Após um começo promissor, mas com um desastroso fim, Amorina finalmente retornava para Pewter e recuperava as energias de seus Pokémon. Não só isso, como graças à passagem pelo Centro Pokémon, ela obteve alguns outros itens que prometiam auxiliá-la em sua jornada, sendo o principal deles o famigerado "Exp Share". Não sendo um item cotidiano na vida da coordenadora, na manhã do dia seguinte ela passava boa parte do dia tentando entender como ele funcionava, vendo até mesmo tutoriais profundos de pesquisadores que explicavam todo o aparelho. No fim, ela só precisava virar uma trava no próprio capacete e colocar na cabeça de algum Pokémon.

Pumpkaboo era um Pokémon relativamente antigo no grupo da menina, contudo era o mais inexperiente. Dessa forma, ela achou que ele aceitaria receber o item, mas ele não pareceu gostar nada da ideia de ficar com aquele capacete. Assim, Amorina mais uma vez se aventurava nas discussões de outros pesquisadores, até descobrir que o aparelho também podia ser conectado diretamente à Pokébola do Pokémon, garantindo os mesmos efeitos. Desse modo, ela ativou o item e prosseguiu rumo ao Monte Lua para mais uma caçada.

Com seu atraso momentâneo, a magnata teve que caminhar bastante até encontrar alguma formação rochosa que parecesse promissora. Libertando mais uma vez o Tauros raivoso do Ride Pager, ela via duas sombras saírem dos destroços do pedregulho, o que lhe alertava que era necessário um combate. Antes que os selvagens pudessem detectá-la, Amorina rapidamente entregou o Lucky Egg para Mudbray e passou uma Ball of Mud para Brionne. Com Dwebble e Carbink de adversários, ela não deveria ter problemas.

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Info Adicional:

- Brionne use Water Pledge em Dwebble. Mudbray se exiba com Metallic Dust!

A foca dava o ponta pé no combate, invocando seu famoso pilar de água que se interconectava no inseto de pedra e o fazia desmaiar imediatamente. Mudbray agia em seguida, fazendo com que o corpo reluzisse como se fosse um metal, mas depois ele focalizava o movimento nas patas dianteiras antes de golpear o chão e fazer uma poeira metalizada se levantar enquanto causava danos ao adversário. Carbink dava uma tremida com o abalo sísmico, mas permanecia em pé, tomando controle de uma rocha e a atirando contra o burrinho. Ao acertar o golpe, Mudbray recebia um crescimento corporal pela habilidade.

- Boa sintonia pessoal! Agora finalizaremos com mais um Water Pledge!

Brionne atendia com cansaço nos olhos as ordens da dona, movimentando os bracinhos e os elevando em seguida para forçar a água a surgir e mergulhar o segundo selvagem em sua prisão aquática, que ao dissipar, o fazia desmaiar.

Batalha:

- Eu sei que a monotonia está cansativo, mas não podemos fingir que não temos lucro, não é? - questionou para Brionne, que apenas virou a cara, culpada por transparecer demais seu tédio. - Olha... se não encontrarmos nada valioso hoje eu prometo que vamos embora mais cedo. E que você poderá aproveitar a piscina do hotel - complementou.

Brionne aplaudia animada a sugestão, o que fazia a coordenadora sorrir brevemente. Se aproximando dos selvagens, Amorina via um Blue Shard reluzir entre os pedaços da pedra que a prendia, além de notar que o pequeno Carbink segurava uma Fighting Gem. Recolhendo todos os itens, ela guardou as coisas na bolsa e continuou sua caminhada. Tentando ter pensamentos positivos para superar o mal estar que sua expedição na caverna podia causar aos Pokémon, ela apenas torcia para que nenhum deles desistisse de obedecê-la por irritação.

Como talvez um símbolo de que tudo ficaria bem, Brionne esticou a bola de lama já polida para sua dona, com um rostinho de quem pedia desculpa mesmo que não tivesse feito nada de errado. Com um afago atrás da orelha da foca, as duas sabiam que sua relação era muito mais forte que qualquer coisa.

Amorina fazia uma pausa no meio da tarde, encostada numa parede para fazer a digestão. Enquanto fuçava no RotomPhone, ela descobriu que o Outono já chegou, porém o clima cavernoso a impedia de sentir qualquer oscilação na estação. Mesmo assim, ao assistir o Boletim, ela ficava encantada com algumas das criaturas que poderiam surgir, vindo de processos migratórios dentro da região. Ainda nessa pausa, ela recolheu suas primeiras Starf Berry, plenamente maduras e coloridas.

De volta às buscas, a magnata notou que a área em que ela estava explorando estava praticamente escassa. Infelizmente, devido a um projeto dos mineradores, ela foi forçada a seguir num caminho de comum acesso e, portanto, muitos outros treinadores passavam por ali. Frustrada e refletindo sobre sua longa estadia no local, Amorina cogitava retornar para Pewter e tentar encontrar coisas mais civilizadas para fazer.

Contudo, como um sinal divino de que ainda não era hora de desistir, o Itemfinder da menina reativava, começando a apitar baixinho. Ao retirar o aparelho, a coordenadora seguiu de passinho em passinho, buscando a direção ideal. Ao chegar num encontro entre duas paredes de pedra, com uma única estreita fresta no meio, ela sabia que teria que abrir mão de sua própria segurança para tentar encontrar lucro. Recolhendo os Pokémon, ela teve dificuldades em puxar a bolsa enquanto se esgueirava pelo caminho apertado, tendo inclusive arranhado algumas partes do corpo e rasgado uma parte da bolsa.

- Ai... que saudade de ficar na mansão - reclamou baixinho.

Chegando do outro lado do buraco em que entrou, Amorina retirava a pokébola de Solrock e liberava o Pokémon para iluminar a escuridão. Quase tão rápido como a luz tocou nos itens, os olhos da menina reluziram: havia um conjunto de três pokébolas no chão, logo ao lado de um geodo natural de Poison Gem. Correndo sem pensar duas vezes para "abraçar" todo o lucro que obtinha, uma nuvem de poeira saltitava pelo local, batendo na pedra roxa e se dissipando, revelando ainda mais gemas preciosas multi-coloridas.

- AH! AH! EU SOU INCRÍVEL! NÓS SOMOS DEMAIS! - gritou animadíssima, fazendo uma dança desengonçada de comemoração. - É melhor eu parar. Apesar de que só você está vendo, né Solrock? - questionou ao Pokémon cósmico.

Amorina então teve um pequeno alerta cerebral de que ainda estava sendo observada, olhando lentamente para o lado. Colado nas paredes, um Pokémon laranja de olhos enormes a encarava. Uma das mãos do Pokémon parecia tentar segurar sua pele na altura da cintura, enquanto a outra estava completamente fechada como se estivesse com raiva. A coordenadora logo reconheceu a espécie que foi retratada no Boletim, mas não recordava o nome.

- Brionne, venha! - disse libertando a inicial e entregando o Lucky Egg em suas mãos.

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Info Adicional:

- Se o boletim não estiver errado, ele é um Pokémon Lutador. Nesse caso, demonstre nossa potência com Disarming Growl!

Antes dos movimentos realmente serem feitos, o selvagem olhou de forma ameaçadora para Brionne, que perdeu parte de suas forças físicas. A foca parecia mais animada naquela hora, talvez por enfrentar um adversário diferente, talvez por poder executar seu movimento mais uma vez. Sem mais demora, ela arrumou as cordas vocais e começou a cantarolar, fazendo uma distorção rosada se formar no ar e atingir o alvo, que sofria graves danos além de perder parte da ofensiva física. Em resposta, Scraggy fazia o antebraço reluzir laranja, saltando para dar um golpe reto e certeiro na foca (Brick Break).

- Você está bem? - disse ao ver o Pokémon colocar as patas na cabeça. - Use Disarming Voice quando estiver pronta

Brionne balançava a cabeça, embora seus olhos semicerrados indicavam que o golpe foi dolorido. Assim, ela gritava em um tom agudo, fazendo notas musicais rosadas se formarem e explodirem no rosto do selvagem, fazendo-o desmaiar.

Batalha:

Brionne cambaleava um pouco após ver que seu adversário tinha desmaiado, repousando forçadamente sua cabeça no chão. Amorina correu para acudi-la, deixando que a foca descansasse a cabeça em seu colo.

- Foi um golpe bem forte, não é? Fique parada que vai passar - comentou, alisando o corpo da inicial para acalmá-la.

Amorina fazia um sinal para Solrock, apontando a mochila e o selvagem. Sem demora, o psíquico fazia uma Great Ball flutuar e o lançava diretamente contra a selvagem. Ao balançar algumas vezes, a esfera ficava estática e logo era recuperada pelo Pokémon cósmico, que devolveu o item na bolsa da coordenadora. Brionne, que estava a todo momento de olhos fechados, finalmente os abria e dava um sorriso contido.

- Descanse mais um pouco, eu prometo que vou ficar bem

Recolhendo a inicial para a pokébola, a magnata agora recolhia todos os itens que tinha encontrado. Faturando três pokébolas, três Dragon Gem, duas Fairy Gem, uma Poison e uma Grass Gem. Com tantos itens, seu comércio de clusters com certeza seria um sucesso. Finalizada as buscas, ela retornava pelo mesmo caminho que entrou, ignorando as dores dos arranhões que obtinha por estar esperançosa pelos itens que encontraria ainda naquele dia.

Amorina continuava radiante após seu encontro anterior. Com uma reserva enorme de gemas na bolsa, ela imaginava se já não era hora de fazer uma pausa e relaxar. Contudo, temendo que talvez seu sopro de sorte desaparecesse, a coordenadora se forçava a ficar um tempo a mais por ali. Antes disso, ela fez uma pausa numa zona relativamente movimentada dos túneis da caverna, utilizando o momento para limpar os arranhões que ganhou ao adentrar um local estreito do Monte Lua.

Naquela estadia, ela notou que alguns itens estavam em excesso, ocupando espaço útil em sua mochila, principalmente os doces de experiência. Assim, ela libertou o pequeno Pumpkaboo, que parecia preparado para um furto, mas logo foi puxado de volta pela dona.

- Eu ainda não sei de onde você tirou os últimos itens, mas não quero problemas por um bom tempo - disse, onde o fantasma reagiu mostrando a linguinha. - Mas aqui, pegue um doce. Acho que você é o que faz melhor uso.

A abóbora abocanhou a guloseima sem pensar, mal mastigando. Contudo, o item parecia fazer efeito imediato, já que Pumpkaboo começava a piscar a luzinha em sua barriga talhada, além de parecer levemente insano como se tivesse sofrido de um frenesi do açúcar. Para controlá-lo, Amorina o recolheu e seguiu seu caminho pelo Monte Lua.

Após algumas voltas, algumas trombadas em outros viajantes e até mesmo ser "roubada" por um outro garoto que quebrou as pedras antes dela, a magnata enfim encontrava mais uma grande rocha que parecia segura de ser destruída. Com o Ride Pager, o Tauros se materializava e destruía a formação, fazendo pedrinhas voarem para todo lado enquanto ele retornava para o item que lhe convocou. No chão, havia duas formações rochosas: uma possuía braços, sendo mais um Geodude; a outra era um casco resistente e vermelho, do qual uma criatura amarela saiu.

- Um Shuckle! - comemorou a magnata, lembrando das aulas sobre espécies Pokémon. - Ele faz Rare Candy. Acho que vale a pena ter um... vamos lá Brionne e Mudbray! - comentou em seguida, atirando as respectivas esferas para libertar os Pokémon, entregando o Lucky Egg para o burrinho.

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Info Adicional:

- Brionne use Water Pledge em Geodude. Mudbray agracie-os com seu Mettalic Dust!

Os selvagens finalmente notavam quem era a responsável por quebrar seu descanso, ficando irritados por isso. Contudo, a foca era mais rápida, fazendo uma dancinha com as mãos ao invocar pilares de água que lançavam o pedregulho contra a parede. Surpreendentemente, ele ficava de pé. Na sequência, Mudbray tentava utilizar seu combo, mas parecia ter problemas em concentrar nos dois golpes, acabando por desferir apenas o abalo sísmico, que neutralizou Geodude e causou algum dano em Shuckle. Em resposta, o inseto jogou pequenas esferas cor oliva que atingiam os Pokémon da coordenadora, reduzindo parcialmente sua ofensiva especial. O burrinho relinchava frustrado de não conseguir executar o movimento pedido, porém Amorina abria um sorriso ao notar que Brionne o consolou.

- Não tema, bonitão. Estamos ainda em treinamento... mas essa batalha é bem real, então use Water Pledge e Bulldoze!

Se entreolhando, os Pokémon da coordenadora pareciam criar um plano "maléfico" ao balançarem a cabeça em harmonia. Brionne invocava mais um pilar de água, agora mais concentrado para lançar o pequeno inseto aos ares. Quando estava prestes a cair, Mudbray deu um golpe no chão que levantou um abalo sísmico, virando Shuckle de cabeça para baixo. Com ferimentos graves pelo corpo, o Pokémon choramingava, depois soltava mais bolotas cor oliva que atravessavam seu alvo e reduzia sua potência ofensiva.

- Vocês foram bem... mas sem exageros. Brionne finalize com Aqua Jet!

Amorina ficava preocupada com a violência dos Pokémon, mas entendia que provavelmente era a tentativa da foca de animar o amigo, por isso relevava a brutalidade do golpe sequencial. Assim, imbuída em água cristaliza, Brionne golpeava seu alvo e o devolvia à posição normal, desmaiado com o corpo fora do casco.

Batalha:

- A dinâmica de vocês está impecável. Quem sabe em palcos em dupla eu não possa levá-los? - sugeriu, vendo que os Pokémon comemoravam.

Amorina então sacava uma de suas Great Ball e examinava com cuidado o pequeno Shuckle. Ela notou que havia uma espécie de suco que "vazava" do buraco em suas costas. Apesar de ter plena consciência que aquilo não era nada saudável para humanos, alguns estudos da escola diziam que era uma bebida nutritiva para os Pokémon. Antes de tentar capturá-lo, ela checava se havia uma garrafa vazia na bolsa, recolhendo o líquido e então jogava a esfera. Sem demora, o item ficava estático e a Rotom Dex atualizava, apresentando as informações do selvagem.

Shuckle, o Pokémon mofo. Shuckle se esconde silenciosamente sob as rochas, mantendo seu corpo escondido dentro de sua casca dura enquanto come frutas que armazenou. As bagas se misturam com seus fluidos corporais para se tornar um suco.

- É bom estar certa sobre o suco. Mas agora vamos conti... - disse a menina, mas foi barrada pela irritada Brionne. - Não iremos continuar? - questionou, vendo a foca balançar a cabeça negativamente. - Sem lucros... eu iria fazer uma pausa - a foca então aplaudiu. - Tá certo. Vamos, retornaremos para Pewter e vamos direto para Novus. Vamos ver se encontramos algo bom no Catching Contest

Com uma promessa em dívida, a coordenadora retornou com todos os Pokémon para Pewter, onde iria testar sua sorte agora na calorosa competição de captura Pokémon. Ela tinha apenas uma criatura em mente, mas não queria criar expectativas demais.

Com o grande sucesso no Catching Contest, obtendo o Pokémon que queria no primeiro encontro, Amorina retornava rapidamente para Pewter. Contudo, ela sabia que seus Pokémon estavam estressados, por isso ela tratou de guardar um dia apenas para cuidar de todos eles. Dentro do hotel em que estava hospedada, ela improvisou um cantinho de mimos.

Brionne foi a primeira, recebendo um bom banho de água fria com uma bucha fofíssima, garantindo que sua pele não seria arranhada. Litten era o próximo, sendo necessário apenas um pente que escovasse seus sedosos pelos enquanto ele ronronava alto, pois a sujeira parecia não ser capaz de penetrar seu corpo mágico. Solrock não exigia muito, na verdade, apenas ficou na beira da janela tomando sol o dia inteiro, ganhando um brilho ainda maior enquanto desafiava a dona numa partida de damas. Carbink também recebia um agrado, sendo uma simples massagem com um pano bem felpudo, apenas o suficiente para retirar o excesso de poeira e fazer reluzir as pedras preciosas de seu corpo.

Já de noite, Amorina foi até um terreno afastado com Mudbray e Pumpkaboo, onde daria um não-tão-agradável banho de lama no burrinho que adorava aquele tipo de tratamento. No fim, os pelos do Pokémon até ficavam mais vivos com o tratamento especial, então ainda era uma vitória. Ao fundo, a magnata ouvia algumas pessoas gritarem pedindo por socorro, provavelmente estavam sendo assustadas por Pumpkaboo, que logo retornou sorridente e vivíssimo com suas travessuras, recebendo um Exp Candy XS da dona para que voltasse a se comportar.

Finalmente de volta para o quarto, a coordenadora desabou como pedra no colchão. Assim, com o frio noturno do Outono, Litten se acomodava do lado esquerdo da menina enquanto Solrock usava os poderes psíquicos para cobri-los. Com a pele fria, Brionne deitava do lado de fora da coberta, mas do lado direito da dona. Mudbray se deitava ao pé da cabeceira, junto com Carbink. Pumpkaboo e Solrock então abaixavam seus respectivos brilhos, deixando apenas uma luz agradável no quarto enquanto todos descansavam.

Na manhã seguinte, Amorina abriu um sorriso ao notar todos a sua volta, sentindo que de fato criou uma conexão muito forte com todos. Mesmo assim, como retornar ao Monte Lua eram os planos do dia, a magnata logo recolheu a maioria deles, exceto Mudbray e Solrock que não se importavam com o clima rochoso da caverna. Rumando para mais uma expedição em roupas grossas que protegeriam sua pele de arranhões, Amorina deu mais um início à caçada de lucro mineral.

De peito estufado e com a sorte à seu favor, a coordenadora agora estava muito mais atenta às reações de seus Pokémon, já que a depender da afinidade que tinham com os geodos, era mais fácil encontrá-los. Dito e feito, Solrock parecia atraído por uma força e logo guiou sua dona por alguns túneis até chegar numa pequena reserva de Geodo Psychic, de onde a garota extraiu uma gema.

Ainda ali, para a surpresa de todos, três nuvens de poeira passaram pulando perto do grupo. Com um brilho verde reluzente dentro delas, Mudbray bateu as patas no chão e as fez se dissolverem. Das duas primeiras, várias Grass Gem se relevavam. Já a última, possuía uma Silicobra, espécie que a coordenadora já conhecia, embora não tivesse uma propriamente dela.

- Comigo, Brionne! - comandou a menina.

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Info Adicional:

- Water Pledge!

Ao que parecia, o dia de descanso e embelezamento surtiam efeitos não só estéticos na foca, como também em suas habilidades. Brionne tinha um brilho natural nos olhos enquanto realizava mais uma de suas danças que imitavam movimento de ondas com as mãos, criando uma espécie de gêiser abaixo da serpente que a disparou contra o dedo e imediatamente a fez desmaiar.

Batalha:

- Obrigada, princesa - agradeceu a menina à foca, depois retornou para a pokebola. - Vamos ver um pouco mais sobre você

Amorina então apontava a RotomDex para o selvagem, adquirindo algumas de suas informações. Ao notar que a criatura tinha a habilidade ideal que ela buscava, a coordenadora tratou de lançar uma pokébola em busca de trazê-la permanentemente para sua equipe. Com o objeto bicolor imóvel, ela sabia que havia conquistado mais um, sendo comemorado por Solrock e Mudbray a recente captura.

- Obrigada pessoal. Isso foi ótimo mas... - começou, depois olhou para as gemas. - Isso aqui é INCRÍVEL! - gritou de olhos brilhando, mas logo tapou a boca ao notar a voz ecoando nos túneis.

Para não ser pega de surpresa por algum criminoso da Imperium depois do grande alerta, Amorina recolheu todas as gemas que obteve naquele local e saiu correndo de lá. Seu próximo objetivo era encontrar mais pedras seguras para quebrar, esperando que sua onda de sorte continuasse fazendo chover riquezas em suas mãos.

Enquanto continuava sua procura, Amorina acabou se deparando com um local cheio de estalactites. Ela havia esquecido completamente a existência daquelas coisas, bem como que eram bem mais seguras pois não era possível encontrar Pokémon dentro delas. Torcendo pelo lucro, a menina ficava com Solrock em um local seguro enquanto Mudbray golpeava a parede do túnel, fazendo as pontinhas de pedra se desprenderem e esfarelarem no chão. Infelizmente, nada parecia ter surgido daquela poeira, sendo um péssimo indicador.

Mas não querendo desanimar, Amorina manteve o sorriso no rosto quando continuou pela caverna. Ela ficou contente em notar que estava relativamente mais vazia, provavelmente porque graças à chegada do Outono, Solaceon se tornou o principal ponto turístico. Mas aquele não era o momento de fazer turismo e sim sucesso, sendo o que a adolescente buscava no Monte Lua.

- Minha onda de sorte tem que acabar uma hora, mas vamos lá... só mais uma vez!

A menina dizia as palavras ao encontrar uma formação rochosa no meio de uma passagem, o que permitiria que ela olhasse bem o que cairia daqueles itens. Tauros era invocado, aparentemente já virando um bom amigo da menina que sempre o contatava. Quando as pedras se partiam, dois Pokémon eram revelados: Geodude e Carbink. Era somente o 3º encontro da menina com aquela espécie, então não havia muito o que esperar.

- Brionne!

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Info Adicional:

- Water Pledge em Geodude! Se tivermos sorte ele será nocauteado - disse a menina.

A foca assentia o comando, dando um giro antes de mexer as patinhas numa dança e invocar um pulso de água vindo do chão, que alavancou o pobre Geodude e o desmaiou na hora. Amorina comemorava levemente. O Carbink selvagem então se tremia inteiro: não sabia se era o próximo a levar o golpe, por isso manipulou uma pedra e a atirou contra a adversária, criando uma pequena pressão nela para o chão.

- Ok. Bom trabalho continue até finalizarmos!

Brionne assistia o pequeno Carbink passar de um lado para o outro, tentando fugir de qualquer ponto em que a aquática pudesse criar um pilar de água. Assim, ela mudava sua estratégia, invocando três pilares menores, que formavam uma "jaula" ao redor do Pokémon antes de golpeá-lo de uma vez só. Para responder, a fada atirava mais uma pedra contra seu alvo, depois voltava a correr em círculos.

Para finalizar, a leão marinho começava até a cantarolar antes de executar seu golpe, fazendo a fadinha parar por alguns segundos e permitindo que ela acertasse sem problemas.

Batalha:

- Impecável, como sempre - elogiou a menina, recebendo um floreio de sua inicial antes de puxá-la para a pokébola.

Brionne estava bem mais contente em ser chamada para os combates, além de trazer inovações na execução do movimento que permitiam que a coordenadora pudesse trabalhar futuramente. Contudo, aquilo era pensamento para outra hora, já que os Pokémon provavelmente não ficariam nocauteados por muito mais tempo. Ciente de que os Carbink sempre acabavam levando algum item, Amorina rapidamente apanhou uma Fairy Gem do selvagem antes de ir espiar e descobrir que Geodude não carregava nada.

- É... não é o ideal, mas é alguma coisa, certo? - questionou, recebendo uma confirmação positiva dos Pokémon fora da pokébola. - Vamos continuar mais um pouco

Enquanto passava por uma área mais escura do local, Amorina deixou Pumpkaboo sair rapidamente para consumir mais um Exp Candy. O fantasminha já estava ficando ainda maior do que seu tamanho super, mas não parecia ser um problema já que ele tinha aparência de gostar de como estava.

Aproximava-se do fim da tarde quando Amorina fez mais uma pausa na exploração. As últimas horas não tiveram grandes acontecimentos, sendo apenas um perambular para cima e para baixo enquanto observava as paredes de pedra e ficava atenta a pequenas nuvens de poeira, sendo a maioria marcada por rastros que sugeriram se tratar de selvagens.

Liberando todos os companheiros, ela entregava a ração para que se mantivessem saudáveis por mais um tempo. Carbink se aproximou calmamente da adolescente, exibindo duas gemas amarelas ao redor de seu pescoço, oferecendo-as com orgulho. Amorina agradecia e aproveitava a oportunidade para criar um "evento" em seu calendário, já que aparentemente havia um período comum de produção das gemas do Pokémon, sendo muito útil ter o controle total sobre ele. Na sequência, Litten subiu no colo da coordenadora, apontando para um dos túneis a frente.

- Tá sentindo algo pra lá? - questionou, recebendo um aceno positivo. - Vamos.

A magnata dava uma piscadela para Brionne que parecia entender o recado: "cuida dos outros". Com o cinturão do felino mágico iluminando brevemente a passagem, eles se deparavam com um geodo natural imenso, com uma vívida chama crepitando dentro da camada de pedra translúcida. Amorina fazia um afago entre as orelhas do gato antes de começar a quebrar uma parte do mineral, guardando uma parte dele consigo. Naquela mesma hora, um tremor suave, mas perceptível pelo levantar da poeira começava no chão ao revelar duas oscilações entre as rochas que pareciam apostar corrida. A coordenadora até tentou pular para desviar, mas foi em vão, já que um deles levantou da terra bem na hora.

Graças às roupas mais grossas, o tombo era feio, mas ao menos a menina não ganhava nenhum ferimento superficial. Ainda assim, Litten emitia um som irritado para os selvagens que surgiam da terra. Tratava-se de um casal de Diglett, com uma singela diferença na coloração e fiapos na cabeça. Aquelas eram as versões Kantonian e Alolan da espécie. Amorina ficou preocupada com Litten enfrentando a dupla sozinho, mas como um suspiro de esperança, uma sombra começava a tomar formato de um rosto laranja ao sair do chão, revelando o grandioso Pumpkaboo.

- Vocês tem certeza que dão conta? - questionou, recebendo apenas um sorriso determinado da dupla. - Então, estou contando com vocês

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Info Adicional:

- Faremos uma pequena preparação... Litten use Bulk Up! Pumpkaboo use seu Trick-or-Treat na toupeira careca! - comandou.

Amorina estava acostumada com a super potência de Brionne, mas também tinha força em outros parceiros. Aquela era uma boa oportunidade para ela criar vínculos mais firmes com eles, garantindo que toda sua equipe crescesse com mais força.

Assim, Litten começava fazendo seu cinturão brilhar e soltar algumas chamas, que aumentavam sua massa muscular levemente. Destemidos, a dupla de toupeiras terrestres executava o mesmo golpe, balançando os corpos para cima e para baixo ao invocar uma onda sísmica (Bulldoze). Pumpkaboo então agia, fazendo a estampa de sua barriga reluzir e pequenos fantasminhas saírem dela, rodeando o Diglett Kantoniano e aplicando nele a mesma aura fantasmagórica que a abóbora exalava.

- Agora é nosso contra-ataque! Litten use Double Kick no que tem fiapos na cabeça. Pumpkaboo use Shadow Sneak no outro!

Com a prioridade em seu movimento, Pumpkaboo logo mergulhava nas sombras da caverna, surgindo sorrateiramente atrás do Diglett comum e o golpeou com uma colisão corporal, causando graves danos graças à nova tipagem adicionada. Em resposta, os selvagens continuavam em plena sincronia, forçando ondas sísmicas para todos os lados e em intervalos regulares para acertar a dupla da coordenadora. Litten, que ficara mais lento pelos golpes, revidou logo em seguida a versão Aloliana do selvagem, fazendo as patas traseiras reluzirem num tom vermelho escuro para empurrá-lo de volta ao chão, garantindo a primeira baixa do combate.

- Bom trabalho! Agora Pumpkaboo use mais um Shadow Sneak. Litten apoie-o com Darkest Lariat se preciso!

A abóbora fantasmagórica parecia radiante com a queda de um aniversário, não demorando para mais uma vez afundar nas sombras e surgir de mançinho ao lado da toupeira para golpeá-la e também fazê-lo desmaiar. Pumpkaboo e Litten gargalhavam com as criaturas desmaiadas.

Batalha:

- Comportem-se, mocinhos - comentou em queixa à crueldade da dupla. - Mas vocês foram magníficos - emendou.

Os parceiros voltavam a trocar olhares com um pouco de malícia. Aparentemente, as travessuras de Pumpkaboo se casavam perfeitamente com a agressividade de Litten, o que os tornou bons amigos. Agachando-se para coletar os itens que os selvagens portavam, Amorina acabava notando que havia adicionalmente mais duas Flying Gem no meio da poeira em que eles levantaram.

- Electric e Flying Gem... ei! Com essas eu tenho pelo menos um exemplar de todas as gemas! - comemorou ela, mas logo foi furtada pelo pequeno Pumpkaboo. - Ei! Você está bom de combate, mas ainda não aguenta uma briga comigo - comentou, vendo o fantasma desafiá-la. - Quer ver? O que acha desse docinho?

Esticando um Exp Candy XS, Pumpkaboo soltava as pedras na hora e comia o doce num movimento só. A coordenadora fazia uma pose de quem estava orgulhosa de ter enganado o Pokémon, que até tentou protestar, mas foi caçoado por Litten. Antes que começassem uma briga, Amorina agarrou cada um deles num braço e começou a retornar para o acampamento, reencontrando todos os outros Pokémon.

- Tivemos um contratempo e acho que é melhor voltarmos para recuperarmos vocês. O que acham? - questionou, sem receber protestos. - Para Pewter!

O dia anterior de Amorina tinha sido bastante agitado, já que ao chegar no Centro Pokémon, ela assistiu uma coletiva exclusiva com grandes inventores de Pokégea, que supostamente teriam conseguido reativar alguns itens que tinham simplesmente "apagado" nos últimos meses. Na verdade, eles criaram um aparelho completamente novo, sendo uma pequena bateria roxa. Disposta a poder voltar a usar seu Z-Ring e, quem sabe futuramente, seu Dynamax Band, a coordenadora logo partiu para o Paraíso Aether onde realizou a troca dos itens diretamente com Clemont. Com a Bateria de Transformação pendurada na mochila, ela buscava encontrar formas fáceis de obter a carga necessária para ativá-lo.

Contudo, graças as atrações de Novus City, a magnata acabou sendo puxada para as várias lojas e restaurantes da cidade, além de se hospedar por uma noite num dos hotéis que sua família controlava. Hoje, quando ela tentou voltar com rapidez para o ponto de uso do Talismã de Novus, ela teve que enfrentar uma verdadeira multidão de treinadores que vieram em peso realizar a troca do item, o que travou boa parte do tráfego na cidade.

Chegando em Pewter quando já era bem tarde, inclusive com o céu completamente escuro, Amorina ainda assim não queria acreditar que não conseguiria nenhum item mineral, por isso apenas se arrumou novamente e foi direto ao Monte Lua. Agora apenas acompanhada de Solrock para iluminação, a garota sentia pela primeira vez medo em estar dentro do ambiente. Isso ocorreu pois não havia sequer um humano dentro dos diversos túneis que ela cruzou. No máximo, ela tinha um pequeno infarto com alguma sombra passando entre as rochas, mas por sorte, nenhuma delas parecia querer desafiar o Pokémon cósmico para um combate.

Tudo mudou quando ela adentrou uma gruta, ouvindo o som inconstante de algo sendo batido. Se aproximando cuidadosamente, Amorina fitou uma mulher de cabelo azul e curto portando uma picareta, golpeando seguidamente uma formação rochosa. Ao lado dela, havia apenas um Pokémon com um enorme nariz vermelho.

- Não é muito gentil ficar espionando - comentou a mulher, sem tirar os olhos da pedra em que batia. - Não é como se ele não tivesse te notado

Amorina então começou a olhar desesperadamente pelos lados, até ver duas joias preciosas flutuando na escuridão do teto acima de sua cabeça, que logo abriu um largo sorriso maléfico. A coordenadora então correu para dentro da gruta.

- Se você é uma ladra saiba que eu não sou tão inexperiente quanto pareço - protestou a menina.
- Então somos duas. Não sou ladra. Pode relaxar - retrucou a mulher, parando o trabalho para limpar o suor na cabeça e encarar a menina. - De qualquer forma, se você fosse uma ameaça aos olhos dele, já teria sido golpeada

Um pequeno Sableye então caminhou cuidadosamente pelo teto, usando as garras afiadas para se manter preso nele até chegar na dona e pousar ao seu lado.

- Titânia Bravomonte, muito prazer - cumprimentou a mulher, mas apenas acenou já que estava com a mão suja e suada.
- Amorina... Dourado
- Dourado né? Nome legal. Você é parente do casal Dourado?
- Não... não. É só um nome bem comum - respondeu nervosa, não querendo quebrar o segredo que sua mãe lutou pra guardar. - Ahm... parece que só tem a gente por aqui né?
- Fazer o que. A Bateria de Transformação deixou todo mundo bem agitado - disse antes de dar uma golada na água. - Mas não posso mentir que fiquei curiosa. Quem sabe mais pra frente. Ontem recebi mensagem de amigos dizendo que está o caos em Novus
- E está mesmo - respondeu, aliviada de conseguir mudar o assunto. - Tive sorte de pegar primeiro

Num só pulo, a mulher avançou em direção a menina e logo encontrou o suposto item pendurado na bolsa. Solrock aumentava a luz corporal como protesto, mas era completamente ignorado pela curiosa.

- Uau! É muito pequeno. Como essa coisinha vai ativar todos as mecânicas de batalha? Curioso... muito curioso - ponderou ela, depois viu quão desconfortavelmente perto estava. - Me desculpe. Você deve achar que eu sou bizarra, mas é que eu sou Pesquisadora. Pesquisadora e Mineradora. Pesquisadora, mineradora e prezo pelos Sigma. Você tem religião? Gostaria de ter?
- Ahm... não e... não. Eu estou feliz com minha fé - retrucou, sabendo que havia um conflito entre a Polícia e os religiosos. - Sabe... essa área é bem legal. Nunca estive aqui antes - comentou em seguida, ao notar algumas formações rochosas unidas.
- Você fez o curso de Mineralista? - questionou, recebendo um aceno positivo. - Então fique a vontade. Essa é uma área que está sendo expandida artificialmente pelo pessoal. Meu pai está ajudando, por isso seu o horário que ninguém está por perto. É mais fácil encontrar coisa boa por aqui - continuou ela. - Só... não conta pra ninguém - finalizou com uma piscadela.

Amorina dava um sorriso e apenas balançava a cabeça. Virando-se para as pedras, ela ficava culpada de usar o touro, porém de forma alguma iria correr o risco de engrossar as mãos utilizando uma picareta. Ao liberar Tauros do Ride Pager, ela viu a pesquisadora olhar confusa para o Pokémon, até ele golpear e fazer pedregulhos voarem pra todo lado. Daquela formação, um meteoro flutuante e um casco de pedra surgiam, parecendo levemente atordoados, mas logo identificavam que estavam sob ataque e entravam em posição de defesa.

- Brionne, Mudbray, essa é com vocês - disse libertando a dupla, além de expor o burrinho ao efeito do Lucky Egg.

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Info Adicional:

- Brionne começaremos com Water Pledge em Minior! Revele seu núcleo. Mudbray use Double Kick no mesmo alvo!

Amorina ficava levemente nervosa ao notar de canto de olho que Titânia parava a escavação para ver a batalha, mas tentava focar em seus aliados. Brionne, por outro lado, estava radiante de ter plateia e tratou de fazer um verdadeiro show de movimentos para invocar os pilares aquáticos cristalinos que emergiram do chão e golpearam o voador. Minior então começava a balançar com o casco rachado, liberando sua verdadeira forma: uma estrelinha vermelha e bem rápida. Assim, ele ganhava a chance de atacar ao invocar pequenos fósseis ao redor do corpo e dispará-los contra a foca (Ancient Power).
Mudbray agia logo em seguida, saltando contra o Pokémon flutuante e dando dois fortes coices, que jogavam o selvagem contra a parede e o nocauteava. Shuckle ficava amedrontado com a sequência, escondendo-se no casco, porém também começava a girar em direção ao burrinho, causando algum dano (Rollout). Mudbray crescia massa muscular, o que garantia mais proteção física.

- Mettalic Dust! Brionne continue com Water Pledge

A foca fazia mais uma dancinha com o corpo para invocar o pulso de água vindo do chão contra o Pokémon, que pareceu aguentar bem dentro do seu casco. Além disso, com o alvo voador fora de combate, Mudbray poderia usar seu combo terrestre sem problemas, mas infelizmente ele se concentrou demais no Iron Defense e apenas conseguiu executar esse movimento, que aumentou sua defesa. Shuckle então voltava a rodar dentro do próprio casco, batendo em algumas pedras e perdendo o controle, mais ficando rápido ao acertar a foca com mais força.

- Acontece, Mudbray. Não desanime. Use Bulldoze! Brionne você já sabe o que fazer

A dupla da coordenadora já conhecia aqueles comandos, tratando de criar uma estratégia por cima dele. Brionne concentrava todas as forças para criar um jato de água poderoso que emergiu do chão e colocou o inseto rochoso alguns centímetros do chão, permitindo que o abalo sísmico de Mudbray fosse ainda mais efetivo quando ele caiu desengonçado no chão, o que rendeu seu desmaio.

Batalha:

Titânia aplaudia a performance da menina, ainda que não fosse uma apresentação propriamente dita. Aquela altura, a mulher já tinha se dado conta de acabou de conhecer uma coordenadora. Alisando o pelo do Mudbray, que ficou envergonhado por errar o combo, ela tentava consolar o pequeno antes de recolher a dupla combatente para a pokébola. Voltando para os bens da destruição de rochas, a magnata acabava encontrando também um sachê com areia fofa perdido no meio dos pedregulhos, sendo mais um Soft Sand para sua coleção.

Na sequência, Amorina recolheu o suco que tinha dentro do casco de Shuckle e o deixou se recuperar. Quanto ao pequeno Minior de núcleo vermelho, a menina lançou uma Great Ball e tinha exímio sucesso na captura. De todos os padrões conhecidos, ela já tinha conseguido dois, porém ainda lhe faltava os principais, por isso sempre seria um prazer encontrar mais Minior por esse método.

- Não é sempre que se vê uma coordenadora colocando a mão na massa dentro de cavernas. Você é alguma coisa, Amorina
- Obrigada - disse. - Eu acho - sussurrou.
- Sabe... se você pretender ficar mais por aqui, eu posso te fazer companhia. Garanto que conheço coisas bem legais sobre o Monte Lua.
- Eu não poderia recusar. As vezes essas paredes de pedra me fazem pensar que estou numa prisão.

Com aquela deixa, as duas começavam a papear sobre o que encontraram até então com suas respectivas explorações, deixando que o tempo corresse com mais naturalidade e rapidez enquanto um novo laço de amizade de conectava. Enquanto estavam na conversa, Amorina se lembrou de seu Berry Pot, exibindo com orgulho suas frutas recém-colhidas para Titânia, além de explicar as diversas funcionalidades que os coordenadores tinham para os Pokéblock.

Quando voltaram a caminhar juntas, Amorina fitou uma estalactite no teto e tentou sua sorte ao comandar Mudbray golpear as paredes para vê-las se partirem. Contudo, aquelas pedras pareciam fixas até demais para cair, acabando por não render nada de lucrativo para a magnata, que bufou frustrada.

Agora ao lado de Titânia, Amorina sentia que sua exploração estava até com um frescor maior. A monotonia das pedras, poeira e escuridão agora davam lugar para apenas conversas nada contidas sobre conquistas dentro do Monte Lua. No fim, a pesquisadora era uma pessoa muito sociável e interessante, explicando as diversas formas que o pai a ensinou de como identificar se uma parede era segura ou não para ser destruída.

- Olhar a formação por fora é de grande ajuda. Se você notar que a parede está arenosa, não vale a pena nem tentar - explicou, mostrando com cuidado as condições do ambiente. - Mas ao notar que tem alguns minérios próximos, pedrinhas bem formadas: pode destruir. A garantia de que todo o túnel continuará de pé é muito alta para não arriscar. Além disso, se eventualmente algo for desabar, você terá tempo suficiente para fugir.
- Isso é incrível. Por que não ensinam essas coisas no curso Mineralista? - questionou. - Geologia é sua área de especialização?
- O curso precisa ser sucinto. Não dá pra explicar tudo, além de esperarem que os Mineralistas vão ser mais amadores ou vão consultar mineradores experientes - começou. - Não. Na verdade eu já tenho especialização em fósseis, estou apenas tentando encontrá-los agora. Mas minha verdadeira paixão é os Pokemon gigante.
- Tipo Dynamax?
- Dyna...max? - ponderou a mulher. - POR QUE EU NÃO PENSEI NISSO ANTES?! Os Gigantamax são enormes... sim, sim... mas será possível que tenha alguma ligação com os lendários gigantes? Não. Não pode ser... - continuou Titânia no próprio mundo, depois encarou envergonhada Amorina. - Desculpa. Eu só... me escapou essa possibilidade. Mas vou colocar nos meus registros trabalhar nessa hipótese. Imagine como seria um Regigigas em dynamax! Destruiria o mundo?
- Não tenho certeza se conheço esse Pokémon, mas sabe, eu conheci uma Dia...

O relato da coordenadora era imediatamente interrompido pelo próprio grito dela ao sentir que algo havia cutucado seus pés. Ao espionar por baixo do sapato, ela notou que havia uma Poison Gem pontuda fincada na sola de borracha. Apesar de não ter furado completamente o calçado, aquela ponta era suficiente para ter incomodado e assustado a menina.

- Tinha esquecido das nuvens de poeira. São bem úteis, mas perigosas. Imagina se o veneno injeta em mim.
- Olha... não é minha área de atuação mas não acredito que você ficaria envenenada por tocar numa Poison Gem, ou então ficaria queimada ao tocar as Fire Gem. Lógico, certo?
- Você tem um ponto. Mas, dividir e conquistar. Se há uma gema aqui, pode haver outras!

Concordando com o começo de uma caçada, Titânia nem se dava o trabalho de procurar sozinha, pois graças ao afiado olhar de Sableye para preciosidades, ela logo começava a correr atrás de alguns bolinhos de poeira. Amorina tinha que se contentar com a própria visão e a capacidade das gemas reluzirem em contato com a luz de Solrock. Caminhando alguns poucos passos à frente, ela acabava pisando numa parte mais lisa do chão, revelando ser um geodo de Water Gem. Cuidadosamente ela recolheu o próprio exemplar do minério, depois continuou a caçada.

Quase desistindo por não ver nenhum brilho entre as poeiras, a magnata fitava com muita habilidade uma Normal Gem pular de um bolo de poeira, interceptando o restante para averiguar se havia mais dentro deles. Contudo, daquela pequena bolota de pó surgia também três fiapinhos que emergiam do chão. Amorina podia ter caído no golpe na primeira vez, porém agora estava experiente suficiente para saber que se tratava da versão Aloliana de Diglett.

- Gosta de ser sorrateiro né. Vamos ver como lida com ele... Pumpkaboo, venha! - disse libertando a abóbora e disponibilizando a força do Lucky Egg.

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Info Adicional:

- Pumpkaboo revele seu adversário com Razor Leaf!

Amorina sabia que o golpe era novo, mas queria encerrar rapidamente o combate. Contudo, sentindo as vibrações do começo do combate, Diglett rapidamente mergulhou na terra e escavou até surgir abaixo de Pumpkaboo. Com os fiapos do cabelo reluzindo em prata, a toupeira golpeou o alvo como se seus fios fossem dedos que arranhavam o corpo da abóbora. Em resposta, Pumpkaboo abria a boca em sua barriga e liberava uma formação em "V" de uma folha verde-escuro afiada, que atravessou dolorosamente o selvagem, deixando-o bem ofegante.

- Boa grandão! Continua!

Pumpkaboo era um Pokémon de proporções grandes, o que comprometia sua velocidade, mas o permitia aguentar mais danos. Assim, apesar de levar outro arranhão dos cabelos de ferro do adversário, ele logo se recuperava e fazia mais uma folha cortante que dava o golpe final em seu adversário.

Batalha:

- Que sortuda - comentou Titânia ao se aproximar. - Super size, eu presumo. Pumpkaboo são úteis por produzirem uma iluminação com a barriguinha deles. Acho que eu devia caçar o meu.
- Um pouco de sorte em Solaceon. Eles são bem... proativos se é que me entende - comentou a menina, vendo o fantasminha gargalhar. - Mas ele de fato é meu grande aliado.

Pumpkaboo adorava que comentassem de seu tamanho, afinal, era bem difícil que sua espécie nascesse daquele jeito. Para evitar que o ego dele ficasse ainda mais inflado do que já estava, Amorina fazia um aceno com a cabeça em agradecimento e o recolhia. Voltando para suas poeiras, a magnata recolhia três Normal Gem que estavam no bolo com o selvagem. Por falar nele, havia uma Black Tumblestone em seu local original, o que indicava que ele já tinha se recuperado e fugido.

- Que rapidez - sussurrou. - Não é muito, mas é honesto... o que você achou? - questionou Amorina, exibindo as gemas na mão.
- Nada demais - disse despretenciosa.

Apesar disso, a mulher mostrava uma caixinha com diversas gemas coloridas, todas muito bem moldadas provavelmente pelas garras afiadas de Sableye. Amorina tentou conter o queixo, mas não conseguiu impedi-lo de cair.

- Para... não é nada demais. Com o tempo você aprende que alguns Pokémon são bem úteis em expedições assim.
- Sabe, eu tenho um Carbink. Ele produz essas gemas. É bem legal.

Assim, a dupla continuava sua caminhada pelo Monte Lua, aparentemente com muito assunto sobre os itens que eram capazes de obter por lá. No fim, Amorina acabava esquecendo de compartilhar que já havia encontrado uma Diancie por aquelas bandas. Ou talvez o destino conspirou para que aquele fosse um segredo entre a coordenadora  e o lendário.

Amorina e Titânia caminharam por apenas mais alguns minutos antes de decretarem que era hora de dormir. Montando seus respectivos acampamentos, a pesquisadora apenas foi espionar a construção interna do da coordenadora, notando que o material da menina era muito mais caro e resistente que o dela. Assim, juntas elas ficaram conversando até os bocejos se tornarem frequentes e, enfim, caírem no sono.

- TÃ-TÃ-TÃ TÁ! - gritou a mulher na manhã seguinte, como se fosse um trompete de batalha. - O dia já está raiando... apesar de não parecer. Mas vamos! Temos muito terreno secreto para desbravar!

Amorina ficava de olhos semicerrados e turvos enquanto ouvia todo o papo, depois espionou o RotomPhone para descobrir que sequer tinha dado sete horas da manhã. Mesmo assim, provocativa, Titânia começou a bater algumas tampas de panela e não deu outra alternativa para a coordenadora senão despertar. Se arrumando ao máximo que podia, principalmente no penteado de cabelo, a magnata enfim saía da própria tenda e começou a desmontar tudo.

- Não acredito que já temos intimidade pra você me acordar essa hora.
- Estamos numa caverna, Amorina. Não existe conceitos tão civilizados em ambientes assim. Além disso, eu poderia ter ido embora sozinha e deixado você perdida. Ou você saberia voltar para Pewter de onde estamos? - questionou a mulher confiante.
- Agora que você falou... sabe onde estamos? - disse a coordenadora, espiando pelos três túneis que ela conseguia ver ao seu redor, não fazendo ideia de qual seria o correto.
- Dica número 1 da Mineração: saiba onde você está localizada. Dica número 2: tenha uma forma de se localizar! Para isso... Nosepass!

Com o decreto da mulher, o Pokémon narigudo começava a flutuar alguns centímetros do chão, depois rodopiava no próprio eixo e virava seu nariz vermelho para uma direção.

- Norte! Para lá. Isso quer dizer que precisamos encontrar túneis que vão para o Norte, considerando que geograficamente Pewter está ao Norte do Monte Lua. Muito útil, hã? - continuou, cruzando os braços.
- Você é incrível, Titânia - elogiou a menina, terminando de dobrar o pano da tenda para enfiá-lo na mochila e organizar tudo em Mudbray. - Então... lidere o caminho!

Amorina e Titânia continuaram a caminhada pelos túneis, agora bem mais desatentas em procurar geodos e mais preocupadas em conseguirem retornar para a cidade. Mesmo assim, a magnata não deixou de notar que havia algumas dobrinhas no rosto da amiga, que parecia ter mantido o sorriso desde que foi elogiada. Em silêncio, as duas pareciam tentar encontrar algum assunto que ainda não tinham comentado e que pudesse tornar a viagem menos chata, afinal, eram duas pessoas sociáveis que estavam a mais de dez minutos em silêncio.

- Me ensine algo que não sei - disse a pesquisadora.
- Como eu vou saber o que você não sabe?
- Sei lá... tenta. Conta algo que você acredita fielmente que só você poderia fazer.
- Só eu... - refletiu a adolescente, vendo uma formação rochosa. - Ok. Se eu encontrar Pokémon naquelas rochas, vou te mostrar algo bem legal

Titânia tomou distância da amiga enquanto ela invocava o Ride Pager do Tauros-destruidor-de-rochas. Com a quebra do ambiente, dois Pokémon se revelavam dentro dele, sendo espécies já conhecidas pela adolescente: Alolan Geodude e Binacle. Por sorte, aquela dupla tinha uma desvantagem perfeita para uma outra dupla improvável, que logo iria ser o triunfo mestre da menina.

- Pumpkaboo, venha! Mudbray... conto com você! - comandou a menina, liberando o fantasma e tirando as mochilas das costas do burrinho, além de entregar uma bola de lama à Pumpkaboo e expor o Lucky Egg para Mudbray.

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Info Adicional:

- Dessa vez vai dar certo! Mostre todo seu potencial Mudbray... Mettalic Dust! - comandou a menina, em êxtase. - Pumpkaboo use Razor Leaf!

Como o mais experiente e ágil em batalha, o burrinho começava fazendo seu corpo inteiro ser imbuído por um brilho prateado para começar o combo, mas ficava tão nervoso com a plateia que acabava finalizando o golpe ali mesmo, ganhando um aumento muscular. As garras aquáticas se entreolhavam com deboche, depois disparavam em conjunto um jato de água de suas pequenas bocas contra Mudbray, que mais uma vez crescia os músculos. Pumpkaboo até queria rir do combo falho, mas sabia que seria repreendido pela dona por isso se limitou a invocar folhas afiadas que eram disparadas da "boca" em sua barriga e acertavam a dupla selvagem. Por fim, Geodude cruzou os braços ao redor da cabeça e rodopiou rapidamente, golpeando o fantasminha contra uma parede.

- Não se preocupe, fofinho... tudo vai ficar...

Mas Mudbray não se importou para o que a coordenadora tinha a dizer. Irritado com a feição provocativa de Binacle, o burrinho deu dois pulinhos, um para cada lado, depois saltou e pressionou com toda a força as patas no chão, criando um abalo sísmico que empurrou violentamente os selvagens para trás, além de fazer começar todo o túnel estremecer.

Batalha:

- Amorina! Corre! - gritou a mulher.

A magnata ainda parecia surpresa com o pequeno burrinho a desobedecendo pela primeira vez, além do fato de que ele ainda parecia mergulhado na própria raiva. Recolhendo-o com rapidez, ela pegou com muito esforço as bolsas do chão e começou a correr. Pumpkaboo dava um rasante no chão, apanhando um Fragmento de Dawn Shard que também tinha se revelado durante a quebra de pedras, depois corria ao lado da dona.

Prestes a saírem do túnel em desabamento, algumas estalactites se desprendiam do teto e ameaçavam perfurar Amorina, porém eram interceptadas pela força psíquica de Solrock, que desviou o percurso delas e garantiu que todos saíssem em segurança.

- Sinto... muito - disse pausadamente por estar ofegante.
- Tudo bem... foi bem... maneiro! - animou a mulher. - Vou avisar meu pai mais tarde. Provável que ele consiga perfurar o túnel de novo com a ajuda do Onyx

Ainda sentadas no chão esperando se recuperarem do susto, Amorina olhava com pesar para a pokébola de Mudbray. "O combo foi demais para ele? Será que o decepcionei? Ele ainda aceitará subir no palco comigo?" refletiu a coordenadora. Vendo a expressão da dona, Pumpkaboo agia para entregar o fragmento de pedra azul-ciano para a menina, fazendo-a sorrir. Em sequência, ele mostrou que sua bola de lama estava mais firme e lisa, se tornando a versão Polished.

- Isso é... uma Polished Ball of Mud?
- Sim. Por algum motivo, quando os Pokémon usam elas em combate, elas se transformam nisso.
- É um item bem caro. O que eu acho estranho. Mas tem louco pra tudo né? Acumular lama polida.
- Ser fã de criaturas gigantes - brincou.
- Engraçadinha - retrucou com ironia. - Mas... ei. Ele vai ficar bem, não é? - disse ao mirar para a Pokébola de Mudbray.
- Acho que sim. Espero que sim. Ele é importante pra mim... mas acho que preciso entender mais de como ele se sente - respondeu cabisbaixa.
- PEWTER! - exclamou a mulher, ao olhar para o lado e ver um túnel que levava direto para uma das saídas do Monte Lua. - Luz do dia... tão... clara! - disse a mulher teatralmente, tentando animar a amiga.
- Acho que vou aproveitar a oportunidade e recuperar o pessoal. Você vem?
- Ainda não. Meus Pokémon estão saudáveis. Além disso, preciso encontrar com meu pai e comentar sobre o que aconteceu. A gente se vê por ai

Titânia esticava a mão para um aperto, mas Amorina logo a recebia num abraço. Com um sorriso contido de quem sabia que uma amizade nasceu, as duas tomavam rumos opostos do túnel. Quando chegou do lado de fora da caverna, a magnata encarou mais uma vez a pokébola de Mudbray, soltando um suspiro de frustração.

O encontro com Titânia dentro do Monte Lua tinha sido um dos auges para Amorina, contudo nem tudo era positivo de sua exploração. Desde que ela começou a andar com a pesquisadora, Mudbray pareceu se sentir muito pressionado, errando duas vezes consecutivas o Combo que estava aprendendo. Não só isso, ele também teve seu primeiro ataque de fúria desde que foi capturado. A coordenadora se questionava se aquele nervosismo o impediria de subir nos palcos de Pewter, já que o Pokémon era a mais nova aposta da menina para conquistar o palco da cidade Rock. Ela precisava pensar.

Apesar de sua ansiedade e múltiplos pensamentos a manterem acordada por boas horas, Amorina acabou desmaiando de sono por exaustão, o que a fez acordar no começo da tarde faminta. Pedindo serviço de quarto, a magnata ficava preocupada em ver como Mudbray estava recluso dos outros, pegando apenas algumas frutinhas do pote e levando para o canto. Brionne tentava animá-lo com uma cantoria, mas nem a angelical voz da foca era suficiente para tirá-lo daquele estado de frustração.

- Vamos pro Monte Lua novamente - comentou a menina, atraindo a atenção dos Pokémon. - Mas dessa vez vamos apenas utilizar o espaço para treinamento. Nada de caçadas... tudo bem?

Todos comemoravam, exceto o burrinho. Mesmo assim, quando a coordenadora começou a se organizar para sair, ele se reuniu com os demais para retornar à Pokébola. Na estrada até a caverna, Amorina tentou organizar mentalmente os planos e ordem da apresentação. Dessa vez, ela teria acesso a seis movimentos e precisava criar alguma coisa relevante com todos eles.

Já entre os túneis rochosos, a adolescente procurou alguma gruta vazia e relativamente larga, onde pudesse efetivamente trabalhar sem se preocupar com o espaço ou pessoas querendo uma palinha da apresentação. Liberando todos os Pokémon, ela indicou para Mudbray ficar ao seu lado, enquanto os demais ficavam na frente deles, como se fosse a platéia.

- Eu sei que não é fácil para você o olhar dos outros, mas eu quero muito que me acompanhe no palco. Para tentar aliviar a tensão, vamos usar nossos amigos de plateia e iremos aumentando até você se sentir confortável o suficiente para usá-lo num combate mais complexo - explicou a menina, vendo o burrinho abaixar a cabeça. - A estrada é longa pequeno, mas o resultado vai valer a pena. Eu te prometo que se não sentir que está pronto, mudarei meus planos. Mas eu quero ver você pelo menos tentar.

Mudbray ficava olhando para a dona, depois desviava para os aliados que saltitavam e aplaudiam em apoio. Concordando, o burrinho tomou a posição para começar a executar seu combo move e levantar a poeira metálica.

- Pode deixar que o Iron Defense cubra todo seu corpo, mas não finalize-o ainda. Lembre-se de focar para descer o movimento para os pés - direcionou a menina, vendo o quadrúpede fazer grande esforço para atender o pedido.

Apesar do treinamento ser necessário, Pumpkaboo não estava nada interessado naquela tarefa, por isso decidiu que era hora de dar uma longa escapada. Com sorte, graças à dificuldade que Mudbray exibia, Amorina sequer sentiria sua falta. Flutuando alguns centímetros para trás, o fantasminha mergulhou nas sombras e foi até a bolsa da dona, roubando o Lucky Egg antes de começar a perambular pelos túneis da caverna.

Com um olhar atento e acostumado à escuridão, ele esperava encontrar algo ou alguém para perturbar. Fitando uma movimentação estranha e rasteira no chão, Pumpkaboo se revelou parcialmente, deixando que sua barriguinha esculpida fosse uma assustadora surpresa. Contudo, após a nuvem se dissipar, apenas uma reluzente Grass Gem e três Poison Gem se revelaram. Com uma ideia genial de carregamento, a abóbora encaixou as gemas nos "olhos" em sua barriga, deixando que as Poison Gem ficassem bem na ponta. Assim, quando ele viu um Diglett tentando escapar sorrateiramente, Pumpkaboo tratou de expor ele com feixes de luz roxo, convidando-o para um combate.

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Info Adicional:

Apesar de ter sido abusado para convidar o adversário para a luta, Diglett era mais ágil e mais experiente que a abóbora, começando por mergulhar na terra e surgir abaixo de seu adversário, golpeando-o com uma cabeçada coberta por uma energia sombria (Pursuit). Ainda que o golpe fosse efetivo, Pumpkaboo não tirou o risinho do rosto, exibindo as presas de vampiro enquanto invocava folhas afiadas e criava um tornado torturante na toupeira selvagem, que ficava gravemente ferida (Razor Leaf).

Quando Diglett tentou avançar mais uma vez mergulhando nas areias, Pumpkaboo o surpreendeu ao desaparecer nas sombras do chão. O terrestre estava desesperado, olhando para todos os lados, mas não conseguiu prever o golpe de cima da abóbora, que golpeava seu alvo com uma investida de aura roxa que finalizava com as últimas energias do selvagem.

Batalha:

Pumpkaboo dançou em cima do adversário desmaiado, muito satisfeito por não precisar de ordens de sua dona para ser um ávido combatente, além de furtar o item que ele portava. Contudo, antes que ele continuasse a provocação, ele sentiu uma energia o chamando de outros túneis. Seguindo o extinto, o fantasminha acabava se deparando com uma pedra de geodo Grass type, o qual possuía uma movimentação que lembrava campos gramados sendo tocados por uma leve brisa. Sendo um apanhador nato e sabendo que sua dona iria recompensá-lo, ele invocou mais algumas folhas que cortavam com relativa facilidade o geodo, embora estivesse em seu estado bruto.

- BOA MUDBRAY! - comemorou a menina, à diversos túneis de distância do fantasminha. - Veja só como você encantou todo mundo com sua performance - disse em seguida, apontando para a "plateia". - Espera ai... cadê o Pumpkaboo?

Os Pokémon da menina desviavam a atenção pela primeira vez, caçando em todas as sombras e buracos por algum sinal de Pumpkaboo. Litten nem se preocupava em caçar, pois graças à sua capacidade mágica, era capaz de sentir ou não a presença dos fantasmas.

- Quer saber... deixa pra lá. Ele sempre volta. Vamos Mudbray... demonstre seu Mettalic Dust mais uma vez! - comentou a menina animada.

O burrinho então reluzia todo o corpo numa proteção metálica, mas transferia todo o brilho translúcido para um prata denso que se focou em suas patas dianteiras. Erguendo-se parcialmente, ele golpeava o chão e fazia o abalo sísmico absorver o golpe anterior, fazendo com que a poeira que subisse fosse pigmentada e desse a impressão de que ouro em pó cobria todo o chão do túnel.

Com uma pose exagerada, Mudbray sentiu uma luz de holofote roxa acender acima de seu corpo. Acompanhando sua origem, Pumpkaboo estava alguns centímetros acima da dupla, iluminando-os orgulhosamente com a cor da gema antes de deixá-las caírem como uma chuva de cristal sobre os aliados. Amorina abria um largo sorriso ao notar quanto lucro seu pequeno havia trazido.

- Muita sorte nas nuvens de poeira, hã? - disse, afagando a abóbora. - Mas você devia ter ficado por aqui e assistido o treinamento. Você não está imune as regras, então as gemas serão seu pedágio.

Pumpkaboo inflou como se quisesse brigar com a menina, porém o olhar ameaçador de Brionne e Litten fizeram com que a abóbora apenas ficasse emburrada. Assim, ele apenas atirava uma pedrinha preta aos pés da dona, mas que graças ao sapato robusto, não causava nenhum dano a menina. No fim, Amorina descobria que apesar de ter seus aliados por perto, muitos deles tinham características que ela não compreendia, mas que precisava se estava buscando extrair o máximo deles.

- Eu vou me esforçar mais... por todos vocês - refletiu ela, vendo Brionne e Litten desfazerem o olhar ameaçador para comemorar os itens coletados pela abóbora.

Apesar de não saber como exatamente as coisas se desenrolaram para Pumpkaboo, Amorina levava o fato do Pokémon trazer cinco gemas como uma brisa de boa sorte, indicando que sua exploração poderia ser frutífera naquele dia. Caminhando apenas com Mudbray, que carregava as mochilas nas costas e Solrock, que iluminava o caminho, ela também refletia sobre como conseguiria se aproximar de todos os aliados naquele ambiente claustrofóbico e incômodo para a maioria deles.

- Me avisem se sentirem algum desconforto. Podemos fazer uma pausa no tempo de vocês - comentou a menina, recebendo um aceno da dupla.

O psíquico não se importava de estar naquele local já que a atividade cósmica era ampla, bem como o burrinho que até gostava de voltar a se sujar com um pouco de poeira. No meio de um túnel que cruzavam, Solrock interceptava a dona para alertar o perigo de algumas estalactites soltas. Tomando uma distância segura, Amorina logo viu o Pokémon solar começar a rodopiar enquanto entrava em combustão, usando Flare Blitz para destruir a armadilha natural antes mesmo que pudesse ameaçar a menina. Assim, da chuva de pedrinhas, um fragmento de fóssil surgia, aparentemente era uma mandíbula.

- Obrigada. Em dobro! - disse, ao reverenciar para o Pokémon, já que tocá-lo após atear fogo no próprio corpo não parecia inteligente. - Acho que podemos tentar encontrar alguma coisa por aqui, certo?

Com um *bip bip bip* surgindo da bolsa, Amorina logo notava que seu Itemfinder também tinha recarregado, o que prometia ainda mais coisa boa para a adolescente. Seguindo com cuidado o indicador sonoro, ela encontrou uma simples Fire Gem pressionada entre uma formação rochosa que parecia perfeita para ser golpeada.

- TAUROS! - exclamou ela, elevando seu Ride Pager e deixando que a montaria fizesse seu glorioso trabalho.

Da colisão entre o chifre do Pokémon e as rochas, surgiam dois meteoritos flutuantes com um casco grosso ao redor de seu corpo, sendo os já conhecidos - e amados - Minior. Amorina tinha apenas alguns segundos para decidir quem entraria em combate, acabando por puxar uma das duplas mais improváveis: Brionne e Pumpkaboo.

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Info Adicional:

- Conto com vocês! - disse a menina, mas Pumpkaboo fez cara de emburrado. - Qual é Brionne, não precisa rir. Vocês dois são capazes - comentou a menina, dando uma brecha para a foca teatralmente fingir que estava caçoando do fantasminha, que gritou bravo e se virou para lutar. - Esse é o espírito. Brionne use Water Pledge! Pumpkaboo acompanhe-a com Razor Leaf!

Apesar da abóbora tentar se mover primeiro, a inicial aquática era bem mais ágil, fazendo um movimento com o corpo para invocar pilares de água que se fechavam e causavam graves ferimentos ao Minior selvagem. Devido ao golpe poderoso, a carapaça se rompia, revelando o núcleo esverdeado e garantindo mais velocidade para ele, que começou a rodopiar num doloroso encontrão com Brionne (Rollout). O segundo Minior, ainda protegido por seu casco, realizava o mesmo golpe do outro selvagem e acertava o mesmo alvo, provavelmente comunicando-se com alguma energia cósmica que apenas eles compreendiam. Em finalização, Pumpkaboo invocava folhas verde escuro e afiadas, que rodeavam a dupla, embora o Minior dentro do casco conseguisse escapar. Mesmo assim, o meteorito de núcleo verde desmaiava sem energias.

- Um ponto para Pumpkaboo! Bom trabalho pequeno - comemorou a menina, vendo o fantasminha sorrir confiante. - Continuem com o ótimo trabalho!

Brionne não se importava com o aliado receber os créditos, pois no fundo sabia que era sua experiência em combate que facilitava aquela briga. Assim, ela fazia mais pilares de água cristalina jorrarem do chão, destruindo o casco do segundo selvagem. Infelizmente, aquele era mais um de núcleo vermelho, do qual a menina já possuía. Sem seu limitador natural, o Pokémon voador realizava mais um golpe giratório, aparentemente mais rápido e mais doloroso que o anterior (Rollout). Graças à investida, o selvagem estava próximo suficiente de Pumpkaboo para que a abóbora desferisse certeiramente uma única folha cortante, que atravessou o adversário e também o colocou no chão.

Batalha:

Amorina riu contida quando Pumpkaboo começou a rebolar na frente de Brionne. Tecnicamente, ele havia nocauteado a dupla de selvagem, mas sem ajuda de sua aliada, jamais teria conseguido tão rápido. Ignorando-o completamente, Brionne se arrastou pelo chão e disparou água contra algo, revelando ser uma grande pérola reluzente que foi entregue prontamente para a magnata.

- Vocês foram ótimos. É bom que vejam e saibam reconhecer o valor uns dos outros - ponderou ela, mesmo que Pumpkaboo parecia não ligar. - Lembre-se que até mesmo a maior das abóboras ainda precisa de água para crescer.

O fantasma estão mudou a expressão, olhando espantado para Brionne. Assim, Pumpkaboo parecia bem mais agradável por fazer uma expressão confiante, não debochada, que fez Brionne aplaudi-lo com as patas dianteiras. Enquanto permitia que as criaturas se resolvessem sozinhas, a adolescente se virou para atirar uma Pokeball no Minior vermelho e uma Great Ball no Minior verde. As esferas pendiam de um lado para o outro, mas ficavam estáticas no mesmo tempo.

- Mais Shards para nós! - comemorou ela, levantando as esferas.

Apesar de ainda ser muito cedo para afirmar, Amorina sentia que Brionne estava criando laços com o travesso Pumpkaboo, o que era ótimo para auxiliar o fantasminha em se comportar o máximo possível em eventuais apresentações para o público. Assim, ela forçava uma pausa, permitindo que seus Pokémon interagissem o máximo possível antes de continuarem a procura por itens preciosos.