O Museu de Pewter era enorme, eu poderia passar horas observando cada um dos estranhos esqueletos e tentando imaginar como tal pokemon era na realidade, ficar passeando pelas diversas pedras lunares e explicações de seus locais de encontro. Em momentos como aquele eu começava a questionar se meu objetivo não se encaixaria melhor com o de um pesquisador. Estudar aqueles fenômenos e entender um pouco melhor sobre o mundo e sua história eram tópicos que muito me interessavam. "Aquele que não conhece o passado está fadado a repetí-lo" era uma frase que eu lia num dos expositórios do museu e acabava rodeando minha mente.

Após alguns minutos andando pelos corredores do museu e analisando as peças e artefatos em exposição, eu decidia focar em meu objetivo. Eu via a placa próxima as escadas indicando que o setor de espécimes ancestrais e o laboratório para estudos de fósseis se encontrava no sub-solo. Com vários fósseis antigos em minha mochila, era o momento ideal para estuda-los e ver o que poderia ser feito com eles. Eu descia as escadas até o laboratório esperançoso.

Aquela parte do museu era um pouco mais vazia, tendo uma aparencia que remetia mais à um laboratório ou a uma ala médica do que um museu. Uma sala branca e azul com um clima de hospital provavelmente era o que espantava os curiosos dali. No canto da sala, entre dois grandes corredores que levavam para locais desconhecidos, um grande balcão onde duas adentendes estavam conversando com um homem que parecia ser algum tipo de cientista.

- Com licensa.. Eu tenho um assunto importante para tratar com o laboratório. Com quem eu posso falar? Eu me aproximava do balcão, interrompendo a conversa dos três. Uma das secretárias imediatamente arrumava sua postura e começava a digitar algo em seu cmputador, mas o cientista logo fazia um sinal com a mão para avisar que ele iria tomar conta daquela situação.

- Você não é o Ranger Artamiel? Qual é o motivo de você honrar nosso laboratório com sua presença? O homem era extremamente cordial e simpático, me fazendo lembrar que eu era um tanto quanto famoso naquela cidade específica. Por um lado isso era uma boa coisa, já que me permitiria acesso facilitado em alguns locais e pelo visto o laboratório seria um deles.

- Durante a minhas explorações por pokegea eu acabei encontrando uma duzia de pedaços de fósseis. Gostaria de saber o que é posível fazer com eles. Eu tirava da bolsa uma caixa onde eu guardava cada exemplar de fóssil que eu encontrei, revelando os 12 pedaços de rocha que eu possuía. Eu via os olhos do cientista brilharem, sua compostura sumindo por alguns instantes.

- Magnifico. Venha, depois você passa pelo atendimento para passar suas informações, eu não quero perder tempo em te mostrar  que podemos fazer com esses itens. O cientista logo começava a caminhar para o corredor a direita, pedindo para que eu o seguisse.


Passavamos por diversas alas onde era possível ver diversos cientistas realizando experimentos diversos e impossíveis de serem entendidos por alguém com tão pouco conhecimento quanto eu. Porém, o cientista começava a me dar uma aula sobre o propósito daquele local e um pouco sobre o que iriamos fazer com aqueles itens. - ... esses objetos que você possui são nada mais nada menos que partes do corpo de pokemons antigos que foram petrificadas com o tempo. Esse tipo de fenômeno faz com que o DNA desses pokemons seja preservado dentro da rocha.. Ele parava de falar um pouco ao chegar em uma porta dupla, abrindo-a para revelar uma sala bem iluminada com uma enome máquina.

- ...com os avanços tecnológicos, é possível extrair o DNA dessas pedras e reconstruir os pokemons de antigamente. Tudo que precisamos é de duas unidades de fósseis com DNA compatível para que a máquina seja capaz de realizar essa transmutação. Ele então me levava para outra máquina, explicando que essa era capaz de identificar a "compatibilidade" dos fósseis para determinar quais possuem DNA semelhante para efetuar a reeconstrução. Eu entregava os doze pedaços de fósseis para ele, e ele colocava um por um nessa máquina.

A máquina começava a analisar os fósseis e eventualmente mostrava um resultado: 3.5. - Três e meio? O que isso significa? A feição do cientista era uma incognita, ao mesmo tempo ele parecia apreencivo como se algo tivesse dado errado, também parecia empolgado por ter acontecido.

- Existe um "grupo" de pokemons antigos que parecem ter um tipo de relação genética, onde a máquina é incapaz de diferencia-los. Parece que esses quatro pedaços Ele apontava para os pedaços de fóssil que pareciam asas e depois para os dois pedaços que pareciam uma mandíbula. - São pokemons distintos, mas eles são incompatíveis com sí mesmo... mas ambos são compatíveis com esse outro pedaço. Agora ele apontava para o único fóssil que parecia um pedaço de cauda.

- Nós não sabemos o motivo, mas parece que não é possível combinar fosseis do mesmo pokemon quando se possuí esse tipo de fóssil.. mas é possível combinar com fósseis de pokemons diferentes, quase como se fossem quimeras. O resultado é um pokemon, porém ele não parece "correto", se você quiser podemos revive-lo mesmo assim, mas se preferir esperar um tempo, talvez possamos resolvar esse problema daqui a uns anos.

O cientista dava aquela opção, mas meu objetivo era claro: Completar a Pokedex. Não faria muito sentido guardar aqueles fósseis para um futuro que eu não tinha ideia de quando viria a existir, e nada me impedia de encontrar outras espécimes desses fósseis. Eu acabava pedindo para ressucita-los mesmo assim e então separava três conjuntos de fósseis que eram colocados um a um na máquina.


O processo demoraria alguns horas para cada fóssil, o cientista estimava coisa de uma hora e meia para cada. Com todo aquele tempo, eu resolvia passear pelo museu um pouco mais, tentando identificar quais esqueletos representavam cada fóssil, lendo um pouco sobre o fenômeno. "Armor, Helix, Fish e Drake" eram os pedaços "completos" que eu havia entregado, com aquela informação eu conseguia pesquisar um pouco melhor sobre quais pokemons seriam entregues após as quatro horas de espera.

Após inventar muito o que fazer, passar pelo restaurante para almoçar e passear pela cidade.. finalmente o cientista me retornava, ligando para o meu Rotonphone para me avisar que tudo havia dado certo. Contendo minha ansiedade e animação, eu ia depressa para o museu pegar meus novos pokemons. Entrando na ala do laboratório sem precisar passar pelo atendimento, eu ia direto para a sala de re-criação. Onde eu avistava o cientista com três novos pokemons a sua frente.

Shieldon

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Omanyte

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Dracovish

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- Seus novos pokemons estão vivos. Apresento: Shieldon, Omanyte e Dracovish. Três novos pokemons, todos inéditos para minha pokedex. Eu tomava meu tempo para analisar um por um com a minha pokedex, e simpatizar com cada um individualmente. O cientista me explicava um pouco melhor sobre cada, informando que Dracovish era o fóssil quimera que haviamos discutido.

- Muito obrigado. Vou cuidar desses 3 muito bem. E tenho certeza que trarei mais quando conseguir completar esses exemplares. Eu me referia aos outros fósseis que não tinham copias suficientes para serem recriados. Eventualmente eu me despedia do cientista e colocava cada fóssil em uma pokeball para transferi-los para a Storage... exceto Shieldon, pois iria treina-lo um pouco antes de sair da cidade.

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