Solaceon Ruins — Dia — Outono

Mais uma vez a menina voltava para Solaceon Ruins, porém dessa vez Ayla sentia-se completamente preparada para explorar a região e decifrar cada mistério que se escondia dentro das paredes daquele local quase inexplorado. Antes que pudesse entrar nas ruínas mais uma vez, a pesquisadora se aproximava de uma enorme rocha contida no local e sob a mesma colocava o ovo que carregava em suas mãos, assim retirando o peso de seus braços durante um breve momento. Logo ao ter suas mãos livres a naturista retirava de sua bolsa alguns equipamentos de anotações e estudos, aliás ela entraria dentro da perigosa ruína e não tinha ideia em que momento teria a chance de sair novamente ou ter algum tempo de paz para escrever seus relatórios.

Com os materiais em mãos, finalmente a pesquisadora estava pronta para começar a escrever seu último relatório antes de entrar no local. Ayla levava o lápis na boca e mordia suavemente sua ponta, assim tentando se distrair e aliviar a tensão enquanto pensava em um tema para ser abordado. Enquanto pensava sobre sua próxima publicação, a garota começava a perceber algumas reações estranhas do ovo ao ambiente, tal qual parecia não gostar do calor e sentir-se desconfortável, assim constantemente o ovo se mexia, buscando retirar-se de zonas expostas ao sol e ficar mais perto da sombra. Aquele movimento, embora fosse apenas um pequeno pulinho para o lado, era o suficiente para a garota ter enfim sua ideia, Ayla escreveria sobre os ovos e seus processos de incubação dependendo do tipo de Pokémon. Antes que pudesse começar a escrever sua tese e relatório, a pesquisadora fazia algumas profundas pesquisas e procurava mais informações a quais pudessem colaborar e completar suas experiências.




Olá meus leitores, cá estou mais uma vez a divulgar meus estudos e hoje o tema será diferente, irei abordar sobre o processo de identificação de ovos e também sua incubação. Após começar a minha viagem, tive uma série de encontros com algumas criaturinhas e até mesmo com pessoas que me deram a oportunidade de adquirir um ovo. No começo eu achei que todo ovo era ''semelhante'' no seu processo de incubação, porém comecei a perceber que alguns chocariam mais rápido e outros mais lentamente dependendo das condições climáticas que eram expostos.

De uma maneira geral, todo ovo irá eclodir caso seja exposto ao calor ou clima neutro por muito tempo, porém alguns tipo de monstrinhos podem desenvolver alguns graves problemas de saúde por não terem sido chocados na condição climática adequada. Através de algumas pesquisas e registros acabei por adquirir alguns relatos de treinadores cujo carregaram em seus braços um ovo do tipo fogo em um ambiente gélido, isso acabou causando algumas lesões no ovo, algumas rachaduras antes do momento de eclosão. Mesmo com esse primeiro sinal o treinador acabou por não tomar o cuidado certo e o ovo veio a eclodir em meio ao frio. Para a surpresa do menino, se tratava de um filhote de Torkoal, porém o mesmo veio com uma particularidade que lhe assombrou pelo resto da sua vida. Devido a seu errado processo de incubação, o filhote nasceu com uma dificuldade que seguiu consigo até sua fase adulta. Todo Torkoal é um grande produtor de fumaça, inclusive isso muita das vezes é um problema ambiental em áreas com alto número dessa espécie, porém diferente dos monstrinhos saudáveis ao qual abordei acima, o Torkoal do treinador nunca foi capaz de produzir fumaça mesmo consumindo bastante recursos para o processo de combustão.

Infelizmente até o momento nenhum professor ou pesquisador conseguiu encontrar uma solução para o problema que esse Torkoal veio a adquirir durante sua má formação;. Devido a esse e outros casos hoje venho trazer algumas informações úteis para o processo de identificação e incubação dos ovos, assim poderemos evitar outras incubações erradas como o exemplo acima e talvez até mesmo salvar a vida de algum monstrinho.

O primeiro passo e mais importante nesse processo é a identificação do ovo. Ovos que são gerados conscientemente pelos seus treinadores não possuem esse risco, aliás o proprietário em questão esteve atento às informações do mesmo e sabe que Pokémon irá emergir do mesmo, porém os ovos encontrados na natureza ou entregue por outros treinadores são sempre um grande mistério pois nunca temos certeza de qual filhote esta sendo gerado dentro daquele ovo.

Uma importante atitude a ser tomada e levar o ovo desde o momento que o encontrou até um PokéCenter, normalmente as enfermeiras são bem e informadas e acostumadas com os ovos e isso pode render algumas fáceis informações sobre o mesmo, talvez não informações profundas sobre a espécie, porém sem sombra de dúvidas a Joy conseguirá informar qual o tipo da criatura que está sendo gerada e quantos dias falta para a mesma eclodir.

Caso esteja em uma área onde não possui PokéCenter, alguns testes com certeza vão lhe ajudar a identificar com oque o ovo se sente mais confortável. Caso um ovo seja exposto a um ambiente ou temperatura a qual não está se sentindo bem, ele irá se tremer bastante, indicando que aquilo o incomoda. Durante um breve e curto período pode expor o ovo a alguns testes de ambiente, colocando um Pokémon de fogo ou gelo próximo ao mesmo, caso ele reaja negativamente a ambos Pokémons, certamente o filhote que ali está sendo gerado gosta de temperaturas amenas.


Enfim chegamos à terceira etapa do relatório, essa a qual não é menos importante. Alguns tipos de Pokémons são únicos em suas exigências, enquanto outros apenas exigem climas específicos, já alguns poucos são indiferentes quanto a temperatura a qual são chocados, deixo abaixo uma grande lista do tipo de monstrinho e qual condição ele gosta de ser incubado.

Esses tipos são indiferentes quanto ao ambiente, podendo ser chocados em locais frios, quentes ou amenos.

Esses tipos se sentem confortáveis em climas mais amenos, tais quais não vão os congelar nem os esquentar demais. Provavelmente optam por isso por conta de suas fraquezas a ou apenas por coincidência.

Acima estão os tipos que se sentem confortáveis em altas temperaturas, normalmente são Pokémons cujo tem baixas defesas contra o frio ou simplesmente preferem estar em ambientes mais quentes.

Esses são os ovos que se sentem confortáveis em temperaturas baixas, creio que a personalidade sombria de alguns façam o mesmo optar ao frio. Alguns fantasmas trazem frio a regiões apenas com sua presença, já outra maioria de criaturas noturnas apenas sai de seus esconderijos durante a noite e consequentemente fica mais tempo exposta ao frio.

Por fim, mais não menos importante, está o tipo fada. Esse tipo é tão único em seu método de incubação que optei por deixá-lo separado dos demais aqui. Um monstrinho fada aparentemente não tem ambiente específico para chocar, podendo ser adquirido em quaisquer condições climáticas, porém segundo relatos as criaturas desse tipo são mais sensíveis e caso forem alvos de um treinador que não tenha uma boa energia ou emane amor constantemente ao ovo, existe uma alta capacidade dessa criatura não ser chocada.

Buscando mais informações sobre esse tipo, encontrei um registro de um Day Care cujo tratava de um Milcery, tal qual havia eclodido já Shadow. Aparentemente o ovo do Milcery foi negligenciado pelo próprio Day Care, assim sendo deixado de lado e não recebendo a atenção devida, porém por conta de estar dentro de uma incubadora acabou por rachar-se e a criatura já nasceu corrompida pela ausência de amor e afeto.


Enfim chegamos a conclusão sobre esse assunto, todos os ovos podem ser chocados em todos os climas, porém a chance do mesmo nascer com algum traço negativo devido a isso é alta, creio que seria de extrema importância que todos os treinadores pudessem considerar as informações acima. Em relação das incubadoras ela consegue eclodir qualquer tipo de Pokémon visto que sua temperatura é versátil e se regulariza de acordo com o ovo que esta carregando, porém deixo de alerta a informação sobre a Milcery, realmente Pokémons fadas merecem mais atenção que o normal. Espero que esse relatório tenha sido útil a todos e agradeço mais uma vez a leitura de cada um dos meus seguidores, um grande beijo a todos e até a próxima!



Ao fim de mais um relatório a menina guardava completamente seus materiais de pesquisa e estudos, assim voltando a segurar o ovo em questão em seus braços. Por conta de já ter levado aquele pequenino ao PokéCenter, Ayla entendia que se tratava de um ovo de uma criaturinha amante do frio, porém lhe era desconhecido qual Pokémon iria surgir dali. Mesmo com dúvidas, a menina apenas pegava o ovo em seus braços e jogava a esfera metálica de Umbreon para cima, libertando o mesmo e pedindo para que tal usasse sua lanterna para iluminar a entrada das ruínas. Loki não demorava e obedecia sua treinadora, assim o trio adentrava ao misterioso lugar com objetivo de adquirir mais informações sobre um passado desconhecido.

Continua...

Solaceon Ruins — Dia — Outono

Após fazer seu extenso relatório sobre o processo de incubação de ovos, Ayla finalmente guardava seu material de pesquisa e estudos e pegava seu pequeno ovo em mãos, assim se preparando para entrar nas misteriosas ruínas de Solaceon Town. A pesquisadora como de costume não estava sozinha, ao seu lado existia seu amado Umbreon, tal raposa a qual continha como uma de suas principais características a habilidade de produzir luz naturalmente a partir de seus anéis, tais luzes quais seriam uma ótima forma para iluminar a escuridão que era dentro daquele abandonado lugar.

Ao perceber que teria de guiar a exploração, Loki dava alguns passos a frente e se chacoalhando suavemente a raposa acabava por acender suas luzes naturais, assim conseguindo iluminar um pouco a visão da menina permitindo que a mesma pudesse entrar no local com um pouco mais de segurança. Logo ao passarem pelas portas das ruínas, Ayla percebeu um alto barulho um tanto quanto familiar, aparentava ser uma porta antiga pesada sendo arrastada, antes que a jovem pudesse perceber de onde o som estava vindo o mesmo acabava por ser seguido de um estrondo de porta batendo, ao olhar para trás a menina se dava conta que aquele barulho havia sido feito pelas portas que ela havia acabado de passar. Mesmo com medo do que acabava de acontecer a pesquisadora tentava manter sua raposa calma, assim olhando para Umbreon e falando que estava tudo bem, pedindo para que a criaturinha prosseguisse caminhando.

Aquela porta era grande demais para se fechar sozinha ou por uma simples brisa, talvez fosse uma armadilha das próprias ruínas, ou talvez algum monstrinho mal humorado que por ali vive resolveu fechá-las. De qualquer forma, não importava muito a maneira nem o porque tal porta havia sido trancada, aquilo apenas dava mais ''convicção'' para a pesquisadora, visto que agora ela não tinha outra alternativa além de explorar a região.

Conforme caminhavam pelos becos escuros das ruinas, Ayla começava a perceber mais uma vez algumas paredes desenhadas e escritas com aquela antiga linguagem que ainda lhe era desconhecida. - Loki, vamos parar por aqui um pouco - dizia a menina enquanto tirava de dentro de sua bolsa um casaco, assim a mesma amarrava os braços do casaco em Umbreon e usava a parte mais extensa do mesmo para colocar o ovo em cima, transformando aquilo em uma espécie de trenó, Loki poderia andar por aí e carregar consigo o ovo, deixando as mãos da menina desocupada para que ela pudesse anotar os padrões que via.

Embora fosse complicado reconhecer as letras, a pesquisadora já conseguia entender todos os R existentes, aliás ela havia capturado um Unown que pertencia aquela consoante e isso lhe facilitava os estudos por um lado, porém ainda faltava decifrar o restante do alfabeto para conseguir compreender tudo que estava escrito. Conforme a menina anotava as sequência de Unowns das paredes em seu caderno, Ayla começava a perceber que existia também uma série de desenhos um tanto quanto estranhos. Na parede era possível ver uma espécie de ''ilustração'', nela existia uma mulher segurando uma pequena varinha mágica e atrás dela diversas estrelas se seguiam. Em cima da cabeça da estranha figura era possível avistar um infinito desenhado, assim como também o número 1 era visível nas bordas da imagem, realmente um padrão estranho.

- Se essa é a 1, talvez existam outras... - a garota dizia enquanto terminava suas anotações e se sentava ao chão, assim começando a copiar o desenho que ali existia. Enquanto sua pesquisadora se aprofundava nos estudos, Loki apenas ficava sentado ao chão e ainda usando suas luzes para ajudá-la, assim iluminando a parede a qual a jovem estava observando. Embora aparentassem estar sozinhos, por ser um Pokémon diretamente ligado a aura, Umbreon sentia a presença de outras criaturas na região e aquilo acabava por eriçar os pelos das costas da criatura, assim como deixá-lo levemente desconfortável. Para sorte da raposa noturna, Ayla não demorava para terminar de desenhar aquele estranho símbolo em seu caderno, porém antes que pudessem sair da região e continuar a exploração uma estranha coisa acontecia.

O desenho que a garota havia acabado de anotar, começava a emanar uma aura negra do mesmo e aos poucos era possível ver essa aura ''apagando'' a imagem da parede, como se a mesma estivesse queimando-a e consequentemente a fazendo sumir magicamente. Ao ver aquilo ocorrendo, a pesquisadora apressada retirava seu Rotom Phone da bolsa para gravar, porém devido a sua euforia e nervosismo acabava deixando o aparelho cair ao chão e assim perdia a oportunidade de gravar aquele estranho acontecimento, pois logo ele se acabava. Daquela mesma parede onde havia uma imagem, agora apenas havia uma área em branco sem nenhuma ilustração ou escrita e quase que magicamente dois Unowns surgiam, tais pareciam passar pelas paredes ou ter algum controle sobre as paredes do local, aliás pareciam controlar completamente aquele ambiente.


Ambos Unowns embora semelhantes por ser da mesma espécie, eram diferentes em formas e em ''energias''. Uma das criaturinhas trazia consigo boas vibrações e sensações, enquanto o outro parecia carregar uma aura mais pesada e isso refletia até mesmo em sua aparência, aliás se olhado com alguma atenção a menina conseguia ver que a mesma aura que acabara de apagar a imagem da parede, emanava também daquele estranho ser. Embora o desejo de Ayla não fosse batalhar, certamente a pesquisadora necessitava capturar aquelas duas criaturinhas para assim conseguir ter mais conhecimento sobre aquela linguagem antiga. Com isso em mente a pesquisadora jogava três esferas metálicas para cima, libertando assim Milotic, Oricorio e Cutiefly.

- Merlin, preciso que nos poupe tempo e continue procurando por fortes fontes de Aura. - a garota dizia enquanto olhava para sua pequena fada. Devido a aqueles dois monstrinhos emanarem uma forte aura, a pesquisadora começava a acreditar que a maneira mais simples de encontrar um grande grupo para estudá-los seria seguindo essas energias que os mesmos libertavam na região. Merlin era naturalmente um Pokémon ligado a aura, com isso ele não precisou de nenhum treinamento prévio para ser sensível na questão e consegue identificar com mais facilidade fontes de energia, era a escolha perfeita para aquele momento.

Enquanto a pequena fada voava em busca das fontes que lhe eram pedidas, Ayla voltava sua atenção para ambos monstrinhos a sua frente, assim dando início a um combate. - Vamos lá, Oricorio use Fiery Dance e Milotic use Ice Beam! - a garota dizia enquanto se agachava para pegar seu Rotom Phone que havia caído ao chão no momento de desespero.



1° Turno
Logo após ambas ordens serem dadas, a duplinha de monstrinhos começavam a se preparar para o combate. Oricorio e Milotic tinham uma velocidade parecida, então aproveitando-se disso faziam um grande combo de seus ataques. A ave flamejante soprava um fogo escaldante poderoso ao mesmo tempo que a serpente marinha produzia um raio tão gélido quanto o próprio pólo norte, ambos ataques se entrelaçaram e iam junto em direção a dupla de monstrinhos psíquicos, assim acertando em cheio as criaturinhas e nocauteando os mesmos sem sequer terem a chance de revidar (-261.7%) & (-346.8%).

Campo:

Ao termino do combate a menina agradecia a ambos monstrinhos, assim retornando Milotic e Oricorio para suas devidas Pokébolas. Sem muita demora a pesquisadora retirava de dentro de sua bolsa duas esferas metálicas e usava ambas para capturar a dupla de criaturinhas que havia acabado de derrotar.


Logo após pegar sem maiores dificuldade os dois monstrinhos que estavam inconscientes a sua frente, Ayla percebeu que no chão, logo onde haviam caido desmaiados existiam duas ''cartas'', ao se agachar para pegar ambas a jovem logo reconhecia uma delas, aliás era a imagem que estava na parede a alguns minutos atrás.

Cartas de Tarot:

Mesmo sem entender o significado ou proposito daquelas cartas, alguma coisa atraia a garota para elas, sendo assim a naturista optava por levar ambas consigo, guardando-as em um compartimento especial em sua bolsa. Antes que a menina pudesse voltar a caminhar com seu Umbreon pelos escuros corredores, Merlin voltava de sua longa exploração e trazia consigo um pequeno pote de mel, tal qual entregava para Ayla.


A pequena fada embora muito cansada de voar, estava eufórica e com isso não parava de apontar para uma direção, parecia que tinha algo que a menina precisava ver. Mesmo receosa com aquelas atitudes da fadinha, Ayla acabava por ouvi-lo e com isso ela permitiu que o mesmo guiasse a exploração. Mais uma vez a pesquisadora e seus monstrinhos voltaram a caminhar, Umbreon carregava consigo ainda o ovo enquanto a naturista olhava a sua volta ainda estudando aqueles padrões estranhos na parede. Conforme lia os padrões, quase que magicamente a garota conseguia compreender as letras N e Y, assim conseguindo entender e decifrar já três letras daquele antigo dialeto, era estranho, parecia que quanto mais Unowns ela adquiria, tais concediam a mesma o dom de decifrá-los, realmente era algo amedrontador ao mesmo tempo que incrível.

Continua...

Solaceon Ruins — Dia — Outono

Depois de derrotar a duplinha de monstrinhos psíquicos, finalmente Cutiefly voltava até sua treinadora, porém se encontrava bastante eufórico e ansioso, aparentemente em sua breve busca pelas ruínas ele havia encontrado algo escondido em uma das câmaras. Com isso em mente, Merlin guiava a pesquisadora e a raposa noturna por dentro do local abandonado, assim buscando levá-los até tal região cujo havia lhe despertado o interesse. Em seu último encontro com os selvagens do local, Ayla havia aprendido um pouco mais sobre aquela antiga escrita, embora ainda fosse cedo para comemorar, a pesquisadora já conseguia decifrar e traduzir as letras R, Y e N, embora apenas três, era uma grande conquista para a garota que cada vez estava mais perto de seu objetivo.

- Loki, você percebeu como era estranho aquele Unown N? - questionava a menina enquanto olhava para as paredes cheias de escritas do local. - Aquela forte aura negra que emanava dele, foi a mesma aura que um dia esteve em você. - concluía a garota olhando para sua raposa noturna. Por conta de ciúmes excessivo e problemas do passado mal resolvido, durante um período de tempo Loki acabou por deixar a ira e a escuridão tomar conta do seu coração, foram tempos complicados para a treinadora. Embora não fosse como um Shadow Selvagem cujo o único objetivo era matar e matar independente de quem fosse, Umbreon fechou seu coração para o mundo, recusando-se diversas vezes a estar ao lado de Ayla, arrumando problemas com outras criaturas e até mesmo sendo frio e sádico em algumas das suas atitudes.

Certamente relembrar desse passado não fazia bem à pequena raposa noturna, porém de qualquer forma os erros não devem ser esquecidos, aliás uma vez que são é fácil cometê-los novamente. Enquanto Umbreon andava em silêncio apenas iluminando o caminho, Ayla olhava a sua volta confusa com tudo oque tinha acontecido, um Shadow Unown realmente não era algo muito comum e aquilo lhe deixava empolgada, aliás certamente ela tinha a chance de estudar um Pokémon único.

Alguns minutos haviam se passado e o trio continuava caminhando, até que finalmente Ayla, Umbreon e Cutiefly chegavam ao misterioso lugar que havia atraído a pequena fada, tratava-se de uma câmara tão escura quanto a própria pelagem de Umbreon. Mesmo com Loki usando a capacidade total de sua luz natural, não era o suficiente para iluminar aquele ambiente que parecia não apenas estar privado de luz externa, como também passava uma estranha energia, como se algo sombrio estivesse habitando e influenciando a atmosfera local.

Aquela escuridão quase que plena trazia uma sensação um tanto quanto ruim para a pesquisadora, aliás ela se recordava dos terríveis eventos que havia presenciado na Dark Cave, certamente aquele lugar estava tão obscuro quanto sua exploração havia sido. Mesmo com aquele receio e certo medo, Ayla sinalizava com a cabeça para Umbreon e Cutiefly, assim alertando aos mesmos que entrariam naquela misteriosa câmara. Antes que o pequeno grupo pudesse ultrapassar a ''porta'' que separava os corredores da câmara obscura, repentinamente o chão começava a se tremer e de dentro do mesmo emergia duas criaturas furiosas.


Não muito diferente dos Unowns encontrados anteriormente, ambas criaturas sinalizavam claros sinais de estresse e violência, era como se tais criaturas não quisessem que a jovem entrasse e descobrisse os segredos das ruínas. Sendo apenas um aviso ou não, Ayla não se importava muito e estava determinada a não deixar nada atrapalhar seus estudos. Sem muita demora a pesquisadora retirou de sua bolsa uma de suas esferas metálicas, libertando assim mais uma vez sua Milotic. Ao ver sua serpente sair da esfera metálica, a naturista se agachava e retirava o casaco que havia deixado preso em Umbreon, assim deixando-o livre. - Loki, preciso que entre neste combate ao lado de Ariel. - ordenava a garota enquanto guardava o casaco e voltava a pegar o pequeno ovo que estava chocando em seus braços.

Fazia tempo que a raposa noturna não entrava em um combate, sendo assim se animava com a notícia que participaria desse e sem demora o monstrinho se juntava a Ariel, assim ambos aguardavam as ordens de sua treinadora. - Vamos lá, Ariel Mega Evolua e use Surf! Umbreon, use Protect! - a menina ordenava enquanto voltava sua atenção para o ovo gélido que estava carregando em seus braços, embora o mesmo não estivesse mais se movimentando, sua casca apresentava alguns sinais de rachadura, como se o filhote que ali existia estivesse prestes a nascer.



Antes que qualquer um dos lados pudesse se movimentar e executar seus golpes, Ariel emitia um poderoso grunhido que estremecia toda a ruína. Loki tentava proteger suas orelhas daquele alto som, enquanto os selvagens monstrinhos olhavam um pouco atordoados e incomodados com o grito. Conforme o estridente som aumentava o corpo de Ariel começava a cintilar e a mudar de forma, sendo assim a serpente ganhava o dobro de tamanho, assim como sua paleta de cores variavam mais e de forma curiosa a criatura marinha criava um vínculo especial com a aurora boreal, representando-a em suas esbeltas sobrancelhas que agora não apresentavam apenas o rosa, porém tinham uma cor variável que oscilava conforme a luz o tocava.


1° Turno
Logo após Mega Evoluir, Ariel começava a grunhir e acumular uma quantidade imensa de água ao redor do seu corpo. Percebendo que em breve a serpente atacaria, Loki se chacoalhava e fazia seus anéis brilhantes criarem uma espécie de campo protetor, assim usando Protect e se protegendo de todos os golpes que pudessem vir a acerta-lo durante aquele turno. Ao ver que Umbreon estava protegido pelo escudo, finalmente Milotic manipulava toda aquela água criando um poderoso tsunami, assim usando Surf contra seus adversários. O movimento era forte e super efetivo em ambas criaturas, deixando assim a criatura flutuante cair inconsciente (-242.8% Minior) (-186.6% Shuckle). No momento que Minior caia ao chão, sua casca se rachava e revelava sua verdadeira forma, tal qual era azul e cintilante. Shuckle se encontrava bastante ferido, porém devido a sua habilidade Sturdy ele havia sobrevivido. Antes de prosseguir com seu ataque o pequeno inseto consumia o Berry Juice que carregava, assim recuperando parte da sua vida (+20 HP / 67.0%). Com sua vida quase toda curada, Shuckle fazia uso de Struggle Bug assim atirando alguns espinhos contra Ariel, porém os mesmos apenas eram capazes de causar feridas levianas nas escamas da poderosa serpente (-0.9%).



2° Turno
O segundo turno não demorava para começar, era visível que Shuckle estava saturado mesmo após tomar o pequeno suco para ajudar a curar seus ferimentos. Percebendo que o inseto não teria um tempo de reação tão rápido por conta de estar cansado, Ariel fazia uso de um movimento sem a ordem de sua pesquisadora, aliás ela sabia que tal seria o suficiente para deixar seu inimigo fora de combate. A serpente começava a grunhir e a acumular água em sua boca, assim fazendo seu corpo descer a baixas temperaturas e cristalizar a água, logo após isso ela usava Ice Beam, fazendo de sua boca surgir um poderoso raio gélido que atingia em cheio Shuckle e o deixava inconsciente (-86.6%).

Campo:

Ao fim do combate a serpente marinha voltava enfim a sua forma normal, assim perdendo todos os aspectos diferenciados de sua Mega Evolução e voltando a ter a aparência comum de Milotic. Ayla agradecia a sua criaturinha pelo combate e retornava a mesma para sua esfera metálica, aliás ela iria precisar descansar pois certamente aquela câmara que tanto lhe escondiam iria trazer grandes desafios. Antes que pudesse entrar na sala escura a pesquisadora fazia uso de duas Pokébolas vazias, assim capturando Shuckle e Minior sem maiores dificuldades por conta do estado inconsciente que se encontravam.


Após capturar os monstrinhos, Ayla entrava enfim a sala escura, porém dessa vez estava apenas acompanhada de seu amado Umbreon e com um pequeno ovo em seus braços. Mesmo com a luz forte de Loki cintilando em sua máxima potência, toda aquela câmara permanecia no breu total, era como se a luz não se replicasse e conseguisse se propagar, ficando limitada por alguma força estranha. Conforme andava pela sala, a pesquisadora percebia duas pequenas fontes de luz ao fundo, porém era impossível saber do que se tratava na distância em que se encontrava.

Continua...

Solaceon Ruins — Dia — Outono

Após derrotar os dois guardiões das ruínas, finalmente a pesquisadora conseguiu adentrar a câmara escura que havia lhe chamado atenção. Conforme andava em meio ao breu sendo guiada pelo pouco de luz que Loki conseguia emitir, a menina percebeu a presença de duas pequenas fontes de luz amarelada, tais qual estavam um tanto quanto longe e por conta disso era impossível distinguir oque se tratava aquelas luzes. Mesmo com bastante medo sobre oque poderia ser, Ayla se e Loki tomavam cada vez mais proximidade. Umbreon assustado ativava sua Aura Defensiva, assim fazendo seu corpo emanar uma pequena névoa azulada, já a pesquisadora retirava uma Pokébola de sua bolsa, assim garantindo que teria tempo de resposta caso aquilo representasse uma ameaça.

Alguns minutos caminhando em silêncio foram o suficiente para a jovem enfim se aproximar das luzes e identificar sobre oque se tratava. No meio da escuridão total da ampla câmara existia uma garota com vestimentas um tanto quanto únicas, aliás as mesmas lembravam a Ayla algumas imagens que havia encontrado de bruxos durante seus estudos sobre ocultismo. Além de vestir roupas escuras e com uma temática sombria, a estranha mulher segurava uma tocha em suas mãos e ao seu lado existia um pequeno Mime.Jr, que também segurava uma pequena tocha. No chão era possível ver um pentagrama e em cada ponta da estrela existia um livro diferente enquanto no centro do símbolo era possível ver algumas cartas de Tarot.

Talvez por conta de seu silêncio ou por sua forte aura, Ayla conseguia ser quase que invisível e com isso acabava por não surpreender a bruxa que ali estava. Calmamente a mulher abria seus olhos e revelava ter pupilas completamente roxas, logo em seguida a mesma começava a pronunciar algumas estranhas palavras que apenas era compreensível a aqueles que entendiam e pertenciam ao mundo do ocultismo. -.lautiripse odnum od adías ed atrop aus me mim a emrofsnart e otnemicehnoc ues odot em-agart ,oãidraug lartsecna ednarg mim éta ahneV .odarficed iof son oãn aid mu euqo odut redneerpmoc seredop sues ed sévarta e ojesed ues o razilaer é edatnov ahniM .airésim e sedira sárt euq oãm a é mébmat ,arret a aiemes euq oãm amsem A-. Enquanto pronunciava as palavras, o corpo da bruxa começava a levitar e era possível ver por algum momento símbolos no teto, tais quais começavam a brilhar em tom forte de roxo e todos os símbolos representavam os diferentes Unowns existentes nas ruínas.

Os livros que estavam nas pontas do pentagrama começavam a se abrir e sozinhos viravam as páginas, até que todos ao mesmo tempo ficavam abertos fixamente em uma página que retrata uma criatura gigantesca com um olho só. Ao olhar atentamente para aquela imagem rapidamente a garota entendia a quem estavam retratando, se tratava do guardião Unown, uma criatura que a pesquisadora outrora havia encontrado em Alph of Ruins, na cidade de Violet City.

O Ancestral:

A cada segundo que se passava, mais alto a bruxa era levantada e com isso mais símbolos de Unowns apareciam no teto, tais quais pareciam ter alguma ligação direta com a menina, porém era quase que impossível Ayla decifrar qual era essa ligação existente. Misteriosamente a magia falhava, como se algo do local não quisesse que a bruxa concluísse seu ritual ou a estivesse alertando que não estava pronta, com isso a garota era devolvida ao chão e caia fraca ajoelhada sobre seu pentagrama. Nesse momento a respiração da moça ficava ofegante e era possível ouvir a mesma um tanto quanto preocupada e confusa. - Será que pronunciei o ritual muito alto? - questionava a bruxa enquanto olhava para seu pequeno Mime.Jr que aparentava estar preocupado.

- Talvez não é seu destino decifrar os segredos que aqui se escondem. - dizia Ayla de uma forma amigável enquanto saia das sombras das ruínas e se aproximava da bruxa, estendendo a sua mão para que a mesma pudesse se erguer. Ao notar a presença da pesquisadora, Angéle rapidamente se erguia do chão e colocava suas mãos em frente ao corpo, assim fazendo um rápido feitiço buscando paralisar a menina, porém Ayla também tinha conhecimentos sobre o ocultismo e por conta disso conseguiu se proteger, criando um pequeno escudo refletor em sua frente e jogando a maldição para o teto.

- Uma bruxa? - questionava a mulher assustada enquanto levava suas mãos a cabeça. - A que ponto eles chegaram? contratar uma caçadora de recompensas que também é uma bruxa só para me pegar... - dizia a bruxa apavorada enquanto retirava de seu chapéu algumas cartas, porém antes que pudesse usá-las era interrompida pela pesquisadora. - Não sei oque esta falando, mas não sou caçadora de recompensas, apenas uma pesquisadora em busca de entender os segredos que aqui se escondem. - a garota dizia enquanto retirava de sua bolsa seus dois diplomas de exploração, comprovando assim ser uma estudiosa da área.

Ao perceber que Ayla não se tratava de uma capanga ou contratada de alguns fanáticos religiosos Alfas, Angéle finalmente podia respirar e pedir desculpas pelo mal entendido, assim cumprimentando a pesquisadora. - Peço desculpas, constantemente sou perseguida por alguns fanáticos religiosos que tentam me jogar na fogueira por conta de meus feitiços. - a mulher dizia enquanto se abaixava e pegava seus cinco livros, os guardando em seu chapéu mágico. - Não precisa se desculpar, entendo sua preocupação, realmente alguns religiosos passam do ponto. - a garota dizia olhando para o teto e notando que os símbolos de Unowns não estavam mais brilhando.

- Alguns? ou todos? toda minha vida fui perseguida por religiosos. São uns monstros, imagino que deva ter passado por isso também... - Angéle concluia se agachando e pegando seu Mime.Jr em seus braços. - Bom, eu sou uma religiosa Naturista e ao mesmo tempo Bruxa, realmente é difícil convencer a alguns ser mente aberta, porém minha consciência é limpa e meus atos considero-os puro. - dizia a pesquisadora enquanto sorria para Angéle. Enquanto Ayla falava um pouco de si, o ovo em seu braço enfim começava a se rachar, assim o mesmo se chacoalhava e um pedaço de sua casca caia, revelando assim existir uma criatura branquinha escondido dentro da mesma.

Curiosa com seu Pokémon, a pesquisadora pedia licença para a bruxa e assim se ajoelhava no chão, colocando o ovo em sua frente e calmamente tirando pedacinhos da casca do mesmo ajudando a eclodir seu pequeno monstrinho. Dentro do gélido ovo, era possível ver algumas patinhas branquinhas e felpudas saindo e enfim a casca se rachava e abria por completo, revelando a pesquisadora a existência de uma pequena Vulpix das neves. - Uma Vulpix? - questionava a menina enquanto pegava a pequena criatura em seus braços.

Logo ao sair do ovo a pequena raposa das neves bocejava e se espreguiçava nos braços de sua treinadora, assim lentamente abria seus olhos e conseguia ver o rosto de quem seria sua melhor amiga pelo resto da vida. Ao olhar para Ayla, Vulpix se alegrava e pulava em cima de sua amada treinadora, lambendo-a enquanto abanava sua única calda.


Ao ser bem recebida por sua pequena Vulpix a pesquisadora sorria e fazia uso de uma Premier Ball, assim capturando a criatura que por vontade própria se permitia ser capturada pela jovem. Toda a interação de Ayla com sua nova monstrinha intrigava bastante Angéle, porém a assustava também pois devido aos seus dons ela conseguia prever que algo horrível ocorreria a garota e tal coisa poderia até mesmo ceifar a vida da jovem.

Mesmo sem muita intimidade com a pesquisadora, Angéle pediu para que acompanhasse a menina por um tempo, aliás ambas tinham bastante conhecimento sobre o local e os Unowns e isso certamente poderia ajudá-las a aprimorar seus estudos e alcançarem seus objetivos. Ayla olhava aquela atitude um pouco desconfiada, porém não via motivos para negar um pedido daqueles e acabava por aceitar a companhia de Angéle, sendo assim ambas meninas seguiam caminhando lado a lado pela enorme e escura câmara. Enquanto a pesquisadora buscava respostas para suas dúvidas, a bruxa apenas buscava proteger Ayla do perigo que havia visto em uma de suas visões do futuro.

Continua...

Solaceon Ruins — Dia — Outono

O encontro com a bruxa no meio das ruínas foi certamente inesperado, porém ainda mais repentino que isso havia sido o pedido da desconhecida moça para acompanhar Ayla durante um tempo. Sendo bastante inteligente e precavida, não demorava para a pesquisadora questionar a menina sobre suas reais intenções. - Então... Porque quis me acompanhar? - perguntava a jovem naturista enquanto olhava para a mulher misteriosa. Ao ouvir a pergunta, Angéle demonstrou-se desconfortável por um breve momento, porém rapidamente inventava alguma desculpa esfarrapada para tentar se livrar de uma possível ''pressão''. - Não vejo muitas bruxas estudando as ruínas, quis te acompanhar e ver como você lida com os problemas por aqui. - respondeu a moça enquanto olhava para seu pequeno Mime.Jr que carregava uma tocha ajudando Umbreon a iluminar a escuridão da câmara em que se encontravam.

- Porque insiste em mentir para mim? nós duas sabemos que o motivo não é esse - a pesquisadora respondia em um tom alto e sério, demonstrando sua insatisfação. - Eu consigo sentir quando estão mentindo, todo bruxo tem esse dom de perceber essas falhas humanas, porque não é sincera comigo de vez? - mais uma vez a menina questionava a bruxa, assim colocando-a em uma situação complicada. - Ok, Ok...- a mulher respondia dando um profundo suspiro. - Enquanto você estava ajudando sua pequena Vulpix a nascer, as cartas de Tarot me revelaram que algo horrível te aconteceria e apenas eu teria a chance de lhe salvar... - a moça concluiu enquanto pegava debaixo de seu longo chapéu seu pequeno conjunto de cartas.

As cartas que a moça levava, aparentemente eram enfeitiçadas e todas se alteravam ao mesmo tempo quando tocadas por aquela a quem pertenciam. Angéle se sentou no chão e pediu para que a menina se sentasse junto, assim as cartas foram colocadas espalhadas pelo chão. Ao tocar nas cartas, os olhos de Angéle ficavam brancos e consequentemente faziam as cartas se alterarem. Era possível ver as mesmas quase que ''pegando fogo'' liberando uma fumaça negra e se fragmentando, assim trocando sua aparência de uma simples carta de Tarot para uma carta ''astral'' revelando algumas palavras chaves para Ayla. Mais de 38 cartas tiveram esse efeito estranho, porém todas elas mudavam para três figuras em específicas, tais quais revelavam o destino da jovem naquele lugar remoto.


Após as cartas mudarem sua aparência, Angéle fechava seus olhos e os forçava, assim abrindo os mesmos e fazendo tais voltarem as suas cores naturais. - A primeira carta indica duas situações, talvez terá de passar por dois desafios antes do perigo se aproximar. - logo após falar isso, as cartas que carregavam a primeira imagem se escureciam, assim voltando a ter uma cor escura com pequenas estrelas douradas de fundo, porém nenhuma imagem ou título sobre as mesmas. - A segunda carta me mostra que uma coisa ruim irá acontecer, porém não é revelada qual coisa. - Ao ler a segunda carta, a mesma também perdia sua imagem e se tornava mais uma carta escura com estrelas. - Por fim, a última me antecipa sua morte com essa situação. - Ao revelar a última carta, dessa vez a imagem não ia embora, assim mostrando que esse futuro é mutável e não está decidido diferente dos dois anteriores.

- Eu gostei de você Ayla Akatsu, é complicado encontrar outra bruxa e sem o preconceito que sofremos... Eu vim com você pois quis lhe ajudar. - concluía Angéle enquanto retirava suas cartas de Tarot do chão. Enquanto a menina recolhia as cartas, Ayla relembrava que havia encontrado outras duas cartas semelhantes com aquelas, sendo assim a jovem retirava de sua bolsa ambas e entregava as mesmas para a bruxa. - Eu havia encontrado as mesmas com alguns Unowns, não sabia oque significava nem a quem pertencia, agora entendo. - a jovem esticou sua mão devolvendo-as para a bruxa, porém dessa vez as cartas não estavam com a imagem e o título de ''The Hermit & The Magician'', ambas carregavam o título ''Death'' e a imagem macabra do rosto.

- Quando as encontrou, elas estavam dessa forma? - a bruxa questionava antes de tocar as cartas. - Não, as imagens eram outras assim como os títulos, se não me engano era The Hermit e The Magician''. - a jovem concluiu olhando para as cartas em suas mãos. - Bom, elas te revelaram seu futuro sem que você soubesse... Essas duas alertavam que você me encontraria...- concluía Angéle com um sorriso. Logo após explicar para Ayla sobre as cartas, a bruxa encostou sua testa na da menina, assim de alguma forma telecinética passando seu conhecimento de cartomante para a jovem. - Creio que isso vai te ajudar a se defender melhor e mudar seu futuro algumas vezes. - Angéle não aceitava as cartas de volta e com isso entregava uma terceira carta de Tarot para a menina, assim deixando-a com três ao total. - Será o suficiente para decifrar seu destino. -

Ao receber aquele dom e conhecimento a garota se surpreendia e de certa forma se alegrava, aliás prever o futuro através da cartomancia era ótimo, porém a jovem ainda duvidava um pouco da veracidade de tudo aquilo, aliás alguns bruxos poderiam ser perspicazes para enganar suas vítimas, mas por hora Ayla optava por confiar em Angéle. Logo após verem o futuro da pesquisadora, ambas meninas se erguiam do chão e continuavam a caminhar pela escura câmara, já haviam se passado alguns minutos que as jovens andavam quase na escuridão completa, sendo guiadas apenas pela forte luz que Loki estava emitindo e por uma tocha que Mime.Jr carregava em sua pequena mão. Enquanto caminhavam e conversavam sobre a cartomancia, uma situação um tanto quanto peculiar acontecia. Das paredes, dois Unowns começavam a brilhar forte e os mesmos se levantavam dos desenhos, assim se revelando não ser apenas pinturas e sim as criaturas físicas.

Ambos monstrinhos se mostravam agressivos e aparentavam não querer as garotas por ali, porém Ayla apenas ignorava esse fato e arremessava a Pokébola de Milotic fazendo assim a serpente marinha entrar em combate ao lado da raposa noturna. - Loki, use Protect e Ariel use Surf! - a jovem ordenava enquanto colocava sua mão em sua bolsa procurando duas esferas metálicas vazias para capturar ambos monstrinhos.



1° Turno
Após as ordens serem dadas, ambos monstrinhos da pesquisadora não demoravam para executá-las. O primeiro a se mover era Loki, fazendo uso de seu famoso Protect assim garantindo que ficaria protegido dos golpes que viriam de ambos os lados. Ao notar que a raposa noturna estava encasulada, Milotic fazia uso de Surf, criando um poderoso tsunami que varria completamente todo campo, atingindo até mesmo seu aliado de combate, porém o golpe não feria a raposa pois tal se encontrava protegido pelo seu escudo. Ao contrário de Umbreon, ambos Unowns não tinham essa sorte e eram atingidos em cheio pela água poderosa jogada por Milotic, assim fazendo as criaturinhas selvagens caírem inconscientes sem a chance de revidar (-197.5%) (-243.2%).


O combate terminou rapidamente, porém a pesquisadora ainda estava procurando em sua bolsa pelas Pokébolas vazias. Após alguns minutos angustiantes perdida em sua bolsa mágica sem fundo, finalmente a jovem encontrava oque estava procurando, porém ao puxar ambas esferas a menina deixava cair uma terceira, assim libertando Cutiefly de sua Pokébola. Por algum misterioso motivo Merlin estava satisfeito, aparentemente havia consumido muito Pólen em sua última busca por recursos, sendo assim a pequena fada apenas entregava a sua treinadora um pequeno pote de mel e um pequeno tufo fofinho de Polén, ambos itens que seriam de grande utilidade posteriormente. A jovem agradecia a seu monstrinho pelos itens e o retornava para sua devida esfera metálica, assim permitindo que o mesmo voltasse a produzir seus itens.

Após guardar a esfera metálica de Merlin juntamente com os itens produzidos, Ayla se aproximava de ambos Unowns inconsciente e os capturava sem maiores dificuldades, assim registrando mais uma letra em seu Unown Report. Aos poucos a garota ia desvendando os segredos escondidos naquela caverna, era questão de tempo para tudo lhe ser revelado.

Continua...

Solaceon Ruins — Dia — Outono

Depois de entender o real motivo pelo qual Angéle pediu para acompanhá-la, Ayla se sentia um tanto quanto apreensiva e nervosa, aliás ela sabia graças a cartomancia que estava correndo perigo e provavelmente viria a óbito. A todo momento a pesquisadora tentava evitar o futuro que lhe foi mostrado, porém as cartas que havia recebido de Angéle continuavam apenas mostrando a Ayla o mesmo destino que já havia sido revelado anteriormente. - Talvez não tenha salvação para mim... - a garota dizia enquanto olhava para a bruxa ao seu lado um tanto quanto preocupada. - Bom, a carta que traz a morte diz que o futuro é mutável, não se desespere, ainda há esperança - Angéle dizia olhando para seu Mime.Jr, percebendo assim que a tocha da mesma estava quase se apagando e em breve ambas apenas teriam Umbreon como fonte de luz.

- Creio que é melhor acelerarmos um pouco e tentarmos achar uma saída dessa câmara escura, em breve a tocha de Mime se apagará - Concluía a moça enquanto olhava a sua volta em busca de algum corredor ou uma saída da sala. Ao olhar para trás ambas meninas se assustavam, aliás o corredor que haviam às levado até aquele local havia ''desaparecido'' ou estava distante demais para ser enxergado, naquele exato momento ambas se encontravam em alguma parte estranha dentro da enorme sala. Onde estavam apenas era possível enxergar o teto cheio de desenhos e rabiscos que retratavam Unowns, além disso também era perceptível algumas marcas de sangue no chão, como se algo ou alguém ferido houvesse passado por ali a um bom tempo.

Mesmo triste com seu ''destino'', Ayla tentava manter-se animada e esperançosa, aliás se demonstrasse seus reais sentimentos poderia impactar diretamente em Loki, sua raposa noturna que era sensível a esse tipo de tema, ainda mais quando envolvia Ayla, a única humana que não o rejeitou. A caminhada seguia, voltar era impossível e uma perda de tempo, sendo assim a única direção que era possível era seguir em frente. Enquanto caminhavam em silêncio pela câmara escura, uma situação um tanto quanto inusitada acabou por ocorrer. Algumas das figuras de Unowns que estavam desenhadas no teto tomavam vida, porém o pequeno grupo não ia de encontro a ambas bruxas e sim seguiam uma direção por conta própria, se movendo para a direita de ambas moças.

Ayla e Angéle não sabiam onde se encontravam e sequer tinham certeza que sairiam daquela região, sendo assim a melhor chance de encontrar uma saída era seguindo aqueles pequenos monstrinhos que viviam nas ruínas e poderiam ajuda-las. Em silêncio ambas bruxinhas seguiram as criaturas, tais quais mostravam uma pequena e estreita saída da câmara, levando assim as moças para um amplo corredor que era semelhante ao que existia na entrada do local. Ao fundo no corredor era visível uma forte luz, como se tal levasse para fora das ruínas. Animada com a situação ambas moças se preparavam para correr até a luz e talvez sair do local, porém antes que pudessem sequer começar a correr pelo corredor uma situação peculiar chamava a atenção de Ayla.

A pequena horda de Unowns que havia emergido do teto da escura câmera estava circulando um pequeno e indefeso monstrinho, tal qual parecia assustado e parecia não pertencer aquele lugar. Ao olhar mais atentamente a jovem percebia que se tratava de um Minccino, um roedor da antiga região de Unova, provavelmente ele havia sido atraído para as ruínas e acabou se perdendo. Os Unowns demonstravam-se agressivos, era possível ver os mesmos formando um circulo em volta do Pokémon invasor enquanto o empurravam e machucavam. - Três contra um é covardia, vamos lá Ariel vamos mudar esse jogo! - a pesquisadora dizia enquanto retirava de sua bolsa a esfera metálica de Milotic e a jogava para o alto, assim libertando a serpente marinha para o combate. - Use Surf! - ordenava a menina enquanto olhava para o trio de Unowns.



1° Turno
Logo ao sair de sua esfera metálica e ouvir a ordem de sua treinadora, Ariel soltava um forte grunhido que fazia toda as ruínas se estremecerem. Enquanto os Unowns fechavam seus olhos incomodados pelo estrondoso som, a serpente marinha aproveitava da oportunidade para fazer uso de Surf assim mais uma vez criando um enorme tsunami a sua volta e jogando o mesmo contra a pequena horda de monstrinhos, fazendo o trio cair inconsciente sem a chance de revidar (-243.2%) (-197.5%) (-243.2%).


Com o término do combate, Ayla retirava de sua bolsa duas esferas vazias e usava capturando dois dos três Unowns que por ali estavam. Antes que pudesse se aproximar do pequeno Minccino que estava um tanto quanto machucado, uma das Pokéballs de Ayla começou a balançar na bolsa e assim libertava Merlin, seu amado Cutiefly. Mais uma vez Merlin entregava mel para sua pesquisadora, assim logo em seguida voltando por conta própria para dentro da esfera metálica. Após receber o presente a naturista guardava o mesmo na bolsa, juntamente com as Pokébolas dos recém capturados Unowns. - Obrigada pelo combate Ariel, você foi incrível. - dizia a menina enquanto retornava sua serpente para a esfera e também a guardava em sua bolsa. A saída era visível para Ayla e Angéle, porém o lado protetor e caridoso da pesquisadora atiçava, ela não queria ir embora daquela região antes de certificar que o pequeno Minccino que estava sendo atacado esta bem. Com isso em mente, de forma lenta e calma a jovem se aproximava do selvagem Pokémon, assim mostrando não querer machucá-lo.

Continua...

Solaceon Ruins — Dia — Inverno

Após derrotar a horda de Unowns que estava infernizando a vida de um pequeno Minccino, Ayla lentamente se aproximava do monstrinho para tentar checar e garantir que estava tudo bem com a criaturinha. Conforme chegava perto do Pokémon Selvagem, a pesquisadora conseguiu perceber que o mesmo parecia estar ''diferente''. A menina já havia tido outros Minccino e com certeza conhecia bem esse monstrinho, porém diferente dos seus pequenos roedores, aquele tinha um olhar sombrio e parecia mentalmente perturbado com algo. A selvagem criatura levava suas patinhas até suas orelhas e começava a bater a cabeça no chão, arrastando-se de um lado para outro como se houvesse algum alto som que o incomodava, porém esse som era imperceptível tanto para Ayla e Angéle, quanto para os Pokémons de ambas bruxinhas, Umbreon e Mime.Jr.

Mesmo com medo das atitudes peculiares do selvagem Pokémon, a pesquisadora resolveu tentar um contato, assim esticando sua mão para tocá-lo e acariciá-lo, porém antes que pudesse encostar no monstrinho o mesmo revidava se mostrando agressivo. Minccino parava de se debater e olhava furioso para a treinadora, assim correndo para a menina e mordendo fortemente sua mão, fazendo assim um rasgo na mão da jovem que não parava de sangrar. Ao ver que sua amada dona havia sido atacada, Umbreon entrava em combate por conta própria assim se colocando entre a menina e o selvagem Pokémon.



1° Turno
Logo ao entrar em combate, Loki não demorava para se mover assim fazia uso de Double Kick se aproximando com velocidade do roedor que estava distraído e atingindo em cheio dois poderosos chutes no rosto da criatura. Os dois golpes atingidos no pequeno Minccino era forte o suficiente assim acabava por arremessar o selvagem Pokémon contra uma pilastra das ruínas, fazendo tal bater de cabeça e cair inconsciente sem a chance de revidar (-231.5%).


Logo após Minccino ser arremessado e atingir a pilastra caindo inconsciente, uma situação um tanto quanto estranha acontecia. Um alto som começava a surgir e tais incomodavam Mime.Jr e Umbreon, assim fazendo com que ambos ficassem igual o monstrinho selvagem, batendo suas cabeças no chão e tentando diminuir o som em suas orelhas. Ao notar que seus monstrinhos estavam incomodados assim como Minccino, Ayla e Angéle optaram por retornar os mesmos para suas devidas Pokébolas, aliás elas temiam que pudessem perder o controle e ficassem hostis assim como o roedor. - Loki, retorne - a pesquisadora dizia enquanto apontava a esfera metálica para sua raposa noturna, fazendo o mesmo voltar para a Pokébola e ficar seguro do alto ruído.

Mesmo com a mão machucada, Ayla se aproximava do Minccino selvagem e usava uma esfera metálica para capturá-lo. - Esse estranho ruído mexeu com ele - a menina dizia para Angéle enquanto se erguia do chão guardando a Pokébola em sua bolsa e pressionando seus dedos contra a ferida que ainda estava sangrando muito. - Entendo, mas temos que sair Ayla, você precisa de cuidados o mais rápido possível. - a bruxinha dizia enquanto apontava para as portas das ruínas. A pesquisadora queria continuar seus estudos e buscas, porém ela compreendia que necessitava dar uma pausa para estancar o sangue de sua mão. Ayla tinha um Primeiro Socorros em sua bolsa, porém era impossível usá-lo dentro das ruínas visto que a região era muito escura e sem a luz natural de Umbreon as meninas quase não enxergavam nada. A única coisa perfeitamente visível era a porta, tal qual revelava a elas a luz do sol.

Mesmo que com muita dificuldade, ambas bruxas continuaram a caminhar no escuro apenas seguindo a única luz que podiam ver. Embora tivesse ocorrido uma situação peculiar anteriormente com Minccino, tudo parecia bem na medida do possível, porém logo as coisas mudavam. Repentinamente era possível ouvir um macabro som que se assemelhava a uma espécie de grunhido misturado com som de sofrimento e dor. Ao olhar para trás as meninas viam formar-se em sua frente uma escura neblina que aos poucos se tornava sólida, assim como também acabava por formar um olho avermelhado no centro de seu rosto e em algumas partes de seu corpo. Tal criatura se assemelhava de certa forma com um Unown, porém certamente não se tratava de um.


Ao redor desse monstro lentamente surgiam alguns Unowns que também tinham seus olhos avermelhados, aquilo realmente não era nada comum e acabava por assustar ambas meninas que sem pensar duas vezes começavam a correr em direção a porta. Embora a criatura fosse grande e aparentasse pesada, realmente suas habilidades o tornavam rápido, aliás a criatura conseguia se teleportar em questões de segundos e se aproximar das garotas. Em um desses teleport o macabro monstro conseguiu segurar na mão ferida de Ayla, fazendo-a parar de correr e gritar de dor instantaneamente.

Ao olhar para o único olho do Pokémon a pesquisadora se sentia enfeitiçada, assim parando de correr e se perdendo na profundidade daqueles malignos olhos. Enquanto olhava para a criatura, Ayla via toda sua vida passar perante seus olhos, porém algumas coisas haviam mudado. Suas memórias felizes sumiram e em sua mente todo momento em que esteve viajando era triste e solitário. Angéle embora apavorada e desejasse apenas sair daquele local, ao ver a pesquisadora parada na frente do monstro sendo hipnotizada acabava por não resistir e resolvia voltar para ajudar a recém conhecida.

Angéle rapidamente se agachava ao chão e pegava um punhado de terra, assim se erguendo e jogando a terra nos olhos do monstro que por um breve momento parava de hipnotizar Ayla e soltava um estrondoso grunhido. - Ayla! Temos que ir! - gritava a bruxa enquanto segurava na mão da menina que não estava ferida, assim correndo e conseguindo arrastá-la para fora das ruínas a tempo, conseguindo enfim fugir do monstro.

Ao saírem das ruínas a pesquisadora finalmente conseguia se libertar do transe que havia sido colocada devido ao olhar profundo da estranha criatura. Lentamente as memórias da garota voltavam a sua forma normal, assim não se tornando todas melancólicas, porém trazendo novamente a essência animada e feliz que algumas delas havia proporcionado à jovem. Enquanto lentamente recuperava sua consciência e suas memórias, Ayla lembrava-se constantemente de uma estranha lembrança que havia se perdido em seu subconsciente, nessa lembrança ela via um casal a deixando em frente a porta de uma casa em um pequeno vilarejo e logo após isso o casal correu sumindo em meio a mata densa.

Embora não soubesse ao certo sobre oque aquilo se tratava, a pesquisadora acabava se assustando, aliás aquela casa que se recordava remetia muito a casa de Dona Edna, sua mãe adotiva. Angéle percebia que a garota estava raciocinando ainda algumas coisas que haviam acontecido, sendo assim a bruxa preferia não a atrapalhar e apenas se aproximava da jovem, assim pegando sua mão ferida e usando o Kit de Primeiros Socorros para limpar a ferida e estancar o sangue.

Continua...

Solaceon Ruins — Dia — Inverno

Ayla havia adentrado nas ruínas de Solaceon Town em busca de aprender mais sobre os Unowns e decifrar as palavras escritas nas paredes dos templos, tais palavras essa que usavam os Unowns como alfabeto e principal guia. Durante sua busca e pesquisa, a menina conheceu uma moça desconhecida denominada Angéle, uma bruxa que estava na região tentando convocar um feitiço porém o mesmo nunca funcionava. Através dessa mulher desconhecida, Ayla previu um futuro tenebroso para si, onde correria risco de vida e poderia vir a óbito, porém com os esforços dessa nova aliada a garota foi capaz de superar até mesmo o destino e sair com vida das ruínas, porém não estava completamente ilesa. Em sua mão uma ferida sangrava sem parar, ferida essa a qual era consequência direta de um selvagem monstrinho roedor que mordeu a garota buscando se defender. Além da ferida física, Ayla carregava consigo a lembrança tenebrosa do olhar de uma criatura desconhecida, tal criatura a qual lhe trazia diversos sentimentos, desde a curiosidade até o medo pleno.



Após se livrarem do monstro das ruínas e saírem por uma das portas, Ayla e Angéle se encontravam sentadas na grama ao lado de fora. Ambas meninas se olhavam e sorriam um pouco embora nitidamente era visível o desconforto de ambas em relação a criatura que havia aparecido. Angéle sabia que o ferimento de Ayla poderia agravar e infeccionar, sendo assim não demorava para agir e pegar um kit primeiros socorros. Com o material em mãos a jovem começava a limpar a ferida e enfaixar a mão da garota, ajudando assim a amenizar um pouco da dor, manter o machucado limpo e ajudar com o processo de cicatrização.

- Foi muito corajosa em tentar ajudar o Minccino, porém às vezes a coragem nos leva a caminhos ruins. - dizia Angéle enquanto passava uma atadura em torno da mão da menina. - Sei disso, mas ele estava tão assustado quanto a gente. - a pesquisadora dizia enquanto olhava para a esfera metálica de Minccino em sua bolsa. - Não conseguiria deixá-lo lá sozinho sendo atormentado... - Concluía a jovem enquanto observava sua mão sendo tratada com os toques finais, assim podendo se erguer do chão e mover o braço livremente.

- Eu admiro sua coragem e seu grande coração, porém tenho medo de uma pessoa boa igual você se ferir por aí... Sabe, o mundo é muito cruel e injusto. - concluía Angéle enquanto guardava os materiais de primeiro socorros e se erguia do chão. A visão de mundo da menina era bastante perturbada, aliás por conta de ser uma bruxa ela era caçada por muitos que acreditavam em sua maldade, isso fez com que o coração da jovem se enchesse de ódio e receio, vendo o mundo sempre da pior forma e esperando sempre o pior das pessoas.

- Eu entendo você Angéle... - Ayla dizia enquanto encostava a sua mão ''boa'' no ombro da companheira. - Porém, se negarmos a ajudar os outros por sua maldade, seremos semelhantes a eles. - concluía a pesquisadora enquanto dava um sorriso. - Sei que me entende, você viu meu futuro e sabia que eu morreria se não fosse sua ajuda... Você não me conhecia, poderia me deixar morrer, porém quis me salvar mesmo não sabendo se eu era uma pessoa boa ou não. - logo após falar isso a pesquisadora pegava uma das cartas de Tarot que havia recebido de Angéle e a mostrava. - Não deixe o mundo corromper a ótima pessoa que você é... -

Aquelas palavras de Ayla, certamente não mudariam completamente o jeito da bruxa de pensar, porém era o suficiente para alegrar um pouco o coração maltratado da renegada mulher. - Você realmente é encantadora... - Angéle dizia com um sorriso no rosto, porém logo voltava a sua atenção para a situação em que ambas se encontravam. - Então, você voltará para Solaceon Town? - questionava a moça enquanto olhava com atenção para Ayla. - Sim, a enfermeira Joy pode me ajudar a cuidar dos ferimentos devidamente e me passar alguma pomada, além disso também preciso ir a Novus. -.

Por conta de seu passado e sua profissão, Angéle não podia aparecer em cidades grandes, pois caso assim o fizesse certamente seria caçada. - Bom, talvez seja aqui que iremos nos despedir... Mas antes de ir, que tal um combate? quero ter certeza que a senhorita não irá meter-se em confusão novamente. - Logo após falar isso a moça retirava de seu chapéu de bruxo 3 esferas metálicas, libertando assim seus primeiros monstrinhos em campo. - Um combate triplo, que tal? - questionava Angéle enquanto sorria para a pesquisadora esperando a resposta da mesma.

Embora não estivesse muito afim de um combate, Ayla acabava por aceitar o convite e assim jogava três de suas esferas metálicas para o alto, libertando Oricorio, Gallade e Umbreon. - Vamos lá então! Oricorio use Incinerate com sua Aura Ofensiva, Umbreon use Swift e Gallade use Leaf Blade e sua Aura Ofensiva em Misdreavus! - ordenava a garota olhando animada para sua adversária. Angéle logo ao ouvir os comandos de Ayla, também enviava suas ordens a seus monstrinhos, assim ordenando com que Mime.Jr e Hatenna usassem Psybeam em Gallade e Misdreavus usaria Hex em Oricorio. Com as ordens dadas, logo o combate se dava inicio.



1° Turno
Logo após as ordens serem dadas, finalmente o combate se dava inicio. Ambos os times pareciam equilibrados em questão de níveis, porém era visível que os monstrinhos de Ayla tinham alguma força e velocidade a mais, isso lhe dava uma breve vantagem. A primeira a atacar era Oricorio, assim fazendo uso de Incinerate em combinação com sua Aura Ofensiva invocando um grande furacão flamejante, jogando o mesmo contra seus oponentes causando graves queimaduras nos seus adversários. Mesmo bastante ferida, Misdreavus ainda era capaz de se mover e não demorava para tentar vingar suas aliadas do dano recebido, assim fazendo uso de Hex e amaldiçoando Oricorio, deixando a mesma confusa e assustada fazendo-a perder o equilibrio durante o voo e cair diversas vezes ao chão se ferindo.

Umbreon atacava quase que ao mesmo tempo que o fantasma, porém a raposa noturna fazia uso de Swift assim criando diversas estrelas afiadas a sua volta e jogando todas ao mesmo tempo na direção dos monstrinhos de Angéle, arranhando e ferindo Mime.Jr e Hatenna, porém Misdreavus não sofria nem sequer um arranhão, visto sua imunidade a golpes do tipo normal. O quarto a se mover em campo finalmente era Gallade, assim fazia uso de sua combinação de Leaf Blade + Aura Ofensiva, tal golpe o qual era potencializado por sua habilidade, Sharpness. Essa combinação fazia com que o braço do poderoso Pokémon tomasse uma tonalidade verde, assim ele golpeava o fantasma que acabava caindo inconsciente, visto que já havia tomado dano anteriormente para as chamas ardentes de Oricorio.


Todos os monstrinhos de Ayla já haviam atacado, agora restava apenas Mime.Jr e Hatenna para fazerem seus moves. Ambas criaturas eram bastante lentas, sendo assim atuavam quase que ao mesmo tempo fazendo uma combinação de movimentos Psychic. Mime.Jr fazia uso de Psybeam juntamente com sua Psychic Gem, assim potencializando seu ataque. Hatenna seguia pelo mesmo caminho, assim usando também Psybeam e o foco de ambos ataques era em Gallade, assim o atingindo em cheio fazendo o enorme Pokémon ser arremessado contra uma árvore, assim causando algumas profundas feridas no monstrinho.

Logs:

Com o primeiro turno encerrado Angéle sorria e retornava sua Misdreavus, assim logo em seguida jogando a esfera metálica de Murkrow e libertando a ave noturna para o combate. - Nossa, seus monstrinhos são realmente muito fortes, mas a luta ainda não acabou. Vamos lá Mime.Jr e Hatenna usem novamente Psybeam e Murkrow use Wing Attack, foquem tudo em Gallade! - a bruxinha dizia enquanto sorria olhando para a pesquisadora. - Oricorio repita o movimentos anterior! Umbreon use Pin Missile e Gallade use Ice Punch, foquem no Murkrow! - a jovem respondia um pouco aflita, aliás mesmo estando em vantagem no combate ela percebia que o foco de sua oponente era retirar seu poderoso Gallade de campo.



2° Turno
Após um longo primeiro turno, finalmente as ordens eram dadas e o segundo se iniciava. Como de costume o mais rápido em campo ainda era Oricorio, assim mais uma vez ela combinava seu Incinerate com sua Aura Ofensiva e em sua volta começava a surgir um grande furacão flamejante que era jogado contra os três oponentes, queimando por completo Hatenna e Mime.Jr e deixando ambas inconscientes. O golpe atingia até mesmo Murkrow, porém devido a sua incrível resistência o monstrinho conseguia sair ainda acordado e assim fazia uso de Wing Attack, criando várias lâminas com o ar e jogando as mesmas contra Gallade, atingindo em cheio o forte lutador. Embora fosse bastante resistente, Endy não resistia aqueles cortes que se acumulavam com os ataques sofridos anteriormente, assim o poderoso monstrinho caia inconsciente.




Com três monstrinhos fora de combate, apenas restava Umbreon para atacar, sendo assim a raposa noturna invocava a sua volta alguns mísseis esverdeados com seu famoso movimento Pin Missile. Esses pequenos espinhos pontiagudos iam de encontro a ave noturna, assim atingindo as asas do monstrinho e fazendo o mesmo perder o equilibrio. Murkrow caia diretamente contra o chão e sofria graves lesões, enfim o quarto e último Pokémon de Angéle ficava inconsciente e assim Ayla vencia o combate.

Logs:

Enfim o combate terminava, Angéle apenas conseguia sorrir enquanto retornava seus monstrinhos para suas devidas esferas metálicas. A bruxa se sentia feliz em saber que sua amiga pesquisadora conseguiria se defender com facilidade. Com objetivo de recompensar Ayla pelo combate a moça entregava uma pequena quantidade de dinheiro para a naturista, assim como também entregava uma poção de resistência, tal qual poderia vir a ser útil em um futuro próximo. Enquanto recebia as recompensas de Angéle, Ayla recolhia os itens produzidos por três de seus monstrinhos, sendo tais a Milotic, Oricorio e Cutiefly. Após recolher os itens e retornar seus monstrinhos, Ayla se despedia de sua companheira de profissão e enfim retornava para Solaceon Town, indo direto ao PokéCenter da cidade tanto para tratar do ferimento em sua mão, quanto para cuidar dos ferimentos de seus amados monstrinhos, realmente aquela longa manhã nas Solaceon Ruins haviam rendido bastante conhecimento para a garota que agora se encontrava cada vez mais perto tanto de decifrar os Unowns, quanto de entender mais sobre seus dons ocultos sobre bruxaria.

Continua...