✄ Cidade de Pallet - 15:00 (Dia)
Media da Equipe: 05

Ciente de que estava tudo pronto para partir, Albedo respira fundo e encara a longa rua principal de Pallet. Aquele pequeno trecho não era nada comparado à jornada em que estava prestes a começar, mas antes que pudesse dar algum passo inicial, ainda tinha uma coisa que queria fazer por ali. Já fazia um bom tempo desde a última vez que esteve na cidade, não iria fazer mal algum em dar uma volta nela. O garoto se afasta da fachada do laboratório e segue em direção ao parque que tinha no final da rua. No caminho ele verifica a Pokéball de Turtwig, conferindo se o monstrinho estava confortável ali dentro. Embora não gostasse muito da ideia de já ter recolhido seu inicial, não havia muito o que se fazer, o monstrinho era pesado demais para se carregar e era muito lento para acompanhar uma caminhada normal, só restava então o guardar, pelo menos até a próxima parada. Por outro lado, Pidove voava acima do rapaz, dando voltas sempre que percebia que estava muito à frente. No fundo, o pesquisador se sentia mal por ter que levar o voador consigo, mas não tinha coragem de abandonar o pequeno em algum lugar, ele tinha que dar um jeito de achar a Pokeball do Pokémon para então o oficializar no time.

Enquanto Albedo divagava entre ideias de criar itens para localizar Pokéball ou até mesmo na possibilidade de criar uma Pokéball que conseguisse pegar monstrinhos que já tivessem dono, o pombo desce do céu e pousa nos galhos de uma árvore. A ave cinza começa a bicar algumas frutinhas e mesmo que o garoto estivesse desligado da realidade, ele no automático colhe algumas berrys entregando algumas para o Pokémon. Um rápido vulto passa pelos dois levando algumas frutas com ele. Pidove acaba sendo jogado para trás caindo do galho, enquanto o garoto retorna para a realidade com a rajada de ar na cara. O pesquisador balança a cabeça e então se abaixa para ajudar a ave caída, fazendo uma rápida checagem para ver se ela não tinha se machucado. O voador sacode todo o seu corpo e então olha furioso para a direção que o vulto seguiu. Não era difícil deduzir para onde o ser foi, pelo caminho havia uma trilha de frutinhas caídas sinalizando o trajeto. Com um salto, o jovem se levanta e embora fosse deixar a situação para trás, afinal, havia muitas outras berrys na árvore, ele acaba seguindo Pidove.

Colheu duas Oran Berry (Herbalista)

Felizmente os rastros não foram muito longe e pararam em uma das laterais do parque de Pallet. Normalmente o local é protegido por normas rígidas, mas como as grades começavam um pouco depois então não seria um problema entrar naquela zona em específica, mesmo que as árvores fossem muito semelhantes às que estavam dentro do local. Adentrando na vegetação, Pidove começa a vasculhar o lugar passando por todos os lugares de forma rápida, cobrindo o máximo de espaço que podia em pouco tempo, enquanto isso, o pesquisador segue o que sobrou das frutinhas até uma moita aos pés de uma árvore. No meio das folhas, Albedo consegue reparar na silhueta de um pássaro e pelo formato das penas em sua cabeça, já conseguia dizer que se tratava de um Pidgey. O pássaro termina de devorar a última berry que tinha consigo e então salta para fora do mato. O pequenino leva um susto ao dar de cara com o rapaz e rapidamente retorna para a estrutura de folhas. Como o monstrinho não era uma ameaça, devido a sua natureza pacífica, o garoto nem se preocupa em chamar um de seus companheiros, ele apenas senta no chão e coloca uma frutinha na frente do arbusto. Alguma coisa naquele Pokémon havia lhe chamado a atenção, nos poucos segundos que o viu, pode perceber que tinha alguma coisa diferente no pequeno. Não demora muito para o voador voltar a surgir e o pesquisador enfim consegue enxergar do que se tratava. O monstrinho tinha uma coloração diferenciada, seu marrom era um pouco mais escuro e a parte amarelada estava em tons rosados. Era difícil dizer exatamente qual o motivo para tal mudança, mas só de ter achado o Pokémon já animava o pesquisador. Mantendo seus olhos colados na ave, ele pega seu caderno de anotações e começa a escrever a nova descoberta. Com exceção das cores, não havia mais nada de diferente no Pidgey, tanto o comportamento quanto a movimentação pareciam perfeitamente normais. Sem fazer movimentos bruscos, o garoto olha em volta tentando achar alguma pista, mas não parecia ter nada além de plantas por ali. De repente, ele sente seu caderno ficar mais pesado e no momento que retorna sua atenção para o pássaro, ele o encontra pousado nas folhas do livrinho olhando para as palavras. A cena faz o rapaz rir e imediatamente acaba alertando Pidove o fazendo retornar. O pombo ao ver o pequeno pássaro marrom já ameaça avançar, mas é interrompido por Albedo.
— Vamos, não seja agressivo, ele nem tocou em você e outra, tem comida o suficiente para vocês! — A voz firme e o fato do jovem ter levantado segurando o Pidgey, foi o suficiente para o pássaro cinza desistir da ideia.

Respirando fundo, o pesquisador coloca com cuidado o voador rosado em um galho de árvores e se afasta pensativo. Embora quisesse estudar aquele pequenino, era necessário ter alguns equipamentos e a maioria deles só poderiam ser achados em um laboratório. Retornar a Oak era uma opção, mas não seria a mesma coisa que ter seu próprio cantinho de novo. Abrindo as últimas folhas do caderno, Albedo anota algumas palavras e então arranca a folha.
— Aqui, missão importante! — Ele ergue a folha para o pombo e imediatamente o Pokémon retorna ao seu humor cotidiano. — Entregue isso a uma Oficial Jenny e a traga até mim, por favor! — O voador pega o bilhete com o bico e rapidamente sobe aos céus, sumindo por entre as folhas das árvores.
Com a saída do seu companheiro, o jovem caminha para fora da mata indo até a calçada, seria mais fácil eles o localizarem lá do que no meio das árvores. Antes de conseguir deixar toda a vegetação para trás, o pesquisador sente algo pousando em sua cabeça e ao colocar a mão ele sente algo se esfregando em seus dedos. Da forma mais delicada que conseguia, ele retira o Pidgey rosa da cabeça e o segura com as duas mãos. A ave o olha curiosa e se aninha na palma do garoto. Albedo deixa escapar um sorriso enquanto via o monstrinho ajeitar as penas. Mesmo que estivesse envolvido por algum mistério, a criaturinha ainda era simples e isso fascinava o pesquisador, Ele precisava de um laboratório com urgência e sabia exatamente quem poderia lhe ajudar, ele só precisava ir até a pessoa, mesmo que isso significasse viajar mais uma vez. Se a cada esquina que virasse ele fosse achar alguma coisa que o despertasse a curiosidade, então teria que achar um jeito de seguir a jornada e estudar ao mesmo tempo.

✄ Cidade de Pallet - (Dia)
Media da Equipe: 07
(7,8,7,9,6) [7,4]

Pidove entra pela janela do quarto e para no parapeito enquanto segurava um pequeno pedaço de papel no bico. O pombo espera pacientemente seu treinador se aproximar e pegar o item. Assim que se livra do bilhete, ele entra no cômodo e pousa em cima da mochila do garoto, apenas aguardando para sair novamente. Albedo lê a mensagem do papel e então o joga fora, aquilo era apenas uma confirmação de Oak por ter recebido o relatório. O próprio centro de pesquisa Aether já havia lhe enviado uma mensagem eletrônica, não havia necessidade nenhuma dele receber algo do professor. O jovem pesquisador já tinha reparado que o idoso estava de certa forma tentando cuidar dele, mas tirando Ethan, o garoto não estava interessado em mais ninguém cuidando dele.

Saindo do quarto alugado, Albedo termina de ajustar sua mochila nas costas e então desce as escadas. Como já tinha realizado tudo o que precisava no Centro Pokémon, ele apenas entrega a chave para Joy no balcão e sai pela porta da frente. Sem nem se afastar muito, o garoto acaba avistando uma árvore frutífera bem perto da entrada do Centro. Ele fica alguns segundos parado se perguntando o motivo de não a ter visto antes, na primeira visita, mas acaba ficando bem claro assim que ele se aproxima da planta. Sua saída de Pallet foi durante o verão e só agora no outono que aquela árvore deu frutos. Com cuidado, o pesquisador recolhe três frutos e já entrega um a Pidove, guardando os outros dois na mochila.


Deixando o Centro para trás e seguindo para uma área mais movimentada, Albedo começa a aperceber a grande movimentação que aquela cidade tinha. Não importava o horário, parecia que as ruas estavam sempre cheias, principalmente de pessoas batalhando e exibindo seus Pokémon. No meio daquele mini caos, o pesquisador avista um treinador usando um pequeno aparelho que lhe era bem familiar. Ele sutilmente se aproxima e no momento que consegue identificar o item, sente um estalo em sua cabeça. Até aquele ponto o garoto não tinha usado um único item inicial além das Pokéball e isso também incluia os aparelhos. Acelerando os passos, ele desvia seu caminho e segue para uma área mais afastada, onde não havia tantas pessoas circulando.
— Pela lógica, quanto menos pessoas ao redor, maior a chance de achar algo valioso. — Dizia para si mesmo.
Retirando os dois aparelhos principais da mochila, Albedo decide ligar primeiro o Itemfinder. Assim que o item começa a apitar, o pesquisador dá um sinal para Pidove e imediatamente o pombo pega o aparelho e começa a voar na direção que era sinalizada. Deixando o pássaro ir na frente, o garoto aproveita para já ajustar o Pokeradar e o deixa pronto para rastrear algum Pokémon raro.

Conforme eles iam se afastando mais e mais das áreas comuns, o rapaz começa a se questionar se o rastreador estava com algum defeito. Pelas instruções, o aparelho deveria mostrar algum item próximo e não algo do outro lado da cidade. De repente Pidove para de forma repentina e mergulha em direção a um arbusto. O pesquisador se aproxima do voador tomando cuidado para não destruir as plantas ao redor e por entre as folhas da vegetação rasteira, ele encontra uma pequena cesta com algumas frutas. Bem no topo da pilha, tinha também um pequeno docinho bem embalado, Albedo nem hesita em apanhar o item assim que o reconhece. Já não era comum encontrar um Rare Candy em lojas, achá-lo então na natureza era mais difícil ainda. Antes de o guardar na mochila, o garoto dá uma leve olhada ao redor, apenas para verificar se aquela cesta não tinha algum dono próximo, mas só pelo Itemfinder ter parado de apitar já era um indicativo que aquele doce não tinha um dono.


Pidove devolve o aparelho que segurava para seu mestre e então pousa em seu cabelo, apenas o esperando fazer a troca dos radares. Com cuidado, o pesquisador guarda os dois itens dentro da mochila e já ativa o Pokeradar em suas mãos. Estranhamente, o aparelho apenas apita e então desliga, como se já tivesse feito o seu trabalho. Albedo rapidamente sente um leve desespero achando que tinha quebrado o radar e o liga novamente. Dessa vez o visor apenas acende para mostrar que estava sem carga e novamente volta a desligar.
— Ora, vamos, não posso ter quebrado algo que eu nem usei ainda… — Exclama o rapaz dando uns tapinhas no aparelho antes de tentar liga-lo outra vez.
Enquanto lutava para entender o que tinha acontecido com o radar, ele sente o pombo se mover em seu cabelo e poucos segundos depois a ave emite um piado alto. Infelizmente o aviso veio tarde demais, alguma coisa relativamente pesada cai em cima deles e derruba ambos no chão. O impacto faz o corpo do garoto começar a doer, principalmente seus joelhos. Ele ergue o rosto e vê um pequeno ursinho marrom correr segurando a cesta, o monstrinho se afasta um pouco antes de colocar o item no chão e então se vira para a dupla. Com certa dificuldade, Albedo se senta no chão e alcança sua mochila. Sem nem pensar muito, ele pega a esfera de Growlithe e liberta o cachorro de fogo.


— Combo de Double Kick, Growlithe! — Ordena o garoto, enquanto se levantava.
O canino dá um latido determinado e começa a correr em direção ao adversário. Com um salto ele vai para trás do urso e erguendo suas duas patas traseiras, chuta o monstrinho duas vezes seguidas. (Double Kick) Teddiursa cai no chão e leva alguns segundos tentando se reerguer. O corpo do tipo normal já estava todo machucado e o Pokémon parecia estar cansado. Depois de algumas tentativas, o pequeno consegue levantar e recuperando seu fôlego, ele avança contra o cachorro. Tendo suas duas patas levantadas, o ursinho faz suas unhas brilharem e começa uma série de arranhões no focinho de Growlithe. (Scratch)

O pokémon alaranjado se afasta alguns poucos centímetros e passando a patinha dianteira no rosto, ele dá uma leve aliviada no ferimento. Tirando o incômodo, o golpe em si não havia feito quase nenhum estrago. Tendo mais uma chance de atacar, o canino se aproxima do urso e novamente usa suas patas traseiras para acertar mais uma sequência de chutes. (Double Kick)
Como o primeiro golpe já lhe tinha feito um bom estrago, uma segunda rodada foi o suficiente para fazer o Pokémon normal desmaiar. Assim que viu o monstrinho marrom caído, o pesquisador arremessou uma de suas pokéball vazias. A esfera suga a criatura para dentro de si e depois de balançar algumas vezes, brilha em tom verde indicando que a captura estava concluída.



Após a captura, Albedo observa com mais calma o ambiente à volta. Bem acima de onde estava parado anteriormente, tentando fazer o Pokeradar funcionar, havia uma extensão de galho de uma árvore bem próxima. Não era de se surpreender o motivo de não terem percebido o monstrinho antes, ele estava acima deles, possivelmente colhendo mais frutinhas para a cesta. O pesquisador pega a pokéball do ursinho e a guarda na mochila juntamente com o aparelho que ainda segurava. No fim ele percebe que o item funcionava perfeitamente e tinha até tentado o alertar, mas ele não tinha pensado na possibilidade do Pokémon estar no alto. Mantendo Growlithe livre, o garoto da meia volta com o objetivo de continuar andando por Pallet.

....

✄ Cidade de Pallet - (Dia)
Media da Equipe: 08
(7,8,7,10,6) [7,6]

Retornando para as ruas mais movimentadas de Pallet, Albedo se dirige novamente ao centro da cidade. Ao seu lado, Growlithe olha a sua volta completamente admirado, era a primeira vez do pequeno em uma cidade relativamente grande. Ele saltava de um lado para o outro, emanando seu calor, como se chamasse outros Pokémon para se juntarem a ele, e embora a maioria só o ignorava, a alegria do pequeno continuava. Normalmente o pesquisador andaria mais rápido e indo diretamente ao ponto, mas dessa vez ele mantinha um ritmo mais lento sempre acompanhando seu canino, apenas para deixá-lo aproveitando o passeio. Acima deles, Pidove acompanhava a dupla enquanto sobrevoava a área. O pombo circulava o trajeto e de vez em quando, mergulhava em direção às árvores que avistava. Tanto as pessoas quanto alguns selvagens se assustavam com a chegada repentina da ave, mas ela mal dava tempo para eles reagirem e já subia de novo para o céu. O voador fica nessa estratégia por um bom tempo, até que em um dos canteiros da cidade, ele para por alguns segundos e vai direto em direção ao seu mestre. Usando seus piados para chamar a atenção do garoto, ele o guia até a árvore que lhe tinha interessado. Ao chegarem lá, fica nítido o alarde todo. No meio das folhas, havia algumas bolotas marrons. A maioria das pessoas as ignoraria, mas Albedo sabia muito bem que aquilo poderia ser um bom ingrediente. Com a ajuda de Pidove, ele colhe um exemplar e o guarda na mochila.


Deixando aquela árvore para trás, Pidove retorna para o alto em mais uma busca por recursos. Quanto mais tempo aquele pombo ficava ao lado do pesquisador, mas o garoto acreditava que aquele Pokémon já havia sido treinado anteriormente, principalmente para reconhecimento de área. Eles avançam por mais alguns minutos, quando Growlithe demonstra uma inquietação. O canino fixa seu olhar mais a frente e parando de se mover, ele começa a rosnar. De imediato o pesquisador fica preocupado com seu pokémon e olha na mesma direção que o monstrinho encarava. Não demora muito para no meio das pessoas, a resposta surgir. Vindo em disparada, um Rockruff se aproxima já latindo furioso. O cachorro de pedra tenta uma investida, mas habilmente o Pokémon alaranjado desvia. No meio da confusão, Pidove desce na direção deles enquanto Albedo pegava a esfera do monstrinho de fogo. Por entre a multidão que se formava ao redor deles, um homem com vestes peculiares se aproxima completamente sem fôlego. Rockruff se aproxima do mais velho e o garoto aproveita a brecha para retornar o seu Growlithe.

— Desculpe… ele normalmente… não é assim… — Fala o homem ainda com dificuldades para respirar.
— Não precisa se desculpar, Growlithe e Rockruff são inimigos naturalmente. Eles vivem em conflito por território, então é normal esse comportamento quando se veem. — Explica o pesquisador.
Reparando que o pokémon de pedra retorna ao seu humor mais calmo e alegre, o garoto se aproxima dele e lhe faz um carinho. Nesse momento a multidão começa a se dissipar um pouco desapontada, como se esperassem um conflito maior.
— Ei, você é bom com cães! — Exclama o homem com mais tranquilidade na voz. — Muito prazer, meu nome é Dal-sama e esse é meu companheiro, Rockruff! — Ele estende a mão em sinal de comprimento enquanto o cachorro late animado quando é mencionado.
Albedo aceita o gesto e também se apresenta, citando Pidove como seu assistente. O pombo pousa no cabelo do rapaz sem muito interesse na socialização, mas faz um pequeno gesto com a asa.
— Você disse umas coisas interessantes, estaria interessado em uma batalha? Talvez assim os dois se acalmem! — Propõe Dal-sama, olhando para o seu cachorro.
— Certo, embora eu não goste muito de combates… Acho que vai ser interessante. — Fala o pesquisador pegando a esfera de Growlithe e o libertando outra vez.



— Muito bem Growlithe, vamos com calma, use Howl seguido de Double Kick!
— Rockruff, duplo Rock Throw!
Os dois caninos dão um latido animado, quase que simultâneos, mostrando estarem prontos. Growlithe rapidamente enche o pulmão de ar e inclinando a cabeça para o alto, começa a uivar como em um sinal de aviso. (Howl) Rockruff por sua vez, nem se incomoda, ele apenas encara o oponente e as pedras de seu pescoço começam a brilhar. Com um latido, o monstrinho marrom dá o sinal e inúmeros pedregulhos são formados ao seu redor. Dando mais um comando, os objetos voam em direção ao alvo, lhe causando alguns arranhões. (Rock Throw)

O Pokémon de fogo sacode todo o seu corpo e mesmo tomando um super efetivo, não parecia nem um pouco abalado. Determinado, ele se aproxima do cachorro de pedra com um salto e usando suas patas dianteiras como suporte, dá dois chutes seguidos com as patas traseiras no adversário. (Double Kick) As duas pancadas fazem Rockruff tombar no chão, sendo o suficiente para o deixar desmaiado.
Dal-sama retorna seu pokémon completamente surpreso. Sem dar muita margem de tempo, ele já lança seu próximo monstrinho em campo.


— São dois… — Fala o garoto confuso — Bom, mais um Double Kick!
— Não avisei que eram dois né… Use Bite, Poochyena! — O homem estava prestes a recuar do combate, quando escuta a ordem do pesquisador e decide continuar.
Ambos os Pokémon ficam igualmente confusos com seus treinadores, mas se focam na batalha quando recebem suas ordens. Soltando uma leve bufada, Growlithe corre até o canino noturno e usando a mesma estratégia, ele salta para trás do oponente. Fincando as patas dianteiras no chão, ele chuta o cinzento em um combo duplo. (Double Kick) Assim como foi com Rockruff, o Pokémon noturno não resiste ao impacto e cai no chão nocauteado.



Assim que Dal-sama recolhe Poochyena, Growlithe se aproxima de Albedo completamente animado, como se aquele combate tivesse lhe dado mais energia do que tirado. O garoto faz uma série de carícias no canino como uma forma de parabenizar.
— Seu Growlithe é extremamente forte! — Exclama o homem, se aproximando.
Ele entrega o dinheiro pela batalha e coloca um bônus a mais, apenas um mimo de ter lutado contra outro Pokémon cachorro. O pesquisador deixa o mais velho brincar um pouco com o canino de fogo, enquanto passam um tempo apenas observando a movimentação da cidade.
— Ei, estaria interessado em uma troca? — Dal-sama fala de forma repentina.
O garoto olha para ele surpreso e então encara seu companheiro alaranjado.
— Não! Não, não, jamais iria separá-los! — Exclama o homem percebendo a confusão de imediato. — A troca seria por qualquer um que não fosse usar! Aqui… — Ele retira duas Pokéballs do bolso contendo dois monstrinhos iguais aos que usou na batalha. — Já estou velho demais para ficar treinando Pokémon e acho que você daria um bom lar para um deles!
Sem saber muito como reagir, Albedo fica alguns segundos encarando as esferas. Ele leva um tempinho pensando na proposta até que lhe surge uma ideia. Com um sorriso no rosto, o garoto pega uma das Pokéballs e liberta Yamper. O cachorro elétrico dá um longo bocejo e fica encarando sonolento os dois treinadores sem entender.
— As vezes ele fica pilhado e às vezes só quer dormir. Também evita combates… — Explica o pesquisador entregando a esfera do pequeno para Dal-sama.
Como já tinha um Rockruff, ele pega a esfera de Poochyena e a coloca no bolso. Ainda não tinha muitos planos para aquele monstrinho, mas sabia que ele poderia ser bem útil, principalmente naquele início. Sem ter qualquer pressa, ele permite a Dal-sama brincar mais um pouco com os monstrinhos e se acostumar com o novo Pokémon.

....

✄ Cidade de Pallet - (Dia)
Media da Equipe: 07
(7,8,5,10,6) [7,2]

Depois de deixar Dal-sama para trás, o pesquisador retorna a andar por Pallet novamente sem rumo. Pidove mantinha sua busca por recursos enquanto voava por cima do garoto e sempre que achava alguma árvore, o voador descia para verificar se tinha algum fruto. Essa ajuda do pássaro, dava uma certa folga para Albedo, além de não precisar ficar atento sempre ao seu redor, o permitia também vagar em seus pensamentos. Lentamente eles vão se afastando da zona mais movimentada e seguem na direção do Laboratório. O caminho em si traz uma sensação nostálgica no pesquisador. Embora nem tivesse avançado em sua jornada ainda, ele tinha passado muito tempo na base e certamente já haviam se passado uma temporada inteira desde que pegou seu inicial.

Como já não havia tantas pessoas ao redor, o garoto decide libertar Poochyena. Assim o Pokémon poderia já ir se acostumando com a sua presença. O canino sai da sua esfera e fica encarando seu treinador, como se esperasse alguma ordem. Albedo se aproxima dele e lhe faz um carinho. Mesmo demonstrando não ter qualquer interesse, o noturno também não recusa a carícia. O garoto solta  um longo suspiro e retorna à caminhar, pelo menos o Pokémon não era hostil, mas ainda levaria tempo até ele se acostumar com sua presença.

Seguindo pelo caminho mais tranquilo, Poochyena andava um pouco atrás do pesquisador, tentando manter o mesmo ritmo do garoto e sem ao mesmo tempo ultrapassá-lo. Do alto, o pombo continuava suas buscas por cada vegetação próxima que avistava, até finalmente achar alguma coisa interessante. Como de costume, ele se aproxima de Albedo e com calma guia o rapaz até a planta avistada. Dessa vez se tratava apenas de uma árvore frutífera contendo algumas Chesto Berrys. O pesquisador pega algumas frutas e entrega para os seus pequenos. Pidove apenas devora a sua enquanto a hiena leva alguns segundos para começar a comer. Dando todo o tempo que a pequena precisava, o garoto guarda as últimas duas frutas na mochila, garantindo que começaria um estoque para rotas futuras.


Agora que ambos os monstrinhos estavam alimentados, Pidove se aquietava no cabelo de Albedo enquanto Poochyena seguia ao seu lado um pouco mais animada. Era estranho processar a diferença dos dois, mas o garoto não questiona e apenas segue em direção ao parque da cidade. Aquele era pra ter sido o primeiro destino dele em Pallet e agora que estava livre, seria um bom momento ir para lá. Um pouco antes de chegar às bordas, o pesquisador se lembra do Pidgey que havia capturado por ali. Cuidadosamente, ele adentra na vegetação ao redor do parque tentando localizar o local que tinha achado seu Shiny. Assim que reconhece o ambiente, ele liberta o voador. Por alguns segundos, a ave fica confusa com o que estava acontecendo, mas logo se anima ao perceber onde estava.

Revisitando cada cantinho que um dia tinha vivido, Pidgey passa um bom tempo dando voltas naquele pedaço. Seu treinador a seguia apenas para garantir que estaria segura contra outros treinadores, afinal ainda se tratava de um Shiny. Enquanto eles andavam de um lado para o outro, Albedo fazia algumas anotações em um dos seus cadernos. Desde o dia em que capturou o voador, ele queria entender o motivo de sua coloração diferente e aquela era a oportunidade perfeita. Por outro lado, tanto a hiena quanto o pombo estavam sentados no pé de uma árvore apenas observando eles, nem um pouco interessados no que os outros estavam fazendo.

Longas horas se passaram e o pesquisador enfim tinha tudo o que precisava para concluir sua pesquisa. Felizmente aquele era um assunto minimamente interessante e que certamente seria bom compartilhar. Sentado ao lado dos outros dois Pokémon, o garoto começa a escrever o que seria um rascunho de mais um relatório.

Relatório - 02 ✄

Titulo: Colorações Variadas - Pidgey
Data: 22.05.2024
Espécie Estudada: Pidgey
Pesquisador Responsável: Albedo Caramel
Campo de Pesquisa: Colorações Variadas

Durante minha primeira visita a Cidade de Pallet, enquanto caminhava, ainda próximo ao laboratório do professor Oak, encontrei um Pidgey que me chamou a atenção. O Pokémon estava coletando algumas frutinhas de Cheri e ao me ver fugiu indo para a mata próxima ao parque da cidade em um dos canteiros ao sul. O pequeno acabou se destacando por ter uma coloração um pouco diferente. Normalmente as pessoas consideram esses Pokémon sendo Shiny, mas por algum motivo a ave em si não carregava as cores amareladas, que são consideradas comuns para sua espécie, e sim alguns tons rosados. Mesmo que possa ser normal achar Pokémon que carregam cores diferentes, eu ainda queria dar uma melhor olhada do voador, apenas para entender o motivo de sua particularidade. Agora, que consegui tempo para observar mais de perto tanto o local em que o Pidgey vivia quanto analisar o próprio Pokémon, acho que consegui chegar em uma conclusão plausível.

Comum Porém Único

Tendo a aparência de um passarinho, Pidgey é naturalmente do tipo voador e normal de uma estatura bem pequena. Normalmente, sua coloração é de tons marrons com bege, tendo apenas seu bico e garras de cor rosada. Porém, o indivíduo que possuo tem suas cores alteradas para um marrom mais escuro e rosa no lugar do bege. Tanto o seu pequeno bico curvado, quanto sua patas e garras permanecem com a coloração comum encontrada na espécie. A clássica “máscara” preta em seu rosto também permanece igual. Todas as penas da parte de baixo de seu pescoço e barriga são de coloração rosada que se estendem até o início de sua cauda. Já na parte do topo, o marrom é substituído com um de tom mais escuro quase que como a cor de chocolate. O conjunto de penas de sua cabeça são divididas em três, sendo as laterais rosas em um tom mais escuro se comparado ao resto de seu corpo, e a central com o mesmo tom de marrom predominante nas costas. Nas asas, as penas coberteiras são marrom escuro enquanto as penas rêmiges são rosas com um pequeno degradê nas pontas do tom de rosa mais escuro. Sua pequena cauda marrom segue no mesmo tom escuro quase chocolate. Por algum motivo, os olhos desse monstrinho também sofrem alterações, sendo da cor de vinho mais escuro.

Com exceção à sua coloração, o Pidgey não parece ter qualquer outra diferença dos demais. Tendo um peso regular e um tamanho mediano, é apenas uma ave bem saudável sendo apenas chamativa. Durante seu período comigo, demonstrou um comportamento completamente dócil e tranquilo. Mas não se engane, esse pequeno passarinho também foi muito útil em batalhas, sendo bem determinado quando está em combate, principalmente quando é para defender algum companheiro. Ela assim como o meu Pidove, é uma excelente voadora, e mesmo sendo minúscula, consegue realizar várias acrobacias no ar com destreza. Certamente poderá crescer e se tornar uma poderosa Pidgeot no futuro, com várias habilidades. Um ponto que reparei na época, mas não tinha me tocado até então é que ela tem um grande apreço por Cheri Berry, sendo sua frutinha preferida. Hoje, analisando seu antigo habitat, pude entender essa ligação.

Apenas uma Opção
Como tinha mencionado anteriormente, essa pequena ave habitava um pequeno canteiro próximo ao Parque de Pallet. Por ser uma zona meio escondida, naturalmente é pouco frequentada e eu mesmo não teria reparado se Pidgey não tivesse de certa forma me trazido ao local. Daqui é possível avistar a vegetação do parque e eventualmente até encontrar algum habitante dele. É uma área bem tranquila e aconchegante, parecendo não abrigar qualquer outro Pokémon da cidade, quase como sendo um canto exclusivo para o voador. Infelizmente, essa calmaria toda também pode trazer uma grande desvantagem. Com a falta de movimentação e de diversidade de Pokémon, não há muita variedade de flora. Ou seja, a dieta de qualquer morador desse cantinho escondido em Pallet, é completamente restrita. Tendo a própria Pidgey como guia, foi fácil localizar os principais pontos de comida, mas já aviso que qualquer um poderia facilmente deixar passar, já que além de serem escassas o tamanho das plantas também são pequenas. E aqui entra o ponto que já deve ter percebido, o fato da pequena voadora gostar de Cheri Berry é justamente por só ter comido dela a vida toda. Encontrei só uma mini árvore dessa frutinha em todo o espaço e naturalmente ela apenas dá frutos em uma época do ano, nos demais períodos, Pidgey vivia de um pequeno estoque que fazia, indo se aventurar pela cidade coletando a mesma frutinha em cada árvore que encontrava.

Por fim, o mistério da sua cor se dá apenas ao seu paladar limitado. É estranho imaginar que ela viveu assim por um bom tempo sozinha, mas felizmente agora poderá comer outras coisas. Vai ser difícil ajustar e fazê-la se acostumar com outros sabores, principalmente por descobrir agora toda a logística que ela fazia para ter comida por todo o ano. Porém, vai ser um desafio divertido, talvez começar criando uma ração só de Cheri e aos poucos ir mesclando outras frutinhas… Quem diria que uma fruta vermelha poderia deixar um Pokémon rosa…

Palavras: 853
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Colocando todas as anotações extras de lado, Albedo finaliza o relatório colocando a sua assinatura e garantindo que estaria tudo devidamente junto no envelope final. Ele leva alguns minutos para deixar tudo pronto e então começa a guardar todo o resto. No meio de toda a movimentação, uma das pequenas candys, que estavam guardadas, acaba caindo para fora da mochila. Poochyena percebe e com o focinho empurra o docinho para perto do pesquisador. Vendo a cena, o garoto agradece e estende a guloseima com a mão, permitindo que o Pokémon comesse. Os olhos da hiena brilham brevemente e sem hesitar ela come o doce.


Arrumando toda a bagunça que havia causado, o pesquisador finalmente estava pronto para seguir seu caminho. Antes de tudo, ele entrega o envelope lacrado para seu pombo e depois de dizer o nome do professor Oak, a ave abre voo em direção ao laboratório segurando o relatório com as patas. Como não estavam longe da construção, Pidove iria retornar muito em breve, mas pelo menos seria tempo o suficiente para se levantar sem pressa e retornar Pidgey. O garoto coloca sua mochila nos ombros e caminha para fora da mata, sendo acompanhado pelo canino noturno. Ele fica em um ponto estratégico para que o voador pudesse o encontrar facilmente e então apenas aguarda o pombo retornar.

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