A cultura, a civilização

Elas que se danem, ou não

- Então acho que as Ruins of Alph são o melhor lugar para você explorar. - A Enfermeira Joy tinha passado os últimos 20 minutos explicando para Kalisto diversas coisas sobre os itens que ele carregava e sobre a própria Violet City. Agora, o treinador sabia exatamente para que as penas que ele tinha coletado funcionavam, como poderia usar os candy's que produzira no VsSeeker, onde encontrar diversos Pokémon na cidade e muitas outras coisas. - Mas se você for mesmo para lá, pegue essa lanterna e acho melhor comprar algumas Potion. O lugar pode ser bem perigoso.

Kalisto agradeceu à Enfermeira Joy por todas as informações e pegou a lanterna que ela ofereceu. Antes de sair do Centro Pokémon, passou pelo Pokémart e comprou 5 Potion. Pensou em comprar outros itens, mas não queria gastar todo seu dinheiro ali, ainda mais considerando que Teddiursa seria muito útil para encher sua mochila.

Com tudo comprado, foi em direção às Ruins of Alph.


Era início da tarde quando Rowen chegou na entrada das ruínas. 2 Ranger's faziam a segurança do lugar, mas eles não o incomodaram muito depois de ver seu distintivo da Polícia. Uma das vantagens de fazer parte da organização era ter trânsito quase livre pelos lugares restritos do continente.

Kalisto liberou Mudbray e Teddiursa para fora de suas Pokébolas. Gostava da companhia da tipo solo, mesmo que eles conversassem pouco entre si. A Pokémon urso, por outro lado, não ficou presa ao seu treinador. Ela olhou para os lados algumas vezes e saiu correndo em uma direção aparentemente aleatória. Rowen não se preocupou com aquilo; sabia que a habilidade Pickup tornava os Pokémon erráticos e predispostos a procurar itens por aí. Eventualmente a Teddiursa voltaria para ele.

- Acho que somos só eu e você contra o Mundo, Mud. - A Pokémon relinchou, rindo, e começou a caminhar em frente.

O lugar estava muito mais cheio do que Kalisto supôs: por todos os lados, pequenos sítios arqueológicos estavam sendo escavados, pesquisadores tentavam decifrar inscrições nas paredes e Ranger's mantinham Pokémon selvagens afastados. Kalisto sentiu uma estranha satisfação naquela cena aparentemente caótica. Era, sobretudo, uma reunião de pessoas com objetivos afins trabalhando em conjunto para maximizar as chances de sucesso. O jovem policial quase começou a ajudar seus colegas pesquisadores a decifrar uma imagem estranha na parede, mas se conteve. Ainda precisaria de muito tempo para trabalhar em conjunto daquela forma, então continuou em frente.

Sem que ele percebesse, a paisagem ao seu redor foi mudando. Às vezes isso acontecia com Kalisto: ficava tão imerso em seus próprios pensamentos inconstantes que não se dava conta do mundo passando ao seu redor. A realidade era um plano de fundo para sua mente. De súbito, ele se deu conta que não tinha mais ninguém além dele e de Mudbray por ali. Ao seu redor, o cenário tinha se tornado a perfeita definição de ruínas. Construções imensas escavadas na própria pedra, com túneis que aparentemente se estendiam indefinidamente escuridão adentro, interligados pelo caminho sinuoso por onde Kalisto caminhava. Todas as entradas das construções tinham fitas da Polícia atravessando-as de um lado para o outro. Colados ao lado delas, cartazes enormes com uma mão aberta e uma frase embaixo: "Proibido entrar!".

Rowen olhou para Mud e falou: - Eu não estou vendo ninguém aqui pra impedir a gente. Além do mais, somos agentes da lei! Não vamos ser parados por uma plaquinha, né? - A Pokémon relinchou e acenou positivamente em concordância. O jovem pesquisador estava curioso demais para explorar cada centímetro quadrado daquele lugar e tinha um distintivo no bolso para ajudá-lo a sair de problemas com a lei. Não era uma coisa que um modelo de Policial faria, mas ele não era essa pessoa. Não mais.

Puxou a fita da Polícia para cima e conseguiu se esgueirar por baixo dela. Assim que Mud passou, colocou a fita de novo no lugar, entrou nas ruínas e acendeu a lanterna. Do lado de fora, ninguém que passasse seria capaz de dizer que tinha alguém lá dentro.

Quanto mais fundo ia dentro dos túneis, mais Kalisto sentia algo estranho naquele lugar. Era alguma coisa indescritível, que o cercava e parecia abarcar cada milímetro das ruínas, se alastrando para dentro de si. Vez ou outra, encostava em Mudbray, como se a Pokémon fosse a âncora que ainda o prendesse naquele mundo, mas eventualmente a própria tipo solo começou a ser afetada por aquilo. A luz da lanterna parecia iluminar cada vez menos metros à frente e Rowen se perguntou se o ar estava se tornando mais opaco.

O pesquisador se apoiava nas paredes frias dos túneis, água gelada escorrendo por entre seus dedos. Começou a ouvir um barulho estranho ao seu redor, algo que seus ouvidos não conseguiam entender. Não era uma língua humana. Os túneis do lugar pareciam responder negativamente à sua presença ali, como se seus passos nas Ruins of Alph fossem ofensivos.

Chegou à uma bifurcação e virou à esquerda. Alguns metros depois, encontrou outra e virou à esquerda novamente, e o túnel começou a descer. Pretendia virar sempre na mesma direção, assim seria fácil encontrar a saída novamente.

As paredes das ruínas naquela sessão tinham um relevo estranho, diferente dos outros. Kalisto iluminou com sua lanterna e percebeu uma figura que se parecia com a letra "G" esculpida na rocha. Apontou a lanterna em diversas direções e percebeu todo o alfabeto escrito na parede, mas as letras tinham olhos esquisitos, que o encaravam de forma inquisidora quase como se estivessem vivas.

Mudbray virou-se rapidamente, encarando o caminho por onde tinham vindo. Rowen virou sua lanterna para a direção assim que viu o movimento de sua Pokémon. Ao longo do tempo de convivência, tinha aprendido a confiar nos instintos dela para detectar algum perigo se aproximando. Mud assumiu posição de batalha, mas Kalisto não conseguia ver nada.

De repente, começou a ouvir passos pesados se aproximando. O barulho que estava ouvindo desde que entrou na caverna aumentou de volume e se tornou parecido com o de um furacão. Kalisto apertou a lanterna com força e começou a tremer.

À sua frente, uma enorme massa de Pokémon com formato de letras apareceu, rodando ao redor de algo que ele não soube identificar o que era. À despeito disso, sentiu uma energia absolutamente singular oprimindo seu corpo e sua mente. Sua cabeça foi tomado por uma onda psíquica que o confundia e aterrorizava e seu corpo estava lentamente se tornando mais pesado, esmagado por um poder que parecia tão antigo quanto o próprio tempo. As letras na parede responderam à presença daquele ser esquisito, e começaram a se movimentar, descolando-se da sua prisão de pedra e cercando Kalisto e Mudbray.

Com esforço, Rowen conseguiu pegar sua Rotomdex e apontar para os Pokémon ao seu redor, os identificado: Unown. Mirou então na outra criatura no centro de toda aquela celeuma mas o aparelho apenas exibiu uma mensagem: "Não é um Pokémon". - Se essa merda não é um Pokémon o que é então? - falou, tirando uma foto da criatura. O coisa à sua frente reagiu ao som de sua voz com um grito gutural, que fez que com as pernas do pesquisador começassem a tremer.

Alguns Unown voaram mais próximos de Kalisto, se organizando no ar. O policial demorou alguns segundos para conseguir identificar cada uma das letras e ler a mensagem escrita: INTRUSO.

- Eu não sou um intruso! Não quero fazer nenhum mal aqui, só vim explorar! - Suas palavras soaram como uma súplica, um pedido de desculpas pela sua invasão. Os Unown's voltaram seus olhares para seu "chefe". A criatura rugiu e diversos Unown formaram outra palavra: INDIGNO.

Kalisto deu dois passos para trás, sentindo que aquilo não acabaria bem para ele. Mudbray acompanhou seus movimentos. A Pokémon era corajosa, mas até ela reconhecia que era inútil lutar contra tantos adversários naquele momento. A criatura deu um passo à frente e todos os Unown se moveram simultaneamente. Apesar da pouca luz e de toda a confusão, Rowen assimilava cada pequeno detalhe daquela situação.

Outra palavra se formou: INIMIGO.

As 3 palavras e 21 Unown's que as formavam encaravam Kalisto de forma desafiadora. De trás da criatura, mais e mais Unown's emergiam do túnel, enquanto o pesquisador olhava rapidamente em todas as direções, procurando um forma de fugir.

Rowen percebeu um extenso túnel atrás de si e sua mente produziu rapidamente um plano de fuga. Não era uma ideia genial e poderia acabar com ele e Mud soterrados debaixo de toneladas de pedra, mas era a única forma de escapar daquilo. - Mud, corre. - Gritou o mais alto que pôde, fazendo sua voz soar acima de toda aquela barulheira.

Virou-se rapidamente e começou a correr, afastando os Unown's de sua frente com as próprias mãos.

Kalisto ouvia o galope de sua Pokémon logo atrás e tambémo a confusão caótica daquela massa imensa de Unown's os perseguindo. A criatura parecia gritar ordens e de vez em quando algum ataque explodia alguns metros à frente ou ao lado do pesquisador. Eles tomaram caminhos aleatórios, apenas preocupados em sobreviver. Em uma bifurcação, Rowen virou-se rapidamente para Mudbray e ordenou:

- Derrube essa parede com Bulldoze. - Imediatamente, a Pokémon deu um coice violento na parede do túnel fazendo todo o lugar tremer e rachar. - Corre! - Atrás deles, imensos pedaços de rocha deslizaram. Kalisto segurou-se em Mudbray para evitar cair.

Quando o mundo parou de tremer e a poeira baixou, olhou para trás e percebeu o túnel tapado. Ainda ouvia a criatura gritar e os Unown's cavando a rocha com diversos golpes, mas eles estavam em segurança. Pelo menos por enquanto.

Recolheu Mudbray para sua Pokébola para um merecido descanso e pegou sua Rotomdex novamente, andando em frente. Encarou a imagem da criatura em seu aparelho, absorvendo todas as minúcias de sua aparência inumana.

- Isso definitivamente merece um report. - E começou a escrever rapidamente na Rotomdex.


Enviou o report e antes que desse o próximo passo disse: - Não sei como Teddiursa vai me achar agora.

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Missão:

Você já era o meu fantasma

Você sorria e eu pensava

O perigo maior tinha ficado para trás. Kalisto ainda conseguia ouvir esporadicamente os gritos do Guardião Unown e os ataques de seus seguidores cavando a rocha, mas eles estavam cada vez mais distantes. A caverna tinha parado de tremer e ele devia estar próximo o bastante da superfície, porque finalmente o Pokéradar tinha conseguido sinal para enviar seu report.

O som de passos fez o jovem pesquisador olhar para trás, apontando a lanterna assustado, mas a risada familiar de seu Pokémon fez seu coração voltar ao ritmo normal. Das sombras, sua Teddiursa emergiu, carregando uma fruta amarelada nas mãos. - Como é que você conseguiu me achar? - perguntou, incrédulo. A Pokémon tinha encontrado ele mesmo debaixo de toneladas de terra, em túneis que não viam alma viva há décadas. Além disso, tinha conseguido evitar o Guardião e todos os Unowns.

Teddiursa apenas apontou orgulhosamente para seu nariz e Kalisto se perguntou se ele tinha mesmo um cheiro tão forte assim.

Recolheu a tipo normal para sua Pokébola e guardou a Apricorn na mochila. Quando fez isso, notou que seu Itemfinder tinha voltado a ficar funcionar. "Finalmente a bateria recarregou", pensou Kalisto. Pegou o aparelho e o ligou. Imediatamente as varetas dele começaram a se mover compulsivamente, rastreando diversos objetos perdidos ao seu redor. Depois de 10 segundos elas pararam, apontando para trás de uma pedra que estava imediatamente à esquerda do pesquisador.

Rowen caminhou até lá cautelosamente. Olhou com cuidado e percebeu uma forma esférica brilhando levemente sob a luz de sua lanterna. Estendeu a mão e recolheu uma Pokéball vazia, e guardou-a na mochila. O Itemfinder se apagou imediatamente. "Ótimo, agora ele vai ficar mais uma vida assim".

As paredes dos túneis estavam ficando mais úmidas à medida que Kalisto caminhava. Eventualmente, gotículas de água começaram a cair em sua cabeça e o chão passou pedra sólida para lama. Estava difícil de caminhar naquele terreno, mas logo o túnel se abriu, revelando um enorme lago subterrâneo. Rowen demorou um pouco para acreditar no que estava vendo, porém, pensando com cuidado, era natural que a civilização que vivesse ali precisasse de algum suprimento de água. Ele não tinha visto nenhum rio do lado de fora, então talvez todos os habitantes usassem aquele lago para suprir suas demandas diárias.

Kalisto viu alguma coisa boiando a alguns metros de distância de onde estava. Pegou sua Vara de Pesca da mochila e jogou a linha, acertando seu alvo de primeira. Quando puxou de volta, percebeu que não era um Pokémon como pensara, mas um item vermelho estranho, semelhante a uma Vitória-Régia. Guardou o objeto até descobrir para o que ele serviria.

Decidido a manter sua exploração nas Ruins of Alph, Rowen pegou seu Pokéradar em mãos. O item era especial e só podia ser usado por Pesquisadores. Tinha recebido ele algumas horas atrás, no Centro Pokémon de Violet, mas não tinha encontrado o momento correto para utilizá-lo. Agora parecia a hora perfeita. Ligou o objeto e o configurou para a busca de longo alcance. Parecido com o que aconteceu com o Itemfinder, sua tela acendeu e começou a marcar uma posição à sua frente.

Rowen andou alguns metros e viu uma espécie de estátua na entrada de um dos túneis, o Pokéradar apontando efusivamente em sua direção. Sacou a Pokédex e apontou para o pequeno boneco. Para sua surpresa, o aparelho identificou aquilo como um Pokémon: Golett.

O Pokémon parecia em um estado latente, meio acordado meio dormindo. Kalisto liberou Wingull de sua Pokébola e ordenou: - Use Water Gun. - O colar no pescoço do tipo voador começou a brilhar ao mesmo tempo em que ele disparou uma poderosa corrente de água de sua boca. O ataque atingiu Golett de surpresa, encharcando o Pokémon e causando danos consideráveis.

Golett acordou desnorteado, parecia ter estado naquela mesma posição por anos a fio. Ainda sem entender direito o que estava acontecendo, o fantasma pegou uma bola de lama do chão e arremessou na direção de Wingull. O tipo voador desviou do Mud Slap com facilidade.

-Water Gun de novo. - Ordenou Kalisto, e mais um ataque poderoso acertou Golett. Ele estava visivelmente fatigado, quase sem reação. Contudo, em um movimento rápido, sumiu nas brumas da caverna e reapareceu imediatamente a frente de Wingull, assustando o Pokémon de Rowen com seu Astonish.

- Finalize com Gust. - E com um bater forte das asas de Wingull, uma rajada de ar em alta velocidade acertou Golett, deixando-o fora de combate e encerrando a batalha.


Kalisto recolheu Wingull para sua Pokébola e continuou andando em frente, esperando descobrir outras coisas dentro daquelas ruínas.

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Missão:

Fui pro mar e você lá deitada na pedra

Que inveja dessa pedra

Kalisto chegou a uma sessão dos túneis cheia de rochas rachadas espalhadas por todo o lugar, com alguns fragmentos aqui e ali que pareciam ossos fossilizados há muito tempo. Analisou os minérios por cinco minutos e lembrou-se de algo que a Enfermeira Joy tinha lhe contado horas antes naquele dia: - Sua Mudbray consegue quebrar alguns tipos de pedra que são especiais, elas escondem coisas em seu interior. Mas cuidado, existem Pokémon que vivem dentro desse tipo de ambiente, e eles não vão gostar de serem atormentados.

Rowen sabia dos perigos que aquelas ruínas podiam esconder. Depois de encarar frente-a-frente o Guardião Unown, parecia insensato continuar querendo lidar com surpresas; entretanto, os Pesquisadores viviam para descobrir coisas novas, e não podiam se esconder atrás de seus medos. Puxou uma Pokébola de sua mochila e liberou sua Mudbray. - Mud, esmague algumas dessas pedras com seu Rock Smah.

A Pokémon relinchou e começou a sair pisando à esmo pelos túneis, relinchando de alegria enquanto destruía diversas rochas sob seus poderosos cascos. Um, duas, três... Kalisto tentou contar mentalmente quantas foram quebradas, mas não conseguiu. Quando a poeira baixou, Mudbray olhou para seu treinador sorrindo, como se ela estivesse em um parque de diversões. - Acho que a gente tem que fazer isso mais vezes, não é, Mud? - A Pokémon acenou a cabeça positivamente.

Enquanto Kalisto procurava alguma coisa útil no meio daquela confusão, um brilho estranho começou a vir de uma das rochas. Mudbray se colocou imediatamente em posição de combate. Então, o minério começou a rolar enquanto brilhava e parou a poucos metros da tipo solo. O brilho da pedra se dissipou no segundo que braços emergiram de seu corpo e a "pedra" começou a falar raivosamente para o pesquisador.

Antes de Rowen assimilar o que estava acontecendo, uma gosma roxa do ataque Acid acertou Mudbray, o empurrando para trás. A luz característica de Stamina sendo ativada foi logo substituída por outra mostrando que as defesas de Mud tinham sido reduzidas. Das sombras, outro Pokémon surgiu. O policial apontou a Pokédex e identificou seus dois adversários: Shuckle e Alolan Geodude.

- Dois Rock type, certo? Sei como lidar com vocês. - Kalisto liberou Wingull de sua Pokéball, o Pokémon planando a alguns metros do chão.


- Vamos focar no Geodude primeiro. Mud, use Bulldoze; Wingull, Water Gun. - A tipo solo cravou seus cascos com força no chão, fazendo toda a caverna tremer e causando danos a ambos os adversários simultaneamente. Dos céus, uma enxurrada de água acertou o Alolan Geodude, que não resistiu ao ataque combinado e caiu desmaiado.

Shuckle se esgueirou sorrateiramente pelas sombras da caverna e se agarrou à perna de Mudbray, prendendo seus tentáculos ao redor da Pokémon em um Wrap. Inicialmente, o ataque causou pouquíssimos danos, e só serviu para ativar Stamina, contudo, o ataque seguiria danificando a tipo solo.


Tinha virado uma luta contra o tempo. Se não acabassem logo com o Shuckle, ele poderia deixar Mudbray gravemente ferida. - Mud, tente tirar esse bicho de você com Double Kick. Wingull, mantenha o Water Gun. - Dois poderosos chutes acertaram o casco de Shuckle, que cambaleou mas não se soltou - pelo contrários, seus tentáculos sufocaram ainda mais a tipo solo. Então, o jato de água de Wingull atingiu o tipo rocha, que mesmo assim se manteve firme.

Para a surpresa de Kalisto, o Pokémon pegou algo parecido com um drink de dentro de seu próprio corpo e começou a beber, fazendo com que todas as suas feridas desaparecessem. - Mas que merda é essa? - Perguntou-se o pesquisador. A tela de sua Rotomdex começou a brilhar, exibindo a explicação: "Shuckle armazena berries em seu corpo. Elas eventualmente fermentam e se tornam um delicioso suco."


- Continuem atacando até ele soltar. - Mudbray chutava violentamente e Wingull disparava quantidades absurdas de água sob alta pressão na direção de Shuckle, mas o Pokémon não parecia disposto a largar.


Demoraram vários minutos e repetidos ataques até que finalmente o tipo rocha largou Mud de seu abraço mortal e caiu desmaiado, fora de combate.


Kalisto reconheceu a força do Pokémon e, principalmente, a utilidade que aquela habilidade dele teria. Lançou uma Pokébola em Shuckle, que rapidamente foi capturado. O pesquisador recolheu o objeto esférico do chão e voltou Wingull e Mudbray para suas respectivas Pokébolas. Eles mereciam um descanso - especialmente Mud, que estava coberta de hematomas pelos tentáculos do tipo rocha.

Rowen estava quase saindo dos túneis quando percebeu uma pedra estranha no chão, com um formato diferente dos outros. "Deve ter vindo de dentro de uma das que Mud quebrou", pensou, pegando o minério em formato de chifre e guardando-o na mochila.

- Acho que esse lugar já deu tudo o que tinha que dar pra mim, hora de procurar uma saída.

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Off:

Ficha do Shuckle:

Missão: