Astrid Yoakum •

Nome: Astrid Yoakum
Sexo: Feminino
Idade: 13 anos

Descrição Física:
Oras, faça-me o favor! Não vá se deixar enganar pelo corpo pequeno e esguio de Yoakum. Apesar de não ter muito mais do que um metro e cinquenta e seis e algo entre os cinquenta e cinco e os sessenta quilos, a jovem de cabelos castanhos curtos e olhos claros não tem nada de inofensiva. Você deveria desconfiar disso pelas marcas que ela tão orgulhosamente exibe no rosto. Triângulos lânguidos e invertidos em um vermelho vívido, desenhados sempre e bastante chamativos contra a pele alva. Uma espécie de tintura de batalha, eu acho, apesar de ninguém nunca saber ao certo. Ou, quem sabe, seja a lança longa e o capuz de pele que o façam entender melhor? Sabe, pode me chamar de antiquada mas, de onde eu venho, uma criança que carrega uma arma branca e usa pele de verdade ao redor do pescoço não é exatamente a definição de inocência. Muito menos quando ela apresenta tendências a cobrir o corpo com uma máscara tribal.

Descrição Psicológica:
A considero arisca, se quer mesmo saber. Uma coisinha selvagem e arredia. Tem mais afinidade com os pokemon do que com as pessoas, ainda que não seja uma criança má. Acho que é mesmo questão de convivência. Essa tal de Astrid passa mais tempo entre as rotas e pelo meio do mato do que dentro das cidades. Ajuda quem pode, é o que dizem, sempre disposta a fazer um ou outro favor aos necessitados e coisas assim, porém sempre acaba por colocar a segurança e o bem estar dos monstrinhos na frente da vontade humana. Acredite, se essa benfeitora que tantos amam se deparar com um rattata e uma criança caindo de um penhasco, ela provavelmente vai salvar o rattata primeiro. Absurdo, não acha? E não é nem o pior! Ela tem algum fascínio absurdo por canídeos, os trata quase como gente, foi o que ouvi. Fala com eles como se pudesse entende-los e como se eles a entendessem também. Uma loucura atrás da outra! Só coisa esquisita. Temos sorte, é verdade, por ela não ser realmente má. Essa loucura do lado errado faria um estrago enorme.

História:
Essa é a pergunta mais difícil, eu acho. É que a vida da pequena pode ser melhor entendida se separarmos entre o pré cataclisma e o pós desastre, mas deve ser feito algum esforço no sentido de considerar as coisas em conjunto para entender verdadeiramente. Quer dizer... Antes de todo o caos ser reorganizado e tudo o que conhecíamos mudar completamente, Yoakum não era ainda ninguém em especial. Pequena demais para saber o que queria da vida, mimada demais para sonhar com algo além do que poderia conseguir de imediato. Morava em um casarão em Pallet, juntamente com os pais. Provavelmente daí que lhe surgiu o fascínio pelos canídeos, aliás! O pai, Alaric, tinha um Arcanine que era como uma sombra para a pequena. Onde Astrid ia o grandão ia atrás. Ela o levava para a praça, para o rio, para as festas... Para onde quer que fosse! E por ser um habito antigo, que começou quase no segundo em que a morena nasceu, acho que todos nós nos acostumamos bem ao fato. Ela tinha seu próprio guardião. Seu protetor pessoal. Seu melhor amigo.

E eu entendo que isso possa ser tudo o que uma menininha quer, entendo mesmo. Entendi até quando ela já não era tão pequena assim e as outras crianças começaram a implicar com aquele costume curioso. O que não entendo é como os pais não fizeram nada ao vê-la se isolar do mundo. Onde o enorme cão de fogo não cabia, Astrid passou a não caber também. Fosse na casa de amigos, fosse na sala de aula. E isso tudo apenas piorou quando a criatura adoeceu. Arcanine estava velho. Pegou alguma coisa dos pokemon selvagens que rondavam a casa dos Yoakum e já não tinha mais a mesma energia de antes. Para evitar sua fadiga, a menina que não devia ter mais do que dez anos acabou se tornando mesmo uma espécie de eremita. Uma lástima, se quer saber! Era uma boa pessoa, apesar de tudo, entretanto passou o ano seguinte enfiada naquela enorme casa. Das poucas vezes que a vi, seus cabelos escuros já passavam da cintura e as feições não tinham mais aquele brilho que se espera das crianças. E não parou por aí.

Quando tudo mudou, quando nosso antigo mundo se partiu, Arcanine se partiu com ele. Talvez estivesse sofrendo muito. Talvez fosse incompatível com nossa realidade. Ou então... Bom, o mais provável é que apenas não tenha conseguido resistir às mudanças e acabou por descansar para sempre. Achei que Astrid também se quebraria no processo. Sinceramente pensei pelo pior. Como uma empregada dos Yoakum, trabalhando no cultivo de berry's do senhor Alaric, eu lamentava muito pela menina. Como humana, que entendia o quão difícil era estar onde sua alma gêmea não estava, sentia-me secretamente aliviada. E sim, eu realmente acreditei que aquela fera fosse a detentora da alma que completava a da criança. Pode imaginar minha surpresa, então, quando Astrid partiu uma semana depois. Ela cortou seu cabelo acima dos ombros, como uma pequena rebelde, e se enfiou em algum lugar entre Solaceon e Pallet, bem no meio do mato. Quando voltou, alguns dias atrás, foi apenas para avisar que partiria em definitivo. Tão mudada. Por dentro e por fora. Mais decidida, um pouco arisca, sem o riso frouxo de outrora. Uma menina-mulher, apesar da pouca idade. Sonhando grande, acreditando que podia ajudar nosso novo mundo a se manter nos eixos para evitar novas catástrofes. Selvagem. Decidida. E com um Twin Flames ao encalço. O problema é que... Bom, agora essa menina esquisita sumiu de vez. Logo antes de iniciar sua jorganada. Foi como fumaça em campo aberto: simplesmente desapareceu.

• Entender onde está e, o mais importante, quando está.
  
• Descobrir como voltar para casa e reencontrar Kotah.
  
• Desbravar o novo mundo e entender a loucura em que se meteu.
  
• Aprender o que quer que seja útil para se manter segura e saudável até retornar.