✄ Cidade de Pallet - (Dia)
Media da Equipe: 10
(7,10,20,12,6,12) [11,1]

Depois de mais uma passada no Centro Pokémon, Albedo estava finalmente pronto para entrar no Viveiro de Pallet. Ele havia feito uma troca em seu time apenas para garantir que seu tempo dentro da estufa fosse produtivo. Literalmente, Beedrill havia sido um monstrinho muito útil no concurso de captura, mas para além de ser forte, ele também tinha outra particularidade que o pesquisador pretendia usar bastante, a produção de mel. Já na retirada da Box, o garoto entrega uma de suas berries para a abelha e a guarda na mochila, garantindo a produção imediata.

Respirando fundo e aproveitando as últimas brisas do Outono, o pesquisador se aproxima lentamente da estufa de vidro. Diferente do parque, essa estrutura era bem menor e não tinha o formato de uma cúpula e sim de um galpão grande. Baby absol treme em seus braços quando é atingido por mais uma rajada de vento frio. A temperatura caia drasticamente no decorrer dos últimos dias, mas eles nem perceberam a diferença já que estavam no ambiente controlado do parque. Agora que estavam mais uma vez em contato com o ambiente ao redor, já sentiam a penalidade da estação congelante se aproximando.

Tomando coragem, o pesquisador entra no Viveiro e agradece pelas paredes de vidro criarem uma proteção contra a ventania de fora. Logo na entrada, ele já se dá de cara com alguns vasos grandes. As plantas ali eram altas e só pela distribuição deles, já dava para saber que foram colocados ali justamente para barrar o vento que vem da porta, mas ao mesmo tempo dando espaço para as pessoas entrarem na estufa. Passando por eles, o garoto fica encantado com a quantidade de plantas que tinha no local, não apenas elas como também de Pokémon que andavam por ali. Baby Absol começa a abanar o seu rabo assim que explora o arredor com os olhos e embora seu rosto não demonstrasse nada, Albedo já conseguia dizer que o pequenino estava empolgado com o novo local. Atrás deles, eles escutam batidas de asas se aproximando e sem nem mesmo se virar, o rapaz já saberia dizer o que chegava. Pidove pousa no cabelo do treinador e se acomoda nos fios, pronto para mais um dia em um local fechado.

Caminhando por entre os diversos potes e vasos, o garoto conseguia identificar diversas plantas e frutas. Algumas eram até bem comuns do lado de fora, mas os exemplares dali estavam bem mais cuidados e demonstraram ser de excelente qualidade. Em uma das mesas cheias de sementes, tinha um caixa com uma placa de doações, julgando pelo local em que estava, o pesquisador presume que se tratava de recolha de berries e sementes que os visitantes poderiam trazer. Os vasos ao redor dessa mesa em questão, estavam sem sua maioria vazios, com exceção de um grande que continha uma pequena árvore de Chesto Berry. As frutas já pareciam maduras o suficiente para serem colhidas, Albedo então pega algumas com a ajuda de Pidove e o pombo as guarda na mochila.


Visto que o ambiente estava bem calmo e não parecia ter qualquer sinal de perigo, o garoto colocou o Baby Absol no chão, para que o mesmo pudesse andar sozinho e explorar por si só. O noturno rapidamente dá seu único sinal de felicidade, abanando o rabo e suprimindo qualquer outra reação, mas não negando a sua própria vontade de andar por aí. Não demora mais que alguns segundos para o pequeno desaparecer e voltar no minuto seguinte segurando um graveto com a boca. O pesquisador não contém uma risada quando vê o quadrúpede segurando um galho maior que ele próprio. Abaixando-se, ele ajuda o baby e pega o item de sua boca. Assim que larga o objeto, Absol abana ainda mais rápido o rabo, ele estufa o peito orgulhoso de si e então corre, sumindo no meio das plantas em busca de alguma outra coisa. Leva alguns segundos para o rapaz entender o que tinha acontecido e estala os dedos chamando a atenção de seu pombo.
— Eu acho que vamos precisar ensiná-lo a reconhecer os recursos…
Pidove pia em uma afirmação baixinha e saindo dos fios de cabelo, ele voa na direção que o noturno tinha desaparecido. Albedo guarda o galho na mochila, pois sabia que ambos os seus pássaros gostavam de criar ninho no laboratório, não seria mal nenhum levar os materiais para eles.

Seguindo os dois monstrinhos, eles atravessam o Viveiro indo para o lado oposto enquanto pelo caminho Baby Absol apontava para qualquer coisa diferente, buscando alguma afirmação tanto de Pidove quanto do pesquisador. Era como se o pequenino realmente estivesse empenhado a entender o que deveria sempre buscar. Com muito esforço, ele finalmente consegue localizar algo que era considerado útil. Ele corre até o canteiro que tinha apontado e olha fixamente para o conjunto de cogumelos que cresciam de forma desorientada. Pidove pousa ao seu lado e usando seu bico pega cuidadosamente um dos fungos e o puxa, sem destruir o item e o mantendo em seu formato natural. Determinado a ajudar também, o quadrúpede branco encara o recurso avermelhado tentando pensar em uma maneira de o puxar sem estragar, mas antes que pudesse ao menos tentar, alguma coisa se move nas plantas ao lado.


Absol dá um pulo assustado, raramente o pequeno não sentia a presença de algo se aproximando. Do meio das folhas, a cabeça de um Bellsprout surge e logo depois duas das plantas se revelavam ser suas mãos. A criatura não parecia querer nenhum mal, ela apenas ficava os encarando por alguns segundos até que uma voz lhe chamando começa a se aproximar. O pokémon noturno se afasta do canteiro e pula nos braços de seu treinador, ele não parecia estar mais assustado, mas não tinha muito interesse em ficar no chão com outras pessoas por perto.

Um homem de cabelos marrons surge no meio da paisagem verde e seu pequeno pokémon de grama se aproxima completamente animado dele. Aliviado por ver Bellsprout, o rapaz o pega no colo e então vira sua atenção para o pesquisador.
— Desculpe, eu espero que ele não tenha lhe causado nenhum problema! — Diz o homem com uma preocupação em seu tom.
— De forma alguma… muito pelo contrário. — Responde Albedo com certa confusão, afinal o pequeno não tinha feito nada.
— Ah! Perfeito! Alguém está cumprindo sua parte do acordo! — Bellsprout se agita nos braços do dono nem um pouco contente. — De toda forma, eu sou Potter, um dos responsáveis pela manutenção do local!
O homem passa seu monstrinho para um dos braços e estende o outro em cumprimento. Albedo acaba fazendo a mesma coisa, deixando seu Baby em um lado e aceitando o aperto de mão enquanto se apresentava. Assim que se separam, o pokémon de grama se solta do colo de Potter e cai no chão bem no meio deles, pela forma que se movimentava já dava perceber que ele estava pronto para uma briga.
— Vamos Bellsprout… não é assim que funciona… — O homem suspira olhando para o seu pokémon. — Me desculpe, ele é bem agitado normalmente, só ficou quieto quando disse que se ele se comportasse eu acharia alguém para lutar contra ele… — O pesar em sua voz já mostrava arrependimento de seu acordo.
— Bom… — Começa Albedo assim que entende o que estava acontecendo. — Lutar não seria um problema, se quiserem… — Propõe já sabendo a resposta do pokémon adversário.
Sendo praticamente pressionado por Bellsprout, Potter acaba aceitando o duelo e dá alguns passos para trás, apenas o suficiente para ter um combate seguro. Do outro lado, o pesquisador deixa Baby Absol no chão bem ao seu lado e o pede para aguardar, coisa que o pequenino faz sem questionar. Pegando uma de suas esferas no bolso, ele liberta Pidgey. O voador sai de sua pokéball acompanhada por algumas estrelas e então começa a voar baixo bem à frente de seu dono.


Potter retorna Bellsprout para sua Pokéball com um alívio em seu rosto. O homem não gostava de lutar, mas tinha que o fazer periodicamente por conta do pokémon de grama. Felizmente sempre teria alguém por ali para uma boa luta. Agora que o monstrinho amarelado estava descansando, ele poderia voltar às suas atividades do Viveiro sem se preocupar com o pequeno causando confusão por aí. Ele agradece Albedo pelo combate e lhe entrega algumas recompensas juntamente de alguns panfletos. Potter fala brevemente sobre alguns problemas que tinham frequentemente no local e pede para o pesquisador tomar cuidado e lhe chamar sempre que visse algo suspeito.

Nos papéis, estavam alguns avisos de invasores procurados e algumas informações de gangs que viviam dentro da estufa. Era estranho pensar que aquele lugar tinha tantos problemas, mas o garoto acabava por se interessar no comportamento dos Pokémon agressivos. Quanto aos invasores, era só os expulsar nada que um bom policial não poderia fazer. Despedindo-se de Potter, Albedo pega seu Baby no colo mais uma vez e retorna o Pokémon Shiny para um merecido descanso. Agora ele tinha alguns objetivos ali dentro e tentaria os cumprir o quanto antes.

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✄ Cidade de Pallet - (Dia)
Media da Equipe: 10
(7,11,20,12,6,12) [11,1]

Agora que Potter tinha lhe alertado tanto sobre um intruso e algumas gangues de pokémon problemáticos, Albedo sentia que precisava fazer alguma coisa para ajudar. Talvez um lado dentro dele, ele já estava disposto a ajudar as pessoas como qualquer policial faria, mas ele também podia jurar que poderia ser curiosidade mesmo para saber sobre como os Pokémon conseguiam se organizar ali dentro apenas para causar. Independente de qual era o motivo, o pesquisador pelo menos estava disposto a encontrar alguns desses encrenqueiros e se o fizesse isso, tentaria resolver as coisas.

Analisando os panfletos que lhes foram entregues, o tal intruso manico provavelmente estaria do lado de fora e se caso entrasse não iria ser muito difícil localizá-lo. Já os monstrinhos bagunceiros, não havia muitas pistas sobre suas localizações, então teria que ser praticamente na sorte para achá-los, ou pelo menos para achar algum vestígio que pudesse indicar onde estavam.

Deixando os papéis de lado, Albedo decide focar em encontrar os encrenqueiros e para isso, a melhor escolha seria tentar achar pistas. Ajeitando Baby Absol nos braços, ele caminha até um dos canteiros próximos. Como se tratavam de insetos, a melhor aposta era justamente examinar as plantas e folhas no geral. Pidove lhe acompanhava, voando ao seu lado e como sempre, ficando de olho para ver se não encontrava mais nenhum recurso valioso por perto. Sem obter sucesso no primeiro pedaço, o garoto caminha para outra área, mas antes que pudesse chegar em algum outro grupo de plantas, um som de vaso se quebrando ecoou pelo ar.

Embora a estufa não fosse tão pequena, sua proteção de vidro ainda isolava boa parte do som ali dentro e como estava ventando muito, as janelas estavam fechadas, ampliando ainda mais o ruído. O pesquisador correu até a fonte do barulho, a primeira vista não parecia ter ninguém por perto, o item estava esparramado no chão com terra para todo lado, mas nenhum sinal de um possível culpado. Pelo menos era o que o garoto pensava, na estante em que o vaso deveria estar, um outro começa a se mover para a borda do móvel. Lentamente ele se aproxima do que quer que fosse, mesmo que essa demora custasse outro item de barro caindo no chão.

Outro ruído ecoaria pela estufa se não fosse por Albedo pegando o vaso bem a tempo, sua sorte é que Pidove o estava ajudando, afinal a outra mão ainda segurava o pequeno Absol. O quadrúpede branco saltou do colo de seu treinador na direção da prateleira em que a planta deveria estar e ele consegue bem a tempo alcançar o culpado pela bagunça. Um pequeno Pokémon verde bem cabeçudo rapidamente era revelado enquanto o noturno o espreitava, guiando ele para fora do móvel.

No momento em que se via na borda da estante, Capsakid toma coragem e pula para o chão, mas é facilmente alcançado por Pidove. O pombo deixava o vaso com o pesquisador e partiu para ajudar a encurralar o pokémon da planta. Albedo deixa o item cuidadosamente de volta na prateleira de onde nunca deveria ter saído e sem nenhuma vontade de perder o monstrinho cabeçudo de vista, ele liberta Pidgey. O voador sai de sua esfera e rapidamente entende a situação, voando por cima de Capsakid, impedindo que ele saísse de sua visão.


Suspirando de alívio por aquilo ter finalmente acabado, o pesquisador se aproxima da esfera recém preenchida e a guarda na mochila. Voltando sua atenção para sua pokemon Shiny, ele lhe estende o braço permitindo que ela pousasse e então lhe faz um carinho antes de também a retornar para o seu devido descanso. Embora as feridas do pássaro lhe preocupa-se, ele sabia que ela era forte o suficiente para aguentar uma caminhada até o Centro Pokémon.

Albedo volta para a estante e antes de pegar o Baby Absol de volta no seu colo, ele com a ajuda de Pidove recolhe os cacos do vaso arruinado e os colocam em um local que ninguém pudesse pisar ou tocar neles sem querer. A terra por outro lado ele apenas se conteve em deixar a maior quantidade fora da passagem, não tinha muito o que fazer sem qualquer ferramenta para isso. Ele apenas mantinha uma nota mental de que precisava informar sobre o incidente com Potter na saída.

Finalizando de ajeitar as coisas o máximo que podia, o garoto estava finalmente pronto para pegar Absol de volta em seus braços e o noturno claramente fez um olhar de desgosto quando percebeu que não só as mãos do pesquisador como também o antebraço estavam cobertas de terra. Sem muita opção ele pula no ombro do rapaz tentando ao máximo não se sujar por besteira.

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Embora não tenha conseguido tantas coisas quanto queria em seu primeiro dia no Viveiro, a experiência em si acabou sendo muito boa. Albedo retorna para o Centro Pokémon satisfeito com sua primeira visita à estufa. Além de recursos naturais tinha garantido também uma nova descoberta para o local e um novo monstrinho para a coleção. Ele ainda precisava encontrar os Pokémon bagunceiros do viveiro que Potter havia lhe contado, então certamente retornaria no dia seguinte com essa missão em foco.

Os ventos se tornavam cada vez mais gelados conforme os dias iam passando, o inverno logo daria as caras e o pesquisador sabia que precisava aproveitar para colher o que a estação atual poderia lhe entregar. Depois de garantir que seu time estava pronto para mais um dia na estufa, Albedo deixa o Centro Pokémon e retorna para o Viveiro. Pelo caminho, o garoto deixava Baby Absol andando ao seu lado, garantindo que ele tivesse um pouco de liberdade para explorar. Ele apenas garantia que o pequeno não sumisse de vista e que nada perigoso pudesse se aproximar dele, afinal, ainda era um bebê.

Avistando a estrutura de vidro cheia de plantas, o pesquisador acelera seus passos, ansioso para se abrir contra o frio. Passando pelas portas e pela primeira barreira de folhas, o garoto aguarda Absol entrar e então o pega no colo. Mesmo que ali dentro fosse mais seguro que o lado de fora, havia muitos cantos e locais escondidos que Albedo não queria que o Baby entrasse, ele poderia facilmente não conseguir sair depois. Assim como no outro dia, Pidove nem se dá o trabalho de voar ali dentro, ele apenas se acomoda nos cabelos de seu treinador e fica observando as coisas ao redor.

Felizmente o pombo ainda sabia exatamente qual era o seu papel e assim que ele avista uma árvore frutífera, ele logo dá o sinal para o pesquisador. Só de olhar a planta o garoto já identificava que era a mesma da última vez, mas pelo menos ela ainda tinha algumas frutas maduras. Foi Baby Absol o responsável por colher os frutos enquanto a ave apenas os colocava dentro da mochila. O trabalho em equipe deles faz Albedo sorrir, Pidove já era seu assistente a um bom tempo, então o pássaro já estava acostumado a encontrar recursos. Agora Absol estava aprendendo a imitar o companheiro e parecia que não iria demorar muito para ser outro assistente valioso do pesquisador.


Com um objetivo bem definido em mente, Albedo caminha até um das laterais da estufa a fim de encontrar alguns Pokémon insetos. Pelos relatos de Potter, a dupla que comandava tudo parecia controlar outros monstrinhos da mesma tipagem, o que significava que os culpados controlavam outros bugs para fazerem o que queriam. Era um pouco difícil imaginar aquilo, mas o garoto estava decidido a pesquisar aquilo até o fim.

Aproximando-se de um conjunto de vasos, o pesquisador tentava ao máximo não fazer barulho enquanto andava. Ele se abaixa perto das plantas e assim que observar por entre as folhas, alguma coisa se assusta do outro lado. O movimento repentino faz Albedo recuar, mas assim que toma coragem, novamente espia por entre as plantas. Do outro lado, um Kricketot se recuperava da queda que tomou com o susto. Ao lado dele tinha uma noz caída. O inseto olha pro item e fica inicialmente confuso, depois ele olha para o caminho que estava seguindo e sua expressão acentua ainda mais sua confusão. O pequeno nem tenta entender aquilo, ele apenas olha para o treinador e avança em sua direção lhe dando uma cabeçada.

Pidove sai dos cabelos do garoto e fica ao seu lado enquanto ele se recuperava da queda. Enquanto isso, Absol não pensa duas vezes em revidar a investida, fazendo o inseto rolar de volta para o meio dos vasos. Albedo fica alguns segundos com uma das mãos na cabeça tentando se recuperar da dor e no momento em que seus pensamentos voltam para o lugar, ele liberta Pidgey.


Pegando a Pokéball de Kricketot em mãos, Albedo guarda o item na mochila para depositá-lo no box mais tarde e dá uma rápida verificada em seus monstrinhos. Pidgey não havia sofrido quase nada e seus dois assistentes estavam sem qualquer arranhão. Suspirando aliviado, o pesquisador volta a sua atenção para o caminho que o Pokémon selvagem estava fazendo. Para a sua surpresa, já havia outro inseto cruzando o trajeto enquanto segurava outro item. Um pequeno Blipbug é o próximo a tomar um susto do treinador e assim como o inseto anterior, no momento em que se recupera ele olha confuso para a trilha e para o item que carregava.

O pesquisador mal tem tempo de pegar seu caderno de anotações quando a larvinha azul foge por entre os vasos e começa a correr para longe deles. Mesmo não sabendo exatamente o que estava acontecendo, o garoto pelo menos sabia que os Pokémon poderiam ser importantes para a sua descoberta. Estalando o dedo, tanto Pidove quanto Pidgey voam em direção ao monstrinho fujão e o interceptam antes que sumisse.


Totalmente orgulhoso de seu pequeno passarinho, Albedo faz um cafuné no voador e verifica novamente se ela não estava muito ferida. A resistência da pequena era ótima contra os insetos, mas não faria nenhum mal lhe verificar e dar a ela um tempo para descansar. Retornando a criaturinha Shiny, Albedo volta a se focar na trilha que os insetos faziam, dessa vez ele seguia com o olhar os pequenos até os perder de vista no meio de tanta planta. Ele tenta acompanhá-los algumas vezes, mas depois da quarta tentativa ele desiste. Era mais fácil criar alguma estratégia para ver até onde aquela trilha iria.

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✄ Cidade de Pallet - (Dia)
Media da Equipe: 10
(7,13,20,12,6,12) [11,6]

Sem querer perder a trilha de insetos que tinha encontrado, Albedo começa a tentar ir para o lado oposto. Se não era possível achar o final, então ele teria que encontrar o início. Ou pelo menos era esse o plano, até o garoto perceber que não tinha consistência, os Pokémon iniciavam a filha de forma aleatória e apenas pegavam algum item pelo caminho. O comportamento era bem suspeito e o pesquisador anotava tudo o que conseguia pensar, infelizmente nada parecia se encaixar ainda apenas gerando mais perguntas que respostas.

Rondando pelo viveiro por horas, ele logo começa a se perguntar se aquela era realmente  a melhor estratégia. Frustrado, ele solta um longo suspiro e se senta em um dos bancos que tinha por ali. Seu olhar se volta para o teto de vidro por alguns minutos, mas logo ele escuta Pidove e Absol retornando. Visto que Albedo estava muito focado nos insetos, sua dupla de Pokémon haviam decidido dar uma volta por si sós. O quadrúpede branco salta para o colo do garoto e é recebido com uma carícia, já o pombo apenas volta a se aninhar nos cabelos do rapaz. Com um sorriso gentil no rosto, o pesquisador segura Baby Absol no colo e se levanta. Já estava farto de procurar alguma pista por ali e embora não fosse desistir, ele precisava esfriar a cabeça um pouco.

O vento rugia cada vez mais do lado de fora e Albedo já conseguia ver claramente os primeiros sinais da mudança de estação. Não iria demorar muito para que a primeira neve caísse. Ele sai do viveiro e respira aquele ar gelado. Não só o garoto como também seus monstrinhos estremecem com a mudança de temperatura. Pelo menos aquele frio conseguiu acalmar o pesquisador e o permitiu não só respirar um pouco como também a limpar a mente. Lentamente, eles vão até uma das laterais da estrutura de vidro e acabam se deparando com uma mulher de cabelos roxos. A moça parecia focada em um dos canteiros de flores tirando algumas folhas semi-mortas.

Mesmo que quisesse evitar, o herbalista acaba reconhecendo algumas daquelas plantas e percebia que a grande maioria se tratava de ervas daninhas. Ele rapidamente dá uma espiada nos vasos ao seu redor e assim como suspeitava, muitos deles continham algumas plantas indesejadas. Uma forte ventania passa por eles e em segundo o que a moça tinha retirado do vasos acaba se espalhando para outros potes. Ela suspirou de frustração já praticamente se levantando e desistindo, quando Albedo decide se aproximar.
— Aqui, me deixe ajudar! — O garoto solta Absol no chão com cuidado e então liberta Growlithe.
O pesquisador junta algumas das folhas descartáveis e coloca no topete do canino de fogo. Em segundos o material queima se transformando em cinzas enquanto o monstrinho mantinha seu pelo quente o suficiente para destruir os itens.
— O inverno já está chegando, é mais vantajoso queimar do que separar para adubo. As cinzas na neve se misturam mais rápido no solo. — Explicava enquanto o Pokémon alaranjado se sacudia limpando seu pelo.

A moça mostra um largo sorriso enquanto agradecia pela ajuda e com sua esperança renovada ela volta a retirar as ervas daninhas dos vasos. Dando uma ajudinha extra, Baby Absol e Pidove iam levando os itens recém coletados para Growlithe e ainda seguiam as plantas que voavam com o vento. O trio de Pokémon davam o seu melhor para auxiliar os dois humanos que separam as plantas das ervas e em pouco a pouco eles conseguiam lidar com o jardim do lado de fora.

Já finalizando o último canteiro do seu lado, Albedo repara em um pequeno conjunto de cogumelos. Os fungos estavam isolados e havia apenas um inteiro, o resto já estava murchando com a mudança drástica de temperatura. O rapaz colhe o exemplar e o guarda na mochila. Estava ciente que não encontraria outro tão cedo por conta das estações.


Voltando sua atenção para as flores, o pesquisador acaba reparando em uma estranha movimentação vinda das plantas. Alguma coisa parecia se rastejar pelas folhas criando a impressão de zig-zag pelo trajeto. Como o bichinho se movia lentamente, o garoto apenas ficou observando o ser até ele chegar na borda do canteiro. Assim que o pequeno inseto se revelava à medida que ia saindo do meio das plantas, Albedo o olhava com atenção para saber se ele tinha o mesmo comportamento que os outros de dentro do viveiro. O pequeno então salta para o chão e se assusta ao perceber que estava sendo observado. Em uma medida de proteção, Weedle aponta seu ferrão para o humano e ameaça atacar.


Pegando a Pokéball do chão, o garoto suspirou triste enquanto observava a larva dentro do item. Ela não parecia fazer parte dos Pokémon afetados pela gangue de bagunceiros. De repente, lhe vem um estalo na cabeça, se os insetos do lado de fora não foram afetados, então a resposta só poderia estar do lado de dentro mesmo. Guardando o monstrinho na mochila e retornando Pidgey, ele corre para encontrar seus outros Pokémon e voltar mais uma vez para dentro da estufa.

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✄ Cidade de Pallet - (Dia)
Media da Equipe: 10
(7,13,20,12,6,12) [11,6]

Agora que o pesquisador já tinha uma breve ideia de que os insetos só tinham um comportamento estranho quando estavam dentro do viveiro, era hora de investigar mais a fundo a estufa. Despedindo-se da mulher de cabelos roxos, ele retorna seu canino de fogo e com Pidove nos cabelos e Baby Absol nos braços, ele apressadamente volta para a entrada da estrutura de vidro. O vento mais uma vez sopra de forma feroz causando arrepios no trio antes mesmo de conseguirem entrar. As mudanças de clima ficavam cada vez mais evidentes e Albedo não ficaria surpreso caso começasse a nevar dentro de algumas horas.

Deixando a natureza lidar consigo própria do lado de fora, o garoto já entra na estufa em alerta, procurando qualquer sinal de outro inseto agindo de forma diferente. Ele fica um bom tempo andando por entre os maiores canteiros e as zonas com mais vasos, mas nada lhe parecia fora de ordem. As horas se passam sem conseguir uma única pista sequer e mais uma vez o pesquisador se vê sem saída na sua busca. Frustrado, Albedo coloca o noturno, que estava em seus braços, no chão e então abre a mochila. Vasculhando o bolso principal, ele retira seu caderno de anotações e percebe que os dois aparelhos que lhe foram entregues no laboratório, estavam novamente com carga cheia.

Retirando o ItemFinder e guardando o caderno novamente na mochila, o garoto decide dar uma pausa nas buscas e utilizar os dois radares. Ambos poderiam lhe apontar um canto que não tinha visto antes ou simplesmente recursos valiosos. Ligando o primeiro aparelho, ele começa a se guiar pelos sons do objeto até uma área cheia de estantes de metal. O radar começa a apitar loucamente em determinado ponto, mas não parecia ter nada de valioso em seu campo de visão. Havia apenas vasos de plantas por todo lado e nenhuma daquelas folhagens era rara o suficiente para fazer o aparelho apitar. Tendo uma ideia, ele entrega o ItemFinder para Pidove e o voador sai do cabelo do pesquisador. O pombo dá uma rápida volta pelo alto e não demora nem alguns segundos para achar a exata localização do item. Pousando no topo de uma estante ele agarra com o bico uma esfera azulada e com as garras segurando o radar, ele desce até seu treinador.


Enquanto Albedo guardava os dois itens, Pidove volta a subir e olha ao redor. A ave parecia procurar alguma coisa. Até que de repente o voador segue em direção a uma das extremidades do viveiro e pousa em uma árvore bem reconhecida. O pesquisador vai até seu assistente, juntamente com Absol lhe acompanhando, e ele faz uma carícia no companheiro de penas assim que se aproxima. Pidove solta algumas Chesto berrys da árvore usando o bico e entrega duas para o garoto. Tendo mais duas prontas para serem colhidas, a ave pega uma e a devora antes de levar a última para o chão, bem na frente do monstrinho noturno.


Agora que ambos os Pokémon estavam alimentados, Pidove retornou a se acomodar no cabelo do pesquisador enquanto ele procurava o Pokeradar na mochila. Ligando o último aparelho, Albedo aguarda alguns segundos para algo surgir no visor. A silhueta do monstrinho lhe parecia familiar, mas a sua localização estava um pouco distante. Pegando o Baby no colo, o garoto segue na direção que o radar indicava, ele não queria demorar tanto para achar o Pokémon, afinal, havia chances dele desaparecer.

Voltando para a área cheia de canteiros de flores, o pesquisador começa a olhar ao redor tentando encontrar o monstrinho indicado. O radar mostrava que estavam próximos, mas não parecia ter muito sinal de qualquer Pokémon por perto. Leva alguns minutos de procura quando um dos canteiros de flores começa a se mover violentamente. Do meio das plantas surge uma joaninha gigante voando como se estivesse tonta. O inseto segurava algum item e parecia tentar atravessar uma das paredes da estufa. Quase como se não enxergasse que ali tinha um grande pedaço de vidro. O voador bate contra a barreira “invisível” e cai novamente no meio das flores. Mais alguns segundos se passam e o pequeno volta a tentar de novo atravessar a parede, caindo mais uma vez assim que se choca com o vidro.

A cena era engraçada, mas claramente tinha alguma coisa de errado com aquela Ledyba. Embora alguns Pokémon de fato tivessem péssima visão, naquela altura já era pro monstrinho ter entendido que tinha alguma coisa bloqueando seu caminho. Aproximando-se com cautela, Albedo procura entender o que fazia a joaninha continuar insistindo em bater contra a parede. Em um dos desmaios do inseto, o pesquisador olha através do vidro e se depara com mais uma área no viveiro. Se tratava de um depósito para adubo e ferramentas, porém, o local estava infestado com outros Pokémon insetos, cada um com um item em mãos. Todos seguiam uma direção, indo cada vez mais para o fundo. Embora a visão de todos aqueles monstrinhos estarem agindo feito zumbis era horrível, a descoberta deixa o garoto feliz. Finalmente tinha encontrado o ponto em que todos os insetos estavam se dirigindo.

Soltando novamente Baby Absol no chão, ele procura seu caderno na mochila e começa a fazer algumas anotações sobre a descoberta. Mais uma vez o garoto voltava a se distrair com a pesquisa e nem percebe quando a joaninha volta a se levantar. Pidove precisa puxar uma das mechas do cabelo do treinador para tirar o foco dele e lhe alertar sobre o inseto que avançava. Absol se coloca entre o Pokémon selvagem e Albedo e sem qualquer comando se coloca em posição de ataque, pronto para defender o pesquisador.


Pegando a Pokéball com a boca, o Baby retorna para o garoto e lhe entrega o novo monstrinho capturado. O pesquisador faz um carinho no noturno admirando muito a bravura por ele ter lutado, mesmo sendo ainda um bebê. Ele junta suas anotações e dá uma breve olhada no vidro novamente. Pensando por alguns segundos antes de guardar a esfera e o caderno na mochila, ele tenta bolar algum plano para entrar naquele armazém. Agora que sabia a localização do ponto de encontro dos insetos, restava apenas descobrir quem estava por trás daquilo e fazer com que parasse.

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✄ Cidade de Pallet - (Dia)
Media da Equipe: 10
(7,13,20,12,6,12) [11,6]

Tendo finalmente todas as provas que precisava, o pesquisador agora poderia partir para o plano final. Ou pelo menos começar a bolar um. Depois de um tempo analisando os insetos do Viveiro, era nítido que alguma coisa os estava controlando ou os hipnotizando. Além de todos seguirem uma mesma direção, todos seguravam algum item, sendo eles comuns como flores até itens raros como objetos perdidos de outros treinadores. Outro ponto interessante, era que esse comportamento só era presente dentro da estufa, do lado de fora era como se tudo estivesse ao normal, os insetos agiam normalmente e apenas viviam suas vidas. Sabendo agora o local para qual todos os insetos caminhavam, era hora de Albedo descobrir o que, ou quem estava por trás daquilo.

Guardando suas últimas anotações e a pokéball de Ledyba na mochila, Albedo fica encarando a parede de vidro a sua frente. Do outro lado, o quarto era claramente um depósito, com vários vasos vazios, terra e ferramentas. Seria bem complicado entrar ali sem chamar atenção, além de ser um lugar apertado a própria porta de vidro parecia pesada. O pesquisador analisa a fileira de insetos e percebe que eles entraram no depósito através de um painel de vidro quebrado. Infelizmente a passagem era pequena até demais para que o garoto pudesse atravessar por ela, então sua única opção seria a porta. Dando uma última olhada em seus companheiros, ele checa se Pidove estava em seu cabelo e pega Baby Absol no colo.

Usando praticamente toda a força que tinha, o pesquisador empurra a pesada porta com o corpo até pelo menos conseguir entrar. No momento em que se afasta alguns passos da entrada, a porta se fecha com tudo atrás dele, causando um enorme ruído que ecoa por todo o local. Aquilo teria sido o suficiente para espantar os Pokémon, mas de alguma forma eles permaneciam seguindo para o fundo do depósito em sua marcha quase que de zumbi.

A falta de reação dos monstrinhos deixa Albedo perplexo. Até então, os pequenos reagiam a sua aproximação e pareciam sair de sua transe por alguns segundos, mas ali dentro era quase como se nada além deles existisse. Tomado pela curiosidade sobre isso, o pesquisador adentra no depósito tomando cuidado para não bater em nenhum item ou Pokémon. Exatamente igual aos outros insetos que tinha encontrado na estufa, todos ali dentro seguravam alguma coisa. O garoto acaba deduzindo que o estava os controlando, queria recolher itens ou estava em busca de alguma coisa muito valiosa ali dentro. Em uma das prateleiras perto dele, um Caterpie se movia de forma preguiçosa enquanto carregava apenas uma pedrinha em suas costas. O inseto faz com que percebesse duas bolotas brancas perdidas no meio dos vasos, esticando uma das mãos, o policial pega os itens antes de prosseguir, não era sempre que conseguia achar alguma Apricon em bom estado.


Conforme se aproximava dos fundos, a quantidade de Pokémon ia se concentrando ainda mais, chegando ao ponto de nem conseguir andar mais. Felizmente, Albedo não precisava continuar avançando. Em uma das estantes na parede do fundo, na prateleira do chão, havia dois Pokémon inspecionando os itens que eram entregues. Ambos os monstrinhos eram casulos e suas colorações eram diferentes das que normalmente eram encontradas em suas espécies. Uma dupla composta de um Metapod e um Kakuna. Eles olhavam os objetos que lhe eram entregues e aqueles que eram recusados os insetos levavam embora por um buraco na estrutura da estufa. Já aqueles que interessavam os insetos brilhantes eram levados para prateleiras superiores. O móvel de metal estava cheio de flores e itens brilhantes, principalmente objetos de treinadores.

Enquanto observava os casulos, o pesquisador seguia tentando caminhar enquanto se esgueirava pelas ferramentas e estantes do depósito. Ele tentava ao máximo não chamar a atenção e depois de quase cair duas vezes, o garoto consegue chegar a uma distância boa para os observar sem ser visto. Ainda restava saber como exatamente aqueles dois Pokémon mantinham os outros insetos os obedecendo, ou pelo menos levando itens até eles. Por sorte, a pergunta não iria durar muito, antes que Albedo pudesse me mexer para anotar qualquer coisa, Kakuna se vira para o interior da prateleira e traz um frasco verde. Os dois casulos tomam banho com o líquido e imediatamente os insetos do local começam a ficar inquietos. Os monstrinhos começam a se empurrar para se aproximar dos Shinys, como se os casulos estivessem os chamando para mais perto.

O depósito inteiro fica agitado e rapidamente todos os insetos começam a se mover para avançar mais rápido. A comoção e a bagunça fazem as estantes e ferramentas começarem a balançar bruscamente. No meio do caos, o garoto percebe um dos móveis praticamente vazio se mover. Por instinto, o pesquisador se levanta e corre até a estante para impedi-la de cair. Baby Absol sai de seus braços para que o treinador pudesse usar as duas mãos, enquanto Pidove voava até o topo e empurrava a última prateleira para estabilizar o móvel.

A movimentação de Albedo acaba alertando os dois casulos e ambos trocam olhares antes de avançar contra o garoto. Absol percebe a ameaça e se prepara para revidar, porém um grupo de insetos o cerca. Rapidamente o pesquisador lança duas de suas esferas para o alto com uma das mãos enquanto a outra mantinha a estante em pé. Pidgey e Turtwig são libertados no meio daquela bagunça.


No momento em que os dois casulos caem no chão inconscientes, todos os outros insetos começam a sair de sua transe. Um grupo de Ledyba desperta perto do pesquisador e quando percebem o perigo daquela estante quase caindo, as joaninhas voam para a estrutura de metal e ajudam a estabilizá-la no chão. Albedo agradece a ajuda dos Pokémon antes de voltar sua atenção aos seus monstrinhos. Pidove desce para pousar de novo nos cabelos do garoto e se aninha nos fios. Mantendo o equilíbrio para não derrubar a ave, ele vai de encontro com Turtwig.

A tartaruga de grama estava ferida, muito mais do que esperava. Ele faz um carinho no pokémon e então o retorna, garantindo de pegar Baby Absol nos braços de novo. Por sua vez, Pidgey não parecia ter muitos arranhões, estava apenas com fios de teia incomodando suas penas, mas nada que a pequena não pudesse resolver apenas voando em círculos por alguns segundos.

Deixando a voadora resolver seu pequeno problema, o pesquisador volta a olhar pro depósito. O local já estava praticamente vazio, a maioria dos insetos apenas fugiram assim que estavam livres e apenas alguns ficaram para arrumar a bagunça. Albedo pede para Pidove chamar Potter e o pombo prontamente levanta voo, utilizando o buraco na parede para sair. Pidgey pousa em uma prateleira de uma das estantes e os olhos do garoto reconhecem uma flor branca ao lado da ave rosa. A planta era um exemplar raro da estufa que desabrochava apenas no inverno. Tomando cuidado para não pisar em nenhum Pokémon que ficará para trás, ele caminha até onde seu Shiny estava e pega uma das flores de algodão.


A porta do depósito de repente abre e Potter entra juntamente de Pidove. Albedo retorna sua Pidgey e aguarda os dois se aproximarem. O choque do jardineiro faz o garoto perceber que o mesmo não entrava ali a um bom tempo. Calmamente o pesquisador explica o que tinha descoberto e todo o caminho que fez para chegar ao depósito e então seu encontro com os Shinys. Os dois caminham até a estante que os casulos estavam e na prateleira mais baixa acham um estoque de Lure. O item atrativo mais a essência dos insetos fez com que eles conseguissem atrair outros Pokémon Bug e usando sua coloração diferenciada, faziam os pequenos monstrinhos agirem como eles queriam. Potter agradece a ajuda por encontrar a fonte do problema e pegando uma caixa que tinha por ali começa a recolher os Lure, garantindo que não iriam mais estar no alcance de nenhum outro Pokémon.

Deixando o rapaz cuidar daquele assunto em particular, o policial vai até a porta de vidro e a abre enquanto olhava para uma área amontoada de Pokémon pequenos. O resto dos insetos que esperavam sua vez para sair usando o buraco na parede, rapidamente percebem outro caminho liberado e enquanto o garoto mantinha a passagem eles saem do depósito. Albedo verifica se todos saíram e assim que Potter passa, ele também sai do local.

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✄ Cidade de Pallet - (Dia)
Media da Equipe: 10
(10,14,20,12,6,12) [12,6]

Um forte vento gelado chacoalha as plantas do viveiro. Já fazia alguns dias que o inverno tinha chegado e ali dentro não parecia se afetar tanto. Pelo menos era pra ser, se não fosse por algumas janelas de vidro que estavam abertas. Algumas correntes de ar frio circulavam pelo ambiente, às vezes até trazendo um pouco de neve, que apenas tocavam nas plantas e já derretia. Os monstrinhos ali dentro não pareciam se incomodar tanto com a mudança, apenas os pequenos haviam sumido de vista e alguns Snover apareceram. O resto seguia da mesma forma que o Outono, com muitos Pokémon andando por aí e quase nenhuma planta pronta para ser colhida.

Em seus braços, Baby Absol dá uma leve tremida com o frio e se acomoda ainda mais contra o peito de Albedo, buscando um pouco mais de calor. O pesquisador puxa ainda mais seu jaleco para cobrir o Pokémon dark até que o mesmo para de tremer. Por sua vez, Pidove se mantinha empoleirado na cabeça do rapaz, sem se incomodar muito com a queda de temperatura. Tanto o voador quanto o garoto já estavam acostumados ao frio, foram muito anos dentro de laboratórios com ar-condicionado, o problema de fato só iria chegar no verão.

Enquanto andava pela estufa, Albedo volta a se lamentar pela pouca quantidade de recursos que tinha ali naquela estação. Embora ele não se importasse com a temperatura baixa, ainda não gostava muito dela por atrapalhar sua coleta de amostras. Com um longo suspiro, ele decide retornar para a entrada, dentre todas as plantas ali ele sabia que uma em específico ainda estava dando frutos. A pequena árvore de Chesto Berry. Aproximando mais uma vez da árvore frutífera, Pidove levanta voo em direção a planta e já desaparece no meio de suas folhas. O voador demora um pouquinho para retornar com duas frutas, recém colhidas, em suas garras.O pesquisador apanha ambas e faz um carinho do pombo lhe agradecendo pela ajuda.


Guardando as berrys na mochila, Albedo acaba se lembrando de um de seus monstrinhos. Beedrill já estava a um bom tempo produzindo seu Honey, e pelo os seus cálculos, já era para estar pronto. Libertando a abelha gigante, ela lhe entrega o pote de mel sem nem esperar um pedido. O pokémon claramente parecia agitado. Antes de receber a próxima fruta, o inseto dá uma boa volta ao redor deles, apenas exercitando suas asas. O pesquisador apenas a observa, deixando com que ela tivesse seu momento de liberdade, por ser um Pokémon extremamente forte, ela não precisava de muitos treinos e por consequência ficava muito tempo presa. Era uma situação muito delicada, o garoto já havia pensado em deixá-la em seu laboratório, mas a chance dela ficar entediada lá sozinha era muito grande. Então só restava levá-la junto, era bom ter a garantia de ter um Pokémon forte, mas infelizmente em situações comuns ela ficava apenas presa boa parte do tempo.


Deixando o Pokémon Bug ter o seu momento no tempo que quisesse, o policial se afasta da Chesto tree e caminha de volta para o centro do viveiro. O ambiente era bem agradável mesmo no frio, mas lentamente começava a enjoar Albedo, às vezes parecia muito quieto por ali e não tinha tantos monstrinhos interessantes. Agora que estava atrás de algum desafio para sua abelha, nada por ali parecia bom o suficiente, apenas alguns monstrinhos pequenos ou pacíficos de mais.

Andando calmamente por entre alguns canteiros de flores, algo acaba chamando a atenção do pesquisador. Um Sunflora passava por ali e rapidamente caminhava para dentro de uma fileira de estantes de metal. Nada parecia tão estranho além do fato de que era um monstrinho diferente, pelo menos até alguma coisa pesada balançar na direção em que o Pokémon se dirigiu. Rapidamente Albedo vai dar uma olhada, não era a primeira vez que algum Pokémon causava confusão ali dentro.

Dando uma espiada pela entrada, o garoto consegue ver um grupo de criaturinhas de grama ao redor de uma pilha de ovos. Nos pés de uma das estantes estava uma Butterfree desmaiada. Ao redor dela, alguns outros pokémon a ajudavam a se erguer e pareciam a incentivar a continuar  a lutar. A borboleta se ergue com dificuldade e avança contra o grupo grass. O Pumpkaboo que parecia fazer parte da gang, simplesmente mergulha em sua própria sombra e rapidamente se move atacando o voador novamente. O fantasma aproveita que ainda estava nas sobra para afastar outros monstrinhos que se aproximavam dos ovos acumulados.

Sabendo que precisava fazer alguma coisa, o policial entra no corredor e chama por sua abelha. Dentre todos do seu time, ela certamente seria a única que conseguiria conter todos aqueles Pokémon. Não demora muito para ele escutar o som das asas do inseto se aproximando, mas infelizmente o grupo grass não parecia contente com a aproximação do rapaz.


Com o grupo inteiro desmaiado no chão, a tensão que estava no ar começa a diminuir lentamente. Beedrill mesmo ferida parecia estar de bom humor, aquela luta havia a deixado animada e a fez gastar bastante energia. A abelha verifica se seus companheiros estavam bem antes de dar um volta por entre os outros Pokémon que estavam ali, apenas se certificando que estavam todos em segurança. Retornando para seu treinador, o inseto recebe uma carícia em agradecimento e então é retornada para sua Pokéball para um merecido descanso.

Antes de sair dali, Albedo espera com que todos os Pokémon recuperem seus ovos e então lentamente um por um, ia retomando seu rumo. Para a sua surpresa, um dos filhotes acaba ficando para trás, o pesquisador dá um tempo para ver se os pais apareceriam, mas depois de quase uma hora ninguém havia o buscado. O ovo começou a esfriar por conta do inverno e o garoto não se conteve. Ele tirou seu jaleco e enrolou o ovo, com cuidado ele pega o filhote e deixa Baby Absol em seu ombro. Não fazia ideia do que iria nascer, mas não tinha coragem de apenas o abandonar ali, precisava o levar ao Centro Pokémon.

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✄ Cidade de Pallet - (Dia)
Media da Equipe: 10
(13,14,20,12,6,12) [12,8]

Dando as últimas instruções para Machop, o pesquisador garantia que o lutador conseguiria cuidar direitinho dos dois ovos que lhe havia enviado. O pequeno monstrinho já tinha se provado ser um bom ajudante em seu laboratório, então Albedo estava mais do que tranquilo em lhe enviar os Pokémon que capturava. Muito em breve ele planejava visitá-lo e expandir sua sala, mas por enquanto queria apenas garantir que os ovos estavam bem e seguros. Depois de explicar os detalhes, o garoto se despede e desliga o computador. Ainda havia algumas coisas a tratar por ali e ele não pretendia ficar perdendo tanto tempo. Dirigindo-se até o balcão, ele recupera seus monstrinhos e mais uma vez refaz seu caminho até o viveiro da cidade.

Tirando a rua principal, todas as outras pareciam desertas em Pallet. Havia uma grande camada de neve cobrindo as casas e árvores, praticamente pintando toda a vista de branco. Embora aquele cenário quase morto fosse belo, trazia também um ar um pouco desanimador, não tinha nada se movendo como costumava ser em outras estações. Nem mesmo Pokémon pareciam estar à vontade naquele gelo. Afundando seu pé na neve, Albedo estremece com a sensação fria, embora estivesse de bota, ainda podia sentir o interior gelado. Dentro do seu casaco, Baby Absol se acomodava deixando apenas sua cabeça de fora, o pequeno se recusava a ficar dentro da Pokéball, mesmo que isso significasse ter que lidar com frio.

Atravessando a cidade, o pesquisador finalmente consegue avistar o viveiro. O telhado da estufa estava coberto de neve e havia gelo por toda a lateral. Era uma visão completamente diferente de quando a tinha visitado pela primeira vez no Outono. Uma silhueta extremamente familiar sai da estrutura de vidro, sendo acompanhada por um Venomoth. A dupla segue para uma das extremidades do viveiro e o inseto começa a usar suas habilidades para remover a neve que atrapalhava a trilha que ligava a entrada para o jardim externo. Mudando um pouco sua direção, Albedo decide se aproximar delas, ele estava disposto a ajudá-las se fosse necessário.

Venomoth utilizava seu Psybeam para mover montes de neve e os jogava em uma área mais aberta. Antes do inverno, a zona era utilizada para colocar alguns vasos e até mesmo para que pokémon pudessem correr e brincar por ali. Agora que estava frio, era só um depósito para a neve excessiva. Florinda repara na aproximação do rapaz e o cumprimenta. Como já tinham se encontrado antes, ela nem hesita em pedir sua ajuda. Indicando as estalactites de gelo que se formavam nas laterais do telhado ela pergunta se o pesquisador poderia cuidar daquilo para ela. Prontamente ele diz que sim, ajudá-la o fazia sentir que o dia era mais bem produtivo do que só ficar andando pela estufa em busca de ideias.

Libertando Growlithe, Albedo pede para que o pequeno utilizasse seu ataque de fogo para derreter os objetos. Mirando apenas no que era necessário, o canino utilizava suas brasas em cada uma das estalactites até que elas iam lentamente se desfazendo, criando poças de água no chão. Para que líquido não congelasse e formasse uma camada de gelo no chão, o garoto pede para que Beedrill furasse a terra, assim a água seria absorvida.

Seguindo as instruções de Florinda, eles ajudam a remover todo o gelo ao redor da entrada e em algumas partes com maior circulação de pessoas e Pokémon. Garantindo assim que nada caísse sobre suas cabeças enquanto passassem. Enquanto isso, o pesquisador também aproveitava para verificar as plantas que ficavam ali fora. Normalmente teria uma grande variedade de árvores e flores, mas como estavam no inverno, muitas foram levadas para o lado de dentro. As que sobraram, eram fortes o suficiente para aguentar a neve, incluindo algumas árvores de apricorn. O viveiro tinha um exemplar da noz branca e já que estava dando fruto, o rapaz pegou duas unidades para si.


Guardando as frutas na mochila, o policial escuta passos curtos vindo em sua direção. Pensando que se tratava de Growlithe ele se vira para acariciar o canino, mas é surpreendido com um vulto verde pulando em sua direção. Caindo de costas no chão, Albedo segura Absol para protegê-lo e garantir que não se machucasse. O selvagem se afasta enquanto o garoto gemia de dor ao se sentar no chão. Não muito longe deles, um latido bem familiar podia ser ouvido e rapidamente o monstrinho de fogo surge sem diminuir a velocidade de sua corrida, como se já estivesse a um tempo correndo atrás de alguma coisa.


Com as coisas mais calmas, o pesquisador suspira aliviado por nada sério ter acontecido. Tinha sido apenas um selvagem assustado. Growlithe apanha a esfera do chão e leva alegremente até seu treinador. O pequeno é recompensado com uma carícia  antes de ser retornado a sua Pokéball para um descanso.

Agora que estava tudo sob controle, Albedo volta a se encontrar com Florinda. A moça estava removendo a neve de alguns vasos vazios e os empilhando para levar para o lado de dentro. Pedindo mais uma vez a assistência de Beedrill, eles levam os itens para o depósito em pouquíssimo tempo. Fechando a porta atrás de si, a garota agradece a ajuda, ela entrega um pouco de dinheiro antes de se retirar sendo seguida por sua Venomoth.

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✄ Cidade de Pallet - (Dia)
Media da Equipe: 10
(13,14,20,13,6,12) [13]

Ajudar Florinda no viveiro era sempre uma satisfação, principalmente por conseguir recolher algum recurso escondido pelos jardins. Soltando um longo suspiro, Albedo se afasta da moça logo após se despedir. Caminhando lentamente para a entrada da estufa, um forte vento gelado passa por eles. Tanto o pesquisador quanto a dupla de Pokémon que o acompanhavam, tremem de frio. Não iria demorar muito para a estação mudar, mas por enquanto, era melhor se abrigarem dentro da estrutura de vidro.

Segurando Baby Absol com apenas um de seus braços, o garoto estende a mão para abrir a porta de vidro. Uma nova corrente de ar frio passa por eles e antes que Albedo pudesse apenas entrar no viveiro, Absol dá um de seus pequenos rugidos. O olhando para o Pokémon, o pequeno aponta com uma de suas patinhas, para a direção oposta do vento. Ao virar o rosto para ver o que o noturno apontava, alguma coisa cai repentinamente no rosto do pesquisador. Por reflexo, ele balança a cabeça se livrando do objeto. O item cai lentamente até o baby e o mesmo o apanha com a boca. Depois de piscar algumas vezes, o policial olha para seu companheiro e rapidamente reconhece a pena que estava em sua boca.


Era estranho pensar que algum voador havia perdido alguma pena bem naquela estação. Albedo pega o item e então entra no viveiro, no fim só restava imaginar que era alguma pena perdida de algum ninho ou apenas de alguma ave que sobrevivesse no inverno tranquilamente. Passando pela porta, o calor da estufa faz o trio parar de tremer, embora não estivesse quente de fato ali dentro, ainda era bem mais aceitável que a temperatura de fora. Assim que se acostumam com o ambiente, o pesquisador solta Baby Absol no chão enquanto guardava o item recém pego.

Pidove aproveita a pausa para sair do ombro de seu treinador e voa até um conjunto de plantas. A criaturinha noturna o segue, curioso para saber o que chamou a atenção do pombo. Juntos, eles avançam para uma área já conhecida por eles, onde havia um grande conjunto de árvores frutíferas. Infelizmente apenas uma estava com frutas, o resto parecia não se dar bem com o frio. Indo para o meio das folhas, o voador leva algum tempo até conseguir encontrar algum fruto maduro. No momento em que os encontra, ele os solta com o bico e leva dois exemplares para perto de Absol. O pokémon branco carrega uma das Chestos com a boca enquanto o pombo leva a outra na garra, até o pesquisador.


Fazendo um carinho em ambos os seus assistentes, Albedo coloca sua mochila nas costas e se levanta. Calmamente eles seguem em direção ao centro do viveiro. Tirando pelas plantas locais, o lugar parecia vazio, nem mesmo Pokémon circulavam por ali. Era bem raro ver um ponto turístico de Pallet quase deserto, mas fazia sentido pela estação em que estavam. Aproveitando o ambiente tranquilo, o pesquisador se senta em um dos bancos e fecha os olhos por alguns segundos, apenas para contemplar o silêncio. Pidove pousa em sua cabeça enquanto Absol sobe em seu colo. Eles ficam assim por alguns minutos,  apenas descansando.

Pegando sua mochila, o garoto retira uma escova de dentro do bolso principal e começa a escovar o pelo do Pokémon noturno em seu colo. Já fazia muito tempo desde a última vez que tinham tido tempo para alguns cuidados. Desde que ganhou o monstrinho de sua colega policial, Baby Absol não sai de seu lado, lentamente o pequeno também foi aprendendo a ser mais aberto e a imitar alguns costumes de Pidove, principalmente a parte de buscar recursos ao redor deles. O pesquisador já imaginava que aquele Pokémon iria ser um de seus maiores assistentes no futuro. Além de coletar recursos, seu poder de combate também seria muito útil.

Enquanto Albedo passava a escova, a criaturinha branca começava a relaxar. Lentamente ela parecia começar a entrar em um sono profundo. Pelo menos até todo o pelo do seu corpo voltar a ficar espetado. Um sinal bem claro de seu sexto sentido. O pequeno abre os olhos e assim que seu treinador afasta o pente, ele se ergue olhando ao redor. Sem nenhum aviso, ele desce do colo do pesquisador e usando todos os seus sentidos começa a caminhar em direção a um dos canteiros. Rapidamente o garoto guarda o item na mochila e começa a seguir o pokémon. Absol entra no meio de algumas plantas altas e depois de alguns segundos, emite um de seus rugidos fracos, apenas para indicar onde estava. Com certa dificuldade de pisar no campo sem esmagar qualquer planta, o policial se aproxima do monstrinho e o vê de frente a um grupo de Capsakid.

Os Pokémon de grama tremiam intensamente enquanto se mantinham próximos uns aos outros. Albedo leva um tempinho para perceber que os pequenos não estavam com medo e sim com muito frio. A cena fez o lado cuidador do garoto ser ativado e ele instrui Pidove a procurar algum tipo de cobertor ou pano para cobrir os pokémon. Enquanto o voador se afastava, o pesquisador retira sua jaqueta e cobre o grupo. Uma medida temporária até libertar Growlithe e pedir para que se alinhasse às sementes mutantes. Em poucos minutinhos os Capsakid param de tremer e se aconchegam nos pelos quentes do canino de fogo. O pombo retorna com algumas toalhas trazidas do depósito e o garoto substitui sua jaqueta por elas, mantendo todos os monstrinhos esverdeados aquecidos.

Com a situação mais controlada, o pesquisador começa a reparar nos filhotes. Embora fossem do tipo grama, sua pele áspera sugeria que precisavam tomar sol, muito mais do que aquelas janelas de vidro poderiam oferecer. Isso acabou levantando um ponto em sua cabeça e ele rapidamente pegou seu caderno de anotações para escrever algumas coisas.

Relatório - 04 ✦

Titulo: Local Inapropriado - Capsakid
Data: 12.08.2024
Espécie Estudada: Capsakid
Pesquisador Responsável: Albedo Caramel
Campo de Pesquisa: Habitats Migratórios

Quem diria que um viveiro poderia ser lar de tantos tipos de criaturas diferentes… Era de se esperar encontrar por aqui insetos e até monstrinhos de grama ou aqueles que fossem sensíveis demais para mudanças bruscas de temperatura. Porém, enquanto explorava o Viveiro Xanadu, encontrei um Pokémon bem suspeito. Normalmente encontrado em zonas mais quentes com terreno árido, uma estufa não parece ser um lugar muito bom para um Capsakid viver. É quase como se o pequeno lutasse contra os próprios gostos para viver por aqui. Quando alertei Potter sobre isso ele apenas fez cara de surpresa sem nem saber da existência desse monstrinho de grama. Como a resposta que foi dada para mim foi só uma incógnita, eu decidi dar uma olhada nesses pequenos para tentar entender o motivo de sua vinda e principalmente como conseguem viver no viveiro.

A começar por sua aparência, Capsakid é um pokémon verde de estatura pequena, quase do tamanho de uma meia padrão. O Pokémon possui dois bracinhos minúsculos de um tom de verde mais escuro que o resto do corpo, além dos membros, o monstrinho parece ter um tipo de gola em seu pescoço semelhante a folhas. Ambos os braços parecem se fundir com essas folhas, ficando a dúvida se ele realmente tem braços ou se são só folhas que ele move para disfarçar. Assim como qualquer bicho filhote, esse Pokémon do tipo grama tem uma cabeça bem maior que o corpo e sua nuca parece estar envolvida em algum tipo de flor, quase como se a pimenta que deveria estar em desenvolvimento simplesmente criasse pernas e saísse andando com a flor ainda na cabeça. É interessante pensar que esse monstrinho simplesmente saiu de sua raiz para ficar correndo por aí. Seus enormes olhos são completamente verdes e dependendo da forma que você o vê parece que mostram o interior do Pokémon. Ele parece ter um tipo de bico como boca, tendo uma coloração alaranjada, mas o mais interessante é justamente seu dentinho. Enganasse quem acha que se trata de um osso, o membro na verdade é uma semente, uma semente de pimentão pra ser exato.

É como se um mini pimentão simplesmente criasse pernas e saísse correndo por aí, no momento em que crescesse e seu “dente” caísse, uma nova planta surgiria… Pelo menos é assim que eu imagino, certamente seria um sistema natural de reprodução bem fascinante!

Comumente encontrado em biomas áridos e secos, são Pokémon com uma grande hostilidade em relação a invasão de território. O que é de se esperar de monstrinhos que vivem em zonas com pouco contato humano. Necessita de uma grande quantidade de sol para se desenvolver e precisa absorver muita energia quente para conseguir crescer e evoluir. Não só isso, utilizando a luz solar, esse monstrinho de grama também consegue potencializar seus ataques. Por seus corpos não precisarem tanto de água, esses pequenos quase a evitam na maior parte do tempo. É estranho pensar que conseguiram se adaptar ao ambiente do viveiro. A estufa, embora fosse abafada, está longe de ser quente e seca, muito pelo contrário, é um ambiente bem úmido e ameno. Esses Pokémon podem ser encontrados tanto do lado de dentro da estrutura quanto do lado de fora, deixando ainda mais difícil descobrir o motivo de sua migração para essa área.

Capsakid é um monstrinho bem agitado e aparentemente, quanto mais sol essa espécie toma, mais procurado ele é. Isso vem do fato de que seu dente é bem procurado por amantes da gastronomia, o membro é um tempero picante para qualquer prato e relatos dizem que isso foi descoberto a anos atrás, em uma região mais isolada. Agora que esses Pokémon podem ser encontrados em Pokegea, muitas pessoas vem tentando encontrá-los para testar esse sabor. Talvez isso possa explicar sua existência aqui no viveiro, sendo “cultivado” para esses fins. O problema é que essas criaturas não conseguem viver nessas condições climáticas por muito tempo, resultando apenas em seu sofrimento, principalmente no inverno.

Sei que a maioria pode dizer que isso faz parte da natureza, mas forçar uma espécie a viver em uma área que é totalmente o contrário do que a que estava acostumada, é literalmente uma tortura para fins próprios. Esses monstrinhos de grama nunca vão crescer ou se desenvolver e por consequência nunca irão se reproduzir, tendo que sempre ter alguma forma de trazer mais Capsakid para cá. É como tentar cultivar um cacto no aquário, nunca vai funcionar, só irão matar cada vez mais plantas da espécie até não restar mais nenhuma.

Capsakid é um pokémon do tipo grama, mas não é uma planta, não basta só transferir ele para um ambiente e esperar que ele se adapte. Sua espécie precisa de extremo sol para se desenvolver e crescer, coisa que uma estufa repleta de insetos, umidade e cercada por vidros não pode lhe proporcionar.

Palavras: 808
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Colocando o último ponto final, Albedo sentia que precisava passar aquilo para Oak o mais rápido possível. Aquela espécie claramente não deveria estar ali dentro e precisavam ser transferidos para uma zona seca o quanto antes. Mais uma vez abrindo a mochila, ele pega um dos envelopes vazios e coloca as páginas de seu relatório. Pidove rapidamente entra em alerta, sabendo exatamente qual seria sua próxima tarefa. Com um último lacre fechando os papéis, o policial entrega a encomenda para o pombo. Absol observa o voador sair por uma das janelas do viveiro e decolar para a direção do laboratório Pokémon.

Envolto em seus pensamentos, o pesquisador tenta achar alguma solução para os Capsakid. Por enquanto ele só podia se limitar em mantê-los aquecidos usando Growlithe, mas isso não iria salvar toda a espécie que estava ali dentro do viveiro. Acomodando-se ao lado do canino de fogo, ele verifica se os filhotes estavam bem enrolados na toalha e se estavam recebendo calor suficiente do pokémon alaranjado. Satisfeito com os monstrinhos de grama quase adormecendo quentinhos, Albedo olha em direção a janela que Pidove saiu. Assim que o pombo voltasse, ele iria enviar uma carta para Florinda e Potter, alguém precisava ajudar aquela espécie antes que desaparecesse por completo.

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