais comuns das extremamente raras que apenas cresciam em ambiente controlado, ao passar pela porta o homem se aproximou de uma caixa de vidro que estava coberta por um pano branco. Calmamente, Kayn puxava a coberta e revelava um conjunto de flores brancas que estavam sendo cultivadas pela dona do Viveiro Xanadu. Após revelar o motivo pelo qual ele havia chamado a jovem, Kayn começava a explicar um pouco sobre aquela rara e exótica espécie, também contando um pouco da trágica história por trás daquela flor e o porque ela era tão especial.





Dama da Meia-Noite é um nome popular dado para uma flor branca, rara e exótica, espécie a qual foi descoberta nas altas cadeias montanhosas da antiga região de Kalos. Esse espécime ficou mundialmente conhecido por conta de seu curto tempo de vida e fragrância incomparável. Essa flor apenas floresce uma vez ao ano durante um dia do Outono. Após passar meses retraída, essa maravilha botânica enfim começa seu processo de desabrochar, assim na primeira manhã da estação essa flor começa a se abrir lentamente, concluindo seu processo por completo durante a noite.

Quando completamente florescida a flor solta um aroma adocicado no ar, aroma esse que é atraente tanto para os monstrinhos, quanto para os humanos, porém após chegar ao seu ápice durante a madrugada, a flor começa a morrer lentamente, perdendo seu cheiro e pétalas e na manhã seguinte ela já se encontra completamente seca, assim reiniciando seu ciclo e voltando a florescer apenas após um ano. Muitos herbalistas usam o aroma dessa espécie de flor para atrair criaturas raras, porém o processo de extração do cheiro dessa maravilha botânica é um tanto quanto complicado tendo em conta que é uma flor impossível de se encontrar em estado selvagem, assim como também possui um tempo curto para que esse aroma possa ser extraído.

Após o grande cataclisma essa espécie foi quase toda dizimada, os últimos exemplares existentes foram transportados por policiais e pesquisadores até o Viveiro Xanadu, atualmente não existe nenhum lugar descoberto com abundância dessas flores. Alguns nativos da antiga região de Kalos associavam essas flores com o famoso monstrinho Vivillon, principalmente seu padrão branco. Essas pessoas acreditavam que avistar um Vivillon branco em seu estado selvagem podia ser um forte indício da presença dessa flor considerada mística.



Conforme a pesquisadora escutava Kayn terminar de explicar sobre a espécie, Ayla sentia um gelo percorrer toda sua espinha, ela estava diante dos últimos exemplares de uma flor. - Quer dizer... Que só tem essas ainda vivas? - questionou a naturista se inclinando um pouco diante da vitrine para observar as poucas flores que estavam quase desabrochando por completo. - Sim, esses são os últimos. Os pesquisadores, botânicos e herbalistas fizeram um esforço coletivo para comprar os últimos exemplares que estavam espalhados pelo continente e colocá-los aqui. Chegaram ontem ao viveiro. - o policial concluiu enquanto voltava a pôr o pano por cima da vitrine onde as flores estavam. - Mas eu acredito que você não me chamou apenas para vê-los, certo? - a garota perguntava um tanto quanto curiosa olhando nos olhos de Kayn.

- Está certa... - o homem respondia dando um profundo suspiro. - Me designaram para ajudar na proteção do Viveiro, aliás hoje é um dia de extrema importância, já que é o único dia do ano que elas desabrocham... A dona do Viveiro precisa de escolta enquanto extrai o pólen das flores para reproduzi-las. - concluiu o policial, assim voltando seu olhar para o teto da estufa, observando assim os céus estrelados. - Eu fui enviado sozinho por ser o único pesquisador/policial disponível no centro de Novus City, porém creio que precisarei de sua ajuda para que essa missão seja bem sucedida. O viveiro é bastante grande e eu não consigo vigiá-lo por completo. - concluiu Kayn enquanto desviava seu olhar das estrelas e olhava diretamente nos olhos brilhantes de Ayla.

- Eu ouvi boatos de moradores próximos que existem grupos de facções querendo se unir para roubar os últimos exemplares dessa espécie de flor, aliás elas valem uma fortuna e certamente são itens de desejos de grandes magnatas. - Kayn voltava a falar dando uma breve pausa e olhando na direção da vitrine. Ao saber que estava sendo designada para uma missão de tamanha importância, Ayla se sentia quase sem palavras, aquilo tudo era incrível e ela mal podia acreditar que estava testemunhando um evento de extrema raridade. Com confiança em seu olhar, a jovem repousou uma das mãos sobre o peito de Kayn buscando acalmá-lo. - Vamos conseguir proteger as flores, nada vai acontecer com nós dois vigiando. - afirmou a jovem com um sorriso encantador em seus lábios. Embora ainda estivesse receoso, o policial confiava em sua parceira, assim ambos se dividiram, Ayla cuidaria da parte leste do viveiro enquanto Kayn vigiaria a parte oeste.

Após se despedir de seu amado amigo e namorado, a pesquisadora se dirigiu ao extremo leste do Viveiro Xanadu apenas acompanhada de seu Umbreon. Enquanto fazia a escolta e vigia da região, a jovem apenas conseguia se lembrar dos detalhes que Kayn havia lhe dado sobre a flor, era realmente incrível a particularidade daquela espécime. Conforme o tempo passava tudo parecia estar ocorrendo ligeiramente bem, porém de forma repentina o principal portão do Viveiro se abriu bruscamente, revelando a silhueta de um homem que estava acompanhado de dois monstrinhos, um Lombre e um Stantler. Ao entrar no local, a figura masculina encarava Ayla com seu olhar um tanto quanto penetrante, após encarar a menina, o homem se virava de costas e caminhava na direção onde as raras flores estavam guardadas.

Ao notar a figura desconhecida se aproximar das flores com seus Pokémon, rapidamente a policial se colocou entre a porta que dava acesso a área onde as mesmas estavam expostas e o estranho homem. - Essa área não está liberada para visitas... - a menina dizia de forma um pouco brusca enquanto buscava entender os interesses da enigmática figura. - Guardinha noturna, eu não tenho tempo para brincadeiras. Saía da minha frente. - o homem respondeu enquanto olhava a garota com desdém. Irritada com a fala do homem, Ayla arremessou a esfera metálica de seu Gallade para o alto, libertando o mesmo para um combate.

Embora o homem visivelmente não estivesse interessado em perder tempo, ele acabava por revidar da mesma forma agressiva, assim ordenando que seu Stantler entrasse em combate. - Vamos acabar com isso logo, eu tenho mais o que fazer. Stantler use Tera Blast! - ordenava a figura enquanto constantemente desviava seu olhar para a porta de vidro que estava atrás da policial, claramente aquele homem se tratava de um dos contrabandistas interessados na rara flor. - Gallade, use Sacred Sword! - ordenou a pesquisadora com seu tom de voz firme, não fraquejando nem por um momento.



❯ Terastalização ❮
Stantler

Antes que qualquer um dos monstrinhos pudessem atacar o membro religioso abriu um sorriso confiante em seus lábios, logo em seguida ele pegou firmemente a esfera metálica de Stantler em suas mãos. A Pokébola cujo pertencia ao monstrinho era diferente das outras, ela possuía tons roxos e parecia ter uma pedra em seu interior. Ao segurar a esfera e levantá-la, diversas partículas brilhantes eram atraídas para dentro da mesma, assim tornando a pedra que antes estava apagada em uma pedra que reluzia cores vibrantes na tonalidade azul e ciano. Após esse processo o homem jogava a esfera metálica na cabeça da criaturinha, fazendo com que seu Pokémon fosse envolvido por um enorme geodo de cristal que pouco tempo depois se fragmentava, revelando um Stantler cristalizado. Sua pele parecia espelhada, como se seu corpo tivesse se tornado um só com o cristal. Em sua cabeça era possível observar uma espécie de coroa sustentando um grande cristal branco que ostentava um formato de diamante.

| ♡ ( 100.0% ) ♡ | | Nv.28 - Sharpness | | Amulet Coin | Speed: 62 | | ♡ Aura Ofensiva ♡ |

| ♡ ( 100.0% ) ♡ | | Nv.24 - Intimidate | | Item | Speed: 53 | | ♡ Tera Normal ♡ |

Primeiro Turno
Ayla Akatsu | Ronny
Embora a aparência cristalizada de Stantler de certa forma assustasse Gallade, o monstrinho lutador buscou manter sua concentração no combate, assim sem hesitar ele executava o comando que lhe foi ordenado. Fazendo uso de sua velocidade fora do normal, Lord tomava proximidade de seu oponente, assim quando perto suficiente, Gallade transformava a lâmina de seu braço em uma poderosa e afiada espada, enfiando-a em um ponto vital localizado no peito de Stantler, fazendo o monstrinho não resistir e cair inconsciente com apenas um golpe.



Ao ver seu primeiro Pokémon cair inconsciente tão rapidamente, a figura se mostrava um tanto quanto irritada. O homem então sem muita demora retornou seu monstrinho desacordado para a devida Pokébola, logo em seguida ele sinalizava para Lombre, ordenando que o mesmo adentrasse ao campo de combate. - Lombre, use Fake Out seguido de Knock Off - ordenava o religioso, continuando a desviar seu olhar para a vitrine das flores por diversas vezes. - Lord, use sua aura ofensiva duas vezes em combinação com X-Scissor! - comandava a jovem que ainda se mantinha firme entre o contrabandista e as flores.

| ♡ ( 100.0% ) ♡ | | Nv.28 - Sharpness | | Amulet Coin | Speed: 62 | | ♡ Aura Ofensiva ♡ |

| ♡ ( 100.0% ) ♡ | | Nv.24 - Swift Swim | | Item | Speed: 36 |

Segundo Turno & Terceiro Turno
Ayla Akatsu | Ronny
Com ambos os lados tendo escolhido seus ataques, mais uma vez o combate começou. O primeiro a atacar dessa vez era Lombre, ele fazia uso de uma técnica um tanto quanto ousada, assim ele surpreendia Gallade, o golpeando de forma quase que repentina. Assustado com a aproximação rápida, Lord dava um passo para trás um pouco apavorado pelo arranhão que havia tomado de seu oponente, devido a esse medo que o assolou, Gallade perdeu a oportunidade de contra atacar.

Após alguns segundos tentando entender como Lombre havia se aproximado de forma tão abrupta, finalmente Lord voltava a focar no combate, assim mais uma vez ele invocava sua aura interna, quebrando assim barreiras importantes e fortalecendo seu próximo ataque. Com uma investida veloz o monstrinho lutador avançava na direção de Lombre, assim usando as duas lâminas de seu braço em um formato de ''X'' e aplicando um corte poderoso no corpo do pequeno Pokémon semi-aquático, deixando-o inconsciente no processo.



Informações Extras
Registros

Logs:

Observações:

Bravo por ter perdido o combate, a figura misteriosa retornava seu segundo monstrinho e logo continuava com seus planos, sendo assim ele avançava para cima da pesquisadora, segurando-a de forma firme e empurrando a menina para o lado, tirando assim de sua frente o obstáculo que estava impedindo que o mesmo se aproximasse das flores noturnas. Ao notar a forma que Ayla havia sido bruscamente removida do lugar contra sua vontade, Gallade tomado por sua fúria agia em prol de defender sua treinadora. Com uma velocidade absurda o Pokémon noturno se aproximou do invasor e usou uma tática de luta um tanto quanto habilidosa, aplicando um golpe certeiro na nuca do homem o fazendo cair desmaiado ao chão.

Ao notar a maneira que seu monstrinho havia a defendido, a jovem sorria e agradecia pelo belo gesto, assim retornando Gallade para sua devida Pokébola logo em seguida. Ayla de forma sútil e calma se aproximava do criminoso e o algemava, assim arrastando seu corpo inconsciente para um canto do Viveiro Xanadu. Ela não poderia deixar seu posto para colocá-lo na cadeia, porém assim que seu turno acabasse ela certamente o levaria para a delegacia de Pallet Town. Com o sujeito neutralizado, Ayla e Umbreon voltaram a escoltar o local, porém os problemas noturnos estavam longe de terminar.

Continua...

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O clima dentro do pequeno Viveiro Xanadu a cada hora que passava se tornava cada vez mais misterioso e sobrecarregado de emoções diversas. Todos os que por ali estavam presentes tinham seus objetivos de forma clara em mente, porém outras coisas também preenchiam seus corações. Ayla estava visivelmente feliz por estar fazendo parte de uma missão policial de alta importância, mas também estava assustada e duvidando de sua própria capacidade, aliás ela era uma policial novata e estava assumindo uma grande responsabilidade ao aceitar aquela escolta. Kayn se encontrava focado em proteger as raras flores que alcançariam seu florescer máximo dentro de algumas horas, porém em sua mente apenas vinha a imagem da pesquisadora, embora fossem namorados, era inegável que a relação de ambos de certa forma se esfriou depois de tanto tempo afastado, Kayn não apenas tinha convidado Ayla por confiar em suas habilidades e força, porém também a convidou com objetivo de passar mais tempo próximo a menina.

Enquanto o coração do casal se enchia de incertezas e emoções conflituosas, a dona do viveiro, Florinda, começava a sentir o peso insuportável de ter em suas costas um dever tão importante. O processo de extração do pólen das Dama da Meia-Noite era um tanto quanto complexo e delicado, qualquer mínimo erro durante a extração poderia resultar em uma coleta indevida e assim seria impossível reproduzir a flor com os materiais coletados. Florinda sabia que seu dever era complicado, pois caso ela falhasse em sua missão, deveria aguardar mais um longo ano para que pudesse ter a oportunidade de tentar novamente a extração, nesse processo algumas flores poderiam morrer ou simplesmente não desabrochar, arriscando assim perder indivíduos importantes e talvez até mesmo causando a extinção da espécie, aliás aqueles eram os últimos exemplares daquela rara flor.


Mesmo que cada um naquela noite estivesse enfrentando seus próprios desafios e demônios internos, todos os três estavam ali com um objetivo em comum: garantir a sobrevivência e segurança daqueles últimos espécimes de Dama da Meia-Noite. Todos ali presentes estavam passando por um momento delicado, porém o que mais parecia se afetar entre o trio era Kayn, ele sentia-se cada vez mais distante da menina, mesmo estando fisicamente tão próximo a ela. Lucario, o fiel companheiro do policial, percebia a inquietude no olhar de seu treinador, por diversos momentos o canino colocava sua pata apoiada no ombro de Kayn, tentando assim passar alguma tranquilidade para o coração turbulento do jovem agente.

Enquanto o policial se perdia cada vez mais em seus pensamentos, a pesquisadora parecia também refletir sobre sua autoconfiança, porém momentaneamente ela optava por deixar essa questão de lado e focar no que realmente era importante, sua missão. Ayla por diversas vezes passava em frente a vitrine onde se encontravam as flores, buscando checar se estava tudo bem com as importantes plantas e para seu alívio, tudo parecia dentro dos conformes. Conforme as horas se passaram a jovem continuou a frequentar o lugar para garantir que nada errado estava ocorrendo, porém em uma de suas visitas a jovem se assustou com a cena que se desenrolou em sua frente.

Dentro da sala reservada para espécies raras, existia um pequeno grupo de monstrinhos que aparentavam estar bastante curiosos com o conteúdo existente dentro da vitrine. O bando de criaturinhas tinham suas espécies variadas, porém alguns a menina conseguia identificar sem maiores dificuldades. Os quatro Pokémon ali presentes se tratavam de Sunflora, Maractus, Ferroseed e Pumpkaboo, todos eles compartilhando o mesmo tipo em comum, o tipo grama.

Embora normalmente fossem espécies calmas e tímidas, aqueles pareciam um tanto quanto agitados, estavam formando uma pilha, subindo um em cima do outro com o objetivo de alcançar as flores que estavam em segurança dentro da vitrine. Ao notar o objetivo dos monstrinhos, Ayla não demorava para tomar uma atitude, assim ela lançava a esfera metálica de sua amada Alolan Ninetales para o alto, libertando-a para um confronto direto com a horda de criaturas selvagens. - Ninetales, use use Icy Wind duas vezes! - ordenou a pesquisadora com sua voz soando um tanto quanto preocupada.

| ♡ ( 100.0% ) ♡ | | Nv.19 - Snow Cloak | | Lucky Egg | Speed: 52 | | ♡ Aura Defensiva ♡ |

| ♡ ( 100.0% ) ♡ | | Nv.08 - Chlorophyll | | Item | Speed: 12 | | ♡ ( 100.0% ) ♡ | | Nv.08 - Water Absorb | | Oran Berry | Speed: 17 | | ♡ ( 100.0% ) ♡ | | Nv.08 - Frisk | | Oran Berry | Speed: 15 | | ♡ ( 100.0% ) ♡ | | Nv.08 - Iron Barbs | | Item | Speed: 09 |

Primeiro Turno & Segundo Turno
Ayla Akatsu | NPC (Horde)
Após ouvir as ordens de sua treinadora, Aurora não demorava muito para se posicionar e preparar-se para executar os golpes que lhe foram comandados. Aproveitando de sua velocidade superior em relação a seus oponentes, a raposa gélida enchia seus pulmões de ar e logo em seguida soprava uma forte nevasca em direção ao grupo de monstrinhos selvagens. O ataque de gelo era super efetivo e machucava tremendamente o pequeno bando de Pokémon, assim aos poucos cada um sucumbia ao frio, ficando inconsciente e imóvel em meio ao campo de batalha. Quando enfim esvaziou seu pulmão, Ninetales olhou a sua volta um tanto quanto surpresa, três monstrinhos se encontravam desacordados, o único de pé era Ferroseed, uma criaturinha extremamente resistente e que possui tipagem dupla, sendo metal e grama.

Vendo seus companheiros impossibilitados de continuar batalhando, Ferroseed fazia o seu melhor e executava Metal Claw, avançando em direção a raposa gélida e atingindo-a com seu corpo áspero e endurecido, causando arranhões profundos no pelo de Aurora que grunhiu de dor ao sentir o golpe. Assim como os monstrinhos tipo grama eram frágeis para golpes de gelo, Aurora tinha uma fragilidade a golpes de aço, esses a qual a feriam de forma brutal. Mesmo sentindo bastante dor devido ao golpe de seu oponente, Ninetales continuava de pé e fazia uso novamente de seu poder de gelo, invocando mais uma nevasca e jogando-a contra Ferroseed pela segunda vez, porém agora era um tanto quanto diferente, o monstrinho selvagem não resistiu e caiu inconsciente.



Informações Extras
Registros

Logs:

Observações:

Após vencer o combate, Ayla agradecia a sua raposa gélida por ter agido de forma rápida e eficaz, assim retornando a mesma para a devida Pokéball e permitindo que ela pudesse descansar. Com os monstrinhos selvagens inconscientes, de forma cuidadosa a pesquisadora pegou um por um em seus braços, carregando-os para uma área distante da vitrine, assim os escondendo entre algumas vegetações rasteiras dentro da estufa. Ayla não queria fazer mal aos pequenos encrenqueiros, ela apenas planejava retirá-los de perto das flores, aliás caso eles tivessem contato com as mesmas poderiam danificá-las mesmo que sem querer.

Enquanto fazia a transferência das criaturinhas selvagens a menina percebeu a existência de diversos itens perdidos dentro da estufa, entre os principais deles estava um conjunto de três gemas verdes que rapidamente eram coletadas pela jovem. Além dos cristais, Ayla encontrava também um cogumelo vermelho, assim como também conseguia coletar uma Chesto Berry que havia crescido de uma das árvores de Berry do viveiro. Conforme a menina coletava os recursos abundantes na região, algo chamou sua atenção em meio a um dos canteiros. Perto da porta que separava e dividia a área de flores raras das áreas de acesso público existia um pequeno ovo largado no canto, algum monstrinho havia o esquecido por ali, o mesmo estava gelado e desprotegido.

Como uma boa pesquisadora, Ayla rapidamente recolhia o pequeno ovo e o guardava em sua bolsa, permitindo assim que o mesmo se protegesse do frio. A jovem já havia estudado sobre o processo de incubação diversas vezes, ela sabia o quão problemático podia ser deixar um ovo exposto daquela forma, certamente ele não iria sobreviver por muito tempo. Enquanto a jovem terminava de mover os últimos monstrinhos inconscientes, uma presença abrupta chamou sua atenção, era Kayn. O policial se aproximava com um sorriso no rosto, ele alertava a menina que teve uma maré de azar com a Zona Leste do Viveiro, aparentemente ele havia derrotado 4 criminosos que almejavam roubar as flores. Ayla sorria e contava oque havia lhe acontecido, parece que a menina teve mais sorte com sua escolta, visto só ter encontrado um contrabandista. Conforme o casal seguia conversando sobre o que aconteceu durante seu turno, uma presença chamou a atenção de ambos, era Florinda. Enfim havia chegado o momento de extrair o pólen das raras flores.

Continua...

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Após uma noite de intensos desafios e combates calorosos, enfim o tão aguardado momento havia chegado, as flores haviam atingido seu ápice. Florinda Showers percebendo que estava na hora de fazer a extração, calmamente se aproximava da região onde as flores se encontravam. Acompanhando a florista existia um pequeno Gloom, tal qual carregava em sua cabeça duas maletas, uma de coloração branca e outra preta. - Obrigada por manter meu Viveiro em segurança. - a Herbalista dizia enquanto esboçava um sorriso alegre em seu rosto, logo após isso ela pegava a maleta preta que estava na cabeça de Gloom e entregava na mão de Kayn. - Bom, sei que não é muito, mas é uma forma modesta de agradecer pelos serviços prestados. - Concluía Florinda enquanto se aproximava da vitrine das flores, assim retirando o pano branco que os cobria e começando a analisá-las.

Enquanto a florista equipava suas luvas e se preparava para extrair o material genético das flores, Kayn aproveitou-se do momento para sanar sua curiosidade, assim abrindo a maleta que havia lhe sido entregue. Ao abrir a mala, o policial não demorava para identificar dois pacotes separados, ambos continham a mesmas quantidades de dinheiro, assim totalizando 20.100$ PokéDollares dentro de cada pacote. Kayn esvaziava a maleta, assim pegando um dos pacotes e guardando em sua mochila, enquanto o outro ele entregava nas mãos de Ayla.

Conforme começava a amanhecer, a pesquisadora começava a se despedir de Kayn e assim caminhar em direção a porta da frente do viveiro, porém antes que ela pudesse sair alguém segurava sua mão. Ao olhar para trás os olhos da naturista encontravam o do policial, ele aparentava estar nervoso e aflito, porém deixava seus sentimentos turbulentos de lado e não demorava para começar a falar com a menina. - Ayla, sei que tem outras coisas para fazer... Mas peço que antes venha comigo, preciso lhe mostrar uma coisa. -. Mesmo que não conseguisse decifrar as intenções por trás daquela fala de Kayn, a jovem acabava aceitando o convite, assim a dupla retornou até o local onde Florinda Showers estava fazendo a extração.

Ao chegarem no ambiente onde as flores estavam, Ayla e Kayn se enchiam de alegria ao perceber que a herbalista havia conseguido extrair o material genético, a espécie agora poderia ter novos indivíduos e ter uma chance maior de sobrevivência. Aquela notícia alegrava os policiais, aliás além de agentes da segurança ambos também pertenciam a classe de pesquisadores, era um alívio saber que uma espécie tão rara não entraria em extinção, pelo menos não naquele momento. Com um sorriso alegre, Florinda se aproximou da dupla e mais uma vez os agradeceu, apertando a mão de ambos. O pequeno Gloom que acompanhava a herbalista logo se retirou do ambiente, assim carregando em sua mão um pequeno frasco onde continha o Pólen que seria injetado futuramente em outras daquelas flores para gerar mais espécimes de Dama da Meia-Noite.

Enquanto o monstrinho de grama se afastava, Florinda voltava seu olhar para Kayn e começava a falar com o mesmo. - Bom, as flores tem mais alguns minutos antes de começarem a murchar e perder as pétalas, espero que seja o suficiente para oque você quer fazer Kayn. - concluiu a moça enquanto encostou uma de suas mãos no ombro do policial e compartilhou um olhar de cúmplice com o mesmo. Embora Ayla não soubesse, o policial havia feito um acordo com a florista, era um acordo simples, porém que carregava grande valor para o homem. Kayn havia pedido que um dos exemplares daquela flor lhe fosse entregue após a extração, embora um pedido inusitado e talvez até audacioso, Florinda acabava por aceitar, aliás se a coleta fosse bem sucedida o número de indivíduos iriam dobrar então um a menos não faria tanta falta assim para as próximas coletas.



Ao ver a herbalista se afastando, o policial se sentia apreensivo, porém ele já havia ensaiado e repensando naquele momento várias vezes, agora estava na hora de executar seu plano. Com ternura o menino se aproximava de Ayla, segurando com delicadeza em suas mãos e a puxando para perto da vitrine, onde as flores ainda se encontravam radiantes e exalando seu aroma adocicado único. - Sabe Ayla, eu queria compartilhar um segredo com você. - o homem começava a falar enquanto de forma gentil acariciava as mãos da jovem. - Eu descobri que existe algo mais raro que essas flores, algo mais belo e único. - logo após falar isso, Kayn soltava a mão da menina por um breve momento e retirava de dentro de seu bolso um Memory Crystal, assim usava sua força para fragmentá-lo em sua mão e criar pequenos estilhaços.

Kayn como guardião da aura sabia que os Memory Crystal tinham poderes para manter uma flor viva e energizada eternamente, com isso em mente ele tramou toda a surpresa para a jovem. Com passos calmos e decididos ele se aproximava mais ainda da vitrine, assim escolhendo a Dama da Meia-Noite mais esbelta e chamativa que ali existia, logo após isso ele derrubava os fragmentos sobre a flor, dando um brilho único na mesma e também concedendo a essa a vida eterna. Logo após fazer isso, o policial retirava a flor de seu caule, assim ele a juntava com uma presilha que havia comprado para Ayla e colocava o item preso nos cabelos da jovem.
- O mais surpreendente disso tudo, Ayla... É que essa raridade toda, não é algo, mas sim uma pessoa... É você. - Kayn concluiu sua fala, assim se aproximando da naturista e a beijando. O casal havia passado tanto tempo separado que a relação havia esfriado, embora o sentimento permanecesse o mesmo, aquele momento de afeto e carinho era importante, cada minuto e segundo expressavam um anseio que ambos mantiveram por muito tempo. Enquanto o casal ainda estavam se beijando, as flores aos poucos começaram a murchar, assim encerrando seu curto ciclo de vida. Conforme o sol tomava conta da estufa, as últimas pétalas caiam sobre o solo, junto com as pétalas caídas, o aroma adocicado também sumia do ambiente, voltando a predominar o cheiro das outras plantas que ali viviam.

Após o beijo, o casal permanecia abraçado na estufa, olhando com certa lamentação para as flores que agora estavam reiniciando seu ciclo. Ayla e Kayn sabiam que só teriam a oportunidade de vê-las desabrochar novamente no ano seguinte, porém aquilo não os entristeceu, visto que graças a seus esforços, a espécie teria mais chance de prosperar. Enquanto o casal observava as últimas pétalas tocarem o solo, um fenômeno um tanto quanto raro e curioso acontecia. De forma repentina, os céus em volta da estufa começaram a se encher de Vivillon, porém suas cores eram uniformes, sendo todos os indivíduos brancos. Aos poucos as borboletas deram um jeito de entrar na estufa, passando por pequenas frestas e janelas. De forma quase que organizada os Pokémon se aproximavam da vitrine onde as Dama da Meia-Noite se encontravam, assim cada uma das borboletas se agarrava a uma das pétalas caídas e as levavam para fora do ambiente, em questão de minutos já não existia nenhuma pétala no solo, todas haviam sido carregadas


Ayla e Kayn observavam aquilo com uma curiosidade crescente em seus olhos, certamente não era comum uma interferência daquele nível onde vários indivíduos agiam em conjunto com um só propósito. Conforme as borboletas se afastavam do Viveiro Xanadu ambos pesquisadores se questionavam o porquê e para onde as Vivillon levariam aquelas pétalas.

Com o fim dos eventos e o nascer do sol, a pesquisadora e o policial se despediram com um abraço apertado. Ambos tinham tarefas e trabalhos diferentes para concluir, porém certamente manteriam mais contato depois daquele momento mágico que haviam compartilhado. O primeiro a se afastar da estufa era Kayn, ele juntamente com seu Lucario tinham de atender um chamado de resgate em Pewter, aparentemente um deslizamento havia bloqueado algumas passagens e deixado alguns jovens treinadores presos. Mesmo que tivesse outras tarefas para cumprir, Ayla não tinha pressa em concluir seus objetivos, sendo assim ela passou mais um tempo dentro do viveiro, apenas caminhando e refletindo sobre tudo que havia vivenciado.

Ocasionalmente a jovem levava suas mãos até seu cabelo, acariciando a presilha que havia lhe sido entregue por Kayn, ela sentia-se bastante especial e feliz por aquela demonstração de carinho, aliás além de um presente fabuloso, também era carregado de sentimentos. Após dar uma volta na estufa com sua raposa noturna, finalmente a pesquisadora se deu conta que estava na hora de partir, porém antes que pudesse abandonar a região ela resolveu fazer sua parte para contribuir com o viveiro. Ayla se aproximou do balcão onde Florinda se encontrava, assim ela doou uma caixa repleta de frutinhas, frutas essas que ela havia coletado ao decorrer de sua aventura por todo continente.

A herbalista se surpreendia com o tamanho da doação e agradecia imensamente, aliás aquelas frutas viriam a se tornar árvores frutíferas de uso público dentro da estufa. Sentindo-se realizada a pesquisadora e seu Umbreon enfim saiam do estabelecimento, assim voltando para seus afazeres diários e retornando seu foco em seus outros objetivos.

Fim do Capítulo Especial!

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