Eu já tinha deixado meus pokemons na sala de cura e ido dormir após aquela jornada infernal nas fendas temporais, nome que estava sendo popularizado por entre os outros exploradores que pareciam ter ido visitar. Porém eu não parecia conseguir cair no sono, estava exausta e mesmo assim ficava encarando o teto da pousada eternamente. Eu sabia que não conseguiria dormir tão cedo, então passava na sala de Pessele antes de fechar, pegando de volta todos os meus pokemons, com excessão de Ralts que estava desmaiado e ia dar um passei na praia.

Alguns exploradores comentavam de uma praia no Litoral de Cobalto, eu achava que o barulho do oceano e o clima tranquilo fossem me deixar mais calma e permitir que eu relaxasse e fosse dormir melhor, porém chegando no local a praia era um pouco diferente do que eu imaginava. Toda aquela parte do litoral tinha um visual sinistro nele, como se fosse assombrado. Eu via na beira da praia algumas calhas de navios destruídos com o tempo e impacto, o lugar parecia um cemitério marítmo. As árvores da região tinham silhuetas quase humanoides, o que assustava conforme eu andava por lá. Tudo parecia muito sinistro, o que me fazia querer ir embora.

Porém, quando eu dava as costas, ouvia um barulho de vento estranho, quase como o bater de asas. Ao olhar para trás eu só via dois olhos vermelhos brilhando vindo em minha direção, mas já era tarde demais. Um enorme pássaro negro me acertava com sua garras em meu ombro, causando um corte não tão profundo mas bem dolorido. O grande pássaro fazia uma curva no ar e já me encarava, pronto para atacar novamente. Eu mal tinha tempo para sentir a dor direito e já precisava fazer algo, lançando a esfera de Porygon para ele poder me salvar daquele encontro.

Honchkrow

Spoiler:

O grande pokemon poligonal flutuava entre mim e o pássaro sombrio que claramente se irritava ao ver sua presa fácil conseguindo ajuda, mas ainda sim parecia furioso o bastante para continuar uma luta. - Ok, já que ele não vai desistir, vamos atacar com força total! Primeiramente paralise ele com seu Thunder Wave e em seguida dispare um Thunderbolt! Honchkrow gralhava muito, criando ondas sonoras sombrias que se espalhavam pelo ar e atingiam meu pokemon e pareciam o deixar enfraquecido ou com medo, diminuindo seu poder (Snarl). Porém meu pokemon não partia para o ataque de imediato, ele criava vários círcuos de energia que rodeavam o voador e começavam a causar pequenos choques que lentamente deixavam o pássaro paralisado.

Honchkrow ficava lento e isso permitia Porygon a atacar antes mesmo dele fazer algo contra. O pato geométrico se envolvia em energia elétrica e disparava um raio potente de eletricidade contra o pássaro que só não se feria muito devido ao ataque anterior que havia enfraquecido meu pokemon.  Após receber o golpe, Honchkrow conseguia se mover ainda e fazia suas asas brilharem em um intenso brilho sombrio, partindo para cima de Poygon e desferindo o perigoso Night Slash que fazia o pokemon alpha rodar no ar enquanto flutuava.


- Continue usando seu Thunderbolt, porfavor! Porygon se aproveitava da lerdeza de seu oponente para disparar mais raios elétricos poderosos contra ele, porém Honchkrow conseguia resistir bem até, não só por ser resistente por natureza como também pelo meu pokemon que já estava enfraquecido. O pássaro negro voava novamente em direção a mim com suas asas brilhando em um roxo escuro, porém no meio do ar ele parava. A paralisia ativava por completo, deixando o pokemon imóvel e incapaz de completar seu golpe. Sem ser atacado, Porygon disparava mais raios elétricos, deixando Honckrow extremamente ferido.

Porém a sorte não era tanta e o pássaro voltava a se mover com bastante esforço, caindo dos céus com sua asa sombria e desferindo um corte com seu Night Slash que fazia meu Alpha desmaiar. Eu logo o recolhia para impedir de ser atacado novamente e lançava Quilava em campo.


Quando quilava saia de sua esfera eu lembrava que ele ainda não havia passado pelos cuidados da Pessele e ainda se encontrava envenenado e fraco, o que poderia ser um problema, mas eu tinha a lerdeza do pássaro ao meu lado. - Quilava use seu Flamethrower! Meu pokemon era mais rápido e mesmo tão ferido conseguia executar seu ataque, disparando aos céus um cone de chamas que acertavam o voador que só caia no chão desmaiado e sem forças para continuar a briga.


Um pokemon tão forte como aquele não era de se desperdiçar e por isso eu lançava uma de minhas Greatballs contra ele, o capturando em isntantes. Quando eu ia pegar a esfera, aproveitava para dar uma Exp Candy S para Quilava. - Aguente ai menino, você já já ficará melhor Não era muito, mas pelo menos iria diminuir a dor dele enquanto eu não voltava para a vila. Após ele comer a bala, eu o guardava para poupa-lo do veneno.

A volta seria mais tediosa, afinal nada superaria um ataque surpressa daquele pássaro, porém no caminho eu via um monte de barro com vários pedaços de minérios saindo dele, era uma oportunidade perfeita para coletar alguns materias. Eu liberava Floatzel e o mesmo me ajudava a quebrar os minérios e a moldar o barro em esferas para carregar mais facilmente. Com aqueles recursos coletados eu voltava para a vila para dormir.

Observações:

Bolsa:

Sala de Cura:

Saindo das terras geladas eu acabava passando pela sombria praia do litoral de cobalto. Porém durante o dia a praia parecia bem menos assustadora, quase normal até. Porém o clima daquela praia sempre era estranho, como se algo estivesse fora do normal. Mas mesmo assim o som das ondas me acalmavam bastante e eu precisava de um momento, principalmente para me aquecer após aquela parada no deserto congelado da última zona.

Mas parecia que eu não era a única que tinha aquela ideia, porque na distância eu via um jovem junto com seu pokemon se exercítando, eu não sabia se aquilo era um treinamento ou uma dança, mas parecia muito interessante. Um menino esguio de cabelos azuis saltava juntamente com seu pokemon bípede que parecia empunhar duas conchas como se fossem espadas. Olhando mais atentamente eu realmente entendia que aquilo era algum tipo de treino, porém muito bem coordenado para parecer quase como uma dança, ambos em sintonia.

Eu me aproximava enquanto admirava o magnífico estilo de combate deles, porém minha presença era notada e eles paravam para conversar comigo. - Bom dia Senhora, posso ajudá-la? O menino tinha uma voz gentil e amigável e eu logo lhe respondia que só estava admirando os movimentos dele enquanto eu fazia uma pausa em minhas explorações. Assim que eu mencionava as explorações o menino ficava agitado, querendo que eu contasse mais sobre, pois ele adorava ouvir as histórias dos viajantes, principalmente as que envolviam pokemons.

- Você já chegou a encontrar aqueles pokemons que são considerados nobres? eu queria muito encontrar um. Eu contava para ele que já havia encontrado um noble e ele logo me interrompia, pedindo para eu contar como havia sido com todos os detalhes possíveis.

- O primeiro e único Pokemon Nobre que eu cheguei a enfrentar foi um majestoso Wyrdeer, um belo pokemon quadrupete de pelagem branca, grandes chifres e pelos que formavam uma grande barba. Aliais, um pouco antes de encontrar o pokemon nobre eu me deparei com sua pré-evolução. Eu liberava o Stantler que havia capturado enquanto subia as montanhas, habitat de Wyrdeer, e explicava para ele que eu ainda não tinha noção de como evoluir meu pokemon para a mesma espécie do nobre. O menino ficava deslumbrado com o pokemon que eu havia liberado e tentava imaginar como seria a sua evolução com a descrição que eu havia dado.

Ele pedia para eu contar mais e eu continuava. - Eu acabei encontrando ele por acidente, estava subindo as motanhas de Deertracks Heights para investigar o que tinha de interessante lá, a subida foi bem complicada, era difícil principalmente por ser o habitat dos Stantlers, que acabei enfrentando e capturado dois. Sem contar com o cansaço de subir a trilha da montanha de um local que fica tão longe da vila. No meio do caminho eu acabei encontrando também um estranho menino que era capaz de se fundir com seu próprio pokemon! O garoto arqueava a sombrancelha com dúvida, achando que eu estava inventando aquela história.

- De início eu também não acreditei, mas antes de conseguir entender o que estava acontecendo eu tive que salva-lo de um explorador que achava que ele era uma aberração e lhe atacou com seu poderoso Luxray. Dica interessante, combinar golpes de fogo e água é uma ótima forma de produzir névoa, que é muito útil para fugir. Ele ainda parecia desconfiado, mas pegava seu caderno e começava a anotar algo, ou desenhar, não conseguia ver direito, porém ele pedia para eu continuar. - Eu tive que perder meu tempo cuidando dele, pois ele estava muito ferido do ataque do Luxray, mas depois de um tempo ele conseguiu acordar e se recuperar, e logo eu me despedi dele para avançar na subida da montanha, mas por causa desse tempo perdido a noite já estava caindo.

- Apenas a luz da lua não era o suficiente para me permitir subir aquela trilha com segurança, por isso usei de meu inicial: Quilava, para me ajudar. O fogo que ele constantemente produz era capaz de iluminar o local e me permitir andar por lá com mais segurança. Mas aquilo chamou atenção, mas por sorte não de um pokemon e sim de uma treinadora. Era uma bela mulher de cabelos curtos e negros que andava com um pokemon gordinho e baixinho que parecia um urso, ela era de um daqueles clãs famosos da região, acredito que seja o Diamond pelo estilo da roupa, mas não conheço muito bem para afirmar com certeza. Ela era uma Wander, uma das pessoas que cuida dos Nobles e estava lá para tratar de um problema que estava acontecendo com Wyrdeer, aparentemente ele estava sendo possuído.

Ela queria ajuda para resolver aquele problema e para isso queria me testar em uma batalha. O pokemon dela era forte, e precisou de três dos meus para conseguir lidar contra aquele Munchlax, mas por fim ela aceitou minha ajuda e fomos dormir na caverna ali na montanha para começar nossa operação no dia seguinte. O menino continuava a rabiscar em seu caderno, mas contantemente levantava a cabeça para entender melhor o que eu estava falando.

- Assim que acordamos descemos toda a montanha e fomos até a o rio que corre por baixo da montanha. Lá começamos a procurar por ingredientes para que a Mai, a wander, fosse capaz de criar um remédio capaz de deixar o pokemon nobre sonolento. A mistura envolvia algumas plantas e cogumelos, a maioria deles são encontrados perto dos rios. Springmushroom, Medicinal Leeks e Caster Ferns. Assim que conseguimos todos os ingredientes, Mai começou a produzir o remédio. Confesso que não prestei muita atenção na forma de preparo, porém ficou pronto bem rápido e logo fomos encontrar a fera.

O menino se inclinava para ouvir melhor, agora que estava chegando na melhor parte da história. - O topo da montanha era frio, principalmente pois estava bem de manhãzinha, eu e Mai andavamos com muita cautela por entre as poucas árvores que enfeitavam aquele local. De longe já era possível ver o majestoso pokemon nobre, aquela bela criatura andava por entre as árvores. PORÉM! Era possível sentir uma presença maligna no ar, realmente Wyrdeer estava possuido e eu tinha o trabalho de purifica-lo. O clima de tensão da história aumentava e o menino parava completamente de anotar para conseguir prestar 100% de atenção.

- Quando chegamos perto o suficiente, Mai atirou o remédio que fez a besta ficar sonolenta no mesmo instante, me permitindo atacar! Eu lancei meu Carnivine e com seu Acid Spray comecei a enfraquecer a fera nobre. O dano causado pelos ataques do meu pokemon não eram fortes o suficiente para acorda-lo, porém aos poucos ele ia enfraquecendo e antes que pudesse acordar já estava extremamente fragilizado. Porém mesmo com suas defesas quase zeradas, a fera ainda era forte e com um só golpe com seus chifres foi capaz de finalizar meu pokemon. Eu tive que recorer ao meu pokemon mais forte, Quilava era o único capaz de finalizar aquele pokemon. E com um poderoso lança chamas somado com as defesas reduzidas do nobre eu fui capaz de derrota-lo e retirar a assombração que lhe possuía.

Após eu finalizar a história o menino aplaudia. - Que explendido, vejo que você além de uma corajosa exploradora também sabe muito bem usar estratégias, então para recompensa-la eu vou lhe contar um segredinho sobre o Wyrdeer. Para evoluí-lo você deve utilizar a forma Agile de seu golpe principal, mas para isso seu pokemon precisa masterializa-lo... se quiser eu posso lhe ensinar. Eu não entendia muito bem mas aceitava a proposta e deixava ele ensinar aquilo para meu Stantler.

Conforme o treino ia passando eu começava a entender melhor o que eram aqueles stiles. Basicamente envolvia modificar o golpe para torna-lo mais rápido ou mais forte, porém cada golpe teria formas diferentes de se comportar e por isso era dificil ensinar todos. O Psyshield Bash em sua forma mais rápida era feito sem a formação do escudo utilizado para o impacto, Stantler absorvia a energia antes e usava seu corpo para atacar, isso diminuia bastante o tempo de conjuração e o dano, porém o principal efeito do golpe de aumentar as resistencias era mantido. Já na forma mais forte o tempo de conjuração aumentava para criar um escudo maior e consequentemente mais poderoso, deixando o golpe mais lento e mais forte. O jovem conseguia ensinar aquilo com facilidade, parecia até já saber como funcionava o ataque do meu próprio pokemon e com alguns minutos ele havia feito meu Stantler aprender aquelas vertentes do golpe.

Após ensinar meu pokemon, o jovem, que tardiamente se apresentava como Xingqiu, se despedia, pedindo para eu retornar quando eu tivesse mais histórias para ele ensinar outros pokemons meus. Eu me despedia também e voltava para a vila para contabilizar a minha descoberta. Antes de ir embora, eu passava por entre algumas gramas ao redor da praia e coletava uma Pep-up Plant que seria excelente para alguns medicamentos que eu viria a produzir.

Observações:

Bolsa:

Sala de Cura: