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Candy
Prólogo
Santalune estava repleta de destroços, a cidade ainda parecia estar sendo reerguida. Algumas casas ficavam espalhadas ao redor, árvores e muito matagal se misturavam com a civilização. Havia pouco asfalto, as ruas de Santalune nem se quer haviam ganhado seus respectivos nomes. O centro comercial também não parecia completamente restaurado, mas ainda possuía alguma beleza e organização. Uma fonte lá ficava, jorrando águas infinitas que viam de algum lugar. As pessoas pareciam estar contentes com o caminhar de Santalune, eles levavam a vida da forma mais comum possível tentando ignorar o passado. Chovia naquele instante, a cidade estava fria e um pouco movimentada. As pessoas corriam para dentro de suas casas, ou simplesmente iam para algum ponto onde podiam se abrigar. Em meio ao nada surgia Skull, Mr. Bones e Shedinja de uma explosão draconiana colorida. Eles apareciam repentinamente em um beco escuro, mal cheiroso e destruído. O grupo obviamente parecia estar acabado, só queriam ter um pouco de descanso após tantas aventuras incluindo o mágico Catching Contest.
Eles se observavam por breves instantes tentando encarar o que havia acontecido, mas logo eram interrompidos por Drifloon que os encontrava com muita sorte. O balão estava acabado e como sempre muito sujo. Ele abraçava sua coordenadora com muita alegria, enquanto emitia o som característico de sua espécie. Todos finalmente ficavam reunidos, depois de uma longa viagem envolvendo magia e dragões. Aquele era o momento perfeito para discutir sobre Ninjask, e pensar se a criatura realmente os abandonou.
Última edição por Candy em Qui Jan 27, 2022 8:04 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Correção de Códigos)
Candy
Destroços Elegantes
Dentre tantos sentimentos o cansaço seria o que predominava no grupo. Shedinja flutuava com muita má vontade, sua casca quase se arrastava sobre o chão enquanto pequenos gemidos iam sendo emitidos de seu corpo. Drifloon parecia estar com o corpo murcho, faltando-lhe energia ele esboçava um sorriso sem graça fazendo uso de seus olhos pequeninos. Skull retornava ambos os Pokémon para suas devidas esferas, mantê-los guardados seria a melhor estratégia até que ela chegasse ao Centro Pokémon. Mr. Bones, a grande tênia que vivia na cabeça da zumbi, se espremia dentro do crânio da garota e lá tirava um cochilo demorado. Como estava sozinha, Skull aproveitou aquele momento para manter seus pensamentos em ordem. A garota morta seguia até o hospital Pokémon. Ela se guiava dentre as ruas se localizando com as placas, o dia nublado dificultava a visão da garota ao mesmo tempo em que a garoa se fortificava. Como o dia acabava de se iniciar não havia muitas pessoas na cidade.
Não demorou muito para que Skullgirl finalmente chegasse até seu destino. Para a surpresa da zumbi, o PokéCentro estava lotado de Treinadores Pokémon. As pessoas olhavam para a garota curiosos, tentavam entender o porque daquela figura usar roupas tão estranhas e tantas cicatrizes em seu corpo. O cheiro que Skull exalava de seu corpo morto também não ajudava, tudo estava prestes a desabar em uma confusão. Ela estava bastante tímida, se dirigia até o balcão de atendimento onde era abordada pela Enfermeira Pokémon. A mulher bastante simpática recolhia os Pokémon de Skull utilizando uma bandeja, colocando cada PokéBall dentro de alguns slots. Passou cinco segundos até que a enfermeira retornava para sua cliente, Skull recebia seus companheiros e assim agradecia pelo atendimento. Os Treinadores continuavam observando Skull.
Nossa heroína estava fora do PokéCentro, preparada para vivenciar mais alguma aventura. Ela se via pronta para seguir para seu próximo desafio, sem ao menos saber onde ir. Cansada de lutas selvagens sem propósito, Skull espirrava em sua volta um pequeno Repel. O jato não cheirava nada bem, só piorava a situação de Skullgirl mas ao menos agora ela espantava alguns Pokémon.
Não notava a estranha movimentação que chegava repentinamente, olhava para trás dando de frente com uma garotinha fantasiada de inseto. De corpo magro, muita animação e óculos redondos, a estranha importunava Skull sem motivos.
— Ei! Você tem um Pokémon inseto ai, não é? Eu sei que você tem! — Estava eufórica sem nenhum motivo, mas pelo que parecia aquele era o seu "normal".
— Hum... você deve ter visto Shedinja, certo? Acho que ele adoraria conhecê-la. — Muito simpática Skullgirl se dirigia a garota com muita educação, ela precisava de amigos e por conta disso tratava todos ao seu redor com gentileza.
Liberando Shedinja para o exterior, a casca se via em frente a uma desconhecida de vestes tão estranhas quanto de sua Coordenadora. Curiosamente, Shedinja quebrava toda sua timidez e já se aproximava da menina com muita animação. Ambos dançavam em um ritmo estranho só que muito divertido, Shedinja até soltava alguns grunidinhos alegres enquanto sua nova amiga ia ao chão repleta de gargalhadas. Eles acabavam de se tornar grandes amigos.
— Que surpresa mais doce! Shedinja nunca foi de criar laços com outras pessoas, é muito bom vê-lo se divertir tanto. Qual é o seu truque? — Ela colocava as mãos em sua cintura enquanto inclinava seu corpo para a direita.
— Eu amo os insetos, e sou capaz de tudo para ajudá-los. De alguma forma, eles também acabam gostando de mim! Aproposito, me chamo Kylie... Kricketina Kylie. — Se apresentava. Ela mantinha Shedinja em uma de suas mãos carregando-o como um sorvete.
— É um grande prazer, Kylie. Meu nome é Candy. — Se lembrava do apelido que havia obtido na escola de Solaceon. Sempre que perguntavam o nome da morta viva, ela entrava em uma saia justa.
Kylie e Skull passavam breves minutos conversando. A garota inseto devolvia Shedinja para os braços da zumbi, elas gargalhavam um pouco mais enquanto compartilhavam algumas experiências. Com tantas histórias, Kylie acabava por ter uma ótima ideia.
— Eu tenho alguns insetinhos... adoraria treina-los. Que tal Shedinja participar de uma luta? — Uma proposta bastante tentadora. Após ter evoluído, Shedinja acabou por obter um certo receio de batalhas. Sua casca mágica também vinha a ser bastante frágil dependendo da luta, e isso sempre o assustava.
— Shedinja tem certo receio para lutas, faz um bom tempo que não o utilizo em uma batalha Pokémon. O que você acha Shedinja, seria uma experiência muito boa para você! — Insistia no "sim" da casca. O Pokémon olhava fixamente para sua treinadora sem ter nenhuma reação. Ele se balançava para cima e para baixo lentamente, aquele gesto era um "aceito" mesmo que ainda estivesse intimidado.
— Admiro muito sua coragem e força de vontade. Ele aceitou! — Jogava seus braços para cima em alegria, olhava para Kylie aguardando as regras para aquela luta amistosa.
— Ótimo! Ótimo! Ótimo! Vai ser um grande prazer lutar com vocês. Apresento a vocês meu querido e pequenino, Durant! — Arremessava sobre o solo uma Pokéball avermelhada. A bola quicava no chão macio e voltava para as mãos da garota, em um feixe vermelho, a silhueta de uma formiga aparecia e uma criatura pequenina rugia de forma fofa.
Aquele era um Durant em sua fase inicial. Não era intimidador mas ainda sim parecia ser forte. Seu corpo era revestido por aço, suas antes pareciam brocas e seu rosto inocente. Ele realmente poderia ser um novato em lutas. Shedinja e Durant trocavam olhares um para o outro, os insetos rodeavam um a outro se conhecendo. Até que finalmente ambos esboçavam seus sorrisos e entendiam que aquela batalha seria por pura aprendizagem.
— Devemos começar agora! Eu irei para a esquerda e você vá para direita. Nossa batalha não vai precisar de um juiz, vai ser algo cômico e selvagem. — Se dirigia para um lado e Skull para o outro. Estavam preparadas para lutar.
O campo da vez seria o centro de Santalune. Como aquele era apenas o começo de mais um dia e o sol ainda estava nascendo, não havia muitas pessoas naquela área. Concreto decorava o chão, algumas partes mostravam o solo sem vida em uma terra grossa infértil. Algumas casas ficavam ao redor da arena, algumas estavam sendo reconstruídas enquanto outras eram apenas ruínas. A fonte da cidade se mantinha em seu centro, era blindada por granito maciço que resistiria a diversos golpes.
As treinadoras e os Pokémon continuavam se encarando. Até que Kylie dava a largada e a batalha se iniciava.
- Durant
- Durant #632:
Nome: Durant #632
Lvl: 12
Exp: --
Sexo: Masculino
Habilidade: Swarm
Item: Bug Gem
OT: Kricketina Kylie
Características:
Ataques:
- Fury Cutter
- Bug Bite
-
-
- Metal Claw
-
-
-
- Sand Attack
- Vice Grip
- Beat Up
-
Shedinja Nvl: 20 | Vel: 21
100% - Saudável.:Vs:.
Baby Durant Nvl: 12 | Vel: 17
100% - Saudável
- Shedinja
- Shedinja #292:
Nome: Shedinja #292
Lvl: 20
Exp: 550/998
Sexo: --
Habilidade: Wonder Guard
Item: Lucky Egg
OT: Candy Skullgirl
Características:Shedinja é um Pokémon muito misterioso, humilde e travesso. Gosta de aproveitar as simplicidades da vida. Adora dormir nos ossos da costela de Skullgirl pois é fresquinho e ventila bem.Ataques:
- Leech Life TM
-
-
-
- Shadow Ball TM
-
-
-
- Scratch
- Harden
- Sand-Attack
-
Inicial Pokémon — Nvl: 05, Pallet Town
— Vamos lá! Começou! Durant utilize o seu Metal Claw e depois um criativo Vice Grip! — Suas ordens não faziam muito sentido. Kylie poderia ser mais uma colecionadora de insetos do que uma Treinadora Pokémon. A formiga ouvia suas ordens com atenção e partia para cima da cigarra.
— Muito bem, somos mais rápidos que Durant. Faça uso de um Shadow Ball duplo! — Com uma estratégia agressiva, Skull colocava todas as suas fichas naquele momento. Shedinja já preparava seu golpe com muita maestria.
Shedinja fazia com que sua aureola pulsasse com energia maligna. A cigarra remexia suas pequenas patas em um movimento estranho, o ritual repleto de trevas formava um orbe bem em frente ao Pokémon. A esfera crescia e crescia, enquanto acumulava o máximo de energia que conseguía. Preparado, Shedinja lançava o Shadow Ball contra Durant que corria até sua direção. Por falta de experiência, Durant recebia o golpe bem em seu rosto levando uma quantia grande dano diretamente. O pequeno ficava atordoado por breves segundos, seu corpo ficava manchado na cor roxa ao mesmo tempo em que pequenas faíscas pretas saíam de dentro de sua casca. Ele abria bem sua mandíbula tentando arranhar seu oponente com seus dentes. Como resposta, Shedinja deformava o cenário e surgia em outro lugar. A cigarra apenas se teleportava evitando o golpe do pequeno inseto. Experiente, a casca animada mas ainda sem vida repetia seu movimento anterior. Outro Shadow Ball era disparado e desta vez acabava sendo decisivo, Durant ia ao nocaute. Ao sentir o impacto o corpo do Pokémon ia para trás e quase no mesmo instante ele cambaleava para o chão, ele estava incapaz de lutar.
Shedinja Nvl: 20 | Vel: 21
100% - Saudável.:Vs:.
Baby Durant Nvl: 12 | Vel: 17
00% - K.O
— Uau! Nossa! Quanto poder! Infelizmente Durant, você fez o que era possível... retorne amiguinho. — Fazia uso de uma de suas PokéBalls para retornar a formiga. Recolhia de dentro da mochila outra esfera com outro Pokémon. Ela libertava uma criatura azulada e risonha.
Um Heracross pequenino ia para dentro da luta, o pequeno possuía alguns músculos e uma casca dura. Ele parecia ser bastante agitado, além de muito divertido. Equipado com um chifre pontudo e músculos poderosos, ele via Shedinja como um oponente fraco. Aquele bebê estava com tudo, ele seria um oponente digno para o fantasma.
- Heracross
- Heracross #214:
Nome: Heracross #214
Lvl: 12
Exp: --
Sexo: Masculino
Habilidade: Swarm
Item: Bug Gem
OT: Kricketina Kylie
Características:
Ataques:
- Pin Missile (Egg Move)
-
- Arm Thrust
-
-
- Bullet Seed
- Night Slash
- Leer
- Fury Attack
+ Feint
+ Aerial Ace
+ Chip Away
Shedinja Nvl: 20 | Vel: 21
100% - Saudável.:Vs:.
Baby Heracross Nvl: 12 | Vel: 14
100% - Saudável
— Que atitude deste Heracross! Vamos ver se ele consegue passar por cima do meu fantasminha, utilize outro par de Shadow Ball! — Continuava com sua estratégia agressiva, os poderes maldosos de Shedinja causariam muito dano.
— A barreira mágica de Shedinja não vai fazer efeito, vamos acabar com isso! Músculos acabam com cérebros, utilize seu Aerial Ace duas vezes! — Um movimento do tipo voador poderia acabar com as forças do inseto em questão de segundos, tudo dependeria exclusivamente da sorte de Skull e de seu Pokémon.
Shedinja conseguia sobressair com sua velocidade inigualável. Moldava mais uma esfera sombria com o pouco de tempo que lhe restava, ele disparava o Shadow Ball utilizando toda sua força e mirando bem no rosto de Heracross. A bola sombria entrava em contato com o corpo do besouro fazendo uma explosão violenta, Heracross surgia da fumaça bastante ferido mas ainda sim imparável. Ele pulava o mais alto, depois colocava um de seus pés em frente ao seu corpo. Uma voadora surgia junto do seu Aerial Ace afetando Shedinja da melhor forma. O fantasma ia para trás, o impacto acabava sendo difícil de suportar. Desestabilizado, Shedinja criava outro Shadow Ball jogando-o contra seu oponente. Como o esperado, Heracross levava o golpe em cheio e ia para o nocaute. Mas ao menos, Kylie havia descoberto a fraqueza do seu oponente.
Shedinja Nvl: 20 | Vel: 21
48% - Bem.:Vs:.
Baby Heracross Nvl: 12 | Vel: 14
00% - K.O
Kricketina retornava seu parceiro. Ela não perdia seu sorriso pois sabia que tudo estava valendo pelo aprendizado. Desta vez ela liberava um pequeno Pinsir. A miniatura não possuía a aparência tão agradável como as de seus parceiros, ele poderia ser chamado até mesmo de "engraçado". Seus chifres mal desenvolvidos se destacavam em sua cabeça cascuda. O rosto fechado, a falta de dentes e a estatura pequena, tudo direcionava para gargalhadas.
- Pinsir
- Pinsir #127:
Nome: Pinsir #127
Lvl: 12
Exp: --
Sexo: Masculino
Habilidade: Hyper Cutter
Item: Bug Gem
OT: Kricketina Kylie
Características:
Ataques:
- Bug Bite
- X-Scissor (Egg Move)
-
-
-
-
- Vice Grip
- Harden
- Focus Energy
- Bind
- Seismic Toss
- Revenge
Shedinja Nvl: 20 | Vel: 21
48% - Saudável.:Vs:.
Baby Pinsir Nvl: 12 | Vel: 14
100% - Saudável
— Sim! Este bebê é feio, mas ele é incrivelmente forte. Vamos começar com X-Scissor e depois Revenge! — O óbvio aconteceria, e sua estratégia de devolução não iria funcionar.
— Estou muito orgulhosa com seu desempenho. Agora, continue com seus Shadow Ball! — Não teria porque não encerrar aquela luta, os movimentos estavam dando certo junto de uma estratégia nada complexa.
Shedinja começava. Ele liberava de seu corpo outra esfera repleta de maldade, Shadow Ball entrava em contato com o corpo de Pinsir explodindo em trevas. Ferido, o Pokémon respondia ao dano com um corte rápido utilizando seu chifre... mas nada funcionava, pois Shedinja desviava com seu teleportar. O X-Scissor acabava sendo inútil. Rápido e fatal, Shedinja jogava outra esfera contra o inimigo levando-o para o nocaute.
Shedinja Nvl: 20 | Vel: 21
48% - Saudável.:Vs:.
Baby Pinsir Nvl: 12 | Vel: 14
00% - K.O
A batalha se encerrava trazendo a Shedinja bastante experiência. Kylie retornava seu último Pokémon aceitando sua derrota, mas ainda mantinha um maravilhoso sorriso sobre seu rosto. Shedinja mesmo que parecesse estar bastante cansado, ele recusava retornar para sua esfera e queria se manter próximo de Skull. A zumbi estava repleta de orgulho, ver seu Pokémon agindo de forma tão corajosa na batalha havia sido algo novo. Bem, Kylie sentia que aquela derrota teria amadurecido seus Pokémon. Ela agradecia cada um com um beijo em suas devidas Pokéball.
— É isso! Vocês são fortes! O que acham de enfrentar o Líder de Santalune? Seria um grande desafio! — Ela apontava para o grande hall que ficava no topo da cidade. Notava que Skull vislumbrava o lugar, aquele seria um grande feito na carreira da zumbi.
— Então... aquele é o Hall? Lá existe um líder do tipo... inseto. Nossa, eu adoraria desafiá-lo e de certa forma irei! — Se sentia extremamente animada, receber o reconhecimento de derrotar um grande Líder de Hall seria uma experiência e tanto. Shedinja estava preparado para aquele novo desafio, ele não escondia sua animação nos seus zumbidos.
Kylie se despedia de Skull após dar-lhe mais algumas dicas. A zumbi utilizava seu Berry Pot e nele colocava sua Babiri Berry. Na pequena estufa, a berry iria crescer e se multiplicar. A estufa emitia alguns sons estranhos, se remexia de um lado para o outro até que regava por completo todo o fruto que lá estava sendo plantado. Naquele instante, os preparativos para desafiar o Hall estava se iniciando e Skull poderia se manter a frente de seu oponente... quem quer ele fosse.
— Ah! Antes que eu me esqueça, eu possuo dois ovos que não posso cuidar e preciso de alguém que cuide deles... você aceita? — Mostrava para a morta viva um par de ovos azuis que estavam repletos de vida. Skull aceitava ambas as criaturas sem recusar. Eram ovos de um Mantyke e de um Azurill.
— Claro! Eles vão adorar ficar ao lado dos meus amigos. — No fim, Skull e Kylie se despediam. Uma ia para um lado e a outra para o outro.
Agora com dois ovos em seu time, Skull e Shedinja deveriam tomar ainda mais cuidado. O desejo de enfrentar um novo desafio dominava a equipe, todos estavam preparados para viver algo novo.
— Kricketina Kylie derrotada.
— Shedinja [550/998] recebeu 539 de exp. Subiu para nível 21 [91/1119]. Baby Durant derrotado.
— Shedinja [91/1119] recebeu 557 de exp [648/1119]. Pinsir derrotado.
— Shedinja [648/1119] recebeu 557 de exp. Subiu para nível 22 [86/1248].
— Shedinja está equipado com Lucky Egg.
— Ovos de Mantyke e Azurill foram adicionados a Narrativa, mas foram obtidos de outra forma via Eventos.
— Skullgirl [13.940§] recebeu 1.080§ Pokédollars, seu saldo atual é: 15.020§ Pokédollars.
— Babiri Berry foi colocado no Berry Pot [18.02.2022 a 25.02.2022].
— Repel foi utilizado, retirando o Dado Pokémon Selvagem.
— Link: Sorteios
Candy
Destroços Elegantes
Ela acordava após uma longa soneca em um fim de tarde, seus Pokémon a observava inquietos e curiosos equipados com sorrisos alegres. Skullgirl sentia que algo havia acontecido. Como se tivesse vivido por séculos, suas memorias estavam bagunçadas e seu corpo um pouco travado. Seus braços estavam trocados, o direito estava no esquerdo e o esquerdo no direito. Seu pescoço estava rangendo e seu olho estava quase que saindo para fora, todas aquelas pistas revelavam que a zumbi havia dormido por tempo demais. Ela se levantava com calma, deslizava suas mãos sobre seu vestido sentindo o tecido envelhecido. Suas pernas finas estavam em ótimo estado, suas meias e seus pés pareciam também estar bem. Ela mexia seus dedos, até sua mão ossuda parecia estar mais viva. Tudo estava ótimo. Ela costurava seus membros secos e decompostos com uma fina agulha, destrocava seus braços colocando-os de volta em seus lugares. Protegida pela falta de movimentação, a oportunidade de se recompor com agulha e linha vinha com tudo. A mórbida se esticava afim de sentir seu corpo e tudo realmente parecia estar no lugar.
Shedinja e Drifloon acompanhavam Skull em seu acordar. A casca sem vida se arrastava sobre o colo da morta viva tentando chamar sua atenção. Skullgirl se lembrava de seus amigos graças ao toque gentil da cigarra, Shedinja não possuía muitos sentimentos mas naquele momento ele havia feito a diferença. Drifloon acariciava os cabelos de sua companheira, ele também fazia questão de ser carinhoso.
— Olá! Amigos, não sei dizer mas... acho que senti saudades. — Os sentimentos na cabeça da zumbi estavam confusos, caóticos e coloridos. Ela não se lembrava do que havia acontecido anteriormente, ou de sua jornada desde então, mas sabia que aqueles Pokémon eram especiais. Ela recolhia a cigarra e o balão com cuidado, os colocava sobre seu colo. Com as criaturas tranquilas, ela podia acaricia-los com muita paciência e carinho. Tudo parecia tão novo para Skullgirl, a zumbi estava confusa mas permanecia otimista.
O ambiente urbano mas natural de Santalune trazia uma sensação de calma para o ambiente. Uma pequena cidade iluminada por insetos e luzes coloridas, Santalune parecia estar em ascensão. Quase que um quarto de seus prédios e casas estavam sendo reerguidos, enquanto outros eram construídos. Muitos Pokémon trabalhavam em conjunto com os civis em um trabalho intenso para o bem estar da população, os insetos e o povo pareciam estar em harmonia com a natureza. Uma utopia perfeita e quase que sem poluição. Muitas pessoas retornavam das rotas e florestas com alguns recursos, outros trabalhavam em negócios dentro da própria cidade. Santalune rodava através dessa combinação entre o rústico e o tecnológico, um ambiente em que executivos e lenhadores se encontravam.
Skullgirl possuía uma aparência diferente dos demais, a garota e seus Pokémon atraíam olhares por todas as partes. Seu modo de vestir e falar parecia intrigante, ao mesmo tempo em que sua fisionomia trazia um pouco de pavor. A zumbi se sentia acostumada com aquela atenção, como que se fosse feita para passar por aquele desconforto. O grupo se mantinha sentado sobre um banco de praça, ela acariciava seus Pokémon e eles averiguavam o lugar com seus olhos astutos. Shedinja sentia a aura das pessoas que surgiam em sua frente, muitos pareciam apenas curiosos enquanto outros tinham certo preconceito. Secretamente, a cigarra guardava aquelas opiniões para si mesmo deixando a tristeza trancada dentro de sua própria casca. Eles resistiam aos insultos, Skull necessitava de tempo para voltar ao seu normal e encarar a realidade com sua animação.
Um pequeno cãozinho aparecia no meio das ruas, o tipo fogo fugia de algo segurando em sua boca uma esfera arroxeada. Uma gatuna o perseguia, ela possuía aparência felina e seu corpo estava repleto de cicatrizes grotescas. O Vira-latas, Houndour, escapava dos movimentos vindo da mulher até que outros Pokémon apareciam na confusão. Um Goldeen e um Glameow tentavam acertar o filhote com movimentos cheios de acrobacias e jatos d'água. A ladra saltava de postes a latas de lixo tentando alcançar o Pokémon, a confusão prosseguia até uma esquina sendo tampados por um muro que dividia a cidade das florestas.
Eles entravam na praça central de Santalune, corriam atrás da criatura sem perdê-lo de vista. De repente, os quatro vândalos colidiam em um banco de madeira fazendo alguns braços voarem ao ar. Skull e seus Pokémon eram colocados a força na bagunça, a bandida cicatrizada e as outras criaturas se levantavam ignorando a cena que haviam feito. O peixe disparava uma bolha de água sobre o rosto do cão fazendo-o soltar o artefato, Houndour fugia desistindo de seu feito e deixando para trás uma longa história de ação. A mulher recolhia a esfera sobre o azulejo urbano, curiosamente, engolia o item de uma só vez e depois arrotava sem educação.
Shedinja, Drifloon e Skullgirl permaneciam em silêncio atordoados pelo caos. A zumbi grunhia tentando chamar atenção da mulher para que ela percebesse o que havia feito. O torso da zumbi estava em um lado, seus braços em outro e sua cabeça se apoiava em Shedinja. O balão fantasma recolhia as partes de sua companheira, ele ligava membro por membro de forma falha deixando-a no chão como se nada pudesse ser feito. Assustada e surpresa, a ladra gritava pelo nome de Skullgirl. De alguma forma, a guria conhecia a zumbi e a conhecia muito bem. Inclusive, conhecia sua história desde a saída de Pallet.
— Calas, que incrívleu! Sklulglil! É vlocê? Espelai... — A mulher-gato possuía um linguajar forte e preso, seu corpo era musculoso também bronzeado. Suas roupas curtas mostravam todas as cicatrizes que envolviam seus braços e barriga, metade de seus seios também se destacavam na vestimenta sensual e por incrível que parecesse lá também havia cicatrizes. Ela repartia seu pescoço em movimentos assustadores, girava sua cabeça em torno do próprio corpo e mastigava sua língua. Aquela ritual denunciava que a ladra era tão estranha quanto a morta viva.
— Não faço ideia do que estou fazendo. Mas eu fiz e está bem melhor. Ah! Sim, eu também estou meio "morta". — Ela e seus Pokémon cumprimentavam os estranhos, reconstruíam o corpo da zumbi e ambas se estalavam em um processo nojento. Diferente de Skull que já estava em podridão, aquela coisa parecia estar "viva" e seu corpo até produzia um pouco de gordura. Toda pele morta se contorcia, ela se assemelhava a uma boneca de pano como se seu corpo não tivesse ossos.
Goldeen e Glameow se entendiam com Drifloon e Shedinja. Eles compartilhavam histórias utilizando o falar dos Pokémon. Com poucos minutos de conversa, os quatro começavam um pique-esconde inocente dando espaço para as garotas monstro. Shedinja trapaceava ficando invisível próximo de uma árvore, Goldeen pulava dentro dos esgotos se prendendo em um cano solto de baixo da água, Drifloon se camuflava em um carro de balões e Glameow partia para encontrá-los. Os estranhos começavam a criar vínculos, e eles esperavam que o mesmo acontecesse com suas Entusiastas. Uma brincadeira estranha mas divertida para os Pokémon.
Já reconstruída e de pé, Skullgirl se apoiava nos ombros da estranha. Ela se admirava com os movimentos da cicatrizada, sua boca estava repleta de perguntas mas a zumbi se sentia envergonhada. Elas ficavam se olhando bem próximas, uma vislumbrando a estranheza da outra. Estavam ambas chocadas com a segunda chance que haviam tido.
— Certo, isso já está bem estranho. Me chamo Miss Infortune. Mas não sou uma pirata ou assim, se é que me entende. Mas pode me chamar só de Fortune, é meu nome de guerra. — Fortune segurava as mãos da morta viva enquanto a equilibrava, ela dava tempo para que Skull digerisse toda a informação e também percebia certa timidez da monstruosidade. Boba e decapitada, Fortune deslizava sua cabeça em seu ombro recolhendo o próprio crânio em sua palma da mão. Ela conseguia colocar seu rosto fixado no olhar de Skull esperando uma resposta, e no fim das contas ambas caíam nas gargalhadas.
— Certo, certo, certo. Você venceu. Me chamo Skullgirl, você é como eu? — Ela perguntava tentando manter a educação. Fortune confirmava com um sorriso, balançando seu rosto sobre sua palma. Skull colocava a cabeça da guria de volta em seu corpo. Parecia improvável encontrar uma pessoa como a esqueleto, imortal e revivida em um corpo indolor mas de cor. Como se ela fosse uma contraparte da zumbi, Fortune estava viva mas não sentia dor e possuía órgãos. Parecia ser divertido, ela funcionava como uma pessoa comum mas não era. Enquanto Skull conseguia ser gentil e decrépita, a gata conseguia ser rude só que viva.
— Mais ou menos. Eu conheço um pouco de você. Só sei que você é fruto de algo... sei lá, mágico? E eu sou fruto disso daqui. — Apontava para seu estômago um orbe arroxeado e brilhante destacado em suas entranhas. Elas se sentavam na grama e lá conversavam quase que durante toda a noite. Ambas contavam suas histórias e se entendiam, uma amizade poderosa estava se formando ali.
Miss Infortune havia sido uma vítima cruel de uma Mafia de criminosos sem piedade. Contratada para um serviço sujo com foco em suas acrobacias de tirar o fôlego, a ladra roubou um Life Orb exótico que a agraciou com a vida eterna. Traída por seus contratantes, Miss foi morta de forma brutal e sem escrúpulos. Enquanto seus Pokémon foram deixados em ambientes inóspitos para a morte. Sagaz, Miss engoliu o orb fazendo com que os criminosos levassem uma réplica. Desde então, Miss só está viva por conta do artefato entalado em seu corpo e permanece viva sempre que está próxima do mesmo. O corpo da garota pode se esticar até onde suas cicatrizes vão, suas vísceras são resistentes e seus ossos são moles. Fortune faz uso dessas artimanhas para participar de roubos em prol da própria sobrevivência. Uma coitada sem futuro, semelhante a Skull.
Perdida em uma longa conversa e já sem muitos interesse. Skull suspirava ao assistir um grupo de meninas bem vestidas do outro lado da rua, elas pareciam sair de um espetáculo acompanhadas de Pokémon também de tirar o fôlego. A morta viva não as invejava, mas possuía uma imensa vontade em se apresentar assim como as gurias. Infortune sabia o que sua amiga estava sentindo, ser especial tinha suas vantagens mas também trazia alguns desconfortos. O preço de ser esquisito as vezes era caro demais, as pessoas tinham seus preconceitos e opiniões agressivas. Um tabu que Skull carregava consigo desde o início de seu reviver, seu coração se afogava em uma tristeza repentina. Ela encostava sua cabeça sobre o ombro da ladra, refletia em silêncio enquanto Shedinja e Drifloon permaneciam ao seu lado tentando confortá-la.
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A ladra saltava de um lado para o outro, Skull caía com o rosto no chão. Infortune dava uma sequencia de saltos, estrelas e algumas outras acrobacias. Ela recolhia a bolsa de ossos, o saco de itens que Skull carregava por onde ia. A bolsa estava perdida sobre a grama, uma oportunidade perfeita para um assalto de pequeno porte. Mas, felizmente, bondosa a ladra tirava da mochila o Berry Pot da defunta e ao mesmo tempo que retirava de seu próprio bolso, uma Iapapa Berry. Ela plantava com carinho o fruto na terra saudável da estufa, a regava e depois entregava o itens para a querida. Gentil, ela também entregava a Shedinja e Drifloon dois doces que os fortificavam. Sendo um PokéBlock Yellow e PokéBlock Olive.
— Você... você é bem bonita. E é tão bonita quanto aquelas magrelas ali! Se sonha em se apresentar, se sente que precisa disso. Temos que começar a trabalhar nisso, o que acha? — Ela via as mãos trêmulas de Skull. A zumbi carregava o pequeno jardim com certo medo, como se sua imaginação estivesse sendo infectada por medo. Drifloon se agarrava nas mãos da morta, acalmando-a com sua presença. Glameow e Goldeen faziam o mesmo, confortavam a amiga de sua amiga como conseguiam. Shedinja emitia suas ondas tentando identificar os sentimentos de sua entusiasta, ele sabia que algo estava fora do controle.
A ladra e a zumbi começavam a treinar, uniam seus Pokémon em uma apresentação de tirar o fôlego... literalmente, tirar o fôlego e trazer a morte. Os passos não sincronizavam, membros iam ao chão e um cenário horroroso se expandia. Todos se esforçavam naquela noite, dançavam ao som das árvores e criavam o que tinham em mãos. Nada parecia ter muito sentido, mas era divertido. Infortune e Skullgirl fundiam-se uma valsa delicada, a ladra deslizava o corpo da morta com maestria e ambas se ligavam compartilhando suas próprias emoções. Uma dança quase que perfeita, poucos erros surgiam e logo eram reparados. Tudo parecia maravilhoso, e a conexão entre as duas parecia crescer ainda mais. Os Pokémon adoravam vê-las juntas, especialmente Drifloon e Shedinja que nunca haviam visto Skull tão alegre.
— Você é tão maravilhosa quando não é rude! Infortune! Isso é divertido! — Seu corpo rodopiava na segurança da gatuna, ela se deitava sobre os braços da amiga e depois era lançada ao ar com bastante graciosidade. Elas dividiam o palco imaginário interligadas na dança, Infortune mantinha-se próxima da zumbi. A deixava livre para criar seu próprio espetáculo guiando-a apenas no básico. Skull se distanciava com um rodopio extraordinário com um espacate no ar, finalizado na ponta de apenas um pé. Ela se assemelhava a uma bailarina, delicada e formosa. Toda a elegância da garota era mostrada ali. Infortune se admirava.
Sempre trancada em um quarto solitária...
Vejo minhas pegadas que tanto procurei...
Não consigo encontrá-lo, mesmo que rasteje sobre meu corpo...
Irritação e ansiedade correm em mim...
Vejo minhas pegadas que tanto procurei...
Não consigo encontrá-lo, mesmo que rasteje sobre meu corpo...
Irritação e ansiedade correm em mim...
Ela repousava suas mãos sobre seu peito, tampando o adorno de caveira que lá havia. Sua voz ecoava menos rouca e ainda mais viva. Um tom doce, agudo e gentil. Seus vocais se expandiam em notas puras, um som que agradava a todos e chamava a atenção de quem passava. Os selvagens se aproximavam junto dos poucos civis que surgiam, Skull cantava com toda sua força uma canção desconhecida. Sua voz ecoava pela cidade sem esforço, apenas talento e uma imensa vontade de estar viva. Todas suas emoções eram libertas, seu corpo se esvaziava de toda tristeza enquanto muita criatividade aparecia em seu peito. Alegre mas chorosa, lágrimas desciam de seus olhos para suas bochechas. O poder de seu canto encantava quem se aproximava.
Shedinja liberava um Shadow Ball aos céus que lá se mantinha por alguns segundos. Drifloon preparava uma ventania cortante, rodando seu corpo em volta de si mesmo criando um pequeno tornado afiado. A bexiga lançava o golpe contra a esfera fantasma, no colidir dos movimentos Shadow Ball e Gust se unificavam em uma explosão mediana de tom roxo. Moldadas pelos cortes precisos de Drifloon, um amontoado de borboletas surgiam na combinação. O efeito fantástico era atraído para corpo da garota, os insetos feitos de luz sobrevoavam e circundavam Skullgirl trazendo a ela mais atenção de seu público. Drifloon se transformava em uma sombra através de seu Hex e com isso partia para cima de cada poste ao redor da praça. As luzes iam se apagando de uma em uma, a bexiga deixava apenas uma lâmpada sobre o palco improvisado de sua entusiasta. A escuridão, as borboletas e o canto sereno transformava o espetáculo em uma apresentação digna de um coordenador.
Extremamente emocionado, o corpo da cigarra formigava e sem sua vontade um Harden surgia fazendo seu corpo brilhar em vários tons. Shedinja se arremessava no solo sujo com seu corpo brilhante, repleto de areia ele manipulava a terra com seu Sand-Attack e depois flutuava sobre a cabeça de todos. A areia se tornava brilhante assim como o corpo da criatura, era como se fosse purpurina prateada que se combinava com o cenário da apresentação. Aquela chuva brilhante encantava o palco, deixando toda a cena ainda mais elegante em conjunto das borboletas. Inquieto ao ver seu amigo, Drifloon finalizava sua participação com seu Payback. Ele assoprava o ar que o envolvia energizando seu corpo com a escuridão, as borboletas e os brilhos se misturavam em sua volta. No fim, ele liberava todos os adornos com uma explosão pacífica juntando luz com trevas. Borboletas voavam em conjunto com areia, invadindo o público com cores e ainda mais luz.
— Céus... não pare de cantar! Você consegue! — Infortune gritava com a plateia de Santalune, uma multidão ia surgindo e o público parecia cada vez maior. Skull tentava manter o foco na própria canção, os aplausos e os elogios deixavam-na zonza mas ela não desistia. Seus Pokémon prosseguiam trazendo efeitos, tomando conta da apresentação e dando a zumbi toda a atenção que ela merecia. O treino havia se tornado um show que a garota jamais imaginária participar.
Tenho sonhos, estranhos sonhos...
Com alguém importante para mim...
Amarre-me em seu dedo mindinho...
Não deixe ir, prometa-me que não vai me deixar ir...
Com alguém importante para mim...
Amarre-me em seu dedo mindinho...
Não deixe ir, prometa-me que não vai me deixar ir...
Todos aplaudiam, sentiam a emoção que Skull passava. Muitos choravam em conjunto com a cantora, eles vislumbravam as lágrimas que corriam em seu rosto. A apresentação se encerrava em uma confusão agradável, gritavam com classe por um bis improvável. A voz que a garota havia tanto escondia emocionava os vivos, uma canção que trazia a vida para os que haviam se perdido e ironicamente... cantada por alguém que já se foi. Skull encerrava sua apresentação com elegância, recolhia as beiras de seu vestido e se inclinava para frente abaixando sua cabeça. Educada, ela recolhia o buquê de madressilvas que era lançado em seus pés e depois acenava para o pessoal. Ela notava o que sua voz e seus Pokémon haviam feito, notava as borboletas e todo o resto. Tudo ia sumindo enquanto a luz ia ressurgindo dos postes, as pessoas agradeciam pelo deleite e algumas iam embora. O público parecia ter amado seu canto.
______________________________________
Cansada e desgasta de fortes emoções, Skull automaticamente desmaiava e ia ao chão. Infortune atravessava a plateia com velocidade, recolhia sua amiga e colocava seu corpo sobre suas costas. Ela chamava por todos os Pokémon enquanto notava a preocupação de Drifloon e Shedinja. As pessoas percebiam o stress da situação e já pediam para ajudar a cantora. Forte, Infortune saltava de uma árvore a outra com Skull em seus braços. Shedinja fazia uso de suas forças para teletransportar Glameow, Goldeen e Drifloon para onde a ladra fosse. Todos sumiam diante do imenso público. Algo terrível poderia ter acontecido com Skull, e Shedinja estava correto, algo estava fora de controle e era algo que somente a zumbi poderia resolver.
Emoções vivas eram fortes demais para quem estava morto, a morte buscava a zumbi e cada pista que a garota dava. Viver sem um propósito machucava o espaço tempo, como se a vida e a morte tivessem sido enganadas. Skull ou Infortune não eram feitas por algo comum, elas destruíam a normalidade e rasgavam a realidade a cada passo que davam. Qual seria o motivo de estarem vivas?
— Feito uma Contest Presentation: Saiba Mais
— Drifloon ingeriu PokéBlock Olive (+1 Tough | +1 Clever).
— Shedinja ingeriu PokéBlock Yellow (+1 Tough).
— Skullgirl recebeu +1 de Fama Local em Santalune.
— Shedinja e Drifloon receberam ½ de seus Leveis como EXP.
— Skullgirl retirou da BOX 1x Iapapa Berry.
— Iapapa Berry foi para Berry Pot, crescerá dia 16.08.2022.
— Skullgirl e MS. Fortune se conheceram.
Última edição por Candy em Seg Ago 08, 2022 7:54 pm, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Edição de Códigos)
Biskka
3 ☆☆☆
Começo fazendo a ressalva de que aqui irei avaliar somente a sua apresentação. O prólogo da sua AR foi fácil de ler, charmoso em sua essência e não pecou em nos reapresentar sua personagem, também achei interessante a relação de sentimentos entre Skullgirl e seus Pokemon, ela parece ter bastante afinidade com estes em especial, e assim deveria ser mesmo, afinal é uma Ghost Tamer. Quanto a sua escrita eu nunca tenho do que reclamar, já disse para todos e por várias vezes que gosto dela, acho interessante como você apresenta suas ideias e a forma que as organiza, te acho uma boa escritora. Mas agora chegamos num ponto que começa os meus motivos para ter dado 3 estrelas: Não consegui visualizar muito bem qual tipo de canção você quis nos passar, talvez a minha imaginação tenha falhado nessa parte, mas não me recordo de ter visto uma narrativa ou palavra ou algo que indicado que a música era algo mais melódico, ou uma música mais alegre; ainda que eu tenha interpretado como uma música relaxante e calma. Mas fica a pergunta, será que foi? Acredito, também, que em uma apresentação a aparência da personagem deverá ser bem descrita em detalhes, acredito que tenha faltado mais elementos que desenvolvesse a Coordenadora em si. Mas pode ter sido minha impressão.
Outro ponto que gostaria de comentar foi o movimento usado pelos Pokemon, o que realmente achei interessante e criativo dado aos poucos moves que eles possuem por serem level baixo, você conseguiu criar algo legal de se ver por aqui, principalmente na parte do Harden - eu não pensaria em usar o Harden daquela forma. Ademais, o último movimento, o Payback, nesta parte deu a sensação de que você tinha uma ideia na cabeça, porém não conseguiu passar para a sua narrativa e, consequentemente, não conseguiu passar em sua totalidade a sua ideia, mas achei que foi bem executado, no final... Mas muito simples, ainda.
Considerações finais: Sua apresentação diverte, mas não o suficiente para entreter. Como uma apresentação casual é algo aceitável para uma Coordenadora com potencial tão grande, mas se fosse uma Prova de Valor eu tentaria me esforçar mais. Espero ver mais da Skullgirl em futuras apresentações e, quiçá, pelos Contest's Hall de Pokegea.
Outro ponto que gostaria de comentar foi o movimento usado pelos Pokemon, o que realmente achei interessante e criativo dado aos poucos moves que eles possuem por serem level baixo, você conseguiu criar algo legal de se ver por aqui, principalmente na parte do Harden - eu não pensaria em usar o Harden daquela forma. Ademais, o último movimento, o Payback, nesta parte deu a sensação de que você tinha uma ideia na cabeça, porém não conseguiu passar para a sua narrativa e, consequentemente, não conseguiu passar em sua totalidade a sua ideia, mas achei que foi bem executado, no final... Mas muito simples, ainda.
Considerações finais: Sua apresentação diverte, mas não o suficiente para entreter. Como uma apresentação casual é algo aceitável para uma Coordenadora com potencial tão grande, mas se fosse uma Prova de Valor eu tentaria me esforçar mais. Espero ver mais da Skullgirl em futuras apresentações e, quiçá, pelos Contest's Hall de Pokegea.
Candy
Destroços Elegantes
Uma voz ecoava na mente da menina, um sonho se iniciava junto de uma melodia entristecida. Aquele era um ambiente cinza semelhante a uma mansão sem muita vida, um escritório de janelas destruídas, estantes reviradas e decorações arruinadas. Skullgirl caminhava em sua própria imaginação, investigava o pouco que encontrava tentando decifrar o mistério que sua mente havia trazido. Sobre uma mesa de madeira, um porta-retratos chamava a atenção da Coordenadora. Ela recolhia o item e vislumbrava a foto que lá estava; um pai acompanhado de sua filha.O som de um violino agudo permanecia por lá, enquanto a guria vislumbrava a foto com uma curiosidade sem igual. Cadáveres apareciam em meio as sombras na mente da garota, um corpo de um homem robusto e de uma mulher de meia idade. Os corpos estavam separados em ângulos diferentes, a moça estava encostada próxima da porta e o senhor engravatado deitado com seu peito aberto. Curiosamente, Skull não sentia nenhuma emoção ao ver aquelas pessoas. Ela prosseguia a aventura sendo guiada por si mesma, guardando para si a imagem daquelas pessoas que pareciam ser familiares. Sobre a mesa, ela deixava a recordação daquela fotografia.
Mais pessoas iam surgindo com os passos que Skull dava. Muitas cápsulas de balas apareciam do nada, sendo arrastadas pelo vento e jogadas escada abaixo. Agora, ela estava em uma salão de longas escadarias e piso azulejado. Diferente do cenário anterior, aquele estava limpo e parecia não ter sido tão afetado. Apenas os portões principais da moradia estavam ardendo em brasa como se alguém tivesse-o ateado fogo. Aquelas pistas eram claras que tudo se tratava de um ataque maldoso, como se tivesse sido planejado ou tratava-se apenas de uma invasão injustiçada.
A zumbi continuava sua exploração sem fisionomia em seu rosto, e com seus olhos esbranquiçados. Ela cessava seus passos quando chegava no grandioso jardim, vislumbrava dentre as rosas negras uma criatura quadrupede e de couro negro. Sua crina tinha a tonalidade arroxeada, seu corpo era incorpóreo e seus cascos emitiam um frio intenso. Um fantasma equino, poderoso e elegante que encarava Skullgirl como se a menina realmente estivesse lá. Spectrier, era o nome do Pokémon mítico. Ele trotava com lentidão com sua face deprimida indo até a defunta. Skull sentia sua mente formigando, ela deixava que o ser se aproximasse e com um toque sobre a testa do cavalo seus corpos começavam a flutuar. O espírito permitia que a garota ficasse em seu torso, montada sobre a criatura sentindo seu corpo sem forma física. Eles partiam com elegância para dentro de uma floresta escura e de árvores grandiosas, deixando com que a paisagem anterior se desfizesse como cinzas em uma fogueira.
______________________________________
Seus olhos se abriam. Skull e Infortune se encaravam em desconforto. A zumbi se levantava do colo da deformada, olhava bem para o rosto da mulher e depois se perguntava onde estava. Ela empurrava o corpo de sua amiga utilizando toda sua força, deixava ela cair sobre o chão e depois se levantava irritada. Skull sentia sua cabeça doer de forma angustiante mas permanecia em silêncio, Infortune sabia respeitar o momento da outra.
— Argh... que chato. Onde estão meus amigos, Infortune? — Perguntava para sua companheira ao mesmo tempo em que mantinha sua mão ossuda em sua própria testa. Ela sentia tudo ao seu redor girando e girando, como se nada tivesse fazendo muito sentido. Shedinja e Drifloon apareciam por de trás de alguns arbustos carregando em suas mãozinhas algumas berries e outras guloseimas. A mórbida fazia questão de abraçá-los com muito carinho, ela sentia muita falta das criaturas e temia perdê-los sempre que ficava desacordada.
Já Infortune se levantava com a ajuda de Goldeen e Glameow. Ela se limpava da terra em seu traseiro e coxas, estalava seu corpo expelindo um pouco de gordura de suas cicatrizes. Ela suspirava aliviada ao ver sua amiga em tão bom estado, e também se admirava com a habilidade que ela possuía em falar dormindo. A gatuna deixava a zumbi curtindo alguns segundos com seus Pokémon, até que tomava a coragem para atrapalhar aquele momento tão carinhoso.
— Não é da minha conta, eu sei. Mas tipo, você devia resolver suas coisas o mais rápido possível. Você falou tantos nomes e coisas, como se soubesse tudo sobre ou alguém ou sobre você mesma. Tem ideia do que estava sonhando? — Curiosa e com razão, Infortune se aproximava bem de Skull. Ela segurava as mãos da colega com força, esperando por uma resposta clara. Shedinja, Drifloon, Glameow e Goldeen se juntavam com a ladra naquela questão. Skullgirl nunca havia tido um apagão como aquele, como se sua mente tivesse a dominado até mesmo em seus sonhos.
— Sempre que estou cansada, acabo sendo desligada. Bem, eu não me nutro e nem me hidrato... eu preciso tirar energia de algum lugar, e meus sonos são sempre pesados. Meus amigos sabem disso. — Apontava para a cigarra e para a bexiga roxa, eles concordavam com o argumento da zumbi e insistiam para que os outros a deixassem em paz. O balão empurrava o abdômen da ladra fazendo-a se distanciar, enquanto Shedinja ficava em frente a Skullgirl tentando bloquear as falas e olhados de seus amigos enxeridos.
Spectrier...
Infortune dava de ombros. Ela aceitava as desculpas de sua amiga por puro respeito. A gatuna se virava para o por do sol dentre a uma clareira, se sentava sobre uma pedra e agarrava seu peixe em um abraço. Já Glameow deitava-se ao lado da menina, descansando e ronronando. Skull suspirava aliviada, colocava sua mão sobre seu peito apertando o adorno de caveira. Ela sentia uma lembrança surgindo, um nome vinha para si e ela o clamava inquieta...
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— Sorteios: Link
— Skullgirl teve um encontro com o Lendário Spectrier.
— Skullgirl adquiriu +1 Ponto de Fama Local.
— Spectrier está em sua DEX. Como Visto e Capturado.
— Skullgirl adquiriu 10x Ghost Gem.
Última edição por Candy em Dom Ago 14, 2022 8:27 pm, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Edição de Códigos)
Candy
Destroços Elegantes
Permaneciam unidas sobre uma grande rocha que se centralizava bem ao meio da Praça. Skullgirl e Infortune conversavam por alguns longos minutos, compartilhavam experiências e se conheciam ainda mais. Os seus Pokémon se mantinham ao lado de suas respectivas Entusiastas, eles descansavam após um longo dia de brincadeiras e muita conversa. Skull admirava o Hall de Santalune, via várias apresentações ao longe através dos fogos que eram disparados aos céus. Tantas cores e tantos elogios enchiam o coração da menina, ela sentia que devia se apresentar lá e demonstrar ao mundo seus dotes. Infortune conseguia sentir as emoções de sua amiga através de seu olhar. Ela estava realmente encantada com aquelas performances, era agradável assistir o quanto a zumbi almejava estar em um palco. A ladra se levantava do pedregulho, limpava seu colo e retirava Glameow de cima de seu corpo. O Pokémon não gostava da brutalidade, grunhia descontente e se aproximava de Goldeen que estava flutuando próximo de Shedinja. A garota recortada recolhia as mãos da zumbi e a animava, colocando-a em mais algumas horas de puro treinamento.
— Acho que temos que preparar algumas coisas para sua apresentação, se é que você realmente queira estar em uma... está bem. Vamos precisar de muita coisa além de seu canto e daqueles carinhas ali. — Apontava para o balão e para a cigarra, os Pokémon mantinham um olhar confuso enquanto encaravam tanto Infortune quanto Skullgirl. A zumbi via seu reflexo nas águas da fonte na praça, realmente, sua aparência não era das melhores e nem suas roupas pareciam muito elegantes. Ela esticava as beiras de seu vestido, observando-o com uma atenção que nunca havia tido.
— Creio que... não... tenho dinheiro para vestimentas. — Sua mão ossuda ia para seu rosto, um olhar desolado surgia e seus olhos caíam em desejo. Suspiros chegavam acompanhados de uma memória agradável e irreal. A zumbi se via na própria mente, imaginando-se com um vestido glamoroso e dourado. Seu rosto estava bem trabalhado em uma maquiagem majestosa, enquanto seus Pokémon estavam limpos e brilhantes. Um sonho que parecia impossível para um morto-vivo.
— Ei. Ei! Eeeei! Acorda. — Estalava seus dedos em frente ao nariz de Skull. Infortune vislumbrava a imensa cidade que lá estava, um giro em 360º foi necessário para que um plano mirabolante surgisse em sua mente. Ela assobiava chamando Goldeen e Glameow, os Pokémon iam até a ladra em questão de segundos ao mesmo tempo em que mantinham um olhar malicioso.
— Eu conheço algumas pessoas que podem te ajudar nessa questão de beleza e tudo mais. Só me aguarde aqui. Enquanto isso, prepare alguma comidinha para os nossos Pokémon. Eles estão morrendo de fome. — Em uma piscadela, Fortune e seus amigos sumiam em uma corrida dentre os matos de Santalune. Skull e os demais não entendiam a confusão, mas aceitavam a ajuda sem pestanejar.
Skull em conjunto de Shedinja exploravam o que havia em sua mochila. Existia muitas Berries por lá e alguns PokéBlocks, o suficiente para alimentar vários Pokémon. Drifloon acendia uma fogueira pequenina com o ar quente dentro de seu corpo, Shedinja equilibrava as panelas e demais utensílios com seus poderes psíquicos. A zumbi preparava uma mistura saborosa com algumas Berries, formava um doce amargo com frutas selecionadas. Ela se lembrava dos ensinamentos que havia tido na Solaceon School, produzia o melaço amargo com o que tinha em mãos trazendo um odor agradável para si. Ela mexia a guloseima com uma colher de madeira desgastada, estava ajoelhada ao lado do fogo equilibrando-se com cuidado. Drifloon começava a transmitir o desejo em seus olhos, Shedinja vibrava e tremia com a fome que surgia com o cheiro daquela receita.
O Berry Pot apitava sinalizando que a Iapapa de Infortune estava pronta para ser colhida. Agora a fruta havia se transformado em três, ela estava rechonchuda em uma árvore florida e dominada pela cor marrom. Skull tomava as frutas do pequeno pomar, fatiava uma e depois colocava uma Aguav Berry de volta no Berry Pot. Com a receita finalizada, a zumbi despejava a mistura em formas e a finalizava como pequenos cubos de ração Pokémon. Dois pratos eram recheados com o aperitivo, Shedinja e Drifloon atacavam aquele lanche com toda sua fome feroz ficando bastante satisfeitos com a refeição feita com carinho.
Todos estavam devidamente alimentados, de menos Skull. Até porque ela estava morta. Os queridos balão e cigarra entupidos de guloseimas, pousavam sobre a grama e tiravam um cochilo se apoiando um sobre o outro. Skull recolhia os pratinhos, junto de todas as outras coisas encerrando o jantar Pokémon. Uma novidade ocorria quando algo crescia sobre as costas da cadáver, por um momento se tornava difícil se mover. Ela abria as costas de seu vestido, estalava seu corpo e girava seus braços retirando os fungos que lá cresciam. Era algo nojento, áspero e com toda certeza era um cogumelo. Um Direshroom se criava no corpo da podridão, bastante asqueroso mas poderia ser útil cedo ou tarde.
Skull aguardava pacientemente por Infortune, segurando em um pequeno pote as sobras daquela refeição maravilhosa.
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— Sorteios: Link
— Skullgirl criou 1x Mustard PokéBlock ((+2 Tough)). Acabou com -1 Iapapa Berry.
— Skullgirl colocou em seu Berry Pot 1x Aguav Berry.
— Skullgirl retirou Iapapa Berry de seu Berry Pot.
— Recebeu 3x Iapapa Berry.
— Drifloon ingeriu 1x Olive PokéBlock ((+1 Tough | +1 Clever)).
— Skullgirl encontrou no lixo 1x Direshroom.
Candy
Destroços Elegantes
Talvez aquela fosse a hora perfeita para tirar uma pequena soneca, aquele fim de tarde havia sido duradouro e naquele momento ele se encerrava em um adeus solar. O tom alaranjado desaparecia dos céus, os prédios começavam a tomar uma tonalidade sombria e a lua surgia em conjunto do sol já enfraquecido. Mais um dia se encerrava em PokéGea, Skull agradecia por mais uma página que passava e um sonho novo que se iniciava. O Berry pot apitava repentinamente, avisando que mais uma Berry estava pronta para ser colhida. A coordenadora morta viva recolhia o fruto da pequena estufa, e já o recolocava dentro do aparelho. Aquela Aguav Berry cresceria novamente e daria vida a mais algumas de sua espécie. Ágil, Skull já retirava as cascas de uma das Aguav e a acrescentava em sua receita de melaço. O fruto azedo transformaria o paladar de seus amigos, dando a guloseima um sabor adocicado e azedo.
Enquanto Infortune e seus Pokémon não retornavam de suas buscas. Drifloon devorava um pouco mais do preparo, deixando Sheidnja e Skull descansando próximos de uma árvore. O balão se alimentava com certa selvageria e gula, a sorte o acompanhava naquele momento, Skull possuía o sono tão pesado que não percebia a falta de educação de seu fantasminha.
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— Skullgirl criou 2x Green PokéBlock ((+2 Clever)).
— Utilizou -2 Aguav Berry.
— Skullgirl colocou em seu Berry Pot 1x Aguav Berry.
— Skullgirl retirou Aguav Berry de seu Berry Pot.
— Recebeu 3x Aguav Berry Berry.
— Drifloon ingeriu 2x Green PokéBlock ((+2 Clever)).
Última edição por Candy em Sex Set 09, 2022 5:43 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Edição de Códigos)
Mensagens : 7065
PokePontos : 9345
Extras : Sorteios
Nature Fields
Pers. Secundárias : Pers. Secundário
FonseCarlos
Mensagens : 7065
PokePontos : 9345
Extras : Sorteios
Nature Fields
Pers. Secundárias : Pers. Secundário
Mensagens : 7065
PokePontos : 9345
Extras : Sorteios
Nature Fields
Pers. Secundárias : Pers. Secundário
APROVADO!
Pode seguir! :D
Candy
Destroços Elegantes
O cheiro da guloseima atraía a atenção de uma criatura bastante delicada, uma ratinha arroxeada encarava a defunta dorminhoca e incomodava o balão corajoso. A Pokémon mordiscava a linha da bexiga enchendo sua paciência ainda mais, rápida e ousada ela roubava um pouco da comida estocando o que aguentava em suas bochechas de roedor. Drifloon, se estressava perseguindo o Pokémon até sua toca. A perseguição se estendia até as florestas de Santalune. Em uma cratera camuflada por um tronco apodrecido, Rattata explorava um escorregador natural derrapando-se em um ambiente liso e agradável. O fantasma infantil invadia a casa da Pokémon, voando com lentidão mas sendo certeiro no encontro da criatura. Eles se perseguiam em um novo ambiente, como um novo mundo escondido dentre as beiradas de Santalune. Um lugar montanhoso e repleto de vida, algo tecnológico e natural. Atualmente, eles estavam no Norte de Novus City.
Uma aventura se iniciaria e Drifloon quem protagonizaria.
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— Skullgirl foi a Novus City com seu Talismã.
Candy
Destroços Elegantes
Drifloon carregava a ratinha entre seus cordões, heroico, o balão fazia uso de todas as suas forças para leva-la até Skull. O fantasminha confiava que a morta viva poderia cuidar da camundongo, a paciência junto da gentileza que a Coordenadora possuía agradavam quaisquer alma que estivesse ao seu redor. A gentileza da menina era certeira, os sentimentos não seriam diferentes com Rattata. A defunta receberia a rata em seu bando com os braços abertos. Drifloon tentava imaginar um cenário saudável dali para frente, ele clamava aos céus para que sua nova amiga se recuperasse daqueles ferimentos de forma rápida e natural. Ambos atravessavam o tronco secreto que ligava Santalune e Novus City, a passagem se camuflava entre as vinhas escondendo Novus Drifloon flutuava em uma velocidade admirável, ele enchia seus pulmões com ar depois emitia um grito alto chamando a atenção de seus amigos. Shedinja se atentava aos detalhes, via a criatura que o Pokémon carregava em seus fios. A cigarra permanecia quieta flutuando tentando entender o que acontecia, enquanto Skullgirl ia para seu companheiro recolhendo a criatura desacordada. A ratinha estava ferida, repleta de arranhões de pequeno porte. A zumbi admirava bem a dentuça, o corpo da pequenina era rechonchudo e peludo. Apenas uma ratinha comum, mas extremamente afável. Skull se apaixonava pela pequena.
— Você é muito adorável, farei o possível para tratar de você. — Com a rata sobre o colo, Skull aliviava as feridas com uma pequena Potion. O spray aconchegante mas ardido trazia certo alivio para o corpo da Pokémon. A garota tentava trazer mais conforto para a Pokémon, ela balançava-a sobre o seu colo enquanto cantarolava uma música. Todos aguardavam o despertar da pequenina.
Skull sentia o corpo da criatura se movendo, ela colocava a ratinha sobre o chão deixando-a ainda mais confortável. Rattata tremia, bocejava e se levantava. Ela dava de frente com os estranhos assustadores que haviam-na resgatado. A covarde chiava, grunhia e tentava atacar com certa ferocidade. O tipo normal se assustava com o corpo de Skull, com a sua fisionomia junto de seus lábios costurados. Um pesadelo para a pequena, eles entendiam a reação da novata... um comportamento que já havia se transformado no cotidiano do bando deformado. Drifloon conseguia apaziguar a situação, ele se apresentava para a ratazana que se lembrava de seu rosto no mesmo instante.
— Não tenha medo, Rattata. De fato, somos estranhos... mas também gentis e felizes. — Estendia sua mão para a camundongo, a rata cheirava a pele azulada da garota. Ela cumprimentava a zumbi e a zumbi a cumprimentava. A morta apresentava o restante do grupo com um sorriso em seu rosto, Rattata começava a enxergar aquelas criaturas com olhos amigáveis.
Shedinja era misterioso, se aproximava com leveza e depois dizia algo em baixo tom. Ele e a peluda se conheciam de forma tranquila, sem muitos rodopios e bastante calma. Já Drifloon, saltava sobre as costas da sua amiga e como já se conheciam brincavam de forma bruta mas com muita diversão. No fim das contas, Skull se sentia a vontade para fazer o pedido final. Ela rolava uma de suas Great Ball na direção da ratazana, aguardando a resposta da criatura. Ela faria parte daquele grupo? Bem a resposta era bastante clara, com um salto ela era engolida pela esfera azulada. Ignorava brevemente a conversa que estava tendo com Drifloon, apenas aceitava o convite de uma só vez pulando contra a bola e sendo levada para seu interior. Ela se mantinha trancada dentro do artefato durante alguns segundos, o botão principal brilhava esverdeado sinalizando o "aceite" da Pokémon. Orgulhosa, Skull liberava-a para fora logo em seguida. Rattata estampava um sorriso dentuço em seu rosto.
— Seja bem vinda, nosso grupo é agora sua casa. Viajar ao seu lado vai ser prazeroso, eu prometo. — Ela falava com calma sem notar que a rata já estava escalando seu ombro. Sem timidez, Rattata agora fazia parte daquela família sendo engatilhada apenas pela bondade de Drifloon. Aquela nova integrante faria história sendo de uma espécie tão básica, Skull faria de tudo para aprimorá-la e ela faria o mesmo para seu próprio bando. Shedinja e Drifloon dançavam em conjunto no ar expressando o máximo de alegria que conseguíam, era sempre bom conhecer um novo Pokémon.
Alguns minutos se passavam enquanto todos conversavam. Na bolsa de Skull, o Berry Pot apitava que a Aguav Berry estava pronta. Satisfeita com os resultados, a garota guardava uma das frutas e o restante colocava dentro da panela de melaço. Com uma receita tão generosa, Drifloon, Shedinja e Rattata se alimentavam com o doce amargo e azedo. Eles adoravam a comida, Rattata sentia que nunca havia provado algo tão saboroso. Skull se sentia alegre com os resultados, mas focava-se em Drifloon que parecia ser o mais elegante no momento.
______________________________________
— Recolhendo 1x Aguav Berry do Berry Pot
— Criou 2x PokéBlock Green (+2 Clever)
Última edição por Candy em Seg Set 12, 2022 9:56 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Edição de Códigos)
Leonn
Candy
Destroços Elegantes
Buzinas soavam em meios as ruas da cidade, uma correria se iniciava sobre a madrugada. Um alarme esguelhava-se anunciando que algo não ia bem, uma famosa boutique de roupas fora assaltada e os vidros de sua vitrine luxuosa estavam espalhados sobre o asfalto. Um dos cinco manequins sumiam da vista da vendedora que estava fechando seu comércio, um roubo de pequeno porte mas performado com muita maestria. Em meio a rua movimentada de um fim de turno tardio, os motoristas avistavam uma silhueta feminina esgueirando-se pela cidade com a peça em mãos. Os poucos policiais que chegavam a tempo na confusão perseguiam a ladra ardilosa dentre todo o cenário. Uma viatura era necessária para perseguir a vilã, ágil e esperta, a garota acrobata escapava como podia saltando dentre prédios e casas com seus saltos bem aplicados.Dois Pokémon surgiam ao seu lado, um era Glameow que a guiava como um mapa vivo pelas ruas de Santalune. Enquanto o outro, era um Goldeen ágil que conseguia flutuar e atrasar os perseguidores com seus movimentos do tipo água. Os três ladrões trabalhavam em harmonia dançando no mesmo ritmo dentre a policia, evitando disparos e feridos sendo guiados pelo valor de peça que tinham em mãos. Abandonavam a carcaça do manequim de madeira, levavam apenas o vestido dentro de um saco transparente que evitava que ele ficasse amassado. Todo o conjunto; sapatos e acessórios eram levados por Glameow em uma pequena mochila de couro. A vestimenta permanecia intacta com todo os cuidados que o grupo aplicava. Com os oficiais despistados, a quadrilha partia para a praça verdejante da cidade. Exaustos mas com os objetivos concluídos, eles iam na direção da fonte decorativa para que finalizassem sua missão.
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Um pouco entediada com o ritmo das suas aventuras, Skull se sentava na beira da fonte assistindo a agua jorrando com certa tranquilidade. Sobre o colo da cadáver estava Rattata sendo acariciada pela mão ossuda da garota. Shedinja e Drifloon permaneciam flutuando se encarando de forma amigável, pareciam estar conversando telepaticamente como bons fantasmas faziam. Ao longe uma figura magra surgia de dentre um arbusto, depois outras silhuetas surgiam do mesmo arbusto. Miss Infortune, Glameow e Goldeen retornavam após de longas horas. Estavam ofegantes, suados e fedidos. Nada fora do comum daqueles três idiotas.
— Skull! Acho que acabamos de conseguir o passe para sua primeira apresentação... mesmo com estes Pokémons feios - desculpe Shedinja - com este vestido aqui você tem todas as chances para ganhar! — Ela apresentava a peça rica para Skull: Um vestido que iria até os joelhos da morta viva, um tecido suave como seda domado pelo preto escurecido, seus detalhes eram enraizados no azul royal com um par de caudas que vinham em sua frente. Os acessórios eram elegantes, aquelas caudas tinham um degrade que se destacava entre os tecidos que se finalizava em um tule ciano. No peito estava um broche branco, amarrado como um laço e finalizado com um toque refinado com bordas douradas. Um vestido luxuoso e juvenil, como de uma princesa Alpha.
Feita a mão, aquele vestido tinha os detalhes ricos. Uma peça que deixava Skull em tentação, ela deslizava suas mãos sentindo o tecido de pouco em pouco. Era poderoso, jovial e elegante. Uma energia que sobressaia de cada fio, algo único. Destaque eram os fios azuis que estavam em seu abdômen, eles formavam uma trilha de pequenos cristais que se fechavam em uma arte única e sofisticada. A dobra nos ombros era sucinta mas tinha seu toque, abaixada era inocente e levantada parecia mística. Todo o conjunto se finalizava com uma gargantilha branca fina de tecido simples mas bem resistente.
Glameow saltava de frente para Skull, ele via a peça com detalhes e depois entregava para a garota as sapatilhas junto das meias 7/8 que as acompanhava. Os sapatos não eram tão impactantes quanto o vestido, só que ainda tinham seu charme. Equipadas com um salto grosso de 4cm, amarrações ciano que combinavam com o tom do vestido. Tudo parecia tão maravilhoso, aqueles sapatos eram brilhantes e pretos... um conjunto maravilhoso que era digno de uma apresentação. Infortune havia feito um grande favor para a zumbi. Shedinja e Drifloon assistiam as reações da zumbi, ela estava em êxtase se imaginando naquela peça. Seu corpo travava com sua mente, muitas mas muitas lembranças surgiam em sua mente.
— Infortune... eu não sei o que dizer, é tudo tão lindo. — Uma de suas mãos ia para sua boca, ela ficava em choque aguardando as respostas de sua amiga.
A gatuna coçava sua própria cabeça, estava sem graça mas pensava que a zumbi entenderia. Recolhia o seu peixe que flutuava por lá sem muitos pensamentos, Infortune respirava fundo antes de revelar toda a verdade para a garota. Para Infortune, Skull não caberia no mundo dos concursos. Sua aparência era grotesca, sua pele era azulada e seu cabelo era enrijecido. Apesar de ter uma boa voz, ser uma excelente cantora... a zumbi não seria aceita pelo mundo. Era óbvio, boas vestimentas junto de muita maquiagem e parceiros fofinhos. Drifloon e Shedinja eram legais, mas para aquela realidade, fantasmas era inviáveis para o cenário dos coordenadores.
— Estamos na semana da moda, é sério. Então... vestidos como estes estão sendo feitos aos montes, e... bem, eu roubei este para você. Tenho dinheiro para te ajudar com as maqui... — Um gemido tristonho ecoava em seus ouvidos, ela via sua amiga se afastando com um olhar amedrontado e um pouco enraivecido.
— V-você roubou? Você fez uma pessoa ficar infeliz? Como você foi capaz de ter feito isso? Isso explica estas sirenes, explica as viaturas e toda a confusão. E-eu não posso aceitar. Não podemos aceitar. — Seus braços iam para cima de Shedinja e Drifloon, ela se colocava na frente dos Pokémon e os empurrava para trás. Uma lágrima caía de seu rosto, estava decepcionada.
Glameow grunhia, Goldeen se fechava com tristeza. Drifloon e Shedinja permaneciam ao lado de sua amiga, estavam tão decepcionados quanto a própria morta viva. Todos começavam a se desentender, e Infortune... ela saía de controle com certa rapidez. Seus dentes rangiam, suas orelhas se mexiam e sua cauda ficava ereta. Ela estava tão nervosa que não escondia, sentia que seu tempo havia sido perdido.
— Lutamos! Nós lutamos! Lutamos demais para ajudar vocês nessa! Você não quer cantar? Não quer se encaixar nesse monte de baboseira? Então se entupa da tinta e vista uma roupa descente! Suas roupas fedem e seu rosto está literalmente apodrecendo, somos nojentas demais para as pessoas comuns. Você não entende isso? — Seus punhos se fechavam, ela batia um de seus pés com força no chão. Glameow saltava para o ombro da garota, miava com ferocidade e Goldeen afiava seu chifre. Todos estavam com os nervos para fora, Skull já não aceitava ouvir aqueles absurdos.
— Pegue! Venda! Roube! Faça o que você faz de melhor, sendo trapaceira em um mundo sujo e de trapaças. Seu espírito cheira tão mal quanto eu, você é rude e é maldosa. Não entendo, não pedi para te conhecer e nem ser sua amiga. Não preciso desse TRAPO! Sou forte, elegante e bonita o suficiente para subir em um palco. Sigo viva para agradar os vivos, fazê-los entender o que eu vi e o que é a morte. Você me desrespeita, desrespeita a minha filosofia e desrespeitou os meus amigos. Eu, nós, não precisamos disso. Vamos embora, Rattata, Shedinja e Drifloon. — A rata chiava para o gato, o balão se contorcia com raiva do peixe e Shedinja seguia indiferente mas ainda sim com um toque de tristeza. O laço se rompia, a amizade se desfazia.
Skull caminhava pensativa e furiosa, ignorava o som das sirenes. Infortune sumia dentre as paisagens deixando Skull para trás. O vestido permanecia jogado sobre a grama, os oficiais recolhiam todas as peças, fotografavam o que lá havia e deixavam para trás todo o restante do caso. Santalune iniciava seu dia em uma grande confusão, a lei estava ativa e as energias de uma discussão entre grandes amigas infectava o ar ao redor da praça. Caótica, começava a semana da moda. E Skull não se intimidava.
Drifloon permanecia sendo alimentado com as guloseimas que Skull havia feito, e a cadáver continuava praticando seu canto em conjunto com seus Pokémon. O que aconteceria dali para frente?
— Drifloon ingeriu 2x PokéBlock Green (+2 Clever)
— Drifloon alcançou os +10 do Style Clever
— Adquiriu 1x Exp Candy Xs
Leonn
Candy
Destroços Elegantes
Coberta por uma garoa de pequeno porte com gotas finas e frias d'água, Skull persistia com seus pensamentos inquietos. As palavras de sua amiga havia feito uma explosão em sua cabeça, como se a raiva estivesse lhe tomando conta de pouco em pouco. As melhores respostas para aquele dialogo agressivo começavam a surgir horas após do ocorrido. Shedinja e Drifloon tentavam dar o apoio necessário para a garota, mas os fantasmas se situavam no mesmo, acabavam por não conseguir esconder seus sentimentos perante a situação.Deitada em banco reto e expansivo de metal, Skull aguardava pelo nada descansando-se em um ponto de ônibus vazio naquele fim de noite. A cidade de Santalune estava tão quieta, os boatos sobre o roubo do vestido se encerravam e os civis terminavam seu cotidiano indo para a casa. A menina zumbi observava o céu da noite reflexiva, admirava as nuvens chuvosas que davam espaço para algumas estrelas naquele "palco".
Sua mente trabalhava de forma rápida, colocava a garota em um cenário absurdo de pura fama e glamour. Uma apresentação digna de grandes aplausos era imaginada em seu subconsciente, seus Pokémon e suas vestimentas eram de tirar o fôlego. As pessoas enchiam seus olhos de admiração, vislumbravam o rosto da morta com grande apreço. Shedinja e Drifloon dançavam em conjunto, seus passos rimavam e se combinavam com a canção que Skull trazia, a voz da Coordenadora estava tão maravilhosa que emocionava quem lá estava.
Estalar de dedos surgiam em sua frente, os Pokémon cumprimentavam o homem imenso que aparecia do nada. Skull acordava do seu sonho acordado, dava de frente com um homem de rosto coberto e casaco grosso. Um homem misterioso de feições fechadas, pele negra e um Fedora sobre sua cabeça. O "mafioso" era assustador, mas ainda parecia um pouco amigável. Uma de suas mãos carregavam um saxofone e a outra uma mala de um violino bem afinado. Sua voz ecoava um pouco rouca, máscula e rude. Ele perguntava a defunta qual era seu nome e se teria algumas habilidades para canto.
— Olá. Qual é seu nome? Você canta? — Perguntou de forma rápida e seca. Ele observava os olhos fundos de Skull aguardando sua resposta. Rapidamente, ele desviava seu olhar até a mão ossuda da menina se surpreendendo com o esqueleto da mesma. Engolia seco, voltava seus olhos para a garota e dava atenção no prosseguir na conversa.
— Ooh... me chamo Candy, Candy Skull. — Ela se lembrava do delicioso doce que havia encontrado na Escola de Solaceon, do apelido que havia herdado do produto e como o nome soava bem para ela. O doce de dia das bruxas que encantava as crianças e trazia alegria a todos, Candy Skull, um alcunha que não assustava tanto. Ela tentava esconder a timidez, colocava ambas as mãos sobre seu colo enquanto dava abertura para Shedinja e Drifloon se aproximarem.
— Seu espetáculo no parque... não é um dos melhores. Mas... sua voz é encantadora, você percebe isso? — Paciente e curioso, ele não escondia seu interesse em Skullgirl. Ele conhecia os interesses da garota e todos os seus talentos, mas ainda não havia tido a chance de conhecê-la frente a frente. Remexia no bolso de seu sobretudo, recolhia uma carteira de couro envelhecida e de lá recolhia um bilhete esverdeado. Apresentava o convite para a garota que recolhia o papel com receio.
— V-você... você... mas por quê? — Perguntava com lágrimas em seus olhos, um sorriso nos pontos de seus lábios enquanto abraçava seus Pokémon em alegria.
— Me chamo Metrônomo, e estou lhe dando a chance de apresentar ao mundo os seus talentos. Estarei no Hall de Santalune equipado com meu piano, uma pequena banda automática e sua voz. Apresente-se para essa cidade com o que você tem em mãos, mas prepare bem seus Pokémon. Você tem trinta minutos para pensar em tudo. — Ele se virava e continuava seu caminho. Um grande produtor se encontrava com Skull, e ele parecia ter interesse na voz da menina. Poderoso, talentoso e famoso, Metrônomo desafiava Skull em uma apresentação lutando em conjunto com ela contra o público conceituado de Santalune.
A defunta não conseguía esconder sua alegria, ela saltava e gritava com uma animação que nunca havia sentido. Shedinja vibrava com o entusiasmo de sua treinadora, ele sorria com seus olhos enrijecidos quebrando a casca em volta de suas próprias olheiras. Drifloon emitia um som caractéristico dos balões, ele também sorria com o que tinha deixando a pequena nuvem que ficava sobre sua cabeça flutuando ao seu redor. Aquela era uma chance única para o grupo, eles sentiam a emoção tomando conta dando a porta de entrada para o pavor e a ansiedade. Eles se unificavam em uma só mente, olhavam um para o outro e concordavam com a ideia louca de se apresentar com o que tinha no momento.
— Vamos, vamos para o Hall de Santalune. Cantaremos e viveremos algo novo, Santalune vai sentir nossa paixão! — As nuvens cercavam o céu, um trovão partia os céus e o grupo sentia que tudo daria certo. Era a hora de mostrar a alegria do canto, do viver e da amizade.
Candy
Destroços Elegantes
Skull, Shedinja, Drifloon, Rattata e Metrônomo seguiam as estradas movimentadas com certa calma, viam seus rostos sendo estampados nos canais locais enquanto caminhavam protegidos de um guarda chuva em uma garoa tranquila. Shedinja discutia com Drifloon algumas estratégias de batalha, ensinando e aprendendo um pouco com o recém campeão. Ele estava bastante orgulhoso do amigo balão, mas fazia questão de relembra-lo que era mais experiente que seu colega de equipe e claro melhor amigo.Com um de seus braços cobertos pelos do homem, Skull se deslumbrava com cada notícia que passava no telejornal. A fama e a atenção que ela estava tendo na cidade era algo quase que surreal, ela estava vivendo um sonho mesmo naquela aparência tão fúnebre. Solaceon teria abraçado toda sua esquisitice e ferimentos, todo o conceito que estava enraizado dentro da menina. Ela nunca havia se sentido tão feliz como naquele momento, sua energia estava nas alturas mesmo sendo madrugada. Todos estavam orgulhosos com Skull, a cidade se movimentava para ver o noticiário em pleno começo de dia dando de cara com uma morta viva encantando todo o mundo. Muitos se perguntavam; É uma fantasia ou ela está gripada?
Metrônomo se contentava com o pouco de fama que encontrava, também estava gostando da companhia de sua nova "amiga". Ele não sabia muito sobre a menina, mas se sentia confortável do lado de outro esquisito. O coração do artista pulsava em tiques de um Metrônomo bem afinado, ele não sorria mas pelo menos demonstrava alegria com uma sinfonia baixa saindo em seu sobretudo. Os instrumentos tocavam de forma suave como um Jazz romantizado, notas complicadas eram emitidas de suas entranhas enquanto ele tentava se conter em seu próprio ritmo. As coisas fluíam para ambos.
— Como uma aventureira, agora... você vai partir para outra fita? — Sua voz rouca surpreendia a zumbi, ela pausava a caminhada e sentia sua espinha tremer. Metrônomo possuía a voz de um professor experiente mas também mal humorado, era viril e alto, ele intimidava a menina sem razão. O Gigante Músico observava a pele azulada da garota, aguardava por uma resposta notando o quão incomodada ela estava.
— Harm... bem, talvez sim ou talvez não. Não sou uma boa entusiasta Pokémon, só quero seguir um caminho e conhecer pessoas. — Ela se aproximava do grandalhão, se escondia da água adentrando o guarda chuva e respirava o mais profundo que conseguia. Imaginava seu futuro dali para frente, tentava sentir um pouco mais de sua imaginação se mantendo em repleto silêncio. Big Band dava continuidade a caminhada, ele sorria por de trás de seu respirador e observava a fita que estava agarrada no seio de Skull.
— Talvez fosse melhor você guardar esta pequena medalha em um lugar seguro, eu tenho algo perfeito para isso. — Entregava o guarda chuva para a morta viva, ele remexia em seu próprio corpo enquanto algo crescia por debaixo de suas vestes. Do meio do nada, Big Band retirava uma case de um violino em couro puro e negro. O estojo mediano era perfeito para a garota, e além do mais era estilizado com slots para serem colocadas suas Ribbon. Toda a case parecia ter sido feita para a própria Skull, como se Metrônomo tivesse pensado em cada passo e previsto a vitória de Skullgirl. Era algo tão útil e tão bonito, seu interior era de veludo avermelhado e os slots bem separados. Era elegante e bastante prático.
A defunta saltava de alegria, seus Pokémon olhava para dentro do apetrecho com muita curiosidade. Era magnífico, perfeito e bem criativo. Ela retirava a Ribbon de seu seio, colocava no slot correto e fechava a bolsa com seu zíper. A fita se escondia como um instrumento, a alça que vinha atrás ficava em conforto sobre as costas da cadáver. Ela se sentia tão bonita, além de parecer uma verdadeira musicista. A case só poderia ser dela, e de ninguém mais. Tudo encaixava perfeitamente em seu corpo, tudo era tão caprichoso que deixava a garota envergonhada. Shedinja, Drifloon e Rattata aprovavam a ideia de Big Band, sentiam a felicidade que a sua amiga transmitia estampando sorrisos em seus rostos.
— Que presente mais maravilhoso, eu nem tenho ideia de como agradecê-lo. — Deslizava suas mãos sobre a tira da alça, sentia todo o capricho que Big Band havia colocado naquele pequeno estojo para violinos.
— Prometa para mim que fara uso desta maleta, e além disso, terá todas as fitas deste mundo. Explore tudo, encante todos com sua voz e mostre a toda PokéGea que você é a melhor entre todos os mortos e vivos. — Ele sorria com seus olhos, colocava as mãos sobre os ombros da menina e a abraçava o mais forte que conseguía. Shedinja, Drifloon e Rattata partiam para o abraço, eles faziam parte de toda aquela história e iriam fazer questão de continuar sendo. A ratinha não encontrava espaço, se atrapalhava na chuva e se encaixava entre as cabeças de Skull e Big Band.
— Muitas pessoas me ajudaram até este momento e farei tudo por vocês, assim como prometi a muitos... direi o mesmo a você, eu farei este mundo conhecer a alegria. — Se agarrava aos braços do homem, e juntos iam sorrindo calçada afora. O sol nascia de pouco em pouco em uma madrugada chuvosa, a cantora e o músico prosseguiam conversando acompanhado dos Pokémon.
As pessoas começavam a notar a presença de Skull de forma positiva, ansiando por mais um pouco de sua voz. Alguns fãs iam surgindo logo em Santalune, seu nome começava a correr de boca em boca e bons boatos iam aparecendo. Os planos de Skull se mexiam de pouco, agora ela havia obtido sua primeira fita e um pequeno alvoroço se iniciava em sua vida. A alegria que ela tanto almejava trazer ao mundo começava a se espalhar em uma pequena rua de Santalune. Sua canção tomava conta das mentes de alguns civis, eles choravam com a letra e outros encontravam esperança. Sua sinfonia era tocada nos fones de ouvidos que reproduziam o som de um video em alguns celulares, sua apresentação intoxicava a cidade e o coração da zumbi ia se enchendo com cada vez mais fama e bons sentimentos. Big Band e Skull trabalharam com perfeição, levaram ao público um som e um ritmo jamais visto. Algo único deixado em Santalune.
— Colocou 1x Aguav Berry no Berry Pot
— Adquiriu 3x Exp Candy Xs
Blood
Aprovado.
Textos narrativos costumam não dar abertura para ações como plantar berrys no Key Item de sua classe, mas não vejo porque reprovar apenas por isso. Aviso somente para num próximo evento narrativo, não fazê-lo e apenas considerar a contagem do crescimento de uma Berry que já tiver sido plantada antes.
No mais, o seu texto é maravilhoso, muito bem escrito e detalhado, ler ele me "levou" para um mundo diferente de pokegea pois foge muito do repetitivo de quase todas as rotas. Pode prosseguir!
Última edição por BloodHound em Seg Dez 12, 2022 3:18 am, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : .)
Candy
Destroços Elegantes
Eles passavam por mais alguns momentos caminhando em silêncio pela cidade de Santalune, as coisas começavam a ficar positivas para a cadáver e ela sentia seu coração pulsando com toda alegria. Toda positividade infectava o seu redor com sorrisos e uma felicidade sem igual, a Hall de Santalune prestigiaria a menina mantendo seu nome nos arquivos para todo o sempre. Na case que ficava agora em suas costas, a pequena fita se mantinha em segurança, uma pequena lembrança palpável que ficava fixada na cabeça da zumbi. Cada momento, cada segundo e cada movimento passava na mente da garota com perfeição. Ela desejava reviver aquela luta, sentir todos os sentimentos e vivenciar aquela vitória novamente.Bem, de surpresa, Metrônomo levava os Pokémon e a morta-viva para a saída ao oeste de Santalune. Eles estavam frente a frente com a Route 05, um novo desafio esperava Skull em meio a pequena praia. Big Band, observava a menina vislumbrando o cenário praiano naquela madrugada calorenta mas chuvosa. Muitos Pokémon a aguardavam por lá, era o momento de aproveitar o frenesi vitorioso e partir para a quebra de um novo sonho. Metrônomo, o homem gigantesco, sentia que estava atrasando a garota em seus desafios. Ele a abraçava, deslizava as mãos em seus cabelos e falava com calma em seus ouvidos.
— Podrinha, você é uma heroína. Não deixe suas paixões a cegarem, suas filosofias são comandadas por você e não elas quem comanda você. A loucura e a razão andam lado a lado, a razão também acompanha os sonhos e por isso... tome cuidado, com tudo. — Era calmo, como um pai e seus conselhos pareciam sábios. Ele se sentia apreensivo, seu metrônomo que se fixava em seu coração começava a tocar com rapidez. Skull acenava com a cabeça, dava o primeiro passo acompanha de seus Pokémon. Estava fora de Santalune, seus objetivos se mostravam em sua frente.
— Muito obrigada por sua ajuda, você me conformou muito... senhor Metrônomo. Eu agradeço muito, vou sonhar com nosso próximo dueto. — Recolhia as beiradas de seu vestido sentindo as gotas da chuva sobre sua cabeça, ela inclinava seu corpo em reverência e os seus Pokémon seguiam-na no ato. Big Band, ele havia sido um amigo bastante verdadeiro para Skull e ela jamais o esqueceria.
Se distanciavam a cada passo que a menina dava, o oceano a chamava de forma sedutora para dentro das areias da praia. Uma canção gentil mas deprimente tocava na mente da menina, a saudade e o arrependimento de se distanciar daquele sujeito tão gentil chegava cedo até demais. Ela se mantinha firme, observava Drifloon e tomava uma de suas cordas para si. Se confortava em uma das linhas do Pokémon, era como se estivessem andando de mãos dadas em frente ao sol que nascia em uma aurora divertida. Era hora de seguir em frente, vivenciar novas experiências e encontrar novos amigos. O mundo começava a aceitar Skull, seu nome começava a surgir nas bocas de poucas mas algumas pessoas. Tudo estava indo como seu planejado.
— Rota Encerrada.
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"Vamos por partes, é um bom e grandioso texto que deve ter dado trabalho, mas se atente na próxima vez com todo movimento efetivo... Durant tinha Beat Up que podia causar um certo dano na Shedinja... Outro ponto é o Exp Share no Drifflon, procurei e não achei nenhuma divisão de exp no post e nem a retirada do item no diário... Conforme dito, ele está como enfeite no momento, mas é bom tirá-lo caso não queira usar nesse momento."