Assim que chegamos nas imediações da fazenda, Viola freou em qualquer lugar e berrava clamando por ajuda, querendo retirar o corpo pesado de Mackenzie do Jeep. Acontece que o cara era mais forte que eu, e seus músculos pesavam demais. Fora que a garota, que eu já esqueci o nome, nāo estava tāo preocupada com o colega ponto de levantar peso.. ou suar.. ou fazer qualquer tipo de esforço. Por sorte, ou ação do destino, dois outros homens chegaram correndo para acudir.

— Ele precisa de tratamento urgente - disse Viola, com voz rouca.

Não tinha percebido que além de aflita, estava também assustada. Não fazia ideia se era por ação do Fiddlesticks ou pela mera ideia de perder uma pessoa em uma missão tão simples quanto gravar um comercial publicitário.

— Naum si preocupe sinhora. - Falou um homenzarrão de voz fina. - Temos uma estação di cura aqui perto na fazenda.

E com ajuda, lá fomos nós para o centro que eles tinham comentado. Ambos carregando nosso homem - sim, já o adotei - enquanto Viola e eu seguindo atrás. Já a garota estacionava carro e retirava os equipamentos, como se o trabalho fosse mais importante nesse momento. Tipo… como assim ???

Enfim, entramos na sala de cura e Mack era colocado numa maca para ser analisado pelo pessoal do posto. Aproveitava que ele já estava recebendo os primeiros socorros para pedir ajuda a dois dos meus pokémon ué tinha sido gravemente feridos no encontro contra o espantalho. Prontamente me atenderam, só disseram que demoraria bem mais que um centro pokémon comum por conta do equipamento que não era de ponta. Assim que estivesse tudo em ordem que seríamos contatados.

Viola estava sentada em um banco de madeira com as mãos na cabeça, tentando recuperar o fôlego e controlar os nervos. Já tinha visto minha mãe fazer isso algumas vezes quando ficava insuportável respirar e manter aparências. Ela detestava ser rainha e fingir perfeição, mas nunca havia reclamado uma vez se quer. Não que me lembrasse.

— Desculpa fazer vocês passarem por tudo isso - pedi, me aproximando devagar como se ela fosse feita de porcelana e eu fosse um Cufant. - Se eu soubesse…

— Para. - Ela me interrompeu, erguendo a cabeça. Respirou fundo e se reorganizou no banco. - Você não tinha como saber que ele estaria naquele lugar. Além do mais, fomos nós que saímos do carro e desviamos da rota. Você só ajudou. Nem por um instante pense que em assumir a culpa.

Ela realmente era forte assim? Não imaginaria aquilo dela. Mas também não era justo assumir toda a responsabilidade por conta do vinculo ou algo assim.

— Você também não precisa carregar esse peso sozinha.

— Fiddlesticks mexeu mesmo com a gente né?

Olhei pra fora. Dava para ver o carro. E a outra estagiária da qual esqueci o nome.

— Todos menos uma. Qual é o problema dela?

Eu devo ter feito uma expressão odiosa, pois Viola demorou alguns segundos para desviar o olhar e seguir o meu. Assim que entendeu que se tratava da outra assistente, me respondeu.

— Lara tem um transtorno que a impede de sentir algumas emoções. Está dentro do espectro de autista. Empatia e interação social são algumas delas. Por isso se isola e é um prodígio em tudo que se realiza a fazer, ao menos de forma técnica. Ela quer descobrir como se cria algo com emoção, mesmo para alguém com essa limitação.

Se estivesse criticando essa garota na rede global antes de saber dessa condição, com certeza teria sido cancelado por pelo menos 100k de seguidores.

— Não fazia ideia. Na verdade nunca conheci alguém autista…

Senta o olhar de Viola sobre mim e evitava a todo custo contato visual. Só ouvi ela rindo.

— Por favor, tenha paciência com ela. - Viola pediu. - Aliás… Vou aguardar Mack acordar. Se quiser, pode ir se adiantando. Lara pode ser de grande ajuda nesse momento.

Fazia que sim e deixava ela lá.

Respirava fundo e voltava ao carro.

— Licença. - Disse apenas para anunciar minha presença. - Eu vou conversar com os contratantes. Quando terminar, pode ir me encontrar pra adiantarmos algumas partes? Viola disse que vai ficar aguardando Mackenzie despertar.

Ela ficou me encarando até terminar de falar e depois assentiu, confirmando. Okay… Dei as costas e sai de perto.

Então. Lembra daqueles dois homens que nos acolheram? O pai e o filho, donos do negócio familiar. Conversamos um pouco sobre o projeto, mostrei a ideia do roteiro e como pretendia fazer. Eles pareciam bem leigos, mas tinham algumas ideias do que desejavam, a começar por um figurino de roça, tradicional, só que não tinham nada do meu tamanho. Me deixaram livre pra criar, mas nem ao menos perguntaram se costuro, e a resposta é não. Minha relação com a Moda é servir de modelo e comentar tendências… Talvez fosse o momento para me aventurar, já que o cachê é baixo e estou me empenhando até demais.

Os deixei na casa grandes, evitando que nosso tempo fosse consumido, já planejando o que faria para cumprir o primeiro desafio. Lara se aproximava e eu pedia para pegar alguns recursos que nos disponibilizaram para isso. Algodão e corantes naturais (sementes de frutos vermelhos e azuis). Enquanto ela pegava a matéria-prima, Joltik tinha uma missão. Aprender a costurar com sua seda. Estávamos vendo vídeos de como costurar uma blusa básica. Um dos clipes disponibilizavam molde. Começava a desenhar e medir meu ombro e peito. Como era modelo mais masculino, não precisava colocar cintura, então era só seguir reto que ficava larga. Lara chegou com o material que pedi. Fomos mergulhar a fibra na água com pigmentação avermelhada, colorindo o que seria nosso tecido depois de passar com ferro e deixar bem estirado. Assim que seco, foi hora de cortar com o molde. Nessa hora deu medo, porque o processo de tingir e secar demorou mais de uma hora. Coloquei no corpo pra ver se não cortei demais. Na real estava bem grande. Vi o vídeo de novo e percebi que a folga era pra costura. Só precisei abrir o decote em V e então orientava Joltik por onde passar a teia grudenta. Estav suando no processo, mas ao terminar, virei do avesso e vesti…

— Eu to… - Me emocionei olhando no rotom-phone, já fazendo mídia. - Fui eu que fiz! Obrigado pela ajudo, pretinha!

Tik pulava no meu ombro para aparecer no vídeo.

Nesse momento percebi Lara nos observando com curiosidade e então senti um estalo. Ela tinha tirado uma fotografia?

— Nosso figurino será essa camisa de algodão, jeans, bota e chapéu de palha. Por sorte, eu tenho o pisante. Imaginei que na roça fosse precisar de jeans e bota. O resto devemos conseguir emprestado.

Joltik fazia que sim. Olhava para Lara e agradecia.

Estilo check!

Quest 1:

Registros:

Lara estava organizando o cenário, com devida iluminação e posição de câmera, quando fui checar Viola e Mack na sala de cura da fazenda. Ao chegar no espaço me deparo com rapaz sentado ao lado da líder, tomando uma bebida quente. Me aproximei.

— Ei, você deu um susto na gente, grandão. - Disse, brincando, dando também um saquinho no joelho dele. - Como se sente?

Ele estava rindo. Parecia bem.

— Vou sobreviver. - Respondeu. - Viola disse que foi graças a você. Obrigado.

Devo ter ficado corado, pois senti meu rosto arder. Apenas sorri e aceitei os louros.

— Estamos montando o set de filmagem. Vocês ainda precisam de um tempo? Acho que posso começar só com ajuda de Lara se estiver indisposto…

Ele me interrompeu com a mão e levantou.

— Já dormi e descansei demais. Viemos fazer um filme, certo? Vamos produzir!

Viola estava feliz. Ela tinha um sorriso aliviado no rosto. Deve ter sido pesado pensar no pior, estando responsável por ele. Agora ela só aparentava estar cansada, mas se pôs de pé e disse — O dever chama.


Estávamos na frente do celeiro. Vermelho com detalhes brancos, longas portas para passar com maquinários e o gado. Contrastava bem com a roupa que fizemos essa manhã. Uma blusa de algodão tingida de vermelho! Para compor o restante do figurino interiorano, calça jeans, finto de fivela grossa, botas e somente o chapéu de vaqueiro com par de luvas emprestadas do filho mais velho da família.

— A ideia do roteiro é a seguinte - começava a explicar. - Vamos fazer 3 frames passeando pelas instalações da fazenda, onde eu foi narrar uma intro no áudio para edição. Pesei aqui na frente do celeiro, na sala de cura e n curral, que já cruza com a atividade prática que terei de fazer. Podemos gravar alimentação deles e depois a ordenha de miltank aqui dentro. O que acham?

— Eu fiz uns vídeos seus enquanto manipulava a matéria-prima da camisa. - Lara falava. - Pode passear pelos campos de algodão e colocamos na edição.

Viola assentia, mas estava concentrada em registrar o momento com sua câmera própria.

— Mackenzie, quero que grave alguns audios dos animais e coisas abstratas do campo. Vai ficar interessante no filme depois com a narração. Lara, ângulos dinâmicos. Quando estiver com animais, de cima para baixo. Quero alguns closes e depois abrindo o plano.

Eles assentiam, tomando as instruções da especialista como lei e já começavam a calibrar os equipamentos. Enquanto isso, Viola vinha me orientar em como ficar posicionado em cada quadro. Ao que parecia ela já tinha começado a direção de fotografia. Já estava tão grate por ter essa equipe comigo que nem sabia mensurar o quanto.

— Só esqueceu de mencionar o mel das colméias que os contratantes pediram pra incluir - ela comentou.

— Er… temos mesmo?

Ela fazia uma expressão desentendida.

— Eu tenho medo de abelhas. A maioria dos insetos. Só treino uma Joltik e Crustle porque foram presentes e não tive que encará-los selvagens. De resto, me arrepio ao chegar perto, principalmente se forem venenosos… - Expliquei, não convencendo muito. - Pode ser bem rapidinho, tipo segundos, só pra falar que tem?

— Podemos fazer dois takes próximo e um com o produto final que ele devem vender. A edição resolve depois.

— Certo.

Começamos então com a gravação da primeira cena aberta, frente ao celeiro, já que estávamos lá. Abria um sorriso e o braços, girando brevemente enquanto Lara se aproximava e se faltava para pegar close e plano aberto, assim como fora orientada. Ela conferia a gravação e peia para repetir. Agora faria o inverso. Plano aberto, depois close. Na edição escolheriam a que se encaixaria melhor na transição.

Passamos pela sala de cura e fizemos alguns takes mostrando o salão, comigo passeando e outros extras, pois no audio eu iria incluir uma nota sobre como era bom ter um espaço assim no meio do caminho para aventureiros pararem e relaxar na fazenda que oferecia tal serviço. Treinadores, em especial, adorariam esse conteúdo, já que vivem batalhando e e sua maioria são pobres para gastar em medicamentos.

O terceiro era mais afastado, pegando a casa central e parte das baias e outros lugares ao fundo, mostrando num plano bem aberto o espaço que a MooMoo tinha a oferecer.

— Muito bom, agora vamos fazer a das abelhas que é mais rápido, depois fingir tirar lã das ovelhas pra no final ordenha, já que esse não da pra fingir. - Falei.

Viola apontou para o lado. Tinham muitas wooloo próximas para ignorar e depois ter de retornar. Mack estava na iluminação, auxiliando Lara e Viola que estavam na câmera, gravando e fotografando, respectivamente. Agora ele também se preparava para captura de áudio dos bichos. Percebia isso quando fui fingir que retirava a lâ de um wooloo sem ligar a máquina de pode e ele pedir um segundo para registrar o som, depois me liberando para fazer os movimentos de afofar e fingir cortar. Lara fazia sinal de positivo, dizendo ter fica bom.

Ok, ok. Agora sim visitamos o lar dos combees.

De longe ouvia o zumbido dos zagões. Estava em estado de alerta. Os músculos meio enrijecidos, quase como se me avisassem a não chegar mais perto que aquilo, traçando o limite de segurança e perigo. Já procurava Viola, na intenção de persuadi-la, mas ela não estava muito afim de conversar… Lembra quando eu disse que ela se empolga na fotografia quando tem pokémon envolvidos? Então. Por um segundo esqueci que ela era especialista em insetos. Olha só! Lá estava ela NO MEIO dos combees, capturando altos momentos. Me virei para Lara. Ela aguardava o sinal para começar. Mackenzie estava capturando som próximo de sua mestra. Respirei fundo e me concentrei. Chegava apenas um pouco mais perto e sinalizava estar pronto. Para essa cena, pensava em saltitar dando uma voltinha. Depois outro take com os braços abertos mostrando as colméias no fundo. Já estava me afastando para ver se prestaram quando algo zumbiu pertinho da minha orelha. Minha espinha se enricou toda, me fazendo contrair o corpo com força. Fiquei paralisade por alguns segundos. Um combee me circundava. Sem perceber, fiz um som bizarro, que era um pedido de socorro silencioso. Ou quase. Viola tirou uma foto e depois afastou o inseto para longe.

— Você não estava brincando. Realmente tem pavor de inseto. - Disse Lara, sem papos na língua.

Viola riu, mas tentou disfarçar.

— Podemos não revelar minha fraqueza perto delas e discutir isso em outro lugar? - Implorei, um pouco irritado.

Eles assentiram.

Eu sai correndo.

Aguardei o grupo no celeiro. O filho mais velho estava dentro do espaço. Tinha se prontificado a explicar como se fazia a ordenha numa miltank e separara uma bem mansinha para o filme. Ele explicava que era preciso tratá-la com carinho e não necessitava por força, apenas encontrar a forma de manusear as tetas. Assim que saísse o primeiro jato, eu saberia como ordenhar o resto, ele disse. Era algo bem intuitivo.

Depois da breve aula, quis fazer uns frames acariciando a miltank, tanto o dorso quanto o rosto. Me apresentei e depois sentei no banquinho. O rapaz tinha mostrado como fazia. Eu pedi para que não filmassem as primeiras tentativas ainda, pois como previ, eu apertei e nada saiu. O jovem fazendeiro se aproximou por trás, fazendo carinho na miltank e depois segurou na minha mão e mostrou o movimento. Viola tirou foto disso. Eu senti a teta ficar mais quente e então um jato forte espirrou para dento do balde. Eu tirei leite! Talvez o sorriso de satisfação da primeira ordena ficasse colorido no clipe.

— Gratidão equipe! - Eu agradecia ao final do trabalho de filmagem e fotografia. - Acho que temos nosso material.

Viola ergueu o polegar, confirmando. Só complementou.

— Falta apenas registrar o fim.

Ela posicionou a câmera em um tripé e convidou o novo colega para integrar a fotografia. Agora tínhamos eternizado nossa produção e colaborador.

Com o final do comercial gravado, o rapaz dizia que gostariam de me presentear com um egg de Miltank e já nos convidava para lanche, lembrando que também precisávamos incluir os produtos que fabricavam na fazenda. Aceitei de bom grado e seguimos ele para nos juntar ao banquete que prepararam.

quest 2:

Registros:

Tão logo nos arrumávamos para o banquete e o filho mais velho mencionara. Claro, iriamos gravar os produtos naturais que produziam na fazenda MooMoo para complementar o filme comercial do qual fomos contratados para produzir. Digo, eu fui. Ainda não sabia como agradecer Viola e sua equipe por estarem presentes e tão solicitos a cada processo de construção que tivemos juntes. Não queria recordar do Fiddlesticks ainda, mas era algo pelo qual passamos juntes e nos uniu enquanto grupo e seres humanos. E isso não teria sido possível caso Viola tivesse recusado o convite. Claro, no contrato uma equipe seria designada para partes técnicas, mas não seria o mesmo. Nunca.

Enfim, estávamos numa mesa grande e esperava-se que farta. Só que não era o caso. talvez o tamanho cumprido dela nos iludiu, mas a fala do jovem que nos arrastou até lá também. Só via alguns pães, café fresco sendo terminado de fazer, o leite fresco que tirei e bolachas secas.

— Chegamos cedo demais? - Perguntei, sendo deselegante ao ver que a mesa não estava toda posta.

— Desculpa - disse o rapaz, herdeiro de toda aquela terra fértil - acho que mainha ficou atolada fazendo os bolos e tortas e não teve tempo de preparar o queijo… Que tal a gente preparar agora?

— Oi? - disse em reflexo, um tanto quanto espantado.

Mackenzie riu.

— É, colocar a mão no produto e trabalhar nele. Na volta a gente pega o melado de combee e monta a mesa pro filme.

Eu olhei para Viola e ela sorria, como quem dizia “eu sou apenas aquela que segura a câmera”

— Vem, vamos lá atrás! - Disse o filho mais velho, me puxando pelo braço.

As vezes eu fico imaginando o que se passa na cabeça de minha mãe quando Nanaue reporta minhas aventuras. O que ela pensaria quando me visse fazendo leite coalhar para fabricar queijo? Olha… Acho que seria deserdado antes que pudesse manchar o nome da família e as relações exteriores de Massai. Para virar camponês não era necessário ir tão longe - a voz dela e cava em minha mente, alto demais, até.

— É assim que se faz queijo? - Perguntei.

Mesmo que Lara estivesse gravando, o áudio anexado ao filme seria outro, então estava tudo bem comentar sobre o processo.

— Tem muitos jeitos de faze queijo. - Explicava o rapaz que me instruía no processo. - Aqui na fazenda a gente gosta de curar ele.

Ele ficava falando e explicando o processo dos laticínios, não só do queijo feito com leito de militank, como também creme de leite fresco, manteiga e coalhada. Eram muitos processos, principalmente o do primeiro ingrediente para compor a mesa. Em determinado momento, pomos o item para secar e um pano e fomos bater a manteiga. As fotos de viola estavam ficando fantásticas. Nunca duvidei. Lara pedia para Mack arrumar o jogo de luzes. Viola explicava que era porque eu estava contra ela, então invertemos os lugares e a qualidade da imagem de gravação melhorou.

Socar, digo, bater a manteiga, era um processo que exigia músculos fortes. Eu sempre treinei, mas esses dis fora de qualquer rotina de treino tinha me deixado bem… fracote. Estava suando só de mover um pau para cima e para baixo.

— Já temos - anunciou Lara, observando minha inútil tentativa de parecer legal.

O rapaz tomou meu lugar e bateu com tanta vontade na manteiga que espirrou por todo local, fazendo com que nos sujássemos nossas vestes. Especialmente a minha, que ainda tinha muito trabalho para realizar. Ele riu, pediu desculpas e continuou até dar o ponto certo. Nos explicou brevemente e então me passou para colocar no potinho e fazer um take.

Voltamos para queijo.

— Já deve ter soltado bastante soro de leite - ele dizia, indo conferir.

E não era que aquele pedacinho podre tava dando um ótimo queijo queixudo? O rapaz me mostrava como finalizar para que minhas mãos e corpo fossem capturados na imagem ao invés das dele e então finalizei com um sorriso e o produto perto do rosto e outra fingindo que ia devora-ló naquele lugar, daquele jeito e naquela hora. Tudo brincadeira bem foçada para as pessoas terem o gostinho, mas a reunião da comida, apenas na mesa.

Estávamos levando quando lembrei-me do mel.

— O produto das combee! - eu disse.

— É verdade - ele confirmou. - Pega dois potes que tão no armaria a 5 meses. Ninguém tudo quis a visitar.

Pegamos o mel, com a cena de tirar ele da prateleira… Outro com o produto rente ao rosto e beijando o produto.

Quando voltamos tinha sucos, café, pães, bolo, o leita, o queijo, o creme, a manteida.. Muitas opções recheavam e enfeitavam o cenário final. Fizemos uma cena com todes sentados, como uma grande familia e no fim alguns takes comendo o queijo, experimentando a manteiga no pão e o mel adoçando o café. Chamava Cleffa e Lopunny para participar das filmagens. Comendo os produtos naturais alegres e interagindo comigo. Como tinha sido eu a ajudar em alguns deles, a boneca negra fazia um esforço e fingia felicidade em brincar de comidinha, mas não engolia, era apenas para as cameras, diferente da estrelinha bebê que se divertia. Fazia um carinho nela e brincava de aviãozinho.

Pronto com o material gravado, podíamos todos comer de verdade.

quest 3:

Registros:

Quando finalizamos as gravações, surgiu um papo de filmar uma captura amigável para dizer que o trajeto até a fazenda era tranquilo e, pasmem, seguro! Eu, Viola e Mackenzie nos entreolharmos e tive que responder, afinal, fui eu a contratada para o serviço do comercial publicitário.

— Desculpe, não temos interesse em fazer isso.

Simples.

Mentir não era algo nobre e dar explicações só nos faria reviver um episódio traumático, desta vez para todes nós, inclusive Lara, que parecia desconfortável por ter estado de fora e não saber se comportar mediante a situações assim.

— Estamos nos preparando para retornar e começar a editar o vídeo. - Completei, não dando tempo para retrucarem. - Obrigado por nos receberem na fazenda. Espero que com o comercial o movimento melhore bastante.

Mesmo desconcertada pela negativa com o último pedido (quest opcional) a família estava contente com nossa visita e serviço. Tanto que fomos presenteadas com alguns frascos de leite fresco de miltank e o cachê do serviço.

Agradecimentos feitos, colocamos os equipamentos no carro e voltamos pra cidade grande com algumas novas lembranças e amizades.

desfecho:

Registros: