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Mathito
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Dia 66 - 8:30 AM
Verão
Verão
Planejava retornar para a escola e reencontrar Drasna. Já fazia um bom tempo desde que descobri meus poderes ancestrais e não tinha mais medo de usar. Só precisava de orientação para saber quais os limites desse poder e como usar com cautela. Nada que vem assim pode ser de graça. Quando construi um totem no Santalune Parque, invoquei espíritos da floresta que levaram algumas essências Pokémon como se fossem oferendas. E quando nada é oferecido, o que é tomado? Essa cena de ocultismo me intrigava tanto quanto incomodava e pelo medo não agi sozinho.
Sendo assim marquei um horário com a guia xamânica que foi minha professora no início do ofício. Ela parecia animada no e-mail de resposta (se é que é possível sentir a empolgação de docente pela escrita). Estava me aproximando dos limites da escola quando me deparei com uma cena curiosa. Um grupo de meninos, três no total, estavam mexendo com um outro, que procurava não revidar. O grupo ria alto, chegando a gargalhar. Um deles jogou um copo com líquido que, pela cor vermelha, parecia um suco ou vitamina, encharcando as roupas do outro, sozinho. Reparei no que eu vestia. Regata branca justa e jeans surrado, com par de tênis preto e um chapéu do team Yell, que comprei recentemente em Spikemuth. Passei a curtir bastante algumas bandas de lá, mas Piers é realmente encantador com aquele punk-rock do qual não conseguia compreender, apenas sentir. Enfim. Automaticamente me coloquei no lugar do garoto, agora no chão. Se sujassem minha roupa daquela forma, eu reagiria como um nada?
Me movi, aproximando-me dos garotos, que ao notar minha presença, cochicharam algo e saíram correndo, escondendo o rosto.
-- O que ta acontecendo? - Perguntei quando já estava bem perto.
O menino, no chão, todo avermelhado, evitava me olhar nos olhos. Percebia que estava segurando o choro diante da situação. Ele devia ter treze, no máximo quatorze. Eu poderia dar uma surra nos moleque. Só aparento ser maior de idade, mas ainda não completei 18 anos.
Ofereci a mão, estendendo o braço para que ele pudesse levantar. Por mais que tenha relutado, aceitou a oferta.
-- Eles fazem isso todo dia...
Ok. Isso foi inesperado.
-- Eles te perturbam todo dia e você não conta pra ninguém, nem revida? - Questionei, em um tom um pouco agressivo, que o fez se contorcer, talvez em vergonha. Respirei fundo. Não dava para ser tão incisivo. - Isso é bullying e não é legal. Uma piada só é engraçada quando todo mundo ta rindo. Você ta achando graça?
Ele não conseguiu segurar. Uma lágrima involuntariamente escorreu no canto direito da face. Meu coração foi preenchido por um sentimento que só tinha sentido antes pelos meus Pokémon. Acredito que é a necessidade de cuidar. Talvez por isso segurei na mão dele e o puxei pra dentro da escola.
Algumas pessoas olhavam, outras cochichavam. Professores fingiam que não viam e os menores riam. Essa situação era ridícula. O que eles ensinavam na escola? Apenas coisas técnicas? Onde estão as normas de convívio social?
-- Todo mundo. FORA! - Expulsei os meninos do vestiário e coloquei meu Crustle na frente da porta.
-- Eu passei um tempo frequentando a escola meses atrás e um grupo de... feiticeiros metidos, ficaram me esnobando, se achando melhor que eu. Chegaram a tentar me ridicularizar. - Contei. - Sabe o que eu fiz?
Liguei o chuveiro.
-- Não foi chorar no banho, mas as vezes ajuda. Já fiz muito isso quando era sozinho e não tinha amigos. As lágrimas se misturam com a água e você não se sente fraco nem demonstra pros outros.
Me aproximava dele, e apontava pro chuveiro. Ele entrava de roupa e tudo e começava a soluçar, confundindo as emoções e lavando a alma, liberando a frustração.
-- Eu desafiei os bullies - confessei. - Foi difícil. Eles insistiam que eram melhores. Superiores. Mas eu tinha meus melhores amigos ao meu lado. Minha Lilligant e meu Crustle sempre me apoiaram quando mais ninguém acreditava em mim. E eles me emprestaram a força que possuíam na época para que eu conseguisse me defender. Nunca mais mexeram comigo depois que venci o líder deles em uma batalha. Mas não só por isso. Porque eu acreditei no meu valor e não me importava mais com as opiniões deles. É um processo se aceitar, eu sei. Mas em algum momento isso precisa começar. E que lugar melhor que no fundo do poço?
O choro se intensificou e ele ficou lá por um tempinho. Quando percebi que estava melhor, desliguei o registro e entreguei uma toalha. Reparei algo nos pulsos dele. Puxei as mangas, segurando firme para ver. Ele tentou puxar e esconder, mas eu sou mais forte. Era cicatrizes. Algumas recentes.
-- Vou buscar uma roupa nova. Volto já. Não faça mais isso. - Não era em tom de conselho, mas de ordem.
O deixei só por alguns minutos e quando retornei, ele estava enrolado na toalha, encolhido em um canto, já seco. Me aproximei e entreguei um uniforme limpo. Ele vestiu, e não disse mais nada. Ainda parecia envergonhado, não pela nudez, mas por ter sido descoberto.
-- Vem, quero te mostrar uma coisa.
Saia do vestiário e ele vinha atrás, como um Lillipup sem dono, só que limpo. Tirava um bolinho da máquina de doces e dava um pra ele, comendo o outro. Agora estava alimentado. Fomos ao pátio. Normalmente há selvagens próximo dos limites da escola. Avistava um Sentret e apontava para ele. Era um Pokémon bem fraco para o nível médio dos encontrados na cidade, tinha uma habilidade bem ruim e características que faziam as pessoas ridicularizarem sua espécie.
-- Ta vendo aquele Pokémon? Ele é igual a você. Fraco, sozinho e ta sempre fugindo enquanto tem capacidade o suficiente para ficar e enfrentar qualquer coisa, mas falta algo. Alguém que acredite no seu potencial.
Dependência. Era isso que faltava. Pessoas submissas precisam de algo para se apegar.
-- Cleffa, - chamava minha pequenina lhe dando a lucky egg - vamos chamar a atenção do Sentret com Swift. Use Cosmic Power na sequência.
A estrelinha mágica surgia invocando outras estrelas cadentes, derrubando o esquivo planador da árvore (28%), que procurou se defender ao ficar em forma de bola, amenizando a queda. Enquanto Cleffa acumulava o poder do cosmos, Sentret fez algo inesperado. Usou ataque veloz (16%), interferindo na ordem dos fatores. Olhava pro menino, que estava um pouco interessado na batalha, mas quando viu que eu fui reparar, fingiu desinteresse.
-- Cleffa, Stored Power.
O acúmulo de poder era liberado e atingia Sentret de forma especial (28%). O bichinho revidou como arranhão (14%) e depois outro golpe rápido (14%) enquanto Cleffa liberou outro poder acumulado (28%). Pedi para que repetisse uma outra vez o movimento de estrelas e quando Sentret foi nocauteado, lhe taquei uma pokébola. O sinal de captura tardou, fazendo cada segundo ser mais agonias-te que o outro. Se Sentret fugisse da captura, talvez fosse interpretado como um sinal do universo para que eles não ficassem juntos. Não foi o caso.
Recolhi a esfera e me aproximei do menino novamente.
-- Esqueci de perguntar. Qual seu nome?
-- M-max - ele respondeu.
-- Max, a partir de agora esse Sentret é seu parceiro e melhor amigo. Vocês vão crescer e se desenvolver juntos. Sempre que um sentir-se só, o outro fará companhia. Irão parar de fugir dos problemas e enfrentar eles juntos. Me promete que vão cuidar um do outro?
Entreguei a esfera na mão do menino e seus olhos ganharam mais cor. Não diria que brilharam, como acontece comigo, quando fico entusiasmado, mas parecia um fio de esperança, como se fosse um suporte emocional.
-- Hm.. Eu tive uma ideia. O que acha de ser meu assistente? Posso te treinar para ser mais confiante. Em troca eu prometo proteção. E quando eu não estiver por perto, posso pedir para um de meus servos, digo, serviçais, ficar de olho em você. Tenho muitos seguidores e alguns empregados, mas desde que saí de casa tenho dificuldades em me organizar com coisas simples. - Propus. Era algo bem intenso, eu sei. - Preciso de alguém inteligente e dedicado ao meu lado.
-- Não precisa decidir agora. Vou passar o dia em Violet, mas preciso que me diga até o anoitecer. Quero tomar café em Und--
-- Eu aceito. - Ele disse, me interrompendo.
Era uma resposta firme. Me impressionou.
-- Legal. Converse com seus responsáveis. Você viaja comigo amanhã. Voltamos semana que vem. Já pode começar a planejar e, dinheiro não é um problema quando se é um príncipe e se tem as chaves das cidades. Te encontro mais tarde.
Entregava meu contato para Max e partia para encontrar Drasna.
Sentret
- Spoiler:
Nome: Sentret #161
Lvl: 11
Exp:
Sexo: Feminino
Habilidade: Run Away
Item: Tumblestone
OT: Ali Malik
Stats:
HP 35 Attack 51 (+5) Defense 34 Sp.Atk 35 Sp.Def 45 Speed 20 Total 215
Características:- Observações & Imunidades:
- Imune aos moves do Type Ghost.
Ataques:
Scratch (Cute - 1 Ponto) (inicial)
Growl (Cute - 1 Ponto) (inicial)
Defense Curl (Cute - 2 Pontos) (inicial)
Foresight (Cute - 2 Pontos) (inicial)
Quick Attack (Cute - 1 Ponto) (lvl 8)
Fury Swipes (Cute - 1 a 3 Pontos) (lvl 12)
(Lvl 11, Violet)
- Spoiler:
- . Evento Selvagem com +5 em Melhor Stat
. Encontrou Sentret com +5 ATK
. Capturou Sentret
. Gastou 1 Pokebola [00]
. Recolheu 1 Normal Essence
. Recebeu 152 de exp. (lucky egg) [375/585]
. Colheu 4 Pumpcoll [04] e Plantou 1 Coba [00]
Ali Malik
Última edição por Mathito em Seg Ago 21, 2023 6:45 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : -)
Bônus: +10% de XP por ser Bulba Tamer
Produtores: Corpse Morellul --- Meteor Crustle --- Sweet Garbodor
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FonseCarlos
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APROVADO!
E assim a Team Imperium vai se expandindo e o líder Príncipe Malik se mostra uma boa pessoa ao ajudar alguem indefesao, ótima história! Estou ansioso para ver quem esse ajudante irá se tornar, pode seguir!