Após interditar alguns túneis e garantir a segurança pelo menos parcial das minas, Ayla e seu Umbreon voltavam a caminhar pela cidade de Pewter, indo ambos em direção a uma das instalações responsável por vender refeições. Chegando no estabelecimento, a menina comprava comida para si e para seus monstrinhos, conseguindo saciar a fome de todos. Enquanto observava seus Pokémon se alimentarem, Ayla pegava seu Rotom Phone e acessava o site público do museu da ciência, surpreendendo-se com a quantidade de serviços disponíveis e com a grande variedade de cientistas trabalhando na instalação.

Assinando alguns campos obrigatórios e enviando uma foto dos fósseis que havia encontrado, a pesquisadora conseguia marcar e agendar um horário para reviver os fósseis, sendo assim deveria comparecer ao museu dentro de três horas. Guardando o Rotom Phone em sua bolsa, a naturista olhava para seus monstrinhos e sorria com os mesmos se divertindo e interagindo enquanto consumiam o alimento fornecido.

- Chanty, venha cá. - falava a pesquisadora enquanto abria seus braços. Ouvindo o chamado de sua treinadora, Sweet Trubbish caminhava alegremente até a menina, pulando nos braços de Ayla e a abraçando. Enquanto se aninhava no braço da menina, o monstrinho adocicado deixava cair de seu saco de doces um EXP Candy M, este que era rapidamente percebido pela pesquisadora, que o pegava e o devolvia para Chantilly. - Toma, parece que deixou cair. - brincava a garota enquanto acariciava o Pokémon. Ainda animado com a sequência de carinhos, Sweet Trubbish consumia a guloseima, sentindo-se cada vez mais forte.

Após algum tempo de espera, finalmente todos os Pokémon terminavam suas refeições, sendo assim retornados para as devidas esferas metálicas, permanecendo apenas Umbreon ao lado de Ayla. - Vamos, não podemos nos atrasar. - dizia a pesquisadora enquanto colocava a quantia de dinheiro na mesa, deixando com que o garçom recolhesse e também conseguisse alguma caixinha extra.

Conhecendo bem a cidade, a menina caminhava por algum tempo pelas movimentadas ruas, conseguindo chegar à instalação em questão após vinte minutos. O museu era enorme, sua arquitetura era bem rudimentar, feito de mármore com algumas outras pedras complicadas de serem identificadas pela pesquisadora. O movimento na instalação era grande, a todo momento tinham pessoas entrando e saindo, era incrível o quanto o museu era popular.

Ao entrar pela porta da frente, Ayla era prontamente recebida por uma cientista de pele branca e cabelos ruivos, seu nome era Lúcia. A moça parecia ser nova no ramo científico, apresentando algum nervosismo, porém logo ela se soltava e começava a conversar com Ayla enquanto a apresentava a grande instalação. Sendo guiada pela cientista, a pesquisadora conheceu a área de restauração, de espera, testes e até mesmo uma mini exposição, tendo acesso a enormes fósseis de Pokémons que curiosamente pareciam ter similaridade com os Rex e Brontossauros do passado.

Enquanto seguia Lúcia, a menina deu-se conta de um comportamento um tanto quanto anormal vindo por parte de um dos visitantes. Um homem que tinha suas vestes quase todas negras estava perto de alguns fósseis raros e caros, ele estava sozinho encarando aquele item por muito tempo. Sendo uma policial e entendendo que aquilo não estava certo, Ayla entrou em ação rapidamente, abordando a figura e o revistando.

Ao mesmo tempo que Ayla o revistava, Umbreon usava de seu olfato apurado para tentar detectar algo nas vestes do homem, conseguindo sentir o cheiro de pólvora em suas roupas. Percebendo a raposa noturna inquieta, o homem começava a ficar nervoso e a engrossar sua tonalidade de voz, alertando que era inocente e nada tinha feito, porém essa atitude peculiar apenas confirmava as suspeitas de Ayla em cima da figura misteriosa.

Revistando a mochila do rapaz a jovem encontrava diversos fósseis que tinham sido furtados do museu, comprovando suas suspeitas. Indignada com tamanha ousadia, a menina deteve o homem, colocando algemas no mesmo e ligando para a delegacia de Pewter City para que o rapaz pudesse ser levado à justiça. Alguns minutos se passaram e logo o reforço chegou, identificando o homem como ''Amâncio Roudres'', um ladrão de fósseis conhecido na região.

Com o homem preso, todos presentes batiam palmas para Ayla, principalmente aqueles que amavam a instalação e a visitavam com frequência. Agradecendo ao carinho, a garota não demorava para voltar para perto de Lúcia, essa a qual também estava surpresa com a abordagem repentina, parabenizando a menina pelo serviço prestado. Enquanto agradecia, a cientista comentava sobre os acontecimentos recentes no museu, alertando que nos últimos meses o número de furtos na instalação quase triplicou. Ayla ponderava um pouco a informação recebida, ela se candidatava a ajudar naquele problema, porém antes ela desejava reviver seus fósseis.

Tendo seu pedido atendido, a naturista caminhava junto a Lúcia até a sala de limpeza e ressurreição, onde os fósseis eram depositados em uma máquina moderna que os limpava com jatos de água pressurizados. Com o material genético limpo, os fósseis eram separados e colocados em pequenas cápsulas, levados à uma espécie de incubadora que demorava em torno de 30 minutos para revitalizar os monstrinhos.

O primeiro fóssil a ser revivido era de um Hornpiercer Tauros, um ancestral distante dos Tauros modernos. Este Pokémon viveu na era Cenozóica, sendo um dos gigantes que pastavam por todo o planeta. Este Pokémon era uma criatura topo de cadeia, não tendo predadores naturais durante os tempos que viveu.

O segundo fóssil a ser restaurado era um Omanyte, um Pokémon aquático que possui uma forte concha como sua casa. Esta criatura viveu durante a era Mesozóica, sendo uma criatura que apesar de não ocupar o topo da cadeia alimentar, era muito bem adaptado, conseguindo proteger-se de seus predadores através do uso de sua dura concha.

Para a surpresa de Ayla, os quatro últimos fragmentos revividos revelavam dois fósseis iguais, sendo ambos Dracovish. Este Pokémon é misterioso pois seus dados se fundem um com o outro, muito possivelmente essa espécie não existiu, sendo apenas possível de tê-lo registrado após uma ressurreição onde por falta de material genético, os cientistas reuniram restos de DNA de forma a moldar um novo Pokémon. Curiosamente, a cabeça desta criatura lembra bastante a estrutura óssea de um Dunkleosteus, uma criatura pré-histórica que viveu durante a era Paleozóica.

Com todos os fósseis revividos, a menina aproximava-se das criaturas com algumas esferas metálicas em mãos, usando-as para capturar o quarteto de Pokémons raros. Era a primeira vez que a garota tinha contato tão próximo com um fóssil, aquilo a fascinava, e a fazia desejar entender mais sobre aquelas incríveis criaturas tão inacessíveis nos tempos atuais.

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