- Uma tarde relembrando de um passado doloroso! -

Dona Marta?

Logo após derrotar o monstrinho que guardava a saída das ruínas, finalmente consegui me retirar do local graças a ajuda de um repel, tal qual evitou que eu encontrasse outra criaturinha que pudesse me impedir de sair. Tudo parecia normal na cidade de Violet City, até que vejo vindo em minha direção uma senhora com um semblante apavorado, ela parecia um tanto quanto desesperada tentando se comunicar comigo, falando sobre uma série de criaturinhas selvagens que estava a atormentando em sua pequena plantação. - Com licença! Por favor, se não for muito incomodo, poderia me ajudar? - ela falava comigo enquanto juntava suas mãos e tentava se acalmar com a situação que se encontrava.

A começo eu não havia percebido muito bem, porém ao notar em cada detalhe do rosto daquela moradora local eu comecei a perceber uma série de semelhanças assustadoras entre ela e minha falecida mãe adotiva. - Existem alguns Pokémons que estão a semanas invadindo minha colheita e comendo meus frutos, estou perdendo a paciência com eles. - ela continuava explicando enquanto tentava chamar minha atenção. Enquanto eu ouvia ela falar, apenas me dava uma espécie de transe e nervosismo misturado com uma imensa vontade de chorar, ela parecia muito a minha amada mãe. Ao perceber que eu não estava tendo reação, a senhora com uma feição doce pedia desculpas pelo incomodo e ia se retirando, porém nesse momento eu chacoalhava a cabeça e conseguia respondê-la, assim aceitando o trabalho e sendo levada até a casa dela, local esse onde existia a tal plantação.


O problema

Logo ao chegar na parte dos fundos da casa da amigável senhora, consegui observar que ela havia um grande e lindo pomar, tais quais estavam cheio de frutos, porém também era visível que existia uma grande variação de Pokémons Selvagens ali vivendo, como alguns Spinarak e Ledyba, Bellsprout, Teddiursa entre outros pequeninos. - Então são esses aqui que lhe incomodam? - questionei enquanto apontava para um pequeno grupo de Spinarak que estava logo ali por perto. - Não, os Ledyba e Spinarak me ajudam com a fertilização e manutenção do solo, em troca eu os entrego comida. - dizia a dona Marta enquanto se abaixava e pegava um dos Ledyba em seus braços. - O problema mesmo são as aves migratórias que constantemente param por aqui e comem tudo, assim como também arrumam briga com eles. -.

Ao ouvir o real problema logo tudo fazia sentido, realmente aquela área era conhecida por conta de ser uma rota migratória dos pássaros. - Bom, a senhora pode ficar tranquila, irei afastá-los de seu belo pomar. - logo após falar isso retirei de minha bolsa a esfera metálica de Oricorio, assim libertando a mesma para ficar de prontidão voando sobre a extensa área de plantio. - Muito obrigada! você é uma mocinha muito boa! - ao falar isso, Marta se aproximou e me deu um abraço acolhedor. Neste momento não consegui manter meu coração frio e comecei a chorar feito uma criança enquanto retribuía o forte abraço na doce idosa. Mesmo tentando manter meu choro escondido, não demorava para a madame notar meus sentimentos e perguntar o porquê daquilo. - Desculpa, a senhora me lembra muito minha mãe que infelizmente não é mais viva. -.

- Eu lamento pela sua perda minha querida, também compartilho de sua dor. - a dona marta começava a falar enquanto me soltava do abraço para usar suas mãos para limpar seu rosto. - Eu perdi meu marido, embora evite pensar nisso é muito doloroso para mim. - ela chorava enquanto olhava para os céus, relembrando de seu amor perdido. Os pequenos insetos que viviam no local acabavam por sentir a dor da idosa, assim se aproximavam dela e abraçavam a perna da mesma, tentando consolar a pobre viúva. Antes que eu pudesse responder, dona Marta acabava por se consolar sozinha e tentar trazer boas energias, tanto para mim quanto para ela. - São coisas que a vida nos traz, infelizmente não temos como escapar. - logo após falar isso ela colocava o pequeno Ledyba no chão. - Porém, tenho certeza que onde ele estiver, está olhando por mim, assim como sua mãe olhando por você. - ela então limpava seus olhos e com um profundo suspiro olhava para sua pequena casa. - Bom, enquanto você me ajuda aqui fora, farei uns biscoitos de Oran Berry para lhe dar energias, já volto. - ela então se despedia enquanto ia para a casa dela, assim pronta para preparar uma fornada de biscoitos.

Aquelas palavras, mesmo que dolorosas acabavam por me confortar de alguma forma, olhando aos céus eu agradecia aos deuses por ter tido a oportunidade de ter uma mãe maravilhosa, assim como agradecia por encontrar aquela doce idosa que me recordava a minha amada mãe. Às vezes tenho dúvida se os deuses escutam meus pedidos e orações, de vez em quando eles surgem nas horas mais inesperadas para me salvar, porém também muita das vezes não recebo as respostas dos céus, pelo menos não as que era de meu desejo ouvir.


Após fazer minhas orações, pedi a Umbreon para ficar sentado debaixo de um dos pomares, assim protegido do sol constante e escondido da visão das aves migratórias. - Loki, cuide dele até eu voltar, está bem? Preciso encontrar alguma das aves para ajudar a dona Marta. - Eu então deixei aos cuidados da minha amada raposa selvagem o ovo que estava sendo chocado, assim tinha a certeza que o mesmo estava em boas mãos até que eu retornasse. Conforme eu caminhava pela gigantesca plantação, comecei a perceber que apenas a parte da frente da mesma existia uma variação de pomares e frutas, enquanto a parte mais escondida dos ''olhos'' dos visitantes estava completamente abandonada, como se faltasse recurso para que ela pudesse continuar sua amada plantação.

Mesmo percebendo isso, acabei por ignorar momentaneamente e continuar caçando os Pokémons invasores, porém parecia que não havia nenhum deles por ali. Alguns minutos se passaram até que eu escutei o chamado de minha amada Zigs, tal qual descia dos céus em um poderoso rasante e se aproximava de mim, assim pedindo para que eu a seguisse. Ao seguir Oricorio, chegamos a uma parte mais longínqua da casa da adorável senhora, porém era perceptível a presença de quatro aves migratórias, entre elas uma parecia ser o líder do bando, tal qual era uma graciosa Swablu que estava sentada em cima de algumas Berries do pomar.

- Bom, vamos lá Oricorio, use Incinerate com sua Aura Ofensiva! - ordenei enquanto apontava para as aves. Ao perceberem que estavam sendo atacadas, rapidamente Natu, Hoothoot e Ducklett se colocaram à frente, assim protegendo a mimada monstrinha azulada que estava sentada em cima das Berries. Realmente era um combate injusto, 3x1, porém eu tinha fé em minha amada Oricorio e sabia de sua extrema força.


Primeiro Combate


Primeiro Turno
Logo ao ouvir meu comando, Zigs começava a encher seus pulmões de ar e a concentrar toda sua energia, assim fazendo com que as chamas que começavam a se formar viessem mais ardentes por conta de sua Aura Ofensiva. Logo após puxar todo o ar que podia, Oricorio soltava uma forte rajada flamejante em conjunto com sua aura e seu Charcoal, lançando um poderoso Incinerate contra o pequeno grupo que acabava não resistindo e ficando inconsciente com tal poderosa combinação. (-381.8% Natu), (-155.2% Ducklett) e (-255.0% Hoothoot).



Ao ver seus três guardiões derrotados, Swablu se enfurecia e soltava um alto e estridente grunhido, tal qual era como um ''grito de guerra'', lhe cativando e dando forças para entrar em combate. Ao perceber que a criatura estava se preparando para me enfrentar, ordenei com que Zigs voltasse para sua Pokébola, aliás ela já tinha feito o suficiente derrotando os três primeiros oponentes. Com a Oricorio segura em sua esfera metálica, joguei para o alto a Pokébola de Gallade, assim o libertando para o campo de batalha. - Vamos lá menino, use sua Aura Ofensiva juntamente com Ice Punch! -

Enquanto Endy enfrentava a criatura selvagem eu acabava por aproveitar a oportunidade para capturar sem maiores dificuldades dois dos monstrinhos que estavam inconscientes, assim como também registrava o terceiro na Pokédex.


Segundo Combate


Primeiro Turno
Ao sair de sua Pokébola, Gallade não demorava muito para emitir um forte grunhido e dessa forma acabava por ativar rapidamente sua Aura Ofensiva. Com seu pontecial completamente liberto, Endy corria no campo de batalha e se aproximava de Swablu, assim quando perto o suficiente enchia seus punhos de gelo e a golpeava com Ice Punch. O golpe era tão poderoso que jogava Swablu contra uma árvore e a mesma caia inconsciente de imediato (-183.3%).



Ao ver Swablu sendo jogada para longe e caindo inconsciente, eu agradecia a participação de Gallade no combate e o retornava para a devida Pokébola, assim ia até a árvore a qual a monstrinha havia sido jogada e também acabava usando uma esfera metálica para capturá-la. Antes que eu pudesse sair daquela região e ir contar para Dona Marta que derrotei todos as aves migratórias, um Rookidee se assustava com minha presença por ali e abria voo desesperadamente, assim deixando seu ninho cair no chão, tal qual existia alguns raros recursos que eu acabava por coletar. (Caster Fern + Bugwort).

Com tudo ligeiramente resolvido, eu retornava para a entrada do pomar e assim acabava tendo uma grande surpresa. Loki que havia ficado para tomar conta do ovo estava um tanto quanto angustiado, aliás o pequeno filhote finalmente estava nascendo, lentamente ele quebrava a casca e tentava sair de dentro daquele local que havia sido seu lar por um bom tempo. - Que maravilhoso! - eu disse a Umbreon enquanto me ajoelhava na grama e lentamente ajudava o monstrinho a se libertar do ovo.

Depois de alguma luta e dificuldade, finalmente o ovo se quebrou por completo e assim revelava a mim e a Loki oque estava se escondendo dentro do mesmo, porém para a nossa surpresa era algo completamente inimaginável. De dentro do ovo surgiu um felino de pele negra e olhos brilhantes, tal criatura que rapidamente eu consegui identificar... Se tratava do Pokémon que atravessava o tecido da realidade que eu havia derrotado na Dark Cave.

Embora minha reação fosse de extremo desespero, o gato não se assustava com a minha presença e mostrava-se até amigável, assim se aproximava de mim e miava, deitando então em meu colo enquanto ronronava. - Ela... É mansa? - questionei a mim mesmo em um tom de voz alto enquanto observava atentamente o monstrinho. Mesmo com receios, resolvi capturá-la, aliás ela podia causar problemas semelhantes ao que outras de sua espécie estavam causando em Spikemuth e Dark Cave.

Lentamente aproximei uma Premier Ball da mimada felina, tal qual não hesitava em ser capturada e assim encostava sua cabeça na esfera, sendo puxada para dentro da mesma e capturada sem maiores dificuldades. Antes que eu pudesse sequer raciocinar tudo aquilo que havia acontecido, uma voz familiar me chamava a atenção, era a dona Marta.


Tudo que vai volta!

A adorável senhora que se assemelhava com minha mãe adotiva se aproximou e trouxe-me um pequeno pote de biscoitos, assim como também uma garrafa de suco feito a partir das Pechas Berry que a mesma cultivava, certamente estaria tudo delicioso porém por hora eu não tinha apetite para comer, aliás tudo oque havia acontecido em relação a Reaper Purrloin me deixava inquieta e preocupada. Mesmo com a mente nas nuvens, acabava por me lembrar que havia conseguido afastar todas as aves migratórias do pomar da adorável idosa, assim eu a alertava sobre meu feito. Ao ouvir que não seria mais incomodada, a senhora sorria muito alegre e me abraçava fortemente e agradecia a todo momento, me entregando duas Berries, uma Apricorn assim como também me abençoando em meu próximo combate.

Aquelas atitudes tão carinhosas, acabavam por mexer com meu coração ainda mais, tudo aquilo culminava em uma avalanche de emoções para mim. Dona Marta era uma idosa adorável e fofa, além disso ela se aparenta muito minha mãe adotiva, tudo isso mexia com meu coração e me deixava com vontade de acolhê-la e não sair de perto dela por nenhum minuto, embora eu soubesse que isso seria impossível visto que eu tinha que seguir meu caminho.

Antes de me retirar do pequeno jardim da senhora, eu a agradeci por todo carinho e cuidado que a mesma teve comigo, assim como também pelos mimos. Como forma de acalmar e confortar meu coração, eu entregava uma quantidade significativa de dinheiro para a idosa, assim dando em suas mãos uma quantidade de 20.000$, que seria o suficiente para ela reformar seu pomar e o manter verdejante e produtivo. Embora minha intenção com aquilo apenas fosse ajudá-la, a senhora respondia aquela ação de uma forma extremamente animada, ela pegava o dinheiro de minhas mãos e eu podia notar que ela estava tremendo de nervoso, talvez de emoção por conta de finalmente conseguir realizar um sonho. Assim que pegou o dinheiro em mãos a adorável senhora me entregou uma cesta cheia de Berrys, tal como também me deu a chave da cidade.

- Muito obrigada mocinha, você foi responsável por realizar o sonho dessa idosa - ela dizia sorrindo enquanto com todo cuidado do mundo guardava o dinheiro em um de seus bolsos. - Fique com a chave de Violet City, tenho certeza que Falkner não se importará que eu lhe entregue a chave reserva dele para você, aliás você me ajudou e consequentemente ajudou toda a cidade. -. Eu não entendia ao certo oque ela queria dizer com aquilo, talvez futuramente seu Pomar fosse se tornar um lugar público, ou um jardim aberto, porém era uma informação que estava fora de meu alcance. Antes que eu pudesse me retirar do local, eu pedia a Dona Marta para que pudesse tirar uma foto comigo, tal desejo o qual era realizado, assim eu deixaria guardado em meu Rotom Phone uma data tão especial... O dia em que os céus me concederam a oportunidade de ver minha mãe uma última vez...

Continua...

Violet City — Dia — Verão

Depois de passar no PokéCenter da cidade e comer os deliciosos biscoitos que dona Marta havia feito para mim, assim como também curar e modificar minha equipe, finalmente me senti pronta e renovada para seguir minha aventura. Logo ao sair do estabelecimento responsável por prestar suporte aos viajantes, retirei a Pokébola de Aipom e Zigzagoon da bolsa, assim libertando ambos e pedindo para que fizessem uso de suas habilidades. A habilidade dessas inteligentes criaturas era vasculhar os lixos e becos da cidade em busca de recursos que pudessem me ser úteis de alguma forma. Depois de ouvirem meu pedido, ambos monstrinhos juntos começaram a se afastar, fazendo uso de seu olfato e sentidos aguçados para localizar tais importantes itens.

Logo ao ver ambos se afastarem, retirei de minha bolsa a esfera metálica de minha recém capturada Reaper Purrloin. Havia algumas horas que eu já tinha a capturado, porém saber que eu tinha em minha posse uma criatura tão mística e rara acabou por me deixar confusa e receosa, porém uma hora ou outra eu teria de encarar meus ''medos'' e interagir com aquele inteligente felino. Loki entendia que aquele momento era delicado e tinha que ser especial, sendo assim ele se afastava de mim temporariamente e ia para trás do PokéCenter, local esse cujo tinha algumas latas de lixos lotadas.

Ao ver Umbreon se afastando, aproveitei a oportunidade para libertar a bela felina e tentar conversar com a mesma, buscando algum tipo de vínculo. Da última vez que eu havia esbarrado com uma Reaper Purrloin não foi tão agradável, tal criatura tem a incrível habilidade de atravessar o tecido da realidade, criando fendas e portais para outra dimensão cujo até o momento é desconhecida para mim. Embora a última Purrloin que encontrei fosse mais agressiva e perspicaz, essa parecia não entender a força e os poderes que possuía, assim por diversos momentos agia como uma criança perto de mim, buscando atenção e carinho.

Enquanto eu tentava formar laços com a recém capturada criatura, Loki parecia se entreter com alguns barulhos que estava vindo do lixo. Curioso com aquela situação, lentamente a raposa noturna se aproximava dos enormes latões, assim ficando sobre duas patas e apoiando as outras duas no objeto de metal. Ao aplicar certa quantidade de força, Umbreon fazia todo aquele lixo virar no chão, assim revelando a existência de um pequeno gato noturno que se escondia na sujeira. Embora Loki não se interessasse em combater, Alolan Meowth ficou profundamente chateado por ter sido incomodado e assim acabava obrigando a raposa a entrar em uma luta.


Primeiro Combate


Primeiro Turno
Ao sair da lixeira, Alolan Meowth começava a se posicionar em campo e se preparar para atacar Loki, porém a raposa ainda era mais veloz que o pequeno gato, assim acabava por começar o ataque primeiro. Umbreon corria em direção ao felino e quando perto o suficiente fazia uso de Double Kick, acertando dois chutes poderosos no rosto do pequeno gato, tais qual acabavam por deixar o monstrinho tonto e cair inconsciente de imediato (-262.8%).



Ao término do combate, Loki emitia um grunhido alto, uma espécie de chamado para me alertar que algo havia acontecido. Mesmo sem saber direito o porquê do chamado, peguei minha Purrloin nos braços e caminhei até atrás do PokéCenter, lá acabei por encontrar a criaturinha inconsciente que foi facilmente capturada.  Depois de pegar o felino sem maiores dificuldades, me aproximei sorrindo para Loki e o acariciei, logo em seguida dizendo: - Seu briguento -.

No momento em que eu estava fazendo carinho em minha raposa, Reaper Purrloin desceu de meus braços e caminhou até o lixo, lá ela começou a fazer uso de sua afiada cauda para rasgar os sacos. Enquanto ela usava sua cauda para tal, comecei a perceber que a ponta da mesma emitia um leve brilho e aquilo me preocupava, aliás mesmo que fosse recém nascida, ela era destinada a ter poderes magníficos de atravessar e criar portais, porém eu tinha medo que isso pudesse ser prejudicial a outras cidades igual foi a Spikemuth.

Embora minha preocupação fosse legítima, por hora eu acabava por esquecê-la e permitir que a pequena gatinha pudesse dar seu melhor em busca de itens e essa foi a escolha certa. Ao final da procura, Purrloin voltava para mim com um saquinho de dinheiro, assim como também com uma Yellow Apricorn que ela havia encontrado no lixo. Depois de coletar e guardar aqueles itens, resolvi dar uma volta com meus monstrinhos pela cidade, aliás tinha muito oque se ver ainda por ali.

Continua...

Violet City — Dia — Verão — Capítulo Especial — Magikarp Dourado

Depois de capturar a criaturinha que se escondia nos lixos da parte de trás do PokéCenter, eu e meus monstrinhos seguimos caminhando pela cidade observando a beleza natural e cultural que ali existia. Violet City era um local impressionante, porém acima de tudo era incrível a variedade de personalidades e gostos presentes em um só lugar. Aquela cidade vivia sob influência de três tipos de Pokémons, sendo eles os psíquicos que em sua maioria viviam nas Ruins Of Alph, também viviam sob influência dos fantasmas que habitavam na Sprout Tower, porém acima de tudo o maior amor da cidade era o tipo voador, graças a seu representante e graças a ser uma cidade migratória dessas espécies.

Toda essa diversidade também parecia mexer emocionalmente com minha pequena Purrloin e meu Umbreon, ambas criaturinhas pertencentes ao tipo Dark. Normalmente os Pokémons tipo Dark e Ghost são mal vistos pela sociedade pois são considerados criaturas ''maléficas'' mas nem de longe isso estava correto. Normalmente são Pokémons mais reservados e de difícil criação de vínculo e confiança, porém sem sombra de dúvidas são um dos mais inteligentes e fiéis Pokémons que se pode encontrar por aí. Enquanto eu caminhava pela cidade, apenas conhecendo e admirando a paisagem, acabei por me dar de frente com um pequeno menino sentado a beira de um lago. Embora fosse comum ver crianças naquele local, aquela cena era um tanto quanto estranha visto que o garoto estava sozinho sem a presença de amigos, adultos ou Pokémons, apenas tinha em sua mão sua vara de pesca e em seu olhar uma timidez tamanha.

Notei que o menino olhava para as crianças brincado com certo apresso, talvez fosse seu desejo ter um amigo porém por ser timido demais tinha medo de interagir. De certa forma me vi espelhada naquele garoto, aliás quando eu era mais nova minha única amiga era minha mãe, quando ela partiu me vi sozinha até encontrar meu amado Loki. Mesmo sem saber como ao certo eu iria interagir com a criança, aos poucos me aproximei e sentei ao lado dele no lago, assim cruzando minhas pernas e deixado com que Reaper Purrloin pudesse se esticar e deitar confortavel em meu colo. Umbreon não ficava para trás, se aproximando lentamente e sentado ao meu lado, assim também admirando a beleza do lago e a brisa fresca que era transportada pelas folhas das árvores da cidade.

- Olha, pelo visto achei mais alguém que gosta de pescar - eu disse para a criança enquanto tentava dar um sorriso alegre, buscando assim de alguma forma confortar o menino. - Você também gosta? - o menininho perguntava enquanto puxava a isca do lago, buscando prestar atenção em mim. - Não gosto, eu amo, tenho até uma mega aquática. - Logo ao falar isso eu me ergui do chão e retirei a Pokébola de minha adorável Milotic, assim jogando a mesma para o alto e libertando a graciosa serpente.

Ao ver a Mega Pedra equipada em um colar metálico no pescoço de Ariel, o jovem se erguia animado e colocava ambas as mãos na boca. - Não creio! que linda! - ele gritava se aproximando da serpente e a acariciando. - Ela é maravilhosa! - ele dizia continuando a tocar a Milotic. Embora Ariel não gostasse de contato com estranhos, ela entendia que ele era apenas uma criança, acabava por relevar então e permitir ser acariciada pelo mesmo. Enquanto o menino se impressionava com a serpente, Loki e Purrloin fortificavam seus laços de amizade, brincando na grama de lutinha.

- Meu pai é um grande pescador! um dia pretendo ser igual a ele. - o garotinho afirmava enquanto olhava em minha direção. - Você pode ser também uma grande pescadora, mas meu pai sempre vai ser o melhor pra mim. - Concluía a criança enquanto se afastava de Ariel. Ele parecia ter gostado bastante da serpente e ter bastante orgulho de quem seu pai era. - Por favor moça, batalha comigo? se eu te vencer poderei contar ao meu pai que eu estou no caminho de ser igual a ele! - o menininho afirmava enquanto retirava quatro de suas Pokébolas de seu chapéu verde. Embora não fosse minha vontade batalhar, eu acabava por aceitar o desafio, porém usaria Umbreon e minha Reaper Purrloin como forma de ''equilibrar'' o combate.

Antes que a batalha pudesse começar, avistei de longe voltando para perto de mim minha dupla de monstrinhos procuradores, Aipom trazia em suas pequenas mãos uma Pokéball, enquanto Zigzagoon trazia em sua boca uma Super Potion. Eu recebia ambos os itens e permitia que as criaturinhas voltassem para suas devidas esferas metálicas, assim poderiam descansar depois de passarem um longo tempo correndo pela cidade. Com a dupla retornada, pedi para que Loki entrasse no campo de batalha, porém antes que a felina pudesse se juntar à raposa noturna, entreguei a mesma um EXP.Candy S, tal delicioso doce que lhe dava alguma experiência e lhe fortificava. Depois de ingerir o doce, Purrloin ronronava e caminhava para o campo, assim ficando pronta para a batalha.

- Achei que usaria sua bela Milotic contra mim, mas isso vai ser incrível de qualquer forma! - logo após falar isso o garoto jogava duas esferas metálicas para o alto, libertando Bellsprout e Krabby. - Vamos lá, Bellsprout use Sleep Powder em Purrloin! Krabby use Bubble nela também! - a criança gritava animada enquanto olhava para o campo de batalha. - Loki, Swift e Purrloin use Night Slash em Bellsprout! - eu ordenei olhando para meus monstrinhos.


Primeiro Combate


Primeiro Turno
Logo depois de dadas as ordens, finalmente o combate se dava inicio. Por conta de sua extrema velocidade quem era o primeiro a atacar era Loki, fazendo uso então de Swift o mesmo manipulava seus poderes para criar estrelas afiadas que eram lançadas contra ambos oponentes (-85.0% Krabby e Bellsprout). Aproveitando o golpe de Umbreon, Reaper Purrloin corria pelo campo e se aproximava da criatura de grama, assim o acertando um poderoso corte fantasmagórico conhecido como Shadow Claw, tal golpe que acabava por deixar Bellsprout inconsciente, visto que o mesmo já havia sofrido dano anteriormente (-30.3%).

Por derrotar Bellsprout, a habilidade de Purrloin ativava e assim a monstrinha acabava por afiar suas garras uma contra a outra, potencializando seus próximos ataques fisícos. Ao ver seu aliado derrotado, Krabby se irritava e puxava todo ar que podia para seus pulmões, logo em seguida ele abria a boca e arremessava uma forte rajada de bolhas conhecidas como Bubbles. A forte rajada era lançada contra Purrloin, machucando superficialmente a pele da pequena gata (-18.1%).



- Uau que poderosos! - Dizia a pequena criança enquanto animado retirava outra esfera metálica de sua bolsa, assim libertando Poliwag para o combate. - Vamos lá, continuem com Bubble em Purrloin! -. Embora ainda fosse muito novo, era perceptível a inteligente do menino, aliás ele tava focando o Pokémon mais fraco em campo. - Repitam os mesmos movimentos, porém Purrloin use o move em Poliwag! - ordenei aos meus monstrinhos enquanto retirava de minha bolsa o Rotom Phone, assim registrando Bellsprout em minha lista.


Primeiro Combate


Segundo Turno
Logo após Poliwag entrar em campo, mais uma vez o segundo turno começava. Loki ainda era muito superior em velocidade, assim ele acabava por usar Swift e atingir ambos oponentes, deixando com que Krabby que já se encontrava ferido caísse inconsciente no campo de batalha. Poliwag conseguiu sobreviver ao ataque, porém estava muito machucado (-85.0% Krabby e Poliwag).

Mesmo muito machucado, Poliwag voltava seu ódio completamente para a gata, tal qual sofria mais uma vez com o ataque Bubble. O pequeno girino era mais veloz que Purrloin, assim ele puxava todo seu ar e criava bolhas explosivas cujo, tais qual mais uma vez eram lançadas contra a gata e a feria mais ainda (-21.2%). Mesmo bastante machucada com o ataque que acabava de levar a incrível criatura das sombras apenas se chacoalhava e logo fazia uso de Shadow Claw mais uma vez, assim deixando seu segundo adversário desmaiado (-41.9%).




O segundo e terceiro Pokémon do menino caiam ao mesmo tempo, porém era perceptível que seu sorriso continuava tão alegre e empolgado quanto antes, mesmo estando em uma situação ruim no combate. - Uau! você é realmente muito poderosa, mas eu ainda tenho uma carta na manga. - o garoto então mais uma vez jogava uma esfera metálica para cima, libertando assim seu quarto e último monstrinho, Tentacool. - Vamos lá, use Poison Sting! - o garoto ordenou enquanto retornava os outros três que estavam inconsciente no campo de batalha. - Umbreon, Night Slash e Purrloin use Shadow Claw. - para mim era evidente que o combate havia se encerrado, porém não queria desistir ou menosprezar a coragem do jovem e assim optei por continuar com a batalha até o fim.


Primeiro Combate


Terceiro Turno
Enfim os últimos movimentos eram dados, assim mais uma vez o combate se dava início por uma última vez. O primeiro a atacar era Loki, porém dessa vez ele envolvia sua pata em uma aura negra , tal qual cobria completamente a superfície de sua pele e tomava formas de gigantescas unhas. Usando o Night Slash, Umbreon se aproximava do monstrinho venenoso e o golpeava com um poderoso arranhão, assim deixando a criatura inconsciente com apenas um golpe (-290.3%).




Ao término do combate a criança retornava seu último Pokémon para sua devida Pokébola, assim ele se aproximava de mim e me entregava uma quantidade de dinheiro significativa. - Pode ficar, é um presente meu pois tenho certeza que aprendi muito com esse combate. - o garoto então se aproximava do lago e se sentava, logo em seguida ele me convidava para pescar ao seu lado.

Enquanto nós dois estávamos pescando, Umbreon e Purrloin adormeceram ao meu lado, aparentemente ambas criaturas noturnas haviam se dado extremamente bem e isso era ótimo, porém ainda me preocupava o fato dela ser um ser de outro mundo. - Sabe, sua Purrloin é diferente, nunca vi uma igual. - o garotinho dizia enquanto olhava para a felina. - Sim, ela é bem especial. - respondi ao garoto, enquanto puxava a vara de pescar pela primeira vez e conseguia achar uma Pearl, item esse que eu coletava para posteriormente vender. - Já sabe qual nome dará a ela? - o menino voltava a fazer perguntas enquanto focava seu olhar na linha da sua vara de pesca. - Ainda não... -.

- Bom, se eu fosse você a chamaria de Calypso, parece um bom nome. - a criança respondia enquanto movimentava sua vara de pesca na água para tentar atrair a atenção de algum Pokémon. - Sabe, Calypso é o nome de uma Ninfa da água, porém também tem a ver com esconder e ocultar, coisas que parecem defini-la bem. - Concluía o garoto. - A propósito acho que não me apresentei, meu nome é Ashura. - o menino então estica sua mão para que eu pudesse apertar.

Mesmo sendo apenas uma criança, era surpreendente as etiquetas e conhecimento do pequeno pimpolho, aquilo me surpreendia bastante. Eu então esticava a mão e apertava a mão dele, o cumprimentando. - Me chamo Ayla Akatsu. - Eu disse ao jovem, assim mais uma vez puxava a vara de pesca e coletava um Pop Pod. Antes que eu pudesse jogar pela terceira vez a isca na água, pude notar a presença de um Cramorant selvagem que estava na beira do lago lutando contra algo, parecia um peixe. Aquilo de certa forma me espantava, embora uma pesquisadora sábia e experiente, eu tinha certa agonia de presenciar um Pokémon a devorar o outro. Mesmo que eu evitasse transparecer meus sentimentos, Ashura acabou por percebê-los e comentar sobre eles. - Bom, meu pai me dizia que um bom pescador se contenta com o peixe que fisgar. Talvez não devemos interferir na ordem natural das coisas. - o menino disse de forma calma enquanto continuava a pescar.

Mesmo que eu entendesse o ponto do garoto, não podia permitir que o Cramorant devorasse o pobre do peixe na minha frente, sendo assim olhei para Umbreon e ordenei que ele começasse um ataque contra a impiedosa ave. - Vamos lá Loki! Use Night Slash nele! - Eu ordenava para a raposa noturna que de forma instantânea abria seus olhos e acordava de seu sono, assim se posicionando pronto para atacar.


Segundo Combate


Primeiro Turno
Ao se erguer do chão, Loki mais uma vez envolvia sua pata em uma aura negra e fazia uso de Night Slash. Umbreon corria rapidamente até a ave azulada, assim acertando uma patada poderosa no monstrinho e o deixando fora de combate (-152.3%).



Ao cair fora de combate, o peixe finalmente conseguiu sair de dentro da boca do Cramorant, porém não era um peixinho normal. O pequeno Pokémon que a ave estava comendo se tratava simplesmente de um Magikarp Shiny, uma coloração rara e muito procurada em todo continente por conta de sua beleza e dos mitos que envolvem sua evolução na coloração avermelhada.


Ao sair da boca do Cramorant, o raro peixe olhava para meus olhos fixamente, como se estivesse me agradecendo por ter salvo a vida dele. Antes que eu pudesse ter qualquer reação em relação aquela rara criatura, Ashura dava um enorme grito. - É O MAGIKARP QUE MEU PAI FALOU! EU QUERO! DEIXA PRA MIM! - o menino corria em minha direção e quando perto o suficiente lançava uma esfera metálica na cabeça do peixe, tal qual mergulhava pro fundo do lago e fugia da captura, logo em seguida o mesmo voltava para a superfície e continuava a me encarar fixamente.

- Talvez ele não queira ser capturado. - eu disse a criança, enquanto retirava a esfera metálica molhada do lago e o entregava. - Ou talvez queira ser capturado por quem o salvou. - o menino afirmava secando a Pokébola em suas vestes e a guardando debaixo de seu chapéu. Mesmo sem ter certeza que aquele belo Pokémon queria vir comigo, retirei de minha bolsa uma esfera metálica branca e a coloquei flutuando no lago, deixando assim com que o peixe pudesse escolher seu destino. - Não irei obrigá-lo a vir, mas será muito bem vindo caso for sua escolha. - eu disse para o monstrinho, enquanto olhava para Ashura que parecia encantado com tudo aquilo que ocorria. Ao ver minha esfera metálica se aproximar, Magikarp lentamente encostou a cabeça na mesma, assim se permitindo ser capturada sem maiores dificuldades.


- Ayla, quando eu crescer quero ser igual a você. - dizia a criancinha enquanto voltava seu olhar para a Premier Ball que recém tinha capturado o Magikarp. - A chance de ter um Magikarp Shiny é muito baixa, normalmente só se permitem ser capturado por boas pessoas e são sinais de sorte e prosperidade. - dizia Ashura enquanto olhava para a pesquisadora. - Bom, desde que passei em Alto Mare e recebi a benção de Latios e Latias eu realmente venho tendo sorte, porém isso não é tudo. Tenha as atitudes corretas que os deuses vão lhe premiar. -

- Uau! você já esteve em Alto Mare? - questionava o garoto enquanto recolhia sua vara de pesca. - Sim, é minha cidade favorita inclusive. - Logo após falar isso, me aproximei do lago e peguei a Premier Ball que estava flutuando, assim deixando Magikarp seguro em minhas mãos. - Nunca tive a oportunidade de ir lá, espero um dia conseguir. - Ao ouvir a criança falar aquilo, meu coração de certa forma se rachar ao meio, além de um menino solitário ele era cheio dos desejos os quais apenas se realizariam anos depois.

Mesmo sem saber ao certo se ele gostaria do presente, acabei por entregar um Skrelp que eu havia capturado em minha estadia em Alto Mare, assim como uma forma de lembrança pra ele, tanto de mim quanto dos sonhos dele. - Nunca desista dos seus objetivos, pequenino. -. Depois de receber o cavalo marinho venenoso, Ashura gritava de felicidade e me abraçava, logo após isso ele me entregava três Water Gem assim como um Isco Caterpie para que eu pudesse pescar. O menino então corria alegre pela rua indo em direção a sua casa para contar pros seus pais a incrível aventura que teve, assim como mostrar seu novo amigo.

Aquela tarde havia sido incrível, porém ainda tinha uma coisa a ser feita... Pescar uma última vez, tanto para usar o presente que me foi dado pelo jovem garoto quanto para garantir que não existia mais nenhuma criatura rara por aquelas bandas. Sem muita demora coloquei o isco na vara de pesca e arremessei no lago, assim não demorando muito tempo para tal ser mordida e eu conseguir pescar um Barboach, uma criaturinha local muito comum. - Vamos lá Loki, use Night Slash! - ordenei para a raposa noturna enquanto pegava Purrloin em meus braços.


Terceiro Combate


Primeiro Turno
Enfim o último combate daquela tarde se dava início, Umbreon logo não demorava para usar Night Slash. Animado por ser a última batalha, Loki corria todo o campo de batalha e tomava uma proximidade enorme do pequeno peixe, quando perto o suficiente envolvia sua pata em uma aura negra e golpeava o pobre Barboach, cujo era jogado do outro lado do lago inconsciente por conta do impacto do poderoso ataque (-225.7%).




Ao cair fora de combate, mais uma vez fiz uso de uma esfera metálica e peguei o monstrinho sem maiores dificuldades. Ao olhar para os céus percebi que estava escurecendo, certamente estava na hora de ir no PokéCenter para se alimentar e adormecer, aliás o dia seguinte ainda nos esperava grandes surpresas, será que os deuses realmente estavam nos abençoado por conta de nossas atitudes coerentes e corretas no decorrer da jornada? ou apenas teria sido um momento de sorte?


Continua...

Violet City — Tarde — Verão

Após a captura de um raro e único Magikarp Dourado, Ayla Akatsu e seus monstrinhos deram uma breve volta no PokéCenter, local onde mais uma vez sua equipe era tratada, assim como a jovem aproveitava o momento para comer, visto que havia se alimentado muito mal no decorrer do dia. Depois de todos seus Pokémons serem restaurados, a pesquisadora agradecia a enfermeira Joy pelos serviços prestados e saia do estabelecimento, indo assim para a parte de trás do mesmo, lugar onde ela havia encontrado um Alolan Meowth anteriormente.

Ao chegar no local a menina se recordava que tinha alguns potes de Honey, tais qual eram usados para atrair Pokémons raros e únicos, sendo assim ela acabava por passar três desses adocicados produtos em uma árvore para posteriormente ela voltar por ali e ver oque atraiu. Logo após passar o item na árvore, Ayla voltou para a frente do estabelecimento, porém logo ao chegar lá ela teve uma grande surpresa.

Ao chegar na porta da frente do PokéCenter a menina dava de cara com Mr. Dyce, um amigável senhor que ela tinha conhecido durante sua aventura na Dark Cave. Ao rever o homem, Ayla sorria e o cumprimentava, aliás faziam certo tempo que eles tinham se visto. O adorável idoso cumprimentava a naturista e apertava a mão da mesma, porém antes que a jovem pudesse falar algo Dyce questionava sobre o Bingo Book. - Bom, ainda está comigo. - Respondia a pesquisadora enquanto tirava de dentro de sua bolsa o item e mostrava o mesmo para o homem.

- Muito bem, fico feliz de ver que ele está em ótimo estado, que tal preencher mais uma das lições? - questionava o idoso enquanto sorria retirando de seus bolsos duas esferas metálicas. Ayla recentemente havia passado por diversos combates e aquilo de certa forma lhe enjoava, aliás ela não sentia a necessidade constante de estar testando sua força, porém ela acabava por aceitar o combate em consideração ao senhor que ela tanto gostava. - Certo, vamos lá. - Mais uma vez a naturista pedia para que Calypso e Umbreon dessem um passo à frente, assim ambos se posicionavam para o combate.

Ao ter sua proposta aceita, Dyce sorria e jogava as esferas metálicas para o alto, libertando assim dois Porygon. - Vamos lá, Usem Tackle em Umbreon! - ordenava o idoso enquanto aguardava emocionado o combate se dar início. - Umbreon, Night Slash em Porygon 2 e Calypso use Fake Out no Porygon! - comandava a jovem, enquanto olhava para os céus que começavam a escurecer e ficarem estrelados.


Primeiro Combate


Primeiro Turno
Logo após ambos treinadores darem as ordens o combate se dava início, dessa vez a primeira a atacar era Reaper Purrloin, cujo avançava e acertava um Fake Out no Porygon, fazendo o mesmo recuar e ficar com medo de atacar devido ao golpe que havia sofrido (-13.8%). Aproveitando a oportunidade, Umbreon corria em campo de batalha e fazendo vários saltos tomava proximidade de Porygon2, assim quando perto o suficiente fazia uso de Double Kick, dando dois poderosos chutes no corpo do monstrinho, tal qual não resistia e caia inconsciente (-160.0%). Devido ao uso do Fake Out no primeiro turno, Porygon ainda encontrava-se assustado e recuado, não podendo atacar.




- Incrível estratégia e escolha de Pokémons senhora Ayla. - dizia o idoso sorrindo enquanto dava uma breve pausa para ajustar seu casaco, porém logo voltava a conversar. - Dois Pokémons resistentes aos meus golpes, interessante, mas ainda tenho um em campo então a luta não acabou. Porygon, use Tackle! - o idoso ordenava dando um passo para trás, assim esperando que o golpe fosse efetuado. - Umbreon, Double Kick e Calypso, Scratch! - também comandava a pesquisadora. Ayla já sabia que aquele combate estava vencido, era questão de apenas esperar seus monstrinhos realizarem mais um golpe.


Primeiro Combate


Segundo Turno
Com as ordens dadas, mais uma vez o combate começava. O primeiro a atacar dessa vez era Umbreon, aliás não tinha mais um movimento prioritário para atrapalha-lo. A raposa das trevas corria em campo e mais uma vez se aproximava do monstrinho rosado, porém dessa vez tal estranha criatura era alvo de Double Kick, sendo golpeado com um chute duplo que acabava por deixa-lo inconsciente (-200.0%).



Ao término do combate, Mr. Dyce apenas sorria e elogiava a pesquisadora por conta de suas táticas e estratégias. Além de elogiar a jovem, o idoso assinava seu livro, assim faltando 8 desafios para que ela pudesse receber a tal prenda que o mesmo havia prometido. Antes que pudesse ir embora e continuar seu caminho, Mr. Dyce ofereceu a pesquisadora uma quantidade de Money, tanto pela vitória quanto por ser uma ótima profissional em sua área, assim como também fez uso de um Pokéradar, sinalizando que existia uma criatura um pouco rara se escondendo atrás do PokéCenter.

Ayla apenas agradecia toda gentileza e carinho e assim se despedia do adorável homem e ia para trás do estabelecimento acompanhada de Umbreon ao seu lado e de sua Reaper Purrloin pendurada em seu ombro. Ao chegar nos fundos do local, não demorava muito para a jovem identificar a existência de um monstrinho escondido atrás de uma moita, tal qual ela nunca havia visto anteriormente. Por conta de não conhecer aquela espécie, Ayla pedia para que Loki usasse Night Slash, porém ela cochichava para que a criatura não escutasse e acabasse fugindo.


Segundo Combate


Primeiro Turno
Ao ouvir as ordens de sua treinadora, Loki começava a se aproximar sorrateiramente. A raposa se agachava e se escondia sobre a grama alta, assim caminhando silenciosamente na direção da criatura que aparentava ser um amontoado de ovos. Quando perto o suficiente, Umbreon saltava dando o bote e atingindo um poderoso Night Slash no monstrinho, tal golpe qual era super efetivo e colocava a planta inconsciente sem maiores problemas (-325.7%).



Ao deixar a criatura inconsciente, Loki voltava correndo para a treinadora e pulava em seus braços, assim indicando que estava bem e que havia derrotado o monstrinho sem grandes dificuldades. Ayla segurava a sua raposa no colo e o acariciava, logo após isso ela tomava proximidade do selvagem Pokémon desacordado e usava uma Pokéball vazia, assim capturando o mesmo sem apresentar nenhuma resistência.

Ao capturar o selvagem Pokémon a pesquisadora deu conta que existia uma Yellow Apricorn jogada por ali, provavelmente era isso que o monstrinho estava atrás. Ao ver o motivo pelo qual tal criatura havia sido atraída, Ayla se recordava que havia deixado alguma árvore marcada com Honey por aquela região, sendo assim ela começava a procurar a mesma para descobrir oque havia atraído.

Continua...

Violet City — Tarde — Verão

Depois de um longo dia de aventuras e da captura de um magnífico Pokémon que simboliza sorte, Ayla estava pronta para adentrar no PokéCenter e ir descansar, porém antes de fazer isso ela deveria ir checar como estava o Honey que havia passado em uma das árvores na parte de trás do estabelecimento. Normalmente o mel produz um aroma adocicado que atrai monstrinhos exóticos e raros a quilômetros de distância, quem sabe ela não teria dado sorte dessa vez de conseguir atrair uma criatura especial.

Lentamente a menina caminhava até a árvore a qual havia escolhido, tal qual apenas estava acompanhada de seu Umbreon que fazia uso da luz emitida pelos seus anéis para iluminar a escuridão da noite, porém também acompanhada de sua Reaper Purrloin que estava deitada em seus braços, cochilando enquanto ronronava. Após alguns minutinhos andando, finalmente a pesquisadora chegava no lugar desejado e logo ao avistar a árvore a mesma tinha uma enorme surpresa.

Perto da árvore existiam dois monstrinhos que aparentavam estar muito abaixo do peso, assim como também muito sujos. Um deles era um Teddiursa, criatura que a menina já havia visto anteriormente, porém o outro era desconhecido mas parecia uma espécie de gosminha verde que também estava passando por dificuldades. Ao ver os Pokémon Selvagens que estavam famintos, Ayla colocou sua Reaper Purrloin deitada nas costas de Umbreon e lentamente se aproximou dos monstrinhos. - Oi amiguinhos, está tudo bem? eu tenho mais comida aqui. - dizia a garota enquanto se agachava e retirava de dentro de sua bolsa algumas berries e oferecia para as criaturas famintas.

Embora Teddiursa e Gulpin estivessem morrendo de vontade de comer aquele alimento, eles acabavam por se mostrar ariscos com a treinadora, aliás já haviam passado maus bocados na vida por conta de treinadores que os consideravam inúteis ou ''comuns'' demais. Ao ver a garota se aproximando, Teddiursa dava um passo para frente e mostrava as garras tentando intimidar a menina. Mesmo que Ayla conseguisse recuar e fugir, ela não queria deixar as criaturas passando fome ali mas ela também sabia que os monstrinhos não seriam capturados de forma amigável por estarem traumatizados, sendo assim ela retirava a esfera metálica de Milotic de sua bolsa e a jogava para cima, libertando a majestosa serpente.

- Vamos lá Ariel. - a pesquisadora dizia trazendo seus dedos até seu brinco cujo tinha como decoração uma Key Stone. A menina queria terminar aquele combate o mais rápido possível, assim poderia levar as criaturas inconscientes para o PokéCenter para que pudessem ser tratados. - Mega Evolua! - Logo após falar isso a naturista encostava seus dois dedos na pedra de seu brinco, assim fazendo uma energia colorida sair do mesmo e se ligar a pedra que existia em um colar no pescoço de Milotic. Enquanto isso ocorria a serpente começava a cintilar tão forte quanto a luz das estrelas, assim como seu corpo mudava de forma, tornando-se maior e mais colorido, assim como suas escamas mais brilhosas.


Aos poucos a luz ia se apagando e com isso revelando novamente a bela e rara forma de Milotic em sua Mega Y. - Muito bem menina, vamos lá use Ice Beam! - ordenava a pesquisadora enquanto ficava olhando atentamente o Gulpin que parecia tão bravo quanto o Teddiursa.


Combate


Primeiro Turno
Por conta de sua habilidade a serpente evitava que seu oponente usasse algum movimento prioritário, sendo assim ela começava a rastejar pelo campo de batalha rapidamente até se aproximar do pequeno urso. Quando perto do Pokémon Selvagem, Milotic começava a enroscar seu corpo no mesmo impedindo que tal fugisse, assim ela conseguia usar Ice Beam abrindo sua boca e permitindo que um raio gélido atingisse o monstrinho que não resistia e caía inconsciente devido aos graves danos do poderoso raio de gelo (-335.1%).



Com o término do combate, Milotic retornava à sua forma normal, porém ainda pronta para enfrentar o selvagem Gulpin que lentamente se aproximava. Antes que a serpente pudesse entrar em combate com o mesmo, Umbreon retirava a Reaper Purrloin que estava dormindo em suas costas e adentrava no campo de batalha. Havia longos meses que Loki e Ariel tinham uma intriga indireta para ser o Pokémon mais poderoso de Ayla, sendo assim sempre que surgia uma mínima oportunidade de demonstrar e comparar suas forças, ambos não hesitariam em provar seu valor perante os olhos da treinadora.

Conhecendo ambas figuras a menina apenas sorria e aceitava a decisão de Umbreon, aliás era evidente que ele não iria permitir que a serpente combatesse duas vezes seguidas.  - Certo ciumento, vamos lá, use Bite! - ordenava a menina enquanto se aproximava da Reaper Purrloin que foi deixada dormindo no chão e a pegava nos braços. Era incrível como a criatura tinha um sono pesado, aliás uma batalha envolvendo Pokémons poderosos estava ocorrendo e nenhum dos sons foi capaz de acordá-la.


Combate


Primeiro Turno
Logo ao escutar a ordem de Ayla, Loki começava a envolver seus dentes em uma aura negra tenebrosa, assim correndo em direção a Gulpin e o acertando com uma poderosa mordida conhecida como Bite. Tal mordida perfurava o corpo da molenga criatura e o feria drasticamente por dentro, fazendo com que o mesmo ficasse fora de combate sem a chance de revidar o ataque (-148.7%).



Após o combate, Loki olhava para Ariel com uma cara de esnobe e ambos monstrinhos ficavam se encarando com aquele tipo de rivalidade amigável que já existia a tempo entre os dois. - Ele te ama, Milotic - dizia a pesquisadora sorrindo enquanto apontava a esfera metálica para sua serpente, retornando a mesma para a Pokébola. Logo depois de permitir que Ariel pudesse descansar, Ayla se aproximava das criaturas inconscientes e fazia uso de duas Pokéballs vazias, assim capturando as mesmas sem maiores dificuldades.

Com tudo ligeiramente resolvido, a menina optou por retornar Calysto, sua gatinha sonolenta também para a Pokébola. A jovem tinha suspeitas que aquele cansaço excessivo se deve a atmosfera e a energia transmitida por nossa dimensão, Reaper Purrloin era pertencente a outra realidade, o mundo dos mortos, tudo lá era diferente e talvez a incompatibilidade dos mundos a tivesse cansado. Com a esfera de Calysto em mãos, Ayla colava três Stickers que tinha em sua bolsa na Pokéball da gatinha, assim a deixando mais charmosa e chamativa.

- Vem Umbreon, precisamos descansar. - Dizia a naturista assim retornando para o PokéCenter, local esse onde ela curava os selvagens recém capturados e conseguia a chave de um dos quartos que se localizavam na parte superior do alojamento. Logo ao chegar no quarto onde passariam a noite, Umbreon corria para a cama e começava a afofar a mesma com suas patas, assim girando no mesmo canto várias vezes antes de enfim deitar para dormir. Antes que pudesse descansar a bruxinha retirava de sua bolsa seu mágico Lampião, assim usando das essences e energias dos Pokémons que havia derrotado durante todo esse tempo para confeccionar duas poções poderosas.

Além dos feitiços efetuados, Ayla também fazia uso pela primeira vez de seu Apriblender, assim fazendo uma mistura improvável e juntando 1 Apricorn de cada cor na máquina, gerando um suco adocicado capaz de elevar o nível de combate de suas criaturas. A menina ficava extremamente feliz com o resultado da primeira criação, assim acabava por usar mais uma vez 1 de cada Apricorn e criar o segundo suco, deixando ambos guardados em um compartimento da sua bolsa.

Ao término de suas confecções a jovem apenas dava uma limpada no restante de líquido que havia ficado no Apriblender, assim o guardando novamente. Antes de dormir a menina abria as janelas do quarto, permitindo que a brisa fresca da noite entrasse e refrescasse o ar do quarto, assim proporcionando a ela e a seu amado Umbreon uma ótima noite. Ayla deitava na cama ao lado de seu monstrinho noturno e só conseguia refletir sobre tudo oque havia passado naquele dia, realmente foi uma sequência de acontecimentos maravilhosos que ficariam marcados em suas memórias para sempre...

Continua...

Violet City — Manhã — Verão

Depois de uma longa tarde de surpresas e descobertas, finalmente a menina e seu Umbreon conseguiram ter uma noite de paz e descanso, podendo enfim fechar seus olhos e sonhar sobre as aventuras do dia seguinte. A noite passava quase que voando, o frescor que entrava pela janela purificava o ambiente assim como também trazia boas energias para a dupla que estava adormecida no local.

Pela manhã, Ayla e Loki já se ergueram animados, assim devolvendo a chave do quarto para a enfermeira Joy e agradecendo pela ótima estadia que tiveram. Logo após conversarem com a moça de cabelos rosados, a pesquisadora e seu Pokémon saíram do estabelecimento e do lado de fora a garota jogava as duas esferas metálicas de Aipom e Zigzagoon para o alto, assim libertando seus monstrinhos para caçarem itens pela cidade. Ambas criaturas não demoravam para começarem a se afastar e logo se perderem da vista da treinadora. - Espero que voltem seguros e com bons itens. - dizia a pesquisadora enquanto se locomovia com Umbreon até uma lanchonete localizada nas proximidades, lugar esse onde iriam comer e organizar seus próximos passos na cidade.

Logo ao chegar no estabelecimento, Ayla comprava um pouco de comida para si e para sua amada raposa, assim ambos se sentavam em uma das mesas que ficava dentro do estabelecimento e começavam a conversar. - Então Loki, oque acha de visitarmos a Sprout Tower? - questionava a menina enquanto puxava o suco de laranja para perto de si e o tomava, dando uma parada logo em seguida para continuar a falar. - É o único lugar da cidade que ainda não vimos, talvez podemos passar por lá antes de voltar para Pallet Town. - concluía a jovem, assim voltando a tomar o suco.

Umbreon mal prestava atenção no que sua treinadora falava, ele apenas concordava com a cabeça enquanto se deliciava com os deliciosos PokéPuffins que a lanchonete vendia. - Seu comilão. - a naturista dizia para seu Pokémon que parecia cada vez mais distraído saboreando a gostosa comida. Enquanto lanchavam, Ayla retirava de sua bolsa a esfera metálica de Reaper Purrloin e a permitia sair, dessa vez a criaturinha não aparentava estar cansada igual no dia anterior e aquilo era um certo alívio para a pesquisadora.

Logo ao sair de sua Premier Ball, Calypso sentia um estranho cheiro e começava a se agachar, saindo lentamente da lanchonete e caminhando sorrateiramente pelo lado de fora do estabelecimento. Aquela atitude não era nada comum vindo da tímida monstrinha e isso despertava a curiosidade da treinadora que pagava a atendente do local o alimento que havia consumindo e logo em seguida a pesquisadora saia do estabelecimento para ver o porquê daquele comportamento repentino vindo da felina noturna.

Ao sair da lanchonete, Ayla percebia que Reaper Purrloin já havia escalado uma árvore próxima, tal qual existia um ninho de alguma ave que morava nas redondezas. - Calypso, desce daí antes que arrume encrenca! - a garota dizia enquanto apontava para o chão, pedindo para que sua criaturinha deixasse o ninho em paz. Enquanto a garota tentava evitar que sua felina arrumasse briga, Loki saia da lanchonete com sua barriga bem estufada de tanto comer, ele parecia estar passando um pouco mal por conta da quantidade de alimento que havia consumido.

Loki rastejava até Ayla e se deitava ao seu lado esticando as patinhas para cima. - Ninguém mandou ser guloso, parece que está grávido. - a menina dizia enquanto sorria com a situação que sua raposa se encontrava. No alto da árvore, Purrloin começava a checar o ninho e assim acabava encontrando alguns itens interessantes tais quais ela jogava na direção da garota. Conforme os itens caiam no chão a pesquisadora conseguiu perceber que grande maioria era feno, Berries estragadas e lixo, porém dois deles lhe chamaram a atenção, sendo um Doppel Bonnets e um Memory Crystal.

O primeiro item a jovem guardava em sua bolsa, tal poderia ser usado futuramente para preparo de alguma receita culinária ou até mesmo de medicamento, porém o segundo se tratava de um cristal raro que guardava memórias do passado.


Ao pegar o cristal em suas mãos e fechar fortemente os olhos, uma energia começava a emanar no mesmo e fazer com que tal brilhasse, assim dando uma visão longínqua para a menina. A jovem conseguia ver Falkner, o representante da cidade treinando em um lugar próximo aquele, ele tinha em sua posse algumas aves que pareciam alegres e poderosas, entre elas existia um Fearow que parecia estar em evidência, porém antes que pudesse ter mais informações sobre tal Pokémon, a visão começava a falhar e o cristal se apagava, assim cortando a ligação da guardiã com o Memory Crystal.

Enquanto a menina tentava entender o porque do Fearow em evidência e tentava ajudar seu guloso Pokémon a não vomitar, Purrloin continuava no ninho procurando mais itens, porém ela logo acabava por se ver em uma situação delicada pois a dona daquele ninho havia havia voltado e encontrado a gata a vasculhar o lugar. Natu foi a criatura responsável por juntar todos aqueles itens, ao ver seu trabalho desfeito a ave desafiava a gata para um combate.


Combate


Primeiro Turno
Mesmo que não quisesse brigar, Calypso se via obrigada aquilo, sendo assim por ser a mais veloz ali presente começava usando Shadow Claw, assim correndo com cuidado pelos galhos da árvore e se aproximando rapidamente de Natu, acertando na mesma um poderoso arranhão que a jogava para fora do galho a fazendo perder o equilíbrio e quase cair no chão. Por muita sorte a ave conseguia se manter voando, assim não sofrendo maiores danos e conseguindo permanecer na luta (-96.9%). Natu logo se chacoalhava e voava em direção a felina noturna, assim usando Peck e a bicando diversas vezes causando um dano considerável na monstrinha (-18.9%).

Segundo Turno
Depois de sofrer as bicadas de sua oponente, mais uma vez a gata noturna fazia uso de Shadow Claw, porém dessa vez ela fazia algo que surpreendia e assustava Ayla ao mesmo tempo. Para se aproximar de Natu que estava voando longe do galho, Calypso usava sua cauda semelhante a uma foice para rasgar o véu da realidade e abrir um portal dimensional que a permitia atravessar, assim sumindo da visão da ave. Alguns segundos depois outro portal se abria ao lado de Natu e de dentro dele saia a gata que usava o poderoso arranhão nas costas do monstrinho selvagem, fazendo o mesmo cair inconsciente ao chão (-96.9%).



Ao término do combate a pesquisadora não pensava duas vezes e rapidamente retornava Reaper Purrloin para sua Premier Ball. - Loki, ela também consegue ir para o mundo dos espíritos...- dizia a menina enquanto colocava a Pokéball em sua bolsa. - Temos que evitar que isso ocorra com frequência, foi graças a uma Reaper Purrloin que Spikemuth teve problemas com a escuridão. - afirmava a jovem enquanto se aproximava da Natu inconsciente e fazia uso de uma esfera metálica vazia para a capturar.

Depois desse choque de realidade Ayla e Loki voltavam para o PokéCenter, local esse onde era pedido para que a enfermeira Joy pudesse cuidar dos ferimentos que a gata havia sofrido durante o combate. Enquanto aguardavam o retorno de Purrloin, a menina teve uma enorme surpresa. Falkner adentrava no PokéCenter e levava seus monstrinhos para serem curados. Ao ver o representante por ali a jovem aproveitava a oportunidade para entregar a ele o Time Crystal e explicar oque havia visto no mesmo.

Ao ouvir o conto de Ayla, Falkner se emocionava e sorria explicando oque havia acontecido. Aquela Fearow havia sido uma grande companheira dele durante muito tempo, porém ela já estava muito idosa e cansada, assim acabou por enfraquecer e não poder mais combater. Alguns meses se passaram após aquela visão que o Time Crystal havia mostrado, durante esses meses a Fearow acabou por falecer, porém antes de morrer ela deixou um ovo de Spearow para trás.

Após contar a história por trás da visão, Falkner entregava a menina o ovo que sua Fearow havia deixado, ele afirmava que aquele pequeno filhote lhe trazia lembranças de sua companheira e por diversos momentos aquilo o machucava, porém ele se sentia confortável para deixar o ovo nos cuidados da pesquisadora que já havia feito muitas atitudes boas pela cidade. Mesmo que um pouco lisonjeada, Ayla agradecia imensamente a confiança do representante e se despedia do mesmo, pegando assim a esfera metálica de sua Reaper Purrloin e saindo do estabelecimento.

Ao sair do lugar apenas acompanhada de seu Umbreon a garota sorria emocionada com a situação, aliás ela nunca tinha feito bondade esperando recompensas em troca, porém ela estava sendo reconhecida e recompensada de uma forma incrivelmente positiva. - Loki, estamos mudando a vida das pessoas. - dizia a menina enquanto se agachava e abraçava sua raposa noturna. Enquanto a treinadora estava abraçando seu companheiro, Zigzagoon e Aipom voltavam da sua longa busca e traziam consigo uma Occa Berry e uma Pokéball, tais itens os quais eram guardados, assim como ambos monstrinhos retornados para suas esferas metálicas.

Depois desse momento emocionante, Ayla e Umbreon partiam juntos para a Sprout Tower, a dupla estava muito animada com tudo oque estava ocorrendo, aquela manhã havia começado perfeitamente bem, porém a preocupação sobre a Reaper Purrloin ainda os assombravam de alguma forma...

Continua...