Heiwas apanhou a semente do chão, uma careta enfeitando seu rosto ao passo que seus dedos cutucavam a terra úmida. A Grassy Seed não era algo fácil de encontrar, entretanto, naquela época do ano a floresta parecia estar farta delas. Minkah embolsou elas com um ar de gratidão, não pensando muito em como poderia usá-las futuramente —mas como qualquer coisa fica melhor de graça, claro que ela não deixaria passar. Foi esse mesmo princípio que repetiu para si mesmo enquanto coletava mais musgo luminoso e apanhava outra Green Apricorn da árvore.

—E, não, não estou me desviando —Resmungou para o seu pichu que estava, mais uma vez, julgando-a com olhos inexpressivos. “Quando foi que sua vida ficou estranha daquele jeito?” —Estou fazendo apenas uma pausa para explorar os recursos naturais…

    Alattí não parecia impressionado. E nem Chárysso, a pidgey que estava em um galho alto, limpando suas penas. E muito menos Ìlléos, já que ele estava muito mais feliz em encarar seu reflexo na água turva do rio que corria em direção a Santalune City do que em ouvir qualquer coisa que estava fazendo. Talvez, pensaria Heiwas minutos depois, quando estaria agitando os braços para desalojar a larva que caiu em cima de sua cabeça enquanto saltava no lugar, o coração quase pulando pela boca por causa do susto; que foi por isso que nenhum deles viram o Caterpie se atirando de uma árvore em cima da pesquisadora.

   Com algum esforço, Minkah tirou-o de cima dela e recuou. Com um movimento praticado, ela tirou a pokébola de seu pokémon e o trouxe para o campo em um show de luzes prateadas.

  Swirlix não parecia muito de bom humor quando emergiu de sua pokébola. Heiwas tinha capturado ele na rota anterior e achou que, para capturar um estranho agressivo, o doce cheiro de Sweet Scent poderia ser o ideal para lhe comprar alguns bons segundos. Além disso, um amigo havia lhe solicitado um Tm desse move —embora ela não soubesse para quê, já que… né…

   Então, com essas duas motivações rondando sua mente, Minkah apontou para o caterpie, a câmera firme em sua mão para gravar o movimento de Swirlix, e gritou:

—Sweet Scent!
   
    A contra gosto, a bola de algodão saltitou no ar, emanando um doce aroma, que se espalhou pelo campo, distraindo Caterpie e fazendo-o baixar sua guarda. Caterpie, por outro lado, disparou um fio de seda, amarrando a bola de pelo flutuante. Do ponto de vista da pesquisadora, o cachorrinho doce-flutuante amarrado pelo fio branco parecia mais um balão.

—Certo, acho que já captei seu melhor ângulo! —Swirlix revirou os olhos antes de ser sugado pela luz prata brilhante —Drákvma, venha para o palco!

   O hipopótamo se materializou com um olhar cansado e Minkah sorriu, percebendo que tinha exagerado na frase de efeito. A troca de olhares foi interrompida pelo caterpie que, aproveitando-se da troca, se jogou contra o tipo água.

Round 1:

—Você já sabe o repertório, não é?

   Slowpoke grunhiu, como se murmurasse que estava cansada daqueles trocadilhos de teatros. Caterpie investiu mais uma vez, esgueirando-se atrás dela e afundando suas presas brancas afiadas nas costas dela. Slowpoke se irritou e se virou na mesma hora para incendiar o inseto.

Round 2:

      Com a batalha acabada, Heiwas se aproxima do caterpie abatido para colocá-lo de volta na árvore, onde ele poderia continuar seus atentados suicidas em paz. No entanto, quando foi tocá-lo, notou algo brilhando no chão. Uma pequena moeda azulada. Aquele objeto parecia deslocado naquela floresta e, talvez, foi por essa visão estranha que a pesquisadora resolveu pegar.
   
      De qualquer forma, estava na hora de seguir em frente.

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Happiness escreveu:

Alattí {05/10}
Eevee {05/10}
Pidgey {05/10}

Drákvma não sabia o que havia de errado com sua mãe. Claro, ela amava sua mãe como todos os filhotes de sua idade. Ela a achava linda, principalmente porque seu cabelo vermelho, como as chamas ondulantes de uma fogueira, era a coisa mais colorida e macia que já havia visto em seus pouco mais vinte de vidas. No entanto, mesmo achando sua mãe a criatura mais bonita do mundo, ela sabia que a jovem pesquisadora tinha um problema.

Se não, por que mais a garota estaria vasculhando o mato como se procurasse alguma pista? Ou subindo em árvores como um estranho darumaka só para descer com um sorriso louco e uma Kelpsy berry na mão. O Slowpoke estava realmente confuso com suas ações, mas resolveu não questionar. Em casos assim, tudo que você pode fazer é só sorrir e acenar.

Assim, quando em sua procura Heiwas se depara com um kakuna nada contente com o xeretar ocasional, slowpoke assiste. E quando Minkah invoca seu swirlix, porque precisa pegar outro ângulo para sua filmagem, ao invés de simplesmente chamá-la de uma vez —não que ela se ofenda com isso. Claro que não! —; Drákvma só assiste. E nem quando o pokémon adversário brilha em prata, fortalecendo sua defesa, e um cheiro doce permeia o lugar, distraindo o inseto e até mesmo confundindo um pouco o cérebro do pokémon de água, slowpoke desvia o olhar.

O hipopótamo só se move quando a garota resolve que aquela enrolação já foi longe demais e retornar seu pokémon de algodão, deixando o caminho livre para sua slowpoke e para as pinças cintilantes do kakuna, que se fecham ao redor da cauda dela com vingança.

Round 1:

Ele recua, chateado por ter sido forçado a se mover, e dispara um fio de seda muito familiar a slowpoke. O negócio se enrola ao redor de suas patas, desacelerando-a, no entanto nenhum tipo de laço poderia impedir o jato de fogo que cortou o campo em um piscar de olhos e consumiu o inseto.

Round 2:

Com tudo encerrado em questão de segundos, slowpoke voltou a seus afazeres de observação, enquanto Heiwas finalmente pareceu tornar a si e arrumar as suas coisas para partir dali. A pesquisadora parecia pronta para procurar em outro lugar e Drákvma estava pronta para acompanhá-la.
Afinal, apesar de tudo, ela era sua mãe.

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Happiness escreveu:

Alattí {10/10} +1 Happiness
Eevee {10/10} +1 Happiness
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A garota estava começando a achar que não encontraria mais nada por ali. Quer dizer, claro que ela encontrou outra Kelpys berry e mais daquele musgo cintilante, preso a árvore como se fingisse ser orvalho ao invés daquela substância suspeita e grudenta, no entanto nada mais chamou sua atenção e, apesar de sentir uma inquietação de sua aura ali, ela também não conseguia sentir mais nada daquela negatividade maligna.

   Era como se o agressor tivesse sumido e levado consigo todos os problemas de Heiwas. A esta altura ele podia ter muito bem ter sido o causador disso.

—Não acredito que voltei por nada! —Ela grita de frustração, pressionando as mãos nos olhos. Em seu acesso emocional ela mal percebe o aparecimento de uma sombra aracnídea.

E outra. E outra. E outra. Até que esteja cercada por um pequeno exército de aranhas mal encaradas. A pesquisadora olhou para aquilo tudo com olhos arregalados e uma sobrancelha levantada, percebendo tardiamente que aquilo era uma intervenção quando o mesmo pikachu, que havia derrotado algumas horas atrás, saltou de uma árvore e rosnou, apontando para eles como um rei que determina a decapitação de alguém.

Round 1:

    Pikachu parecia ser um grande estrategista… Ou, pelo menos, tinha a pose de um, os olhos afiados e a mão sob o queixo enquanto sua mente maquinava uma porção de ideias malignas enquanto voltava seu olhar macabro para o campo, vislumbrando as aranhas e os dois adversários. Ao mesmo tempo em que o clima azedava com aquela demonstração inquietante, swirlix se preocupava em lançar um odor doce no ar, que acalmava os nervos de todo, fazendo-os baixar a guarda. Heiwas, como sempre, já havia pegado a câmera na mão para filmar aquela proeza.

   Com seu ato encerrado, a bola de algodão retornava para sua pokébola com a mesma empolgação que o morto tinha. Enquanto isso, as spinaraks se espalhavam, metade delas voltando os rostos assustadores, desenhado em suas costas, para o slowpoke, ao passo que a outra metade lançava fios que se enredavam nas suas patas e pescoço, puxando-a de todos os lados. Por fim, uma única aranha se aproximava, aproveitando a sua presa presa para disparar uma chuvarada de agulhas envenenadas.

    Mas Drákvma nem ao menos piscou para aquilo, escolhendo bater no chão com suas patas macias e provocar um terremoto de alta escala que abriu fendas e engoliu os pokémon em questão de segundos, abatendo pikachu na hora.

Round 2:

   Os soldados, entretanto, permaneciam e, em uma atitude desesperada, lançavam uma série de ataques diferenciados. Presas brilharam em vermelho antes de morrerem as suas costas, raios avermelhados sugaram a vida de Drákvma e mais um fio e outra careta de aparência assustadora prendeu o slowpoke no lugar antes dela simplesmente chacoalhar o pelo rosa e desalojá-los, agitando a terra mais uma vez.

    Minkah não perdeu tempo, atirando a pokébola no pikachu e preparando-se para uma possível continuação do combate. Felizmente, a sorte sorriu ao seu favor e a situação de perigo terminou por ali… embora, Minkah pense, que o maior perigo era para os pobres insetos que antagonizavam sua slowpoke.

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Happiness escreveu:

Alattí {05/10}
Eevee {05/10}
Pidgey {05/10}

A noite estava mais uma vez chegando, de forma que Heiwas achou melhor começar a catar galhos por aí para construir uma fogueira. Fazia meses desde que fizera isso e ela ainda lembrava-se com exatidão da última noite que teve só com Alattí, presa em um deserto, murmurando como seu professor era idiota para o pichu e o vento enquanto esperava que o dia trouxesse o caminho certo para Pallet.

   Como ela estava aqui, viva e com um eevee super animado a reboque, parecia que alguém tinha ouvido suas reclamações e tido misericórdia. A pesquisadora só esperava que esse mesmo alguém ainda estivesse a ouvindo hoje. Ela bem que precisava de uma ajudinha divina.

—Acho que isso é muito mais do que você pode mastigar —Ela comentou, sorrindo para a raposa que tentava arrastar um longo e grosso galho pelo chão —Além disso, os pequenos queimam mais rápido.

   Eevee não queria saber de queimar. Ele queria continuar arrastando aquele ramo de quase quarenta e cinco centímetros de comprimento, com folhas e frutinhas alojadas nele, pelo chão, produzindo uma nuvem de poeira feroz. A coisa dificilmente estava se movendo muito, mas isso não parecia desanimar Ìlléos.

    Depois de dez minutos o observando sem saber como se sentia sobre aquilo, Minkah deu de ombros e gesticulou em agradecimento para pidgey, mesmo que o galho que ela trouxesse fosse tão grande quanto seu indicador e, ainda por cima, partido ao meio. Pelo menos o pássaro parecia divertido quando estufou seu peito em orgulho e guinchou. "Sim, era sempre bom ser alvo de chacota de seu pokémon" pensou com um sorriso torto, embora não estivesse com raiva de verdade.

   Ela estava pronta para continuar sua procura quando um grito irritado foi ouvido. Minakh pensou em apenas apertar o passo antes de ouvir um estalo alto que a fez se virar quase que imediatamente. Claro que essa ação culminou em mais um encontro desastroso.

     Lá, balançando um pedaço de ramo como se fosse uma espada enquanto esbravejava contra a raposa marrom, estava um palhacinho rosa de cabelos azuis. Heiwas já houvera visto ele antes, então não teve dúvida que não seria tão fácil evitar a fúria do Mime Jr. Ìlléos, por outro lado, parecia confuso com o que estava acontecendo, as orelhas em pé e o rosto virado para a direita. Mime Jr levantou sua espada improvisada e desceu contra a cabeça do ar, o som do ar sendo cortado penetrando o silêncio da floresta.

    Apesar disso, o golpe nunca acertou.

   Alattí, o pichu, havia saltado para a ação e, tendo arrancado por ele mesmo sua própria espada do pedaço de galho, bloqueou o golpe com maestria. Eles lutaram uma luta de espada feroz, cortando de um lado para o outro em velocidade surpreendente. Em determinado momento, o palhacinho salta contra o roedor em um movimento agressivo, mas Alattí reage mais rápido, saltando para a direita e aproveitando a abertura para açoitar suas costas. Mime Jr treme e, como se copiasse seus movimentos, reproduz de maneira exata o salto do pichu, tentando golpear o elétrico por trás.

   Alattí evita e os dois voltam a dançar com sua luta de espadas, muito concentrados um no outro para poder notar a pokébola nas mãos da garota. Swirlix invade a batalha épica, separando-os com eficácia ao exalar um cheiro doce e forte que deixa mime Jr meio bêbado. Mime Jr balança os braços antes de produzir uma réplica do cheiro que é quase tão forte quando o da bola de algodão é Heiwas, que estivera gravando seu amado algodão doce, franze a testa para aquilo e o retorna, encerrando sua participação.

Round 1:

   Ìlléos salta para o lugar vazio e quase que imediatamente recebe uma bofetada na cara. Não causa muito dano, mas deixa a pele levemente corada e faz com que uma marca de irritação apareça na testa do raposo. Minkah trava os dentes e ordena o próximo ataque.

A raposa salta para o palhaço, mergulhando nele com as patas da frente. Ele tropeça e cai e uma pequena bola de neve escapa de suas vestes e sai rolando. Ìlléos tem meio segundo para se lança para a bola e capturá-la antes do pokémon adversário copiar seu movimento exato, empurrando-o levemente contra o solo e conquistando de volta a bola de neve.

   Mime Jr já estava de saída quando eevee se levantou e se jogou contra o oponente, recuperando a esfera branca e desmaiando no caminho.

Round 2:

   O canino sentou-se orgulhoso em suas patas traseiras enquanto Minakh se entrertia com o lançamento da pokébola, atirando-a com a experiência adquirida dos últimos dezessete eventos. Sério, ela estava pronta para encerrar sua jornada ali!

    Com a captura feita, ela resignou-se a achar um local para dormir e montar sua fogueira, alojando-se perto de um anel de cogumelos. Foi de lá que Minkah colheu o primeiro tiny mushroom da floresta, pensando que seria ótimo para sua pesquisa sobre a espécie. Ela esperava que isso resultasse em algo bom, pelo menos. Ela estava farta de se decepcionar.

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Happiness escreveu:

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