Guardião de Dimensões:

Heiwas desaparece na multidão e reaparece longe dela, apoiada em uma parede e respirando de forma ofegante. Ela inala, soando baldes e com as mãos tremendo. Ela nunca vai fazer isso de novo! Chega de multidões! Aquele foi...

—Um belo show! Sem dúvida! —Alguém fala perto dela e ela salta para trás, assustada, ladeada por pidgey, eevee e pikachu —Aposto que isso foi cansativo! Porque você não compra uma ou duas bebidas para refrescar?

Havia um sorriso longo demais, feliz demais, para alguém que se simpatizava com o cansaço alheio. Era o sorriso de alguém sedento pela dor do próximo, que se importava apenas com seus próprios ganhos. Era o sorriso de um vendedor ambulante acostumado com seu ofício.

"Me ferrei"

—E então? Vai querer algo ou posso seguir adiante? Talvez aquele gentil grupo de pessoas possa gostar de uma boa limonada —Ele disse, apontando para o grupo que Clopin entretia e de onde Heiwas acabara de fugir.

—Eu quero três... —Murmurou, já abrindo sua carteira com uma careta de dor. Às vezes, seu mestre dizia, você precisa apenas aceitar suas circunstâncias.


Red Bird voltou para o centro sentindo-se duas vezes mais cansada e derrotada. Uma conversa rápida com seu rival e companheiro, o Guardião, enquanto seus pokémon estavam sendo curados, iluminou um pouco sua mente quanto a determinar os próximos passos. Eles tinham duas das três peças que o vilão —nossa, ela nunca imaginou que usaria a palavra vilão para se referir a alguém de verdade — queria e eles precisavam manter essa vantagem, não importasse oquê.

—É uma péssima ideia carregar a ovelha para a boca do lobo —O Guardião de Dimensões disse, grunhindo enquanto abraçava o ovo de Sweet Venonat mais perto do corpo —E eu não confio que um simples sistema de box vai manter alguém assim longe.

—Então, o que você está dizendo é que…

—Precisamos de um local seguro. Um lugar de difícil acesso e que poucos saibam que existam.

—Bem, isso não é lá fácil de fazer. Principalmente com o Rotomphone sempre gritando sobres os novos locais descobertos… —Heiwas bufou, cruzando os braços —Parece que voltamos à estaca zero.

Ao invés de bater a cabeça na mesa e gritar de raiva, como Minkah havia feito horas atrás, o jovem negro apenas cruzou os braços, recostou-se em seu assento e sorriu de forma maliciosa.

—Bem, talvez não.

E foi com essa frase enigmática que o cara se levantou e a guiou porta afora, levando seus corpos cansados e enfadados pelas ruas apinhadas de gente com uma noite sombria e uma lua recém chegada às guiando. Como ele parecia saber para onde estavam indo, Heiwas não reclamou tanto como normalmente faria. Parece que até ela está cansada demais para conversar. Bem, quem disse que milagres não acontecem?

Eles pararam na frente de um museu que, embora a garota de cabelos brancos não conseguisse enxergar muito por causa da escuridão da noite, parecia ser rústico e resistente, como uma pedra valiosa. "A quanto tempo ele estaria ali?" ela se perguntou enquanto se encostava em um dos pilares, meio escondido pelas sombras. Pikachu e eevee pareciam tensos e calados, cada um colado ao seu lado, e Minkah rapidamente endureceu com isso. Até parecia que eles estavam montando uma armadilha: parados, à espera de uma vítima, como se quisesse fazer algo horrível. Ou, pelo menos, era isso que os olhos dourados do Guardião pareciam dizer. Heiwas já estava começando a se arrepender…

Quando um velho saiu pelas portas enormes de madeira do museu, fechando-as com cuidado enquanto vasculha entre as inúmeras chaves de seu chaveiro; o jovem negro se moveu, saindo das sombras e assustando o velho careca. Esse, para seu crédito, reagiu rápido, atirando em sua direção uma pokébola que prontamente libertou uma lontra laranja. Heiwas já tinha tirado a pokédex para escanear o buizel e estava prestes a colocar a mão no ombro de seu amigo – claramente para chacoalha-lo com raiva e gritar no seu rosto sobre que tipo de absurdo estavam fazendo – quando um jato de água disparou em sua direção e teria acertado se não fosse pelas ações rápidas de Alattí, que combateu o ataque com seu Thunder Shock.

—Quem são vocês? —O velho perguntou ao forçar seus olhos negros. Minkah se moveu para luz, para lhe dar uma visão melhor, e acenou timidamente enquanto batia na cabeça do Guardião de Dimensões com o punho —O que fazem aqui?

—Viemos atrás de uma informação que acreditamos que só você pode dar —O jovem negro argumentou, lançando um olhar mal-humorado para Minkah —Precisamos de um lugar seguro e talvez você possa me ajudar com isso.

—É senhor pra você, meu jovem. E não sei do que diabos você está falando, mas se não sair agora estarei chamando a polícia.

—Nós sabemos que você sabe onde o jardim está!

—Não queremos nenhum problema. Só queremos um lugar seguro para guardar… algo —Heiwas reuniu o máximo de sinceridade que poderia reunir e olhou nos olhos do velho, tentando transmitir a quão desesperada é importante aquele lugar era para ela. Okay, talvez ela não soubesse que tipo de jardim eles estavam procurando, mas se o Guardião achava que era um local seguro, então era. Afinal, ele é o especialista aqui.

O homem de idade parece ter encontrado algo em seu rosto, pois sua postura suavizou um pouco e ele franziu a testa. No entanto, sua mão permaneceu em seu cinto e o buizel continuou de pé, os encarando com raiva.

—Isso não soa como problema meu, mas, já que parecem ser tão persistentes quanto a isso, vou fazer uma proposta a vocês, crianças —Ele apontou para os jovens —Se um de vocês me vencerem em uma batalha, eu posso cogitar dizer onde está o jardim.

—Isso soa bem pra mim! Você quer tentar a sorte? —Heiwas perguntou só por educação. Ela sabia que a figura preguiçosa do Guardião raramente lutava.

—Você me conhece. Eu não luto. Em vez disso, eu vou arbitrar…

E como previsto, ele valsou para longe com um sorriso de merda e se colocou em seu lugar ao mesmo tempo em que Alattí avançava, faíscas iluminando a noite.

—Thunder Shock!
—Sonic Boom!

Pikachu gritou e saltou, as bochechas já faiscando, e, então, disparou um raio de eletricidade que cortou o campo em questão de segundos e acertou a lontra, prendendo-a e eletrocutando-a. Buizel esforçou-se para superar a eletricidade, quebrando o feixe de energia e pulando para o céu. Ambas as caldas cintilavam levemente em branco quando foram chicoteadas no ar, produzindo uma onda de som volumosa que deslizou direto na direção do pikachu.

A onda de som explodiu, levantando uma cortina de fumaça e escondendo a figura do roedor. Segundos tensos se passaram antes que uma forma esbranquiçada saltasse da neblina em alta velocidade e atingisse o peito do buizel com força, lançando-o desmaiado para os pés do velho.

Round 1:

—Muito bem, mas vamos ver se você vai conseguir escapar deste aqui! Wooper!

—Minha nossa, você tem muita energia para um véi! Alattí —Chamou, sentindo o pikachu subir em seus ombros. Ela puxou sua câmera da bolsa e pescou uma de suas pokeball —Swirlix! Sweet Scents!

Ela gravou o exato momento em que swirlix ganhava o campo de batalha, saltitando de animação enquanto emitia um cheiro doce e suave que deixava wooper muito distraído. Mesmo assim, o cheiro nada pode fazer para impedir o Water Gun de atingi-lo. O pokémon inchou o pelo de algodão, a água não tendo sido o suficiente para ensopá-lo como o pokémon temia.

—Draining Kiss!
—Mud Shot!

Swirlix rodopiou no lugar e, em seguida, flutuou na direção do tipo água, contornando-a lentamente. Com um movimento doce, ele beijou a bochecha da pequena, sentindo a força vital sair do corpo do adversário e ser engolida pela bola de algodão. Com um lamber de lábios, a criatura adorável se afastou, no entanto ele não foi muito longe. Ainda meio atordoada pelo beijo, o axolotl abriu a boca, estufou o peito e cuspiu uma série de rajadas de lama, que atingiu as costas do algodão doce e jogou-o para frente.

Round 2:

—Muito bom, Swirlix. Novamente, Draining Kiss e Fairy Wind!
—Wooper, Slam!

Novamente o pokémon de Heiwas estava dando uma de Don Juan e tascando outro beijo na wooper desavisada, alimentando-se de sua força vital. Também, desta vez, ela não deixou barato e usou sua cauda para saltar o mais alto que podia e mergulhar contra o oponente, corpo totalmente estendido para derrubar o pokémon flutuante e esmagá-lo contra o chão.

Swirlix se debateu, contudo, vendo que não conseguia se libertar, sugou o máximo de ar que conseguia e soprou uma ventania de pó de fada que atirou o tipo ground do outro lado do campo. O velho correu para seu pokémon em preocupação. Ele afagou a cabecinha lisa duas vezes antes de borrifar um líquido arroxeado em suas feridas, recuperando-o de uma parte dos ferimentos.

Round 3:

—Water Gun!
—Rápido, Draining Kiss!

Mais uma vez o round se repetia: swirlix atacava com seu movimento preferido enquanto wooper contra atacava com um jato d’água, que deixava o pelo do adversário cada vez mais úmido e sujo, coisa que, ao que parecia, não estava agradando nada o doce.
Com um bufo de raiva, ele soprou outra rajada de vento prateada e cintilante, que tirou a salamandra de seus pés e a atirou no céu.

—Agora, aproveite o movimento!

Wooper não gritou de pânico. Muito pelo contrário, ela se estabilizou e preparou-se para cair bem em cima do algodão rosa. Ela o esmagou com tanta força contra a calçada que Heiwas não achou que ele conseguiria se levantar.

Round 4:

Para sua sorte, a salamandra também achou que aquele seria seu fim. Mas, enquanto ela se regozijava, ainda sentada em cima dele, swirlix pensava no seu próximo passo. Bastou uma inclinação suave de seu corpo e um roçar de seus lábios contra a pele azul dela para terminar de vez com aquilo. Dessa vez, permanentemente.

Round 5:

—Muito bom, querido! Você foi ótimo! —Trocando-o, Minkah levantou o braço e chamou seu último pokémon. Pidgey rasou por cima de sua cabeça e pairou entre eles, olhos afiados desafiando o homem a dizer qualquer coisa —Chárysso, Ancient Power!

—Yanma, Aerial Ace!

Yanma zumbiu antes de disparar velozmente contra pidgey, asas transformando-se em aço puro e cortando o peito da ave sem nenhuma piedade. O pombo caiu, debatendo-se, mas encontrou equilíbrio no último minuto para voltar aos céus. De repente, ela estava planando, asas conduzindo energia pura para formar uma enorme esfera prateada. Esta foi prontamente disparada na direção do inseto, explodindo em uma mistura de pó prateado e fumaça branca.

—Te peguei!

Pidgey usou Quick Attack para chegar no yanma primeiro, atingindo-o antes que ele pudesse reagir. A batalha acabou assim, em um piscar de olhos.

Round 6:

—Bem, parece que eu ganhei —Heiwas olhou para o lado, onde o Guardião estava sentado, praticamente cochilando em cima de sua mochila; e suspirou —Quer dizer, nós ganhamos.

—Está muito tarde para te contar qualquer coisa agora. Volte amanhã e eu lhe direi o que sei sobre o Jardim Secreto.

Minkah franziu a testa e curvou os lábios. Ela já estava aqui e não eram nem oito horas ainda, porque deveria voltar outro dia? Porque deveria gastar mais do tempo que não tinha?

—Como que posso saber que você não vai me enganar e simplesmente desaparecer?

—É aí que está. Você não pode.

registros:

Happiness escreveu:

Eevee {10/10} +1 Happiness
Pidgey {10/10} +1 Happiness

Guardião de Dimensões:

Surpreendentemente, acordar seu parceiro de viagem e fazê-lo retornar ao Centro foi o menor de seus problemas. Não importa se ela teve que tolerar um monte de reclamações do Guardião ou que teve que, praticamente, arrastar o jovem moreno pelo resto do caminho, puxando-o tal qual um trabalhador que passou as suas últimas 48 horas fazendo serão arrastaria um saco de batatas para alimentar a barriga de seus sete filhos famintos….

"Okay, isso está ficando específico demais" murmurou cansada enquanto finalmente irrompeu pelas portas automáticas do Centro Pokémon. Após curar seu time de encrenqueiros, ela fez seu caminho para seu quarto, deixando um de seus amigos mais antigos encontrar seu próprio caminho para sua própria cama. Havia limites para a paciência e Heiwas sentia que estava quase atingindo o fim da sua, afinal, o dia não tinha entregado tudo o que havia prometido. Na verdade, ela não só não sabia quem era o homem que a emboscou em Santalune, como também descobriu que o cara que matou aquele pokémon com um único toque, como se fosse uma espécie de Thanos maldito, também parecia ter um grupo de idiotas – porque claro que havia outro time de gente do mal vagando por aí – capturando e destruindo a fauna e flora da região como se estivessem vasculhando a área atrás de algo. E agora ela tinha a notícia que esse algo poderia muito bem estar por aí, escondido em uma espécie de jardim que apenas um velho parecia conhecer a localização.

Honestamente, não era muito confuso de entender, mas Heiwas não pediu por aquilo. Ela estava em uma Missão para descobrir a origem da Aura e como ela funciona e não para salvar o mundo.

—Quando foi que nossas vidas viraram um shounen sem graça?

Como nem seu pikachu e nem seu eevee responderam, ela deitou-se em sua cama e fechou os olhos, esperando que pelo menos seus sonhos fossem um pouco mais originais e menos clichê que sua vida real.

Ela não teve tanta sorte assim.


Já era tarde quando acordou. Tão tarde que o sol forte rasgava por entre as cortinas, lançando sua luz brilhante na cerâmica e iluminando com crueldade o ambiente que antes era escuro e pacífico. Heiwas, que sonhou que corria e corria por muitos quilômetros em uma floresta fechada enquanto era perseguida por uma matilha de cães, esticou-se preguiçosamente, já cansada de viver. No entanto, mesmo assim, seus olhos brilhavam com intensidade e seus movimentos, apesar de lentos, demonstravam uma ânsia por problemas que chegava a ser preocupante.

Alattí grunhiu e se arrepiou com isso antes de saltar para o chão e fugir, cauda batendo na quina da porta em sua agitação, ainda não acostumado à sua nova forma de pikachu. Eevee o seguiu animado, jurando que aquela era uma nova brincadeira e não que seu companheiro de equipe estava literalmente correndo por sua vida. Tudo bem. É como dizem: o que você não sabe não pode te machucar.

De qualquer forma era tarde e, após alimentar seus pokémon e tomar uma enorme, fumegante e extremamente adocicada xícara de café; Heiwas havia deixado o Centro com nada mais que uma nota do Guardião avisando que ele "saiu para procurar informações" e que "levou seu ovo extremamente raro por proteção". Ela sabia que uma hora ou outra ele voltaria, então não se preocupou muito com isso. O Guardião de Dimensões era como um gato vadio, que ia e voltava em seu próprio ritmo, sempre trazendo alguma presa que ele matou no caminho. O que a preocupava de verdade era o problema que ela trouxe com ela ontem de noite: um monte de informações desconexas e absolutamente nenhuma ideia do que fazer com isso.

Pensativa e distraída, mal percebeu que havia parado embaixo do que antes era uma ponte de pedra, mas que agora servia apenas como uma proteção do sol escaldante. A estrutura de pedra subia e descia em um arco apertado, tal qual um túnel, e suas paredes eram frias e cobertas por musgo, principalmente na parte de baixo, de onde serpenteava um fino riacho de água.

–Deveria passar um canal por aqui… –Falou para si mesma em voz alta ao mesmo tempo em que pegava Íleo no colo. O eevee chiou, contudo não reclamou; enterrando-se no calor do corpo de sua humana. Francamente, Minkah não conseguia entender como ele conseguia fazer aquilo naquele calor dos infernos. Ela podia jurar que parecia ter um sol pra cada pessoa e pokémon de Alto Maré –Uh oh?! Oi?!

Seu grito ecoou alto quando seu olhar pegou um par de olhos afiados ao seu lado. Todo seu corpo tencionou de surpresa e ela se virou para o pokémon que, aparentemente, sempre estivera ali. Alattí nem piscou para sua explosão, escolhendo ficar deitado contra a pedra fria ao invés de defender sua treinadora.

O pokémon, uma espécie de par de… pernas de cabeça pra baixo? Mãos enfiadas em uma pedra de gelo? Seja lá o que eram aqueles dois membros laranja, marrom e branco que saiam de uma espécie de pedra cinzenta; pareciam extremamente ranzinzas e irritados, principalmente depois que Heiwas gritou e quase esbarrou nele em sua pressa de se virar. Eram coisinhas bem temperamentais e, aparentemente, não queriam a Guardiã ali.

Mas ela não ia sair. Porque…claro que não! Lá fora a terra fervia e o sol estava contente em fritar tudo que vivia abaixo dele e Minkah se recusava a pegar uma insolação só porque um pokémon não sabia compartilhar. Infelizmente, o pokémon não tinha lhe dado uma escolha e a empurrou com força, atirando-a para longe da sombra e para longe dele. Não foi forte o suficiente para machucar, embora a queda tivesse deixado alguns arranhões. E ele também não se demonstrava agressivo. Era um aviso alto e claro e deveria ser o suficiente para Heiwas entender e ir embora.

Mas ela estava cansada e confusa e havia sonhado que correu uma maratona logo depois de ter arrastado seu amigo como um saco de batata pelas ruas sinuosas de Alto Maré na noite anterior, então não é culpa dela que ela estivesse se sentindo mesquinha o suficiente para contra-atacar.

"Foi em legítima defesa" era o que diria para Alattí meses depois. Agora, tudo que pensava era:

—Vou te ensinar um pouco de boas maneiras seu conjunto de pernas bizarras! Swirlix!

Swirlix se materializou com a mesma empolgação que um emo tem no show da xuxa e se posicionou para a batalha a contra gosto. Minkah tirou sua pokédex para registrar aquele espécime nova e pegou sua câmera, preparando-se para gravar, pois mesmo aborrecida ela tinha um emprego para manter.

—Sweet Scents!

Binacle era mais rápido e por isso foi o primeiro a se mover quando notou a intenção da jovem. Ele saltou de maneira surpreendente com as garras do topo de sua cabeça (ou seria aquilo cabelos?) Mais alongadas e afiadas, brilhantes em uma coloração verde e branca. Com um golpe horizontal, imitando um X, ele atacou a bola de algodão doce.

Quase que imediatamente ao ataque, Swirlix se sacudiu, aproveitando a aproximação do oponente para envolvê-lo em um aroma doce e agradável que parecia distraí-lo momentaneamente.

Round 1:

Minkah acabou sua gravação e retornou Swirlix, decidindo que estava cansada de brincar. Então, com um movimento de mão e um olhar suplicante, obrigou o pikachu a se levantar e se juntar a batalha. A criatura reclamou com murmúrios durante todo o percurso até se colocar na frente do Binacle, que havia se aproveitado de toda a comoção para desferir outro ataque, que era quase tão fraco quanto o primeiro. Quase como uma justiça cósmica por ter se aproveitado de um oponente distraído, a estática armazenada no pelo de pikachu se soltou, entrando nos músculos de Binacle e paralisando-o lentamente.

—Alattí, destrua-o com Dig!

O pikachu era um borrão amarelo enquanto se lançava para cima e mergulhava na areia, abrindo e sumindo por um buraco um segundo antes de Binacle avançar contra ele. O par de braços errou o golpe, pousando desajeitadamente perto do buraco aberto ao mesmo tempo em que suas duas cabeças olhavam de um lado para o outro, procurando o rato amarelo. Esse não demorou a aparecer, irrompendo do chão com uma investida feroz, que atirou o par de pernas do outro lado do campo. Com a câmera ainda gravando, embora seu outro disco, Heiwas conseguiu captar de camarote o momento em que o Dig era realizado.

Round 2:

—Acabe com isso. Thunder Shock.

Pikachu gritou quando um raio poderoso de eletricidade saiu do seu corpo e rasgou o ar, seguindo em linha reta até atingir o corpo caído do pokémon de água e pedra. A batalha não durou mais depois disso.

Round 3:

Heiwas cumprimentou seu inicial pelo bom trabalho, abraçando-o e aconchegando-o perto de seu rosto. Depois, ficou fitando por um longo tempo a forma caída do par de mãos, sentindo-se frustrada e tendo pena do pobre pokémon. Afinal, talvez tivesse descontado apenas um pouco – um pouquinho só – de seu estresse nele.

Então, como um último ato de remorso, arrastou o corpo dele para debaixo da ponte de pedra e saiu dali, finalmente pronta para começar seu dia.

registros:

Happiness escreveu:

Eevee {05/10}

Guardião de Dimensões:

As horas haviam se passado lentamente e Heiwas, que estivera a manhã toda correndo pelo museu de Alto Mare, ajudando o velho Lorenzo em suas tarefas na esperança de achar alguma pista de onde o Jardim Secreto estava; estava cansada e derrotada. Ela havia conhecido muitas pessoas teimosas, mas nenhuma como aquele velho. “Será que é o tempo que faz isso com as pessoas?” pensou amargamente enquanto chutava uma pedrinha na rua. Eevee estava correndo pela margem de um rio, admirando a água e as gôndolas que navegavam tranquilamente sob o sol da tarde. Minkah estava notando que seu filhote parecia amar a água a cada vez mais e começou a se perguntar se o deveria evoluir para uma forma que o permitisse aproveitar melhor o elemento.

—Vou deixá-lo decidir quando chegar a hora —Concluiu, falando com Alattí. O rato elétrico só deu de ombros e se encolheu ainda mais no capuz de seu casacão —Ah, muito obrigada pela sua opinião. Você sempre tão assertivo.

Mal terminou de provocar seu parceiro quando um guincho alto veio dos céus e um pidgey, de penas mais longas e asas enormes, passou raspando sob sua cabeça. A ave circulou pelo céu antes de mergulhar mais uma vez, garras afiadas agarrando alguns de seus fios ruivos e puxando-os levemente para frente no processo. O pássaro parecia impaciente e Minkah sabia por experiência própria que não deveria deixá-la esperando por muito tempo.

Assim, sentindo-se um pouco ansiosa, ela correu atrás de Chárysso, desviando da multidão de turistas e perseguindo-a por ruas estreitas e sinuosas, que iam ficando cada vez mais abandonadas e esquisitas. Ela já havia adentrado muito a cidade quando percebeu que estava em uma parte sombria da cidade. O típico lugar que você certamente seria assaltado.

Ao invés de dois caras numa moto, o que a esperava no meio de uma praça deserta era um grupo de seis a sete pessoas, armadas com tacos de beisebol, porretes e pés-de-cabra. Todos se vestiam como os típicos gangsters: com grossos colares de ouro ou prata, toucas, casacos enormes ou camisetas rasgadas. Claro, havia aqueles que tinham as jaquetas jeans e as calças rasgadas e aqueles que colecionavam piercings e tatuagens. Na verdade, risque isso. Ignore tudo dito. Aqueles caras se vestiam como jovens comuns da nova geração. Usuários do Pokétweet, com certeza.

—Ei, pessoal, qual o problema aqui? —Minkah gritou para o grupo enquanto corria. Chárysso passou por cima da cabeça de todos eles e pousou no topo da árvore. Lá, em alguns galhos abaixo, jazia um jovem negro, de cabelos escuros e olhos brilhantes. Era o Guardião, seu amigo humano mais próximo e, também, a pessoa que seria a sua morte —Guardião? O que você está fazendo aí?!

—Nada! Estou só descansando como você pode ver!

—Ei, menina, você conhece ele? —Um dos jovens perguntou. Ele era alto e forte, como uma parede, e quando falava parecia que estava rosnando.

—Sim, ele é meu amigo.

—Ele é um forasteiro! Um turista nojento! —O homem urrou, sendo acompanhado por seus amigos neandertais —O que significa que você também deve ser! —E apontou o porrete para ela.

—Olha, cara, eu não quero problemas, mas você vai conseguir um se não deixar meu amigo em paz —Minkah estava suando de ansiedade neste ponto, no entanto o seu amigo preso na árvore foi a que impediu de partir.

Uma risada curta escapou de um jovem de cabelos laranjas curtos e feições esguias. Ele desviou o porrete estendido para o chão enquanto cruzava os braços, ficando bem entre ela e a árvore. Aquele era, claramente, o líder daquele bando de delinquentes. —Okay, e como você vai fazer isso? Vai sentar e chorar até que tenhamos pena de você?

Heiwas engoliu seco, frustrada e irritada. O dia já não tinha sido muito bom, mas as pessoas estavam fazendo de tudo para que se tornasse pior ainda.

Endireitando os ombros, ela chamou Chárysso ao mesmo tempo que outro homem, esse parecendo mais um emo que um gangster, saiu da multidão de vagabundos e libertou seu pokémon.

—Você não me dá escolha, então. Chárysso, Air Cutter e Ancient Power!
—Intercepte-a com Quick Attack e Aerial Ace!

Yanma disparou como um projétil, tão rápido que apenas um zumbido foi ouvido antes de uma mancha vermelha atingir a ave, empurrando-a ligeiramente para trás. A ave grunhiu de dor e afofou as penas em aborrecimento antes de retaliar com uma rajada de vento energizada. Com um bater de asas duas ondas azuis elétricas se cruzaram e acertaram em cheio a cabeça e a asa direita do inseto.

Desequilibrado, a libélula caiu em queda livre e, por pouco, não se esborrachou no asfalto abaixo. Com um bater de asas desesperado e um brilho metálico se acumulando lentamente na membrana fina de suas asas, ele renovou o ímpeto e, mais uma vez, avançou contra o pássaro. Com precisão perfeita, as asas prateadas cortaram a lateral do pidgey, arrancando algumas penas de suas enormes asas enquanto a pobre criatura se encolhia, tentando ficar menor ou escapar.

Com uma cambalhota por cima de Yanma, Chárysso voou entre os espaços de suas asas metálicas, aproveitando que o Aerial Ace às havia tornado mais pesadas e mais lentas, e, finalmente, ganhando a distância que tanto precisava para se concentrar. As pontas de suas penas maiores se tornaram esbranquiçadas ao mesmo tempo em que o pássaro se virava, estendendo ambas as asas para frente e gerando uma esfera de energia pura de coloração prata e branca.

Com um movimento digno de um jogador de beisebol e um grito de fúria, ela atirou a esfera que prontamente explodiu assim que entrou em contato com a pele da libélula, liberando um show de luz e fumaça.

Round 1:

Yanma saiu daquela fumaça inconsciente apenas um segundo depois que Chárysso esvoaçava para o lado de Heiwas, um brilho presunçoso em seus olhos.

Assim que um dos vândalos correu para acudir seu pokémon caído outro aproximou-se da pesquisadora, já atirando a pokébola no ar ao mesmo tempo em que esbravejava com raiva, como se fosse culpa de Minkah eles estarem naquela situação…

“Bem, talvez seja um pouco de culpa dela sim” pensou com um sorriso largo. A garota estufou o peito e colocou a mão na cintura na mesma hora que seu pikachu tomava seu lugar à sua frente. A cauda se ergueu como um para-raio e as orelhas pontudas tremeluziram, agitadas e atentas a qualquer movimento de seu novo adversário – dessa vez, um Pidgeotto.

—Mostre a eles, Alattí! Parabolic Charge!

Pikachu correu para frente e saltou, uma espécie de esfera elétrica formando-se na base de sua cauda e se do atirada para cima. Era quase do tamanho do corpo do rato elétrico e, assim que atingiu o ponto mais alto no céu, explodiu em uma série de feixes de energia elétrica que choviam sobre o campo como verdadeiros relâmpagos. Alguns dos vagabundos até deram passos para trás e sussurraram alarmados, claramente com medo de serem atingidos.

Pidgeotto não teve tanta sorte e foi prontamente capturado por um desses raios ao mesmo tempo que outro engoliu a figura pequena de Alattí, embora não causasse dor ou queimadura como estava causando no pássaro. Muito pelo contrário, uma luz esverdeada cercou ligeiramente o ratinho e um som de contentamento escapou de seus lábios.

—Pidgeotto, nãoooo! Aguente firme —O cara soltou um grande grito sofrido e correu corajosamente na direção de seu pokémon. Tirando uma Super Potion, ele borrifou nas queimaduras e arranhões de seu parceiro, curando-o completamente —Vamos mostrar para essa vadia que você não mexe com o povo de Alto Mare! Quick Attack!

—Parabolic Charge!

Pidgeotto foi mais rápido em se lançar contra o pikachu, mergulhando contra ele com uma investida violenta e esmagando-o no chão com seu bico afiado. Alattí recebeu o golpe com nada mais que um grito de dor antes de escapar da ave e se jogar no ar, trazendo para vida outra daquela tempestade de raio. Como previsto, o resultado daquele turno foi o mesmo que o anterior.

Round 2:

—Ei, isso é golpe baixo! Deveria ser proibido usar um ataque tão forte!

—A culpa não é minha que você não consegue acompanhar! —Provocou, sabendo muito bem que estava só jogando lenha na fogueira. Mas, ei, não foi ela que cercou seu amigo com bastões de beisebol e pés de cabras e ameaçou arrancar sua língua se ele não saísse daquela cidade infernal. Ela vai se vingar como pode —Thunder Shock!

—Merda! Quick Attack!

Mais uma vez, Pidgeotto alçou voo e circulou o rato tal qual uma águia que cerca sua presa. Então, em um piscar de olhos, ele desceu sobre Alattí com velocidade. Nada mais que um borrão branco, acertou a cabeça do pikachu e empurrou-o, a força do ataque fazendo-o rolar para trás até cair novamente em suas quatro patas.

Assim que sentiu novamente o chão entre seus dedinhos, Alattí faiscou as bochechas e disparou um raio de eletricidade pura. O relâmpago praticamente fulminou o pássaro que não conseguiu mais se levantar.

Round 3:

A multidão de delinquentes chiou e urrou em coletivo quando Pidgeotto foi derrotado, xingando o pikachu e sua treinadora. Tanto Minkah quanto o roedor franziram a testa para isso, não sabendo se se ofendiam ou se enfeitavam sob a atenção. Pelo menos seu amigo, que estava, agora, deitado no galho da árvore tal qual um gato preguiçoso, parece se divertir com todo o show, rindo e batendo palmas toda vez que o pokémon adversário recebia algum dano considerável.

—Eu ainda não sei porque considero você um rival! —Minkah gritou para ele, mas a multidão achou que ela estava zombando deles e trataram de empurrar outro dos seus para a batalha. Em questão de segundos havia uma espécie de peixe espinhoso inflado, uma bola de praia verde e amarela com olhos grandes e cauda estranha —Alattí, você já sabe o que fazer!

—Poison Sting!
—Parabolic Charge!

A estratégia do outro treinador soou claro para a pesquisadora, que estava contando com a sorte para sair daquela luta ilesa.

A sorte sorriu para ela depois que Alattí finalizou seu ataque, atingindo o pokémon peixe com sua chuva de raios, e a rajada de dardos envenenados, que tinha um quarto de chance de intoxica-lo, apenas causou o dano da perfuração quando acertou o ombro do ratinho.

—Thunder Shock, vamos!

Alattí se chacoalhou para desalojar os resquícios de espinhos venenosos, seu pelo ficando todo eriçado e bagunçado; a estática aumentando conforme a eletricidade percorria todo o seu corpo, desde as bochechas até a ponta de sua cauda. Com um pulo e um grito de guerra, ele disparou um raio de eletricidade contra Qwilfish que, por alguma misericórdia divina, não desmaiou no local. Resistindo ao ataque elétrico e ao som da comemoração de seu treinador – que gritava sem parar "Toxic" como se fosse algum tipo de líder de torcida medonha –, o tipo água inflou seus pulmões e cuspiu um jato de líquido roxo. A mistura acertou Alattí, encharcando-o até os ossos; os poros de sua pele absorvendo a toxina rapidamente. Em pouco tempo uma mancha roxa surgiu acima do nariz do roedor, borrando suas bochechas como um rubor febril.

Round 4:

—Alattí! —Minkah correu e agarrou-o, sentindo-o se contorcer de dor em seus braços. Com um movimento praticado, ela o manteve seguro com o braço direito enquanto retirava outra pokébola com o esquerdo. —Swirlix, Sweet Scents!

Trocar o pokémon naquela altura do combate era uma má ideia, mas pelo menos poderia dar uma pausa bem merecida para o pikachu ao mesmo tempo em que Heiwas exercitava um pouco a bola de algodão doce. Talvez, além dela coletar dados com a câmera, ele também conseguisse vencer uma batalha.

A má ideia se tornou ainda pior quando o adversário, empolgado com a façanha de ter feito seu principal atacante recuar, resolveu usar a mesma estratégia e espirrou outro daquele jato venenoso no tipo fada. A criatura fofa não gostou muito, grunhindo de raiva e estreitando os olhos para a sujeira em seu pelo macio.

—Não se preocupe, nós podemos sempre lavar a roupa suja! —O cara debochou e estalou os dedos, incitando seu pokémon a disparar mais um jato d'água que, diferente do anterior, tinha a pressão tão forte que mandou a bola felpuda rodopiando no ar.

—Sweet Scents!

Swirlix não se estabilizou, continuando a girar e a girar. Ao mesmo tempo em que girava no ar, produzia e espalhava um doce aroma pelo campo, que só se intensificava ainda mais conforme os giros continuavam. Era tão forte que Minkah praticamente podia sentir o sabor adocicado em sua língua.

Round 5:

Quando o pokémon finalmente parou de girar foi pra ficar cambaleando, como um bêbado, e flutuando de um lado para o outro. Ele tinha a aparência de alguém tonto e doente, o que poderia muito bem ser a verdade, então Minkah teve pena dele e o substituiu, trazendo para o campo novamente seu primeiro amigo.

Como recompensa, Alattí recebeu um jato d'água na cara. Coisa que só serviu para deixá-lo com mais raiva.

—Thunder Shock!

Sem nem pensar duas vezes, ele se jogou no céu e explodiu um raio de eletricidade, que percorreu todo o caminho até o Qwilfish, fritando o peixe quase que imediatamente.

Round 6:

Com a batalha acabada e nenhum outro adversário visível, Minkah cruzou os braços e caminhou lentamente em direção à árvore. As pessoas se dividiram, abrindo caminho e se afastando como se fosse a encarnação do próprio mal em pessoa. Apenas o aparente líder daquele grupo não se moveu, parado diante dela com suas mãos no bolso e seus olhos afiados fitando-a longamente. Pikachu, mesmo envenenando, grunhiu enquanto que Ìlléo, o eevee, saltava entre o estranho e sua treinadora com um rosnado vicioso – a pidgey há muito tempo tendo fugido para os céus, cansada demais para lidar com qualquer merda que sua treinadora tenha se enfiado.

—Isso não vai ficar assim, ruiva.
—Você falava demais, sabia?

O cara bufou e passou por ela, fazendo questão de empurrá-la com o ombro. Logo o resto do bando o seguiu, suas expressões tempestuosas e revoltadas. No entanto, apesar de tudo, eles pareciam ter dignidade o suficiente para respeitar o resultado da batalha e não virem para cima dela com as armas que carregavam – ou, talvez, simplesmente temessem seu exército de pokémon fofos. Ela estava mais inclinada para a última, embora sua fé pela humanidade desejasse muito que fosse a primeira.

—Você não vai descer?

—Não, aqui está muito confortável, sabe? Muito agradável, se você quer saber —Apesar de suas palavras ele saltou do galho e pousou bem na frente da garota, sorrindo como um felino que acabara de pegar seu prêmio —Mas acho que não posso ter meu tempo de descanso, já que você sempre parece estar precisando da minha iluminação.

—E que iluminação é essa, oh, Grande Senhor Guardião? —Respondeu em um tom monótono, encarando-o com olhos mortos e entediados —É bom que seja bom.

—É mais que bom! É ótimo! Porque eu, o Grande,… —O jovem se inclinou sobre ela, arrastando o suspense o máximo que podia —Descobri a localização do Jardim Secreto!

—O-oquê? Como?!

—Bem, digamos que o velho tinha uma neta e essa neta, por um incrível acaso, era uma grande artista e ficou muito admirada com o ovo de venonat que eu tinha…

—Você quer dizer o meu ovo do Sweet Venonat que você pegou sem a minha permissão…

—Sim, sim, tanto faz. Qualquer que seja —Ele balançou a mão em desdém —Eu tinha acabado de arrancar a informação dela quando aqueles doidos chegaram e eu achei por bem… eh… descansar nessa árvore…

—Você quer dizer se refugiar como um gato assustado?
—Você quer contar a história ou vai parar de me interromper?!

Heiwas apenas sorriu, pegou seu pikachu no colo e o deixou tagarelar.

registros:

✪ Atualizar o meu Nível de Membro. Só precisa atualizar o nível mesmo, já que consigo editar minha ficha^^
✪ Se você puder atualizar minha compra de Poképontos também, eu ficaria muito agradecida^^

Happiness escreveu:

Eevee {10/10} +1 Happiness
Pidgey {05/10}