✄ Cidade de Pallet - (Dia)
Media da Equipe: 10
(7,10,20,12,6,12) [11,1]

Depois de mais uma passada no Centro Pokémon, Albedo estava finalmente pronto para entrar no Viveiro de Pallet. Ele havia feito uma troca em seu time apenas para garantir que seu tempo dentro da estufa fosse produtivo. Literalmente, Beedrill havia sido um monstrinho muito útil no concurso de captura, mas para além de ser forte, ele também tinha outra particularidade que o pesquisador pretendia usar bastante, a produção de mel. Já na retirada da Box, o garoto entrega uma de suas berries para a abelha e a guarda na mochila, garantindo a produção imediata.

Respirando fundo e aproveitando as últimas brisas do Outono, o pesquisador se aproxima lentamente da estufa de vidro. Diferente do parque, essa estrutura era bem menor e não tinha o formato de uma cúpula e sim de um galpão grande. Baby absol treme em seus braços quando é atingido por mais uma rajada de vento frio. A temperatura caia drasticamente no decorrer dos últimos dias, mas eles nem perceberam a diferença já que estavam no ambiente controlado do parque. Agora que estavam mais uma vez em contato com o ambiente ao redor, já sentiam a penalidade da estação congelante se aproximando.

Tomando coragem, o pesquisador entra no Viveiro e agradece pelas paredes de vidro criarem uma proteção contra a ventania de fora. Logo na entrada, ele já se dá de cara com alguns vasos grandes. As plantas ali eram altas e só pela distribuição deles, já dava para saber que foram colocados ali justamente para barrar o vento que vem da porta, mas ao mesmo tempo dando espaço para as pessoas entrarem na estufa. Passando por eles, o garoto fica encantado com a quantidade de plantas que tinha no local, não apenas elas como também de Pokémon que andavam por ali. Baby Absol começa a abanar o seu rabo assim que explora o arredor com os olhos e embora seu rosto não demonstrasse nada, Albedo já conseguia dizer que o pequenino estava empolgado com o novo local. Atrás deles, eles escutam batidas de asas se aproximando e sem nem mesmo se virar, o rapaz já saberia dizer o que chegava. Pidove pousa no cabelo do treinador e se acomoda nos fios, pronto para mais um dia em um local fechado.

Caminhando por entre os diversos potes e vasos, o garoto conseguia identificar diversas plantas e frutas. Algumas eram até bem comuns do lado de fora, mas os exemplares dali estavam bem mais cuidados e demonstraram ser de excelente qualidade. Em uma das mesas cheias de sementes, tinha um caixa com uma placa de doações, julgando pelo local em que estava, o pesquisador presume que se tratava de recolha de berries e sementes que os visitantes poderiam trazer. Os vasos ao redor dessa mesa em questão, estavam sem sua maioria vazios, com exceção de um grande que continha uma pequena árvore de Chesto Berry. As frutas já pareciam maduras o suficiente para serem colhidas, Albedo então pega algumas com a ajuda de Pidove e o pombo as guarda na mochila.


Visto que o ambiente estava bem calmo e não parecia ter qualquer sinal de perigo, o garoto colocou o Baby Absol no chão, para que o mesmo pudesse andar sozinho e explorar por si só. O noturno rapidamente dá seu único sinal de felicidade, abanando o rabo e suprimindo qualquer outra reação, mas não negando a sua própria vontade de andar por aí. Não demora mais que alguns segundos para o pequeno desaparecer e voltar no minuto seguinte segurando um graveto com a boca. O pesquisador não contém uma risada quando vê o quadrúpede segurando um galho maior que ele próprio. Abaixando-se, ele ajuda o baby e pega o item de sua boca. Assim que larga o objeto, Absol abana ainda mais rápido o rabo, ele estufa o peito orgulhoso de si e então corre, sumindo no meio das plantas em busca de alguma outra coisa. Leva alguns segundos para o rapaz entender o que tinha acontecido e estala os dedos chamando a atenção de seu pombo.
— Eu acho que vamos precisar ensiná-lo a reconhecer os recursos…
Pidove pia em uma afirmação baixinha e saindo dos fios de cabelo, ele voa na direção que o noturno tinha desaparecido. Albedo guarda o galho na mochila, pois sabia que ambos os seus pássaros gostavam de criar ninho no laboratório, não seria mal nenhum levar os materiais para eles.

Seguindo os dois monstrinhos, eles atravessam o Viveiro indo para o lado oposto enquanto pelo caminho Baby Absol apontava para qualquer coisa diferente, buscando alguma afirmação tanto de Pidove quanto do pesquisador. Era como se o pequenino realmente estivesse empenhado a entender o que deveria sempre buscar. Com muito esforço, ele finalmente consegue localizar algo que era considerado útil. Ele corre até o canteiro que tinha apontado e olha fixamente para o conjunto de cogumelos que cresciam de forma desorientada. Pidove pousa ao seu lado e usando seu bico pega cuidadosamente um dos fungos e o puxa, sem destruir o item e o mantendo em seu formato natural. Determinado a ajudar também, o quadrúpede branco encara o recurso avermelhado tentando pensar em uma maneira de o puxar sem estragar, mas antes que pudesse ao menos tentar, alguma coisa se move nas plantas ao lado.


Absol dá um pulo assustado, raramente o pequeno não sentia a presença de algo se aproximando. Do meio das folhas, a cabeça de um Bellsprout surge e logo depois duas das plantas se revelavam ser suas mãos. A criatura não parecia querer nenhum mal, ela apenas ficava os encarando por alguns segundos até que uma voz lhe chamando começa a se aproximar. O pokémon noturno se afasta do canteiro e pula nos braços de seu treinador, ele não parecia estar mais assustado, mas não tinha muito interesse em ficar no chão com outras pessoas por perto.

Um homem de cabelos marrons surge no meio da paisagem verde e seu pequeno pokémon de grama se aproxima completamente animado dele. Aliviado por ver Bellsprout, o rapaz o pega no colo e então vira sua atenção para o pesquisador.
— Desculpe, eu espero que ele não tenha lhe causado nenhum problema! — Diz o homem com uma preocupação em seu tom.
— De forma alguma… muito pelo contrário. — Responde Albedo com certa confusão, afinal o pequeno não tinha feito nada.
— Ah! Perfeito! Alguém está cumprindo sua parte do acordo! — Bellsprout se agita nos braços do dono nem um pouco contente. — De toda forma, eu sou Potter, um dos responsáveis pela manutenção do local!
O homem passa seu monstrinho para um dos braços e estende o outro em cumprimento. Albedo acaba fazendo a mesma coisa, deixando seu Baby em um lado e aceitando o aperto de mão enquanto se apresentava. Assim que se separam, o pokémon de grama se solta do colo de Potter e cai no chão bem no meio deles, pela forma que se movimentava já dava perceber que ele estava pronto para uma briga.
— Vamos Bellsprout… não é assim que funciona… — O homem suspira olhando para o seu pokémon. — Me desculpe, ele é bem agitado normalmente, só ficou quieto quando disse que se ele se comportasse eu acharia alguém para lutar contra ele… — O pesar em sua voz já mostrava arrependimento de seu acordo.
— Bom… — Começa Albedo assim que entende o que estava acontecendo. — Lutar não seria um problema, se quiserem… — Propõe já sabendo a resposta do pokémon adversário.
Sendo praticamente pressionado por Bellsprout, Potter acaba aceitando o duelo e dá alguns passos para trás, apenas o suficiente para ter um combate seguro. Do outro lado, o pesquisador deixa Baby Absol no chão bem ao seu lado e o pede para aguardar, coisa que o pequenino faz sem questionar. Pegando uma de suas esferas no bolso, ele liberta Pidgey. O voador sai de sua pokéball acompanhada por algumas estrelas e então começa a voar baixo bem à frente de seu dono.


Potter retorna Bellsprout para sua Pokéball com um alívio em seu rosto. O homem não gostava de lutar, mas tinha que o fazer periodicamente por conta do pokémon de grama. Felizmente sempre teria alguém por ali para uma boa luta. Agora que o monstrinho amarelado estava descansando, ele poderia voltar às suas atividades do Viveiro sem se preocupar com o pequeno causando confusão por aí. Ele agradece Albedo pelo combate e lhe entrega algumas recompensas juntamente de alguns panfletos. Potter fala brevemente sobre alguns problemas que tinham frequentemente no local e pede para o pesquisador tomar cuidado e lhe chamar sempre que visse algo suspeito.

Nos papéis, estavam alguns avisos de invasores procurados e algumas informações de gangs que viviam dentro da estufa. Era estranho pensar que aquele lugar tinha tantos problemas, mas o garoto acabava por se interessar no comportamento dos Pokémon agressivos. Quanto aos invasores, era só os expulsar nada que um bom policial não poderia fazer. Despedindo-se de Potter, Albedo pega seu Baby no colo mais uma vez e retorna o Pokémon Shiny para um merecido descanso. Agora ele tinha alguns objetivos ali dentro e tentaria os cumprir o quanto antes.

....

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Agora que Potter tinha lhe alertado tanto sobre um intruso e algumas gangues de pokémon problemáticos, Albedo sentia que precisava fazer alguma coisa para ajudar. Talvez um lado dentro dele, ele já estava disposto a ajudar as pessoas como qualquer policial faria, mas ele também podia jurar que poderia ser curiosidade mesmo para saber sobre como os Pokémon conseguiam se organizar ali dentro apenas para causar. Independente de qual era o motivo, o pesquisador pelo menos estava disposto a encontrar alguns desses encrenqueiros e se o fizesse isso, tentaria resolver as coisas.

Analisando os panfletos que lhes foram entregues, o tal intruso manico provavelmente estaria do lado de fora e se caso entrasse não iria ser muito difícil localizá-lo. Já os monstrinhos bagunceiros, não havia muitas pistas sobre suas localizações, então teria que ser praticamente na sorte para achá-los, ou pelo menos para achar algum vestígio que pudesse indicar onde estavam.

Deixando os papéis de lado, Albedo decide focar em encontrar os encrenqueiros e para isso, a melhor escolha seria tentar achar pistas. Ajeitando Baby Absol nos braços, ele caminha até um dos canteiros próximos. Como se tratavam de insetos, a melhor aposta era justamente examinar as plantas e folhas no geral. Pidove lhe acompanhava, voando ao seu lado e como sempre, ficando de olho para ver se não encontrava mais nenhum recurso valioso por perto. Sem obter sucesso no primeiro pedaço, o garoto caminha para outra área, mas antes que pudesse chegar em algum outro grupo de plantas, um som de vaso se quebrando ecoou pelo ar.

Embora a estufa não fosse tão pequena, sua proteção de vidro ainda isolava boa parte do som ali dentro e como estava ventando muito, as janelas estavam fechadas, ampliando ainda mais o ruído. O pesquisador correu até a fonte do barulho, a primeira vista não parecia ter ninguém por perto, o item estava esparramado no chão com terra para todo lado, mas nenhum sinal de um possível culpado. Pelo menos era o que o garoto pensava, na estante em que o vaso deveria estar, um outro começa a se mover para a borda do móvel. Lentamente ele se aproxima do que quer que fosse, mesmo que essa demora custasse outro item de barro caindo no chão.

Outro ruído ecoaria pela estufa se não fosse por Albedo pegando o vaso bem a tempo, sua sorte é que Pidove o estava ajudando, afinal a outra mão ainda segurava o pequeno Absol. O quadrúpede branco saltou do colo de seu treinador na direção da prateleira em que a planta deveria estar e ele consegue bem a tempo alcançar o culpado pela bagunça. Um pequeno Pokémon verde bem cabeçudo rapidamente era revelado enquanto o noturno o espreitava, guiando ele para fora do móvel.

No momento em que se via na borda da estante, Capsakid toma coragem e pula para o chão, mas é facilmente alcançado por Pidove. O pombo deixava o vaso com o pesquisador e partiu para ajudar a encurralar o pokémon da planta. Albedo deixa o item cuidadosamente de volta na prateleira de onde nunca deveria ter saído e sem nenhuma vontade de perder o monstrinho cabeçudo de vista, ele liberta Pidgey. O voador sai de sua esfera e rapidamente entende a situação, voando por cima de Capsakid, impedindo que ele saísse de sua visão.


Suspirando de alívio por aquilo ter finalmente acabado, o pesquisador se aproxima da esfera recém preenchida e a guarda na mochila. Voltando sua atenção para sua pokemon Shiny, ele lhe estende o braço permitindo que ela pousasse e então lhe faz um carinho antes de também a retornar para o seu devido descanso. Embora as feridas do pássaro lhe preocupa-se, ele sabia que ela era forte o suficiente para aguentar uma caminhada até o Centro Pokémon.

Albedo volta para a estante e antes de pegar o Baby Absol de volta no seu colo, ele com a ajuda de Pidove recolhe os cacos do vaso arruinado e os colocam em um local que ninguém pudesse pisar ou tocar neles sem querer. A terra por outro lado ele apenas se conteve em deixar a maior quantidade fora da passagem, não tinha muito o que fazer sem qualquer ferramenta para isso. Ele apenas mantinha uma nota mental de que precisava informar sobre o incidente com Potter na saída.

Finalizando de ajeitar as coisas o máximo que podia, o garoto estava finalmente pronto para pegar Absol de volta em seus braços e o noturno claramente fez um olhar de desgosto quando percebeu que não só as mãos do pesquisador como também o antebraço estavam cobertas de terra. Sem muita opção ele pula no ombro do rapaz tentando ao máximo não se sujar por besteira.

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