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Amorina
Kiloude já era extravagante pelos seus moradores "coloniais", porém as atrações daquela cidade estavam longe de serem totalmente exploradas. Uma equipe de Rangers fazia uma comoção em cima de um carro, utilizando megafones para convocar os turistas para visitarem a atração que eles pareciam chamar de "Vila Natal". Seguindo a liderança deles, uma massa de turistas formou uma passeata pelas ruas de pedra rumo à estrada de terra batida que cortava entre as árvores. A sensação era mágica pois em segundos todas as árvores pareciam ser enormes pinheiros, além de uma neve branda cair lentamente sobre todo mundo.
Apesar de ter acabado de começar a tempestade, já havia uma grossa camada de neve pelos terrenos entre as árvores. O Ranger-guia então explicava se tratar de um fenômeno especial causado pelo maior pinheiro já registrado no mundo, localizado na área central da "Vila Natal". Ele então aproveitou a oportunidade para contar sobre uma lenda de que a árvore era um Pokémon adormecido que despertava na noite de natal e amplificava tudo de positivo que foi feito em seu domínio. Por mais que algumas pessoas se entreolhassem desdenhando da veracidade, a coordenadora gostava de imaginar que aquilo poderia ser verdade, já que um Pokémon gigante era um acontecimento que merecia ser visto.
Ainda nesse trajeto, que parecia bem longo caminhando, o guia apontou as diversas placas e mapas espalhados pelas trilhas, o que serviria para ninguém se perder. Complementando essa explicação, ele disse que os Pokédolares eram de pouca importância dentro da área preservada, uma vez que eles adotaram as "Christmas Coins" como sua moeda de troca. Expondo a moeda redonda, era possível ver uma camada azulada e um Delibird estampado em seu centro. Pelo que tudo estava dando a entender, elas funcionariam como as PumpKoins do Festival da Colheita, então era muito importante coletar todas elas.
Mais alguns minutos de caminhada depois, todos os turistas chegaram numa enorme construção comunitária, a qual possuía uma convidativa placa de madeira talhada escrita "Casa da Lareira". O Ranger-guia então disse que, daquele momento em diante, todos poderiam se acomodar dentro da construção comunitária e obter mais informações com os diversos funcionários espalhados pelo perímetro preservado. Com essa deixa, as crianças se desvencilhavam dos pais e corriam para mergulhar na neve, seja para fazer anjinhos, bolas de neve ou bonecos. Aproveitando que tantos turistas haviam se dividido, Amorina tomou a frente para conseguir uma boa instalação ao adentrar a Casa da Lareira.
O local que possuía uma enorme lareira de tijolos no centro tinha um clima bem agradável comparado à geada externa. Contudo, haviam diversas caixas com decorações, provavelmente que ainda estavam no processo de serem penduradas. Nesse mesmo momento, Amorina sentiu uma coceira no braço, vendo um inseto flutuando logo em seguida. Ela não podia acreditar que aquelas criaturas sobreviveram ao frio apenas para mordê-la, por isso ela retirou um dos repelentes que tinha na bolsa e passou pelos braços e pernas esperando não ter mais problemas com eles.
Depois de fazer um registro na recepção da Casa da Lareira e ser indicada para um dos quartos compartilhados, Amorina organizou as mochilas mais pesadas para ficarem seguras em gavetas com chave antes de retornar para o hall do centro comunitário. Enquanto passeava despretensiosamente, ela viu a Enfermeira Joy correndo de um lado para o outro dentro de uma salinha branca com diversas macas. Ao se aproximar para espionar, ela se surpreendeu com o número de Pokémon feridos em menos de uma hora que os turistas estavam por lá.
- Pode entrar querida. Deixe seu Pokémon em uma maca e aguarde na recepção. Entregarei o mais rápido que eu puder - comentou a enfermeira, mas em nenhum momento olhou diretamente para a coordenadora.
- Ah... na verdade eu não preciso de atendimento. Mas, precisa de ajuda? Parece que tem muitos Pokémon por aqui - ponderou a coordenadora.
- Você poderia? - disse num tom aliviado. - Digo. Não... não, obrigada. Não é permitido que os turistas usem os produtos da instalação, mas obrigada pelo oferecimento!
- Se esse é o problema, não temos um problema. Eu posso usar minhas Potion e itens de cura.
- Oh. Bom, nesse caso... os pacientes que possuem uma marcação amarela são de menor complexidade. Creio que as Potion serão suficientes para eles, além é claro de descanso.
Amorina então adentrou o local e começou a passear entre as macas, parando nos que possuíam um destaque amarelado no papel para borrifar um pouco do conteúdo medicinal nos ferimentos deles. A maioria dava uma leve contraída no corpo, embora alguns mais "durões" resistiam apenas fechando os olhos antes de se acomodarem para cochilar. A coordenadora gastou três frascos completos para amenizar a dor dos Pokémon, mas ficou contente em ver que a enfermeira estava bem mais calma, apenas focando nos Pokémon que precisavam de mais atenção por terem cortes evidentes e queimaduras pelo corpo.
- As pessoas se acidentaram bastante nas últimas horas, não é? - questionou para puxar assunto.
- Você nem imagina. A Vila é pacificada por conta da ação dos Ranger, mas nem todos respeitam a natureza. Quando fazem isso, os próprios selvagens daqui protegem o território. É algo bonito de se ver, mas é bem doloroso sofrer a fúria deles - retrucou, depois encarou a coordenadora pela primeira vez. - Obrigada por ter aliviado as coisas. Borrifar a Potion é simples, mas são muitos e no fim tomaria muito tempo - a mulher então concluiu algumas assinaturas em cada papelada. - Ao menos vejo que o espírito natalino já está fluindo. Mas será que eu poderia abusar de sua bondade?
- Honestamente? Eu estou tão perdida com as atrações que estão espalhadas pelos cartazes que seria bom ter alguma direção - comentou.
- Ótimo. O espírito certo é estar disposto a tentar! - comentou animada. - Atrás do balcão, no chão, há uma caixa de achados e perdidos. Existem alguns cartões de identificação por lá com número de RotomPhone, você poderá utilizá-los para localizar os donos. Se você puder, procure os donos e devolva em nome da Casa da Lareira.
- Só isso? Considere feito! - animou a garota.
- Ei! Já que está tão benevolente, pegue um dos álbuns de figurinhas que está em cima do balcão. Qualquer um serve, já que as recompensas serão iguais. Espalhe sobre ele para seus amigos, afinal, concluir o álbum é algo que vai valer bastante a pena - terminou com uma piscadela.
Amorina então saiu da sala de atendimento básico e foi até a recepção, onde foi encarada pelos treinadores que esperavam. Mesmo assim, ela não estava envergonhada pois sabia que estava ajudando e não fazendo nada de errado. Fiscalizando o balcão, ela encontrou os álbuns de figurinhas e coletou o que tinha uma Christmas Hattena na frente, pois ela achou mais fofo. Depois ela também coletou um panfleto com as atrações e QR Code para o mapa da Vila Natal, esperando que fosse útil para que ela conseguisse aproveitar o máximo de coisas possível.
- Ei! Vocês viram isso? Parece que tem coisa boa pra quem completar esses álbuns - ofereceu para os treinadores.
A adolescente então assistiu orgulhosa a euforia dos treinadores em apanharem as revistinhas e olharem as últimas páginas, onde havia uma descrição detalhada das recompensas. Alguns dos treinadores que já possuía algumas cartinhas começaram a oferecer as repetidas em trocas de moedinhas, criando um verdadeiro comércio. Amorina aproveitou esse momento para se agachar e procurar as identidades perdidas na caixa, colocando o número de um dos donos no RotomPhone para que fosse localizado através do GPS. Com tudo pronto, ela se preparou para sair do local.
- Ei, menina! Onde vai com essa pressa toda? - questionou uma mulher com aparência típica de mãe, vestindo um casaco vermelho e branco, com um broche de funcionário da Casa da Lareira. - Você não está com a roupa apropriada pra sair nesse frio. Vá se trocar agora e então venha aqui para experimentar um pouco os doces. Eu vi que está ajudando a enfermeira Joy, mas lembre-se que você veio aqui também para ser turista!
- Imediatamente, madame - retrucou a coordenadora.
Amorina tinha um sorriso bobo no rosto quando voltou para o quarto para pegar uma blusa de lã antiga que possuía, vestindo-a por cima de seus trajes comuns de frio, que era uma camisa de manga longa, calça moletom e botas grossas. Não ousando contrariar as recomendações de uma mãe, ela foi direto para a cozinha do centro comunitário e se surpreendeu com a extensão de utensílios que existiam por lá. Ainda estupefata, ela sequer notou quando os turistas começaram a espalhar os pratos com biscoitos e pedaços de chocotone até chegarem nas pessoas mais distantes dos balcões.
- Isso tá uma delícia! - comentou com outro turista, após experimentar os biscoitinhos enfeitados.
- Não é?! Ouvi dizer que a cozinha vai funcionar vinte e quatro horas. Nem da pra acreditar quanta coisa boa e de graça está rolando por aqui! - disse um homem.
- Isso é porque vocês não sabem da maior: Siebold será um dos chefes da cozinha. Vi num cartaz que ele dará aulas de culinárias durante os finais de semana! - animou uma mulher.
- Mas se vocês querem garantir uma vaga, é melhor marcarem horário. A agenda do Siebold é cheia e a cozinha não pode ficar com superlotação durante as aulas!
Ainda que a coordenadora não conhecesse nenhuma das pessoas que conversava ao seu lado, era bom estar próximos delas, pois eles mesmos estavam a tratando como se fosse um amigo de longa data. Ela não tinha certeza se a magia do natal existia, mas se ela tivesse que apostar, aquele era uma grande evidência de sua veracidade. Com uma generosa mordida no chocotone, ela derretia na cadeira com a explosão de chocolate que recebia, fazendo seus companheiros de mesa caírem na gargalhada.
Com a comida saboreada, Amorina reencontrava a funcionária que a convidou na porta da cozinha, recebendo uma Christmas Coins e um abraço apertado da mulher. A adolescente não sabia como, mas talvez a mulher sentiu que ela sentia falta dos pais e seu abraço foi tão caloroso quanto familiar. Mantendo um sorriso que não se desmanchou, a magnata sentiu a alteração climática lhe dar quase um "tapa na cara" ao sair da construção principal, fazendo-a encolher mesmo com as camadas de roupa que possuía. Por sorte, haviam alguns aquecedores na área externa da trilha, sendo suficientes para deixá-la quentinha por mais algum tempo antes do RotomPhone carregar a posição do primeiro dono.
Enquanto esperava, ela notou que havia uma resistente árvore frutífera não muito longe do pavilhão, então correu para adquirir um exemplar da fruta, se tratando de uma Rabuta Berry. Aos pés dela, havia uma bola de neve com pequenas sementinhas azuladas acopladas, sendo recolhidas igualmente pela garota. Amorina não sabia se todo o perímetro arbóreo era tão rico em recurso natural, mas ela jamais reclamaria de boca cheia. *Bip bip bip!* era o sinal do RotomPhone, dizendo que era para ela parar de divagar e procurar os donos dos itens perdidos.
- Uma ajudinha aqui, Litten! - clamou a magnata antes de sair da zona dos aquecedores, abraçando firmemente o familiar flamejante para se aquecer enquanto começava a procura.
Apesar de ter acabado de começar a tempestade, já havia uma grossa camada de neve pelos terrenos entre as árvores. O Ranger-guia então explicava se tratar de um fenômeno especial causado pelo maior pinheiro já registrado no mundo, localizado na área central da "Vila Natal". Ele então aproveitou a oportunidade para contar sobre uma lenda de que a árvore era um Pokémon adormecido que despertava na noite de natal e amplificava tudo de positivo que foi feito em seu domínio. Por mais que algumas pessoas se entreolhassem desdenhando da veracidade, a coordenadora gostava de imaginar que aquilo poderia ser verdade, já que um Pokémon gigante era um acontecimento que merecia ser visto.
Ainda nesse trajeto, que parecia bem longo caminhando, o guia apontou as diversas placas e mapas espalhados pelas trilhas, o que serviria para ninguém se perder. Complementando essa explicação, ele disse que os Pokédolares eram de pouca importância dentro da área preservada, uma vez que eles adotaram as "Christmas Coins" como sua moeda de troca. Expondo a moeda redonda, era possível ver uma camada azulada e um Delibird estampado em seu centro. Pelo que tudo estava dando a entender, elas funcionariam como as PumpKoins do Festival da Colheita, então era muito importante coletar todas elas.
Mais alguns minutos de caminhada depois, todos os turistas chegaram numa enorme construção comunitária, a qual possuía uma convidativa placa de madeira talhada escrita "Casa da Lareira". O Ranger-guia então disse que, daquele momento em diante, todos poderiam se acomodar dentro da construção comunitária e obter mais informações com os diversos funcionários espalhados pelo perímetro preservado. Com essa deixa, as crianças se desvencilhavam dos pais e corriam para mergulhar na neve, seja para fazer anjinhos, bolas de neve ou bonecos. Aproveitando que tantos turistas haviam se dividido, Amorina tomou a frente para conseguir uma boa instalação ao adentrar a Casa da Lareira.
O local que possuía uma enorme lareira de tijolos no centro tinha um clima bem agradável comparado à geada externa. Contudo, haviam diversas caixas com decorações, provavelmente que ainda estavam no processo de serem penduradas. Nesse mesmo momento, Amorina sentiu uma coceira no braço, vendo um inseto flutuando logo em seguida. Ela não podia acreditar que aquelas criaturas sobreviveram ao frio apenas para mordê-la, por isso ela retirou um dos repelentes que tinha na bolsa e passou pelos braços e pernas esperando não ter mais problemas com eles.
Depois de fazer um registro na recepção da Casa da Lareira e ser indicada para um dos quartos compartilhados, Amorina organizou as mochilas mais pesadas para ficarem seguras em gavetas com chave antes de retornar para o hall do centro comunitário. Enquanto passeava despretensiosamente, ela viu a Enfermeira Joy correndo de um lado para o outro dentro de uma salinha branca com diversas macas. Ao se aproximar para espionar, ela se surpreendeu com o número de Pokémon feridos em menos de uma hora que os turistas estavam por lá.
- Pode entrar querida. Deixe seu Pokémon em uma maca e aguarde na recepção. Entregarei o mais rápido que eu puder - comentou a enfermeira, mas em nenhum momento olhou diretamente para a coordenadora.
- Ah... na verdade eu não preciso de atendimento. Mas, precisa de ajuda? Parece que tem muitos Pokémon por aqui - ponderou a coordenadora.
- Você poderia? - disse num tom aliviado. - Digo. Não... não, obrigada. Não é permitido que os turistas usem os produtos da instalação, mas obrigada pelo oferecimento!
- Se esse é o problema, não temos um problema. Eu posso usar minhas Potion e itens de cura.
- Oh. Bom, nesse caso... os pacientes que possuem uma marcação amarela são de menor complexidade. Creio que as Potion serão suficientes para eles, além é claro de descanso.
Amorina então adentrou o local e começou a passear entre as macas, parando nos que possuíam um destaque amarelado no papel para borrifar um pouco do conteúdo medicinal nos ferimentos deles. A maioria dava uma leve contraída no corpo, embora alguns mais "durões" resistiam apenas fechando os olhos antes de se acomodarem para cochilar. A coordenadora gastou três frascos completos para amenizar a dor dos Pokémon, mas ficou contente em ver que a enfermeira estava bem mais calma, apenas focando nos Pokémon que precisavam de mais atenção por terem cortes evidentes e queimaduras pelo corpo.
- As pessoas se acidentaram bastante nas últimas horas, não é? - questionou para puxar assunto.
- Você nem imagina. A Vila é pacificada por conta da ação dos Ranger, mas nem todos respeitam a natureza. Quando fazem isso, os próprios selvagens daqui protegem o território. É algo bonito de se ver, mas é bem doloroso sofrer a fúria deles - retrucou, depois encarou a coordenadora pela primeira vez. - Obrigada por ter aliviado as coisas. Borrifar a Potion é simples, mas são muitos e no fim tomaria muito tempo - a mulher então concluiu algumas assinaturas em cada papelada. - Ao menos vejo que o espírito natalino já está fluindo. Mas será que eu poderia abusar de sua bondade?
- Honestamente? Eu estou tão perdida com as atrações que estão espalhadas pelos cartazes que seria bom ter alguma direção - comentou.
- Ótimo. O espírito certo é estar disposto a tentar! - comentou animada. - Atrás do balcão, no chão, há uma caixa de achados e perdidos. Existem alguns cartões de identificação por lá com número de RotomPhone, você poderá utilizá-los para localizar os donos. Se você puder, procure os donos e devolva em nome da Casa da Lareira.
- Só isso? Considere feito! - animou a garota.
- Ei! Já que está tão benevolente, pegue um dos álbuns de figurinhas que está em cima do balcão. Qualquer um serve, já que as recompensas serão iguais. Espalhe sobre ele para seus amigos, afinal, concluir o álbum é algo que vai valer bastante a pena - terminou com uma piscadela.
Amorina então saiu da sala de atendimento básico e foi até a recepção, onde foi encarada pelos treinadores que esperavam. Mesmo assim, ela não estava envergonhada pois sabia que estava ajudando e não fazendo nada de errado. Fiscalizando o balcão, ela encontrou os álbuns de figurinhas e coletou o que tinha uma Christmas Hattena na frente, pois ela achou mais fofo. Depois ela também coletou um panfleto com as atrações e QR Code para o mapa da Vila Natal, esperando que fosse útil para que ela conseguisse aproveitar o máximo de coisas possível.
- Ei! Vocês viram isso? Parece que tem coisa boa pra quem completar esses álbuns - ofereceu para os treinadores.
A adolescente então assistiu orgulhosa a euforia dos treinadores em apanharem as revistinhas e olharem as últimas páginas, onde havia uma descrição detalhada das recompensas. Alguns dos treinadores que já possuía algumas cartinhas começaram a oferecer as repetidas em trocas de moedinhas, criando um verdadeiro comércio. Amorina aproveitou esse momento para se agachar e procurar as identidades perdidas na caixa, colocando o número de um dos donos no RotomPhone para que fosse localizado através do GPS. Com tudo pronto, ela se preparou para sair do local.
- Ei, menina! Onde vai com essa pressa toda? - questionou uma mulher com aparência típica de mãe, vestindo um casaco vermelho e branco, com um broche de funcionário da Casa da Lareira. - Você não está com a roupa apropriada pra sair nesse frio. Vá se trocar agora e então venha aqui para experimentar um pouco os doces. Eu vi que está ajudando a enfermeira Joy, mas lembre-se que você veio aqui também para ser turista!
- Imediatamente, madame - retrucou a coordenadora.
Amorina tinha um sorriso bobo no rosto quando voltou para o quarto para pegar uma blusa de lã antiga que possuía, vestindo-a por cima de seus trajes comuns de frio, que era uma camisa de manga longa, calça moletom e botas grossas. Não ousando contrariar as recomendações de uma mãe, ela foi direto para a cozinha do centro comunitário e se surpreendeu com a extensão de utensílios que existiam por lá. Ainda estupefata, ela sequer notou quando os turistas começaram a espalhar os pratos com biscoitos e pedaços de chocotone até chegarem nas pessoas mais distantes dos balcões.
- Isso tá uma delícia! - comentou com outro turista, após experimentar os biscoitinhos enfeitados.
- Não é?! Ouvi dizer que a cozinha vai funcionar vinte e quatro horas. Nem da pra acreditar quanta coisa boa e de graça está rolando por aqui! - disse um homem.
- Isso é porque vocês não sabem da maior: Siebold será um dos chefes da cozinha. Vi num cartaz que ele dará aulas de culinárias durante os finais de semana! - animou uma mulher.
- Mas se vocês querem garantir uma vaga, é melhor marcarem horário. A agenda do Siebold é cheia e a cozinha não pode ficar com superlotação durante as aulas!
Ainda que a coordenadora não conhecesse nenhuma das pessoas que conversava ao seu lado, era bom estar próximos delas, pois eles mesmos estavam a tratando como se fosse um amigo de longa data. Ela não tinha certeza se a magia do natal existia, mas se ela tivesse que apostar, aquele era uma grande evidência de sua veracidade. Com uma generosa mordida no chocotone, ela derretia na cadeira com a explosão de chocolate que recebia, fazendo seus companheiros de mesa caírem na gargalhada.
Com a comida saboreada, Amorina reencontrava a funcionária que a convidou na porta da cozinha, recebendo uma Christmas Coins e um abraço apertado da mulher. A adolescente não sabia como, mas talvez a mulher sentiu que ela sentia falta dos pais e seu abraço foi tão caloroso quanto familiar. Mantendo um sorriso que não se desmanchou, a magnata sentiu a alteração climática lhe dar quase um "tapa na cara" ao sair da construção principal, fazendo-a encolher mesmo com as camadas de roupa que possuía. Por sorte, haviam alguns aquecedores na área externa da trilha, sendo suficientes para deixá-la quentinha por mais algum tempo antes do RotomPhone carregar a posição do primeiro dono.
Enquanto esperava, ela notou que havia uma resistente árvore frutífera não muito longe do pavilhão, então correu para adquirir um exemplar da fruta, se tratando de uma Rabuta Berry. Aos pés dela, havia uma bola de neve com pequenas sementinhas azuladas acopladas, sendo recolhidas igualmente pela garota. Amorina não sabia se todo o perímetro arbóreo era tão rico em recurso natural, mas ela jamais reclamaria de boca cheia. *Bip bip bip!* era o sinal do RotomPhone, dizendo que era para ela parar de divagar e procurar os donos dos itens perdidos.
- Uma ajudinha aqui, Litten! - clamou a magnata antes de sair da zona dos aquecedores, abraçando firmemente o familiar flamejante para se aquecer enquanto começava a procura.
Centro Pokémon
NPC Nurse Joy
Missão "Christmas Coins"
Missão "Christmas Book"
Brionne | Lv. 30 | 100%
Magical Litten | Lv. 26 | 100%
Pure Solrock | Lv. 20 | 100%
Frost Gastly | Lv. 25 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 22 | 100%
Nível médio: 23
Exp Share desativado.
Itemfinder: (2/10) [Última contagem aqui]
Pickup: (0/2) [0/3 usos]
Christmas Coins: (1/5)
Icy Seed: (1/1) [0/10 para nova colheita]
Snowball: (1/4)
Rabuta: (1/2)
- Missões Ativas:
Christmas Coins [1/7]: Experimentou doces típicos!
Christmas Book: 50% de chance de encontrar 1 Christmas Envelope após cada evento.
Encontrados e Devolvidos (Nurse Joy): 50% de chance de encontrar o dono dos itens perdidos (0 de 3 entregues).
- Informações Relevantes:
- Gastou 1 Repel para encontrar a NPC Nurse Joy.
Gastou 3 Potion para concluir a missão "Casa da Lareira".
Recebeu 1 Christmas Book.
Recebeu 1 Christmas Coin ao experimentar doces típicos da missão.
Colheu 1 Rabuta Berry, 1 Icy Seed e 1 Snowball dos recursos naturais.
Ártemis
Aprovado
A descrição do local esta impecável, realmente consegui imaginar tudo com perfeição principalmente o conto sobre o pinheiro adormecido. Parabéns pelo evento e por auxiliar a enfermeira! Boa sorte em seus próximos dados e eventos!
Última edição por Ártemis em Sáb Dez 02, 2023 2:24 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Ártemis)
Ayla Akatsu
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Amorina
Amorina estava com um único objetivo naquele momento: encontrar o dono da identidade que estava no achados e perdidos da Casa da Lareira. Quando o RotomPhone conseguiu conectar os GPS dos aparelhos, uma nevasca repentina começou, comprometendo parcialmente a conexão da garota com a internet local. Assim, restava à coordenadora ter que ir por conta própria buscar seu objetivo, utilizando a última posição que foi registrada antes da internet cair.
Antes que ela pudesse ir longe demais, ela se lembrou do comentário da enfermeira Joy sobre a maioria dos Pokémon da floresta serem dóceis, mas que personalidades podiam oscilar e ataques não seriam incomuns. Por garantia, a coordenadora sacou mais um repelente e esguichou abundantemente pelo corpo, virando uma verdadeira nuvem anti-selvagens, pois a suposta localização do dono da identidade perdida estava em meio aos pinheiros da zona central, margeando a Casa da Lareira.
Apesar da nevasca não estar dolorosa, pois eram flocos de neve mais leves e não granizo, a intensidade e volume delas fazia parte do cenário ficar completamente branco, onde a coordenadora só podia ver alguns pequenos detalhes das árvores que a cercavam. Isso inclusive foi quase o motivo da garota não ter visto uma figura naquele lugar, com vestido branco e cabelo claro, porém suas luvas vermelhas se destacavam e fazia Amorina mudar o percurso para encontrá-la.
- Com licença! Você perdeu algum identidade por ai? - questionou imediatamente.
- Lamento. Temo não ser quem você busca - retrucou a voz feminina.
Com um pouco mais de proximidade, os flocos de neve já não eram suficiente para iludir a adolescente, que reconheceu imediatamente a pessoa que estava em sua frente: Jasmine. A famosa especialista metálica, conhecida pelo seu exterior meigo e seu ritmo de combate acelerado e ofensivo.
- Vejo que me reconheceu. Não precisa ficar nervosa de conversar comigo, na verdade, eu até gostaria de um papo - comentou cordialmente. - Mas acho que essa nevasca está ameaçando piorar. Por que não retornamos até a Casa da Lareira?
- Eu... tá bom - disse ao ceder, pois não queria perder a oportunidade de conversar com uma figura tão ilustre.
Jasmine e Amorina então fizeram o caminho de volta, onde a coordenadora explicou o motivo de sua caçada. A especialista então ponderou que, sem sinal e com uma nevasca iminente, era provável que a única coisa que ela encontraria no meio dos pinheiros era apenas mais neve. Era frustrante pensar que o clima tinha afetado os aparelhos, mas de qualquer forma a magnata teria o mês inteiro para conseguir reencontrar os donos dos itens. Ela só torcia para que eles não fossem por conta tentar resgatar os objetos que estavam na custódia dela.
- Sei que posso ser um tanto intrometida com isso, mas eu expliquei porquê estava lá. Mas quais suas razões? - perguntou a adolescente quando se aconchegou perto da lareira gigante da construção principal.
- Atrás de uma lenda, eu presumo. A Vila Natal está dando seus primeiros passos para ser um evento fabuloso, mas já está cercada de misticismo dos moradores. Eu, claro, não quero duvidar de nada, então decidi caçar por contra própria - começou a explicação, apenas parando para dar algumas goladas num chá que estava sendo servido pelos voluntários. - Pelo menos duas pessoas me abordaram dizendo ter encontrado Jirachi. Sim, o lendário dos desejos. Eu não queria acreditar, mas a empolgação deles era tão genuína que me custou acreditar que inventariam apenas para me enganar. Você não teria encontrado ele, por acaso? - questionou em seguida, bebendo pretensiosamente a xícara como se quisesse arrancar uma confissão.
- Quem dera! Encontrar um lendário capaz de conceder pedidos deve ser uma experiência incrível - retrucou, deixando a própria imaginação levá-la paras as múltiplas camadas de seus desejos mais variados, nunca focando em apenas só um.
- Sem dúvida, é uma pena. Mas se as lendas estiverem certas, não deixe de vir até mim contar sobre o ocorrido. Eu amei o brilho no rosto daqueles treinadores, me fez sentir viva de verdade!
- Talvez possamos encontrar juntas.
- Isso seria um problema. Os dois que me contaram disseram que estavam sozinhos de noite quando receberam a visita de Jirachi. Isso, é claro, corrobora com a possibilidade de ser mentira, mas quem sabe o que o destino nos reserva, certo?
Enquanto papeava com Jasmine, Amorina se sentiu incomodada ao correr os olhos pelo salão e localizar uma criança sozinha sentada no sofá. Ainda que ela tentasse resistir, sua feição emburrada sugeria que estava na beira de chorar.
- Acho que as vezes queremos pedir algo para preencher o nosso vazio e esquecemos de olhar para o lado - ponderou Amorina preocupada, fazendo Jasmine acompanhar seus olhos até enxergar o garoto sozinho. - Queria poder pedir que coisas assim não se repetissem. Que ninguém se sentisse só numa data dessas.
- Bom... nunca é tarde para mudar a sorte de alguém - encorajou a líder, com uma piscadela.
Amorina compreendia o conselho: não era preciso pedir para uma criatura lendária por mudança, quando ela mesmo poderia levantar e fazer o dia daquele garoto um pouco mais especial. Decidida, ela repousou a própria xícara de chá na mesa e seguiu rumo ao garoto. Ao sentar ao lado dele, ela começou elogiando os trajes de natal que o garoto vestia. Era notável que o moletom estava desgastado pelo tempo, mas a estampa era magnífica, sendo um Delibird lançando presentes para todos os lados. A criança então se encolheu, dizendo que aquilo não era verdade, pois ele disse que não tinha recebido nenhum presente no ano passado. Aquilo cortou o coração da garota, porque em silêncio, ele deixou uma lágrima cair.
- Ei, não fique assim. Delibird nunca esquece de ninguém, tenho certeza que ele não esqueceu de você. Qual foi seu pedido do ano passado?
- Eu queria uma casa melhor e bastante comida.
- E você não está olhando à sua volta? Veja só a Casa da Lareira! Não me diga que você ainda não visitou a cozinha - comentou, fazendo movimentos exagerados para animar o garoto.
- Mamãe não pode pagar.
- Ora, mamãe não sabe que Delibird deixou uma equipe inteira pra servir comida DE GRAÇA! - comentou, fazendo o menino parar de se esconder o rosto com os braços. - Ah! Está vendo. Seu pedido foi realizado! Mas você não pode receber um presentão desses triste. Vamos lá... me mostra um sorrizão.
O garoto se esforçava para sorrir, mas Amorina fez questão de exagerar na reação, fazendo-o se soltar de vez para abrir um sorriso largo e honesto. Esticando a mão, ela levou o garoto até a cozinha e conversou com alguns dos voluntários que estavam lá, que fizeram questão de deixá-lo experimentar todos os caldos de sopa, temperos de carnes e bebidas quentes que estavam para ser servidos. Com as sobremesas já no fogo, a coordenadora entretinha o garoto ao mostrar seu Pokéblock Kit, sendo um triturador compacto de frutas para criar as famosas Pokéblock.
- Basta cortar as frutas em pedacinhos assim... depois colocar tudo gentilmente e apertar o botão - explicou o passo a passo, vendo o garoto arregalar os olhos quando os pedaços da Apicot Berry se tornaram um grande cubo parcialmente azul, parcialmente amarelo com confeitos vermelhos. - Vejam só pessoal! Ele fez o primeiro Pokéblock!
Os funcionários da cozinha faziam uma salva de palmas para o garoto, que ergueu o doce orgulhosamente para todo mundo. Naquele mesmo instante, a mãe dele adentrou a cozinha, recebendo-o num abraço apertado. Amorina nem precisou explicar nada, já que o garoto de forma animada pontuou cada docinho e tarefa eles tinham feito juntos. A mulher então marejou os olhos ao encarar a adolescente, soltando um silencioso "Obrigada" com o movimento da boca.
- Mas toma aqui. As frutas eram suas, então o Pokéblock é seu - explicou o garoto.
- Tudo bem, mocinho. Pode ficar com ela - disse ao bagunçar o cabelo da criança. - Considere um presente adiantado. Mas prometa que vai ser bonzinho!
- Eu prometo. Valeu, Amorina! - completou ele ao abraçá-la e se despedir.
Amorina repousou o cotovelo no balcão e a cabeça nas mãos, soltando algumas lágrimas de alegria sobre o que tinha feito. Em suma, preparar as Pokéblock era uma atividade que ela fazia de forma corriqueira, mas para o garoto foi um momento muito especial. Com sorte, ela tinha até mesmo convertido um fã e seguidor na carreira da coordenação. Quando se preparou para sair da cozinha, ela sentiu algo plástico grudar em seu braço, sendo um pequeno envelope de figurinhas. Todos os funcionários estavam focados em suas respectivas tarefas, por isso era impossível que eles tivessem entregue o item para ela.
- Obrigada - sussurrou para os ares, imaginando que a magia do natal estava agindo silenciosamente ao seu redor.
O RotomPhone de Amorina então voltou a funcionar, apitando mais uma vez com o sinal de onde estava o dono do item perdido. Antes dela prosseguir para mais uma tentativa de encontrá-lo, ela parou num dos banquinhos do pátio externo e abriu o pacote de figurinhas, abrindo um sorriso com a figurinha de um Sandygast em formato de guizo. Ao abrir o Christmas Book, ela colou sua primeira figurinha com muito cuidado. Antes dela guardar o álbum na bolsa para seguir com a ajuda à enfermeira, uma pequena caixinha de embrulho prata foi colocado ao seu lado.
- Uma boa ação, por uma boa ação. Você fez bem hoje, Amorina. Não deixe esse seu lado altruísta morrer - comentou Jasmine, antes de voltar a caminhar rumo aos pinheiros.
A coordenadora não queria ser recompensada por fazer o simples, mas também não queria fazer desfeita, por isso tratou de desembalar rapidamente o presente e averiguar o conteúdo da caixa. Havia duas Steel Gem dentro dela, junto com um White Apricorn e uma mensagem dizendo "Que seu pedido seja realizado! Assinado, Jasmine.". Amorina guardou com cuidado os itens na bolsa, principalmente a carta, pois seria uma eterna - e positiva - lembrança do que aconteceu naquele dia. Aquilo a fazia lembrar também das próprias produções, por isso sacou a Berry Pot com a pequena árvore de Starf berries bem protegida do frio, colhendo suas e em seguida as gemas de Carbink, deixando as produções reiniciarem para futuras coletas. *Bip bip bip!*.
- Tá bom, RotomPhone, eu já tô indo! - exclamou quando o aparelho a apressou. - Desculpa. Lidere o caminho, meu nobre mapa - se corrigiu, fazendo os olhinhos na parte traseira do aparelho sorrir antes de reexibir o mapa da Vila Natal.
Adentrando as trilhas diversas da Vila, Amorina se surpreendia ao encontrar um Pumpkaboo gigante, até notar que era o dela mesmo. Com um sorrisinho de quem aprontou e uma Potion enrolado no topete, o fantasminha entregou o item para a dona e se recolheu para a pokébola. Para evitar conflitos, Amorina também bateu em retirada, esperando que qualquer travessura de Pumpkaboo não a colocasse na lista de malvados desse ano.
Antes que ela pudesse ir longe demais, ela se lembrou do comentário da enfermeira Joy sobre a maioria dos Pokémon da floresta serem dóceis, mas que personalidades podiam oscilar e ataques não seriam incomuns. Por garantia, a coordenadora sacou mais um repelente e esguichou abundantemente pelo corpo, virando uma verdadeira nuvem anti-selvagens, pois a suposta localização do dono da identidade perdida estava em meio aos pinheiros da zona central, margeando a Casa da Lareira.
Apesar da nevasca não estar dolorosa, pois eram flocos de neve mais leves e não granizo, a intensidade e volume delas fazia parte do cenário ficar completamente branco, onde a coordenadora só podia ver alguns pequenos detalhes das árvores que a cercavam. Isso inclusive foi quase o motivo da garota não ter visto uma figura naquele lugar, com vestido branco e cabelo claro, porém suas luvas vermelhas se destacavam e fazia Amorina mudar o percurso para encontrá-la.
- Com licença! Você perdeu algum identidade por ai? - questionou imediatamente.
- Lamento. Temo não ser quem você busca - retrucou a voz feminina.
Com um pouco mais de proximidade, os flocos de neve já não eram suficiente para iludir a adolescente, que reconheceu imediatamente a pessoa que estava em sua frente: Jasmine. A famosa especialista metálica, conhecida pelo seu exterior meigo e seu ritmo de combate acelerado e ofensivo.
- Vejo que me reconheceu. Não precisa ficar nervosa de conversar comigo, na verdade, eu até gostaria de um papo - comentou cordialmente. - Mas acho que essa nevasca está ameaçando piorar. Por que não retornamos até a Casa da Lareira?
- Eu... tá bom - disse ao ceder, pois não queria perder a oportunidade de conversar com uma figura tão ilustre.
Jasmine e Amorina então fizeram o caminho de volta, onde a coordenadora explicou o motivo de sua caçada. A especialista então ponderou que, sem sinal e com uma nevasca iminente, era provável que a única coisa que ela encontraria no meio dos pinheiros era apenas mais neve. Era frustrante pensar que o clima tinha afetado os aparelhos, mas de qualquer forma a magnata teria o mês inteiro para conseguir reencontrar os donos dos itens. Ela só torcia para que eles não fossem por conta tentar resgatar os objetos que estavam na custódia dela.
- Sei que posso ser um tanto intrometida com isso, mas eu expliquei porquê estava lá. Mas quais suas razões? - perguntou a adolescente quando se aconchegou perto da lareira gigante da construção principal.
- Atrás de uma lenda, eu presumo. A Vila Natal está dando seus primeiros passos para ser um evento fabuloso, mas já está cercada de misticismo dos moradores. Eu, claro, não quero duvidar de nada, então decidi caçar por contra própria - começou a explicação, apenas parando para dar algumas goladas num chá que estava sendo servido pelos voluntários. - Pelo menos duas pessoas me abordaram dizendo ter encontrado Jirachi. Sim, o lendário dos desejos. Eu não queria acreditar, mas a empolgação deles era tão genuína que me custou acreditar que inventariam apenas para me enganar. Você não teria encontrado ele, por acaso? - questionou em seguida, bebendo pretensiosamente a xícara como se quisesse arrancar uma confissão.
- Quem dera! Encontrar um lendário capaz de conceder pedidos deve ser uma experiência incrível - retrucou, deixando a própria imaginação levá-la paras as múltiplas camadas de seus desejos mais variados, nunca focando em apenas só um.
- Sem dúvida, é uma pena. Mas se as lendas estiverem certas, não deixe de vir até mim contar sobre o ocorrido. Eu amei o brilho no rosto daqueles treinadores, me fez sentir viva de verdade!
- Talvez possamos encontrar juntas.
- Isso seria um problema. Os dois que me contaram disseram que estavam sozinhos de noite quando receberam a visita de Jirachi. Isso, é claro, corrobora com a possibilidade de ser mentira, mas quem sabe o que o destino nos reserva, certo?
Enquanto papeava com Jasmine, Amorina se sentiu incomodada ao correr os olhos pelo salão e localizar uma criança sozinha sentada no sofá. Ainda que ela tentasse resistir, sua feição emburrada sugeria que estava na beira de chorar.
- Acho que as vezes queremos pedir algo para preencher o nosso vazio e esquecemos de olhar para o lado - ponderou Amorina preocupada, fazendo Jasmine acompanhar seus olhos até enxergar o garoto sozinho. - Queria poder pedir que coisas assim não se repetissem. Que ninguém se sentisse só numa data dessas.
- Bom... nunca é tarde para mudar a sorte de alguém - encorajou a líder, com uma piscadela.
Amorina compreendia o conselho: não era preciso pedir para uma criatura lendária por mudança, quando ela mesmo poderia levantar e fazer o dia daquele garoto um pouco mais especial. Decidida, ela repousou a própria xícara de chá na mesa e seguiu rumo ao garoto. Ao sentar ao lado dele, ela começou elogiando os trajes de natal que o garoto vestia. Era notável que o moletom estava desgastado pelo tempo, mas a estampa era magnífica, sendo um Delibird lançando presentes para todos os lados. A criança então se encolheu, dizendo que aquilo não era verdade, pois ele disse que não tinha recebido nenhum presente no ano passado. Aquilo cortou o coração da garota, porque em silêncio, ele deixou uma lágrima cair.
- Ei, não fique assim. Delibird nunca esquece de ninguém, tenho certeza que ele não esqueceu de você. Qual foi seu pedido do ano passado?
- Eu queria uma casa melhor e bastante comida.
- E você não está olhando à sua volta? Veja só a Casa da Lareira! Não me diga que você ainda não visitou a cozinha - comentou, fazendo movimentos exagerados para animar o garoto.
- Mamãe não pode pagar.
- Ora, mamãe não sabe que Delibird deixou uma equipe inteira pra servir comida DE GRAÇA! - comentou, fazendo o menino parar de se esconder o rosto com os braços. - Ah! Está vendo. Seu pedido foi realizado! Mas você não pode receber um presentão desses triste. Vamos lá... me mostra um sorrizão.
O garoto se esforçava para sorrir, mas Amorina fez questão de exagerar na reação, fazendo-o se soltar de vez para abrir um sorriso largo e honesto. Esticando a mão, ela levou o garoto até a cozinha e conversou com alguns dos voluntários que estavam lá, que fizeram questão de deixá-lo experimentar todos os caldos de sopa, temperos de carnes e bebidas quentes que estavam para ser servidos. Com as sobremesas já no fogo, a coordenadora entretinha o garoto ao mostrar seu Pokéblock Kit, sendo um triturador compacto de frutas para criar as famosas Pokéblock.
- Basta cortar as frutas em pedacinhos assim... depois colocar tudo gentilmente e apertar o botão - explicou o passo a passo, vendo o garoto arregalar os olhos quando os pedaços da Apicot Berry se tornaram um grande cubo parcialmente azul, parcialmente amarelo com confeitos vermelhos. - Vejam só pessoal! Ele fez o primeiro Pokéblock!
Os funcionários da cozinha faziam uma salva de palmas para o garoto, que ergueu o doce orgulhosamente para todo mundo. Naquele mesmo instante, a mãe dele adentrou a cozinha, recebendo-o num abraço apertado. Amorina nem precisou explicar nada, já que o garoto de forma animada pontuou cada docinho e tarefa eles tinham feito juntos. A mulher então marejou os olhos ao encarar a adolescente, soltando um silencioso "Obrigada" com o movimento da boca.
- Mas toma aqui. As frutas eram suas, então o Pokéblock é seu - explicou o garoto.
- Tudo bem, mocinho. Pode ficar com ela - disse ao bagunçar o cabelo da criança. - Considere um presente adiantado. Mas prometa que vai ser bonzinho!
- Eu prometo. Valeu, Amorina! - completou ele ao abraçá-la e se despedir.
Amorina repousou o cotovelo no balcão e a cabeça nas mãos, soltando algumas lágrimas de alegria sobre o que tinha feito. Em suma, preparar as Pokéblock era uma atividade que ela fazia de forma corriqueira, mas para o garoto foi um momento muito especial. Com sorte, ela tinha até mesmo convertido um fã e seguidor na carreira da coordenação. Quando se preparou para sair da cozinha, ela sentiu algo plástico grudar em seu braço, sendo um pequeno envelope de figurinhas. Todos os funcionários estavam focados em suas respectivas tarefas, por isso era impossível que eles tivessem entregue o item para ela.
- Obrigada - sussurrou para os ares, imaginando que a magia do natal estava agindo silenciosamente ao seu redor.
O RotomPhone de Amorina então voltou a funcionar, apitando mais uma vez com o sinal de onde estava o dono do item perdido. Antes dela prosseguir para mais uma tentativa de encontrá-lo, ela parou num dos banquinhos do pátio externo e abriu o pacote de figurinhas, abrindo um sorriso com a figurinha de um Sandygast em formato de guizo. Ao abrir o Christmas Book, ela colou sua primeira figurinha com muito cuidado. Antes dela guardar o álbum na bolsa para seguir com a ajuda à enfermeira, uma pequena caixinha de embrulho prata foi colocado ao seu lado.
- Uma boa ação, por uma boa ação. Você fez bem hoje, Amorina. Não deixe esse seu lado altruísta morrer - comentou Jasmine, antes de voltar a caminhar rumo aos pinheiros.
A coordenadora não queria ser recompensada por fazer o simples, mas também não queria fazer desfeita, por isso tratou de desembalar rapidamente o presente e averiguar o conteúdo da caixa. Havia duas Steel Gem dentro dela, junto com um White Apricorn e uma mensagem dizendo "Que seu pedido seja realizado! Assinado, Jasmine.". Amorina guardou com cuidado os itens na bolsa, principalmente a carta, pois seria uma eterna - e positiva - lembrança do que aconteceu naquele dia. Aquilo a fazia lembrar também das próprias produções, por isso sacou a Berry Pot com a pequena árvore de Starf berries bem protegida do frio, colhendo suas e em seguida as gemas de Carbink, deixando as produções reiniciarem para futuras coletas. *Bip bip bip!*.
- Tá bom, RotomPhone, eu já tô indo! - exclamou quando o aparelho a apressou. - Desculpa. Lidere o caminho, meu nobre mapa - se corrigiu, fazendo os olhinhos na parte traseira do aparelho sorrir antes de reexibir o mapa da Vila Natal.
Adentrando as trilhas diversas da Vila, Amorina se surpreendia ao encontrar um Pumpkaboo gigante, até notar que era o dela mesmo. Com um sorrisinho de quem aprontou e uma Potion enrolado no topete, o fantasminha entregou o item para a dona e se recolheu para a pokébola. Para evitar conflitos, Amorina também bateu em retirada, esperando que qualquer travessura de Pumpkaboo não a colocasse na lista de malvados desse ano.
NPC Jasmine
Missão "Espírito Natalino"
Pickup + Não encontrou o dono + Encontrou o envelope de natal
Figurinha Épica Sandygast
Próxima Gem Carbink
Brionne | Lv. 30 | 100%
Magical Litten | Lv. 26 | 100%
Pure Solrock | Lv. 20 | 100%
Frost Gastly | Lv. 25 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 22 | 100%
Nível médio: 23
Exp Share desativado.
Itemfinder: (3/10)
Pickup: (0/2) [1/3 usos]
Christmas Coins: (2/5)
Icy Seed: (1/1) [1/10 para nova colheita]
Snowball: (1/4)
White Apricorn: (1/2)
Rabuta Berry: (1/2)
Yache Berry: (0/2)
- Missões Ativas:
Christmas Coins [1/7]: Experimentou doces típicos!
Christmas Book: 50% de chance de encontrar 1 Christmas Envelope após cada evento.
Encontrados e Devolvidos (Nurse Joy): 50% de chance de encontrar o dono dos itens perdidos (0 de 3 entregues).
Espírito Natalino (Missão Local): Presentear crianças tristes com algo de 1.500§ (1 de 3 crianças presenteadas).
- Informações Relevantes:
- Gastou 1 Repel para encontrar a NPC Jasmine.
Concluiu a missão "Contos Natalinos" de Jasmine e recebeu 2 Steel Gem.
Gastou 6 Apicot Berry para criar 3 Pokéblock (+5 Beauty & Tough; +2 Cool).
Entregou 1 Pokéblock (+5 Beauty & Tough; +2 Cool) para uma criança, ganhando 1 de progresso na missão "Espírito Natalino".
Encontrou 1 Potion no Pickup.
Encontrou a 1 Figurinha Épica Sandygast no envelope.
Colheu 1 White Apricorn dos recursos naturais.
Colheu 3 Starf Berry do Berry Pot e 2 Ground Gem de Carbink (Próxima: Dark Gem em 10/12/2023).
Ps: Cada ponto do Pokéblock equivale a 150§. Esse Pokéblock dá, ao todo, 12 pontos (12x150 = 1.800§).
Última edição por Amorina em Seg Dez 04, 2023 12:57 am, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Amorina)
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APROVADO
Fofo a forma como você acolheu e fez o evento com a criança. Parabéns.
Sobre essa quest da Joy, boa sorte. Parece ser bem complicada de fazer.
Fofo a forma como você acolheu e fez o evento com a criança. Parabéns.
Sobre essa quest da Joy, boa sorte. Parece ser bem complicada de fazer.
Amorina
A euforia de Amorina com os eventos e atrações a fazia ficar descuidada de tal modo que seu RotomPhone simplesmente apagou por falta de bateria. Irritada, pois ela estava seguindo o GPS para encontrar um dos donos do item perdido que ela recebeu da enfermeira Joy, só lhe restava tomar o caminho de volta seguindo as placas. Para a sorte da coordenadora, todas eram bem explicativas, já que havia uma em cada bifurcação de trilhas.
- Por que ele tinha que ter vindo tão longe? - questionou a coordenadora para Litten, que estava preso dentro da blusa de frio da garota para aquecê-la.
Parando em uma placa maior com o mapa da Vila Natal, Amorina espiava que estava mais próxima de um lugar chamado "Lar dos Abraços" do que da Casa da Lareira. Com o indicativo de ser um local público, ela seguiu na trilha em direção à construção que viu ao longe. O nome do local era intrigante, porém seu interior era ainda mais. Tratava-se de um enorme salão quadrado, com um balcão de recepção próximo a entrada, seguido por diversas habitats artificiais. Era bem semelhante ao Aether Paradise, embora mais compacto.
- Bem-vinda ao Lar dos Abraços! Presumo que tenha vindo fazer uma visita - comentou a mulher.
- Na verdade... eu não sei do que se trata essa construção. Meu RotomPhone descarregou e eu precisava recarregá-lo.
- Ora, você pode deixar comigo e eu recarregarei pra você. O Lar dos Abraços é uma iniciativa do campeão Leon - explicou a recepcionista, apontando para uma fotografia do homem em cima do balcão. - O objetivo é trazer alguns Pokémon do acolhimento para receberem a positividade e o amor dos treinadores numa época tão especial. Muitos deles passaram meses esperando por uma adoção, por isso estão bem carentes.
- Oh. Entendo. O acesso é livre? Eu poderia fazer companhia à eles enquanto está carregando o telefone - ofertou, com um tom de tristeza de imaginar as criaturas solitárias.
- Por favor, fique a vontade! - disse cordialmente ao abrir a passagem.
Adentrando a área preservada, não demorou para que na área gramada se formasse uma multidão de Pokémon Bug e Grass type rondando a garota. As pequenas Bounsweet, Sunkern e Budew dançavam sob a luz como se estivesse sendo banhadas pelo Sol, acompanhadas pelas Beautifly, Butterfree e Ledyba que as circundavam, em harmonia numa dança. Amorina só conseguia pensar que aquelas criaturinhas estavam fazendo uma apresentação coletiva para tentarem conquistar o coração dela, o que era muito fofo, embora guarde um fato triste: estavam se esforçando muito para aquilo.
Amorina então se sentou na grama e deixou que eles se aproximassem ainda mais, revirando a mochila para mostrar aquelas criaturinhas algumas das frutas que ela possuía. Os Pokémon provavelmente entendiam aquilo como um pedido, com todos eles correndo para alguns arbustos e árvores menores para reunir as frutas que tinham guardado. A magnata decidiu fazer uma separação daquelas espécimes, esperando ajudá-los a variar seus cardápios. Apesar de alguns deles ficarem emburrados com as trocas, ao final, quando morderam as frutas de diversos sabores, eles comemoraram.
- Se vocês continuarem fazendo isso, terão sempre muitos sabores para experimentar! Sejam gentis uns com os outros - comentou.
Um sorriso se formou no rosto dela quando uma Fomantis saiu de trás do arbusto e ofertou uma frutinha rosada para Snover, que por sua vez a retribuiu com uma fruta azulada. Pouco a pouco, todos eles começaram a dividir as frutas que tinham e ficavam ainda mais sorridentes. Apesar de comovida, limitar sua atuação apenas nele não era certo, por isso ela seguiu até um pequeno riacho raso que cortava a área artificial e saudou os aquáticos que lá viviam. Foi um susto ver o número exorbitante de cavalos marinhos roxeados.
- Ora, vejam só! Vocês são um bando bem grande - comentou quando um deles colocou o rosto para fora.
Ao lado de Amorina, uma Roselia esticou as vinhas para deixar uma frutinha amarela cair perto dos Pokémon. Eles estranharam a atitude, mas depois rodearam a fruta e degustaram animadamente cada pedaço dela. Contentes com o presente, eles mergulharam e trouxeram algumas algas. Roselia recebeu o presente com uma reverência, depois levou os produtos para seus amigos terrestres. A magnata tinha criado um verdadeiro comércio de escambo no local, mas as funcionárias pareciam satisfeitas em verem as espécies interagindo.
A coordenadora passou mais alguns minutos com aquelas criaturas, deitada no limite entre a grama e a beira do riacho. Por vezes, ela acariciava os aquáticos que batiam a cabeça em sua mão, na outra, apenas dava risada quando os gramíneos reuniam pétalas de flores em seu cabelo. Ela só cessou esse descanso quando sentiu algo encostar em sua barriga, esticando a mão e sentindo um material borrachudo: era uma bola. Ao se sentar, ela viu um Minccino esperando pela devolução. Com um empurrãozinho da mão, ela rebateu a bola, que foi repelida pela cauda do Pokémon.
- Ah! Então você quer brincar? - disse ao se sentir desafiada.
Alguns Pokémon assistiam curiosos a bola indo de um lado pro outro, até outro Minccino se envolver no "duelo". Para equilibrar a situação, Mudbray vinha na contenção da garota. Não tardou até que diversos Pokémon estivessem reunidos para bater a bola um para o outro entre as espécimes do tipo Normal e Ground, embora todos temesse que Gligar acidentalmente estourasse o objeto. Aquela comoção atraia alguns outros turistas que se misturaram à brincadeira e acabavam por tomar o lugar da coordenadora quando ela foi para o fundo da construção, onde havia um arco que levava para o lado de fora.
- Uau! Não imaginei que estava expandido até aqui fora - comentou a magnata ao ver uma criança por lá, olhando desanimada para um amontoado de neve. - Você tá bem?
- Ele não quer brinca comigo - comentou o garoto, apontando para um Vanillite que estava tremendo no canto da área cercada.
- Oh... ele está com medo. O que você fez?
- Nada! - disse mudando o tom da voz, mas ao ver a pose da coordenadora, olhou para o chão e respondeu: - A gente tava brincando e ele quis jogar uma bola de neve em mim. Eu fui jogar de volta, mas acho que lancei uma forte demais.
- Entendi. Olha, as vezes precisamos nos adaptar à quem estamos brincando. Você já é um mocinho bem grandinho - comentou, fazendo-o inflar o peito. - Mas você precisa proteger os mais fracos, não feri-los. Você precisa pedir desculpa pro Vanillite, quem sabe não consegue se conciliar com ele?
Amorina então tomou a frente, esticando pacificamente a mão em direção à Vanillite, que estremecia ainda mais conforme eles se aproximavam. Ciente disso, ela fazia um sinal para que a criança parasse e esperasse um movimento do Pokémon. O sorvetinho alterava entre olhar a feição meiga da coordenadora e a triste do garoto, flutuando lentamente até eles. Quando ele se posicionou na mão dela, o garoto abriu um largo sorriso.
- Ele veio! Ele veio mesmo!
- Cuidado. Não queremos assustá-lo de novo - comentou quando viu o Pokémon gélido se retrair. - Mas você não tinha algo a dizer pra ele?
- Desculpa Vanillite! Me desculpa mesmo. Eu não notei que já estava bem grandão, achei que você ia gostar de uma guerra de bola de neve - disse o garoto, com um tom de quem estava realmente arrependido. Infelizmente, Vanillite ainda se recusava a chegar mais perto dele.
- As vezes, precisamos selar a amizade com algo especial - disse a coordenadora, sendo bem cuidadosa em retirar uma Pokéblock do Kit acoplado na mochila para passar ao garoto. Ele ficava confuso com a proposta, mas depois entendeu o objetivo.
- Olha Vanillite, eu trouxe algo pra você! - disse esticando o cubo colorido.
Vanillite se recolheu quando a mão do garoto se esticou, mas permaneceu próximo à coordenadora. Encarando-a como se pedisse proteção, ele recebeu um aceno positivo da magnata para que se aproximasse do docinho que a criança segurava. Bastou o sorvetinho sentir o cheiro adocicado para que ele mergulhasse de uma só vez e consumisse o Pokéblock, soltando um olhar de quem estava apaixonado pela explosão de sabores. Naquele instante, ele começou a soltar alguns flocos de neve de alegria.
- Podemos brincar de bola de neve mais uma vez? - perguntou animado, mas o sorvetinho correu para trás da coordenadora.
- Olha... por que não fazemos um... BONECO DE NEVE? - exclamou. - É como fazer uma grande bola de neve, mas iremos enfeitá-lo
A dupla de humanos então começou a reunir o montinho de neve que tinha dentro do cercado, formando uma enorme bolota de neve. Ao notar que ela não seria atirada em sua direção, Vanillite ajudou à reunir neve para a segunda, além de estabilizar ainda mais o corpo do boneco com um vento frio que formou uma camadinha de gelo para o boneco. Com os aparelhos de mineralista, Amorina cortou o gelo para moldar uma espécie de blusa no boneco, depois deixou que o garoto e o sorvetinho fluíssem na própria imaginação ao tapar os olhos para uma surpresa.
Ficando minutos cantarolando enquanto esperava a confirmação da dupla para abrir os olhos, ela foi capaz de ver um rosto feito de pedrinhas formando a boca, duas frutinhas formando os olhos e uma estaca de gelo formando o nariz. Aquilo tudo era muito adorável, mas não se comparava à voltinha de neve que parecia sorvete no topo da cabeça do boneco, quase sendo um cosplay da pequenina Vanillite.
- Veja só! Vocês foram fantásticos! O boneco ficou incrível - animou a coordenadora.
- Jura? Tipo, jura juradinho? De dedinho? - disse ao esticar o mindinho para a garota.
- Juro, juradinho - completou ao entrelaçar o mindinho com a criança. - Acho que meu trabalho aqui está feito. Além disso, acho que Vanillite realmente gosta de você.
- É. Ela é bem legal. Será que deixariam eu levar embora?
- Vamos descobrir juntos!
Amorina e o garoto chegaram até a recepção com muita expectativa, já que o centro de acolhimento realmente tinha esse objetivo: doar Pokémon. A recepcionista informou que, infelizmente, ele não tinha idade suficiente para ter um Pokémon, mas que ele poderia continuar visitando a criaturinha o mês inteiro. Entregando o RotomPhone de Amorina completamente carregado, ela lamentava não poder ajudar.
- Izac?! - disse uma voz masculina que adentrou o Lar dos Abraços. - É aqui que você anda se enfiando?
- Desculpa pai. Eu queria brincar, mas você tava ocupado. Ela veio brincar comigo - disse ao apontar para Amorina.
- Oh. Eu sinto muito ainda não termos tempo de brincar. Mas obrigado por cuidar dele... - agradeceu o homem, esperando uma apresentação.
- Amorina... Dourado.
- Sou Silas. Silas Conifer - retrucou.
A coordenadora arregalou os olhos na mesma hora, revirando a bolsa insanamente para encontrar uma das identificações que estavam no achados e perdidos da Casa da Lareira. Quando ela leu o nome compatível, só restava comparar as fotos.
- Silas! É sua identidade, não é? - disse ao ofertar o documento.
- Caramba! Eu estava caçando isso feito louco. Passei horas ligando pro Flying Taxi pra descobrir onde isso estava. Onde estava, aliás?
- Na Casa da Lareira. Me enviaram para realizar a devolução de alguns pertences perdidos.
- Bom, acho que te devo dois agradecimentos então. Pensando bem, acho que isso não seria o suficiente pelo que você fez por mim e pelo Isac.
- Ora, não foi nada!
- Você não disse que amizades se selam com algo especial? Queremos ser seus amigos - parafraseou Isac, fazendo a magnata se sentir atacada pelo próprio feitiço.
- E é muito bem dito. Aqui, insisto que pelo menos receba isso pelo seu esforço - comentou ao esticar uma fruta para a adolescente.
- E fica com uma bola de neve. A Vanillite cria, mas ela não gosta tanto - ofertou a criança.
- Nesse caso, muito obrigada. Espero que agora vocês possam brincar bastante... todos vocês - completou ao encarar o pai de Isac.
A hora tinha corrido mais rápido que Amorina tinha se dado conta, mas ela não se arrependia nem de um segundo que passou dentro daquele lugar. Os palcos eram o momento auge da garota para arrebatar um público, mas estar tão próximo dele era o que daria sentido para sua caminhada. Por menor que fosse a ação que ela tinha tomado, a coordenadora torcia para que ela tivesse influenciado a lenda da Christmas Hatterene, para que na noite de natal tudo se amplificasse e o final do ano fosse ainda mais próspero e feliz.
- Sim, eu tô bem Litten - mentiu a coordenadora quando Litten a cutucou ao vê-la lacrimejar.
Um fato difícil de apagar era que Amorina estava longe dos pais, provavelmente passaria o final de ano longe deles. Aquele seria o seu primeiro naquelas condições. Talvez, no fundo do peito, a coordenadora estava tentando se aproximar de quem podia para sentir um pouquinho de alegria, mesmo que efêmera. Ao menos o natal tinha suas próprias formas de tornar tudo mágico, já que um pacotinho reluzindo no meio da estrada fazia a adolescente obter mais uma figurinha para sua coleção. Rumando a Casa da Lareira, ela iria tentar encontrar algo pra fazer naquele fim de tarde até a hora de dormir.
- Por que ele tinha que ter vindo tão longe? - questionou a coordenadora para Litten, que estava preso dentro da blusa de frio da garota para aquecê-la.
Parando em uma placa maior com o mapa da Vila Natal, Amorina espiava que estava mais próxima de um lugar chamado "Lar dos Abraços" do que da Casa da Lareira. Com o indicativo de ser um local público, ela seguiu na trilha em direção à construção que viu ao longe. O nome do local era intrigante, porém seu interior era ainda mais. Tratava-se de um enorme salão quadrado, com um balcão de recepção próximo a entrada, seguido por diversas habitats artificiais. Era bem semelhante ao Aether Paradise, embora mais compacto.
- Bem-vinda ao Lar dos Abraços! Presumo que tenha vindo fazer uma visita - comentou a mulher.
- Na verdade... eu não sei do que se trata essa construção. Meu RotomPhone descarregou e eu precisava recarregá-lo.
- Ora, você pode deixar comigo e eu recarregarei pra você. O Lar dos Abraços é uma iniciativa do campeão Leon - explicou a recepcionista, apontando para uma fotografia do homem em cima do balcão. - O objetivo é trazer alguns Pokémon do acolhimento para receberem a positividade e o amor dos treinadores numa época tão especial. Muitos deles passaram meses esperando por uma adoção, por isso estão bem carentes.
- Oh. Entendo. O acesso é livre? Eu poderia fazer companhia à eles enquanto está carregando o telefone - ofertou, com um tom de tristeza de imaginar as criaturas solitárias.
- Por favor, fique a vontade! - disse cordialmente ao abrir a passagem.
Adentrando a área preservada, não demorou para que na área gramada se formasse uma multidão de Pokémon Bug e Grass type rondando a garota. As pequenas Bounsweet, Sunkern e Budew dançavam sob a luz como se estivesse sendo banhadas pelo Sol, acompanhadas pelas Beautifly, Butterfree e Ledyba que as circundavam, em harmonia numa dança. Amorina só conseguia pensar que aquelas criaturinhas estavam fazendo uma apresentação coletiva para tentarem conquistar o coração dela, o que era muito fofo, embora guarde um fato triste: estavam se esforçando muito para aquilo.
Amorina então se sentou na grama e deixou que eles se aproximassem ainda mais, revirando a mochila para mostrar aquelas criaturinhas algumas das frutas que ela possuía. Os Pokémon provavelmente entendiam aquilo como um pedido, com todos eles correndo para alguns arbustos e árvores menores para reunir as frutas que tinham guardado. A magnata decidiu fazer uma separação daquelas espécimes, esperando ajudá-los a variar seus cardápios. Apesar de alguns deles ficarem emburrados com as trocas, ao final, quando morderam as frutas de diversos sabores, eles comemoraram.
- Se vocês continuarem fazendo isso, terão sempre muitos sabores para experimentar! Sejam gentis uns com os outros - comentou.
Um sorriso se formou no rosto dela quando uma Fomantis saiu de trás do arbusto e ofertou uma frutinha rosada para Snover, que por sua vez a retribuiu com uma fruta azulada. Pouco a pouco, todos eles começaram a dividir as frutas que tinham e ficavam ainda mais sorridentes. Apesar de comovida, limitar sua atuação apenas nele não era certo, por isso ela seguiu até um pequeno riacho raso que cortava a área artificial e saudou os aquáticos que lá viviam. Foi um susto ver o número exorbitante de cavalos marinhos roxeados.
- Ora, vejam só! Vocês são um bando bem grande - comentou quando um deles colocou o rosto para fora.
Ao lado de Amorina, uma Roselia esticou as vinhas para deixar uma frutinha amarela cair perto dos Pokémon. Eles estranharam a atitude, mas depois rodearam a fruta e degustaram animadamente cada pedaço dela. Contentes com o presente, eles mergulharam e trouxeram algumas algas. Roselia recebeu o presente com uma reverência, depois levou os produtos para seus amigos terrestres. A magnata tinha criado um verdadeiro comércio de escambo no local, mas as funcionárias pareciam satisfeitas em verem as espécies interagindo.
A coordenadora passou mais alguns minutos com aquelas criaturas, deitada no limite entre a grama e a beira do riacho. Por vezes, ela acariciava os aquáticos que batiam a cabeça em sua mão, na outra, apenas dava risada quando os gramíneos reuniam pétalas de flores em seu cabelo. Ela só cessou esse descanso quando sentiu algo encostar em sua barriga, esticando a mão e sentindo um material borrachudo: era uma bola. Ao se sentar, ela viu um Minccino esperando pela devolução. Com um empurrãozinho da mão, ela rebateu a bola, que foi repelida pela cauda do Pokémon.
- Ah! Então você quer brincar? - disse ao se sentir desafiada.
Alguns Pokémon assistiam curiosos a bola indo de um lado pro outro, até outro Minccino se envolver no "duelo". Para equilibrar a situação, Mudbray vinha na contenção da garota. Não tardou até que diversos Pokémon estivessem reunidos para bater a bola um para o outro entre as espécimes do tipo Normal e Ground, embora todos temesse que Gligar acidentalmente estourasse o objeto. Aquela comoção atraia alguns outros turistas que se misturaram à brincadeira e acabavam por tomar o lugar da coordenadora quando ela foi para o fundo da construção, onde havia um arco que levava para o lado de fora.
- Uau! Não imaginei que estava expandido até aqui fora - comentou a magnata ao ver uma criança por lá, olhando desanimada para um amontoado de neve. - Você tá bem?
- Ele não quer brinca comigo - comentou o garoto, apontando para um Vanillite que estava tremendo no canto da área cercada.
- Oh... ele está com medo. O que você fez?
- Nada! - disse mudando o tom da voz, mas ao ver a pose da coordenadora, olhou para o chão e respondeu: - A gente tava brincando e ele quis jogar uma bola de neve em mim. Eu fui jogar de volta, mas acho que lancei uma forte demais.
- Entendi. Olha, as vezes precisamos nos adaptar à quem estamos brincando. Você já é um mocinho bem grandinho - comentou, fazendo-o inflar o peito. - Mas você precisa proteger os mais fracos, não feri-los. Você precisa pedir desculpa pro Vanillite, quem sabe não consegue se conciliar com ele?
Amorina então tomou a frente, esticando pacificamente a mão em direção à Vanillite, que estremecia ainda mais conforme eles se aproximavam. Ciente disso, ela fazia um sinal para que a criança parasse e esperasse um movimento do Pokémon. O sorvetinho alterava entre olhar a feição meiga da coordenadora e a triste do garoto, flutuando lentamente até eles. Quando ele se posicionou na mão dela, o garoto abriu um largo sorriso.
- Ele veio! Ele veio mesmo!
- Cuidado. Não queremos assustá-lo de novo - comentou quando viu o Pokémon gélido se retrair. - Mas você não tinha algo a dizer pra ele?
- Desculpa Vanillite! Me desculpa mesmo. Eu não notei que já estava bem grandão, achei que você ia gostar de uma guerra de bola de neve - disse o garoto, com um tom de quem estava realmente arrependido. Infelizmente, Vanillite ainda se recusava a chegar mais perto dele.
- As vezes, precisamos selar a amizade com algo especial - disse a coordenadora, sendo bem cuidadosa em retirar uma Pokéblock do Kit acoplado na mochila para passar ao garoto. Ele ficava confuso com a proposta, mas depois entendeu o objetivo.
- Olha Vanillite, eu trouxe algo pra você! - disse esticando o cubo colorido.
Vanillite se recolheu quando a mão do garoto se esticou, mas permaneceu próximo à coordenadora. Encarando-a como se pedisse proteção, ele recebeu um aceno positivo da magnata para que se aproximasse do docinho que a criança segurava. Bastou o sorvetinho sentir o cheiro adocicado para que ele mergulhasse de uma só vez e consumisse o Pokéblock, soltando um olhar de quem estava apaixonado pela explosão de sabores. Naquele instante, ele começou a soltar alguns flocos de neve de alegria.
- Podemos brincar de bola de neve mais uma vez? - perguntou animado, mas o sorvetinho correu para trás da coordenadora.
- Olha... por que não fazemos um... BONECO DE NEVE? - exclamou. - É como fazer uma grande bola de neve, mas iremos enfeitá-lo
A dupla de humanos então começou a reunir o montinho de neve que tinha dentro do cercado, formando uma enorme bolota de neve. Ao notar que ela não seria atirada em sua direção, Vanillite ajudou à reunir neve para a segunda, além de estabilizar ainda mais o corpo do boneco com um vento frio que formou uma camadinha de gelo para o boneco. Com os aparelhos de mineralista, Amorina cortou o gelo para moldar uma espécie de blusa no boneco, depois deixou que o garoto e o sorvetinho fluíssem na própria imaginação ao tapar os olhos para uma surpresa.
Ficando minutos cantarolando enquanto esperava a confirmação da dupla para abrir os olhos, ela foi capaz de ver um rosto feito de pedrinhas formando a boca, duas frutinhas formando os olhos e uma estaca de gelo formando o nariz. Aquilo tudo era muito adorável, mas não se comparava à voltinha de neve que parecia sorvete no topo da cabeça do boneco, quase sendo um cosplay da pequenina Vanillite.
- Veja só! Vocês foram fantásticos! O boneco ficou incrível - animou a coordenadora.
- Jura? Tipo, jura juradinho? De dedinho? - disse ao esticar o mindinho para a garota.
- Juro, juradinho - completou ao entrelaçar o mindinho com a criança. - Acho que meu trabalho aqui está feito. Além disso, acho que Vanillite realmente gosta de você.
- É. Ela é bem legal. Será que deixariam eu levar embora?
- Vamos descobrir juntos!
Amorina e o garoto chegaram até a recepção com muita expectativa, já que o centro de acolhimento realmente tinha esse objetivo: doar Pokémon. A recepcionista informou que, infelizmente, ele não tinha idade suficiente para ter um Pokémon, mas que ele poderia continuar visitando a criaturinha o mês inteiro. Entregando o RotomPhone de Amorina completamente carregado, ela lamentava não poder ajudar.
- Izac?! - disse uma voz masculina que adentrou o Lar dos Abraços. - É aqui que você anda se enfiando?
- Desculpa pai. Eu queria brincar, mas você tava ocupado. Ela veio brincar comigo - disse ao apontar para Amorina.
- Oh. Eu sinto muito ainda não termos tempo de brincar. Mas obrigado por cuidar dele... - agradeceu o homem, esperando uma apresentação.
- Amorina... Dourado.
- Sou Silas. Silas Conifer - retrucou.
A coordenadora arregalou os olhos na mesma hora, revirando a bolsa insanamente para encontrar uma das identificações que estavam no achados e perdidos da Casa da Lareira. Quando ela leu o nome compatível, só restava comparar as fotos.
- Silas! É sua identidade, não é? - disse ao ofertar o documento.
- Caramba! Eu estava caçando isso feito louco. Passei horas ligando pro Flying Taxi pra descobrir onde isso estava. Onde estava, aliás?
- Na Casa da Lareira. Me enviaram para realizar a devolução de alguns pertences perdidos.
- Bom, acho que te devo dois agradecimentos então. Pensando bem, acho que isso não seria o suficiente pelo que você fez por mim e pelo Isac.
- Ora, não foi nada!
- Você não disse que amizades se selam com algo especial? Queremos ser seus amigos - parafraseou Isac, fazendo a magnata se sentir atacada pelo próprio feitiço.
- E é muito bem dito. Aqui, insisto que pelo menos receba isso pelo seu esforço - comentou ao esticar uma fruta para a adolescente.
- E fica com uma bola de neve. A Vanillite cria, mas ela não gosta tanto - ofertou a criança.
- Nesse caso, muito obrigada. Espero que agora vocês possam brincar bastante... todos vocês - completou ao encarar o pai de Isac.
A hora tinha corrido mais rápido que Amorina tinha se dado conta, mas ela não se arrependia nem de um segundo que passou dentro daquele lugar. Os palcos eram o momento auge da garota para arrebatar um público, mas estar tão próximo dele era o que daria sentido para sua caminhada. Por menor que fosse a ação que ela tinha tomado, a coordenadora torcia para que ela tivesse influenciado a lenda da Christmas Hatterene, para que na noite de natal tudo se amplificasse e o final do ano fosse ainda mais próspero e feliz.
- Sim, eu tô bem Litten - mentiu a coordenadora quando Litten a cutucou ao vê-la lacrimejar.
Um fato difícil de apagar era que Amorina estava longe dos pais, provavelmente passaria o final de ano longe deles. Aquele seria o seu primeiro naquelas condições. Talvez, no fundo do peito, a coordenadora estava tentando se aproximar de quem podia para sentir um pouquinho de alegria, mesmo que efêmera. Ao menos o natal tinha suas próprias formas de tornar tudo mágico, já que um pacotinho reluzindo no meio da estrada fazia a adolescente obter mais uma figurinha para sua coleção. Rumando a Casa da Lareira, ela iria tentar encontrar algo pra fazer naquele fim de tarde até a hora de dormir.
Missão "Lar dos Abraços - Tempo de Qualidade!"
Encontrei o dono do item perdido & um christmas envelope
Figurinha Comum Drifloon
Brionne | Lv. 30 | 100%
Magical Litten | Lv. 26 | 100%
Pure Solrock | Lv. 20 | 100%
Frost Gastly | Lv. 25 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 22 | 100%
Nível médio: 23
Exp Share desativado.
Itemfinder: (4/10)
Pickup: (1/2) [1/3 usos]
Christmas Coins: (3/5)
Icy Seed: (1/1) [2/10 para nova colheita]
Snowball: (2/4)
White Apricorn: (1/2)
Rabuta Berry: (1/2)
Yache Berry: (1/2)
- Missões Ativas:
Christmas Coins [1/7]: Experimentou doces típicos!
Christmas Book: 50% de chance de encontrar 1 Christmas Envelope após cada evento.
Encontrados e Devolvidos (Nurse Joy): 50% de chance de encontrar o dono dos itens perdidos (1 de 3 entregues).
Espírito Natalino (Missão Local): Presentear crianças tristes com algo de 1.500§ (2 de 3 crianças presenteadas).
- Informações Relevantes:
- Concluiu a missão local "Lar dos Abraços - Tempo de Qualidade", recebendo 3 Wonder Ticket e 2 Christmas Coins.
Encontrou e devolveu 1 item perdido da missão "Encontrados e Devolvidos".
Entregou 1 Pokéblock (+5 Beauty & Tough; +2 Cool) para uma criança, ganhando progresso na quest "Espírito Natalino".
Encontrou a Figurinha Comum Drifloon no envelope.
Colheu 1 Yache Berry e 1 Snowball dos recursos naturais.
Ps: Cada ponto do Pokéblock equivale a 150§. Esse Pokéblock dá, ao todo, 12 pontos (12x150 = 1.800§).
Última edição por Amorina em Seg Dez 04, 2023 9:32 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Amorina)
Hermao
Aprovado
Suas palavras foram bem gentis e tocantes, do começo da interação com o pequeno garotinho, até a conclusão do post. Foi interessante a forma que se propôs a ajudar e a fortalecer os laços entre o monstrinho e o seu treinador. Que Arceus esteja com você.
Amorina
Enquanto anoitecia na Vila Natal, o fluxo de pessoas dentro da Casa da Lareira aumentava e muito. Os quartos que possuíam diversas beliches agora já estavam bem ocupadas pelo mais variado tipo de treinadores do mundo, porém era bem seco por ser apenas um espaço de descanso. Para matar tempo, Amorina foi até a beira da grande lareira e pegou um copo de chocolate quente que serviam, se sentando para ouvir as histórias que um casal contava com muita convicção sobre as lendas de um Delibird que existia no norte.
A magnata já não sabia se acreditava tanto naquelas lendas, mas as poucas horas que ela passara no evento foram suficientes para convencê-la de que pelo menos algo mágico estava no ar, sendo algo irrefutável considerando a existência de grandes místicos em Pokégea. De qualquer forma, aquilo estava longe do alcance da garota, por isso não valia divagar por tempo demais. Com isso, uma formação de três mulheres vestindo roupas de frio com o símbolo Grass estampado em suas costas chamava a atenção da coordenadora, que se esgueirou para pertinho delas.
- Precisamos fazer muitas guirlanda antes do dia vinte. A Erika disse que só ontem aumentou em 80% o número de turistas novos - comentou uma das mulheres.
- Não iremos conseguir fazer tudo a tempo. Minha Roselia já está esgotada e duvido que os Pokémon de vocês também não estejam - retrucou outra mulher.
- Com licença... - disse Amorina ao revelar que estava bisbilhotando a conversa. - Vocês estavam falando de guirlandas? Algum problema?
- Ahm... acho que não tem problema contar. Precisamos arrumar decorações pra todo mundo. Não esperávamos que o evento seria um sucesso tão grande, então agora é correr para ter o suficiente pra todo mundo. Mas você não precisa se preocupar com isso. Somos aprendizes da Erika, então temos que resolver isso - completou, parecendo frustrada.
- Vocês já cogitaram pedir ajuda? - perguntou, depois apontou para o número de turistas que estavam apenas conversando ao redor da lareira. - E com certeza teria diversas formas de enfeites para que cada um fosse único. Além disso, eu adoraria ajudar!
A mais velha das aprendizes colocou a mão no queixo como se cogitasse, talvez até se questionando porque não tinha pensado naquilo antes. Sem mais, ela bateu palma e chamou a atenção da multidão para fazer o oferecimento. Em síntese, para criar as guirlandas bastava criar um arco de planta e enfeitá-lo com o mais variado tipo de coisas. Os Pokémon Grass e Flower eram excepcionais para incentivar o crescimento desses adereços. Com uma parte dos turistas se levantando para receber as instruções, as aprendizes reservavam um cantinho da Casa da Lareira e deixavam as mesas de trabalho livres para que todos participassem.
- Sejam criativos em suas guirlandas, não se preocupem em exagerar. Ao terminá-las, vocês poderão doá-las para a Casa da Lareira ou simplesmente vendê-las por ai. Acreditem, vocês tem muita oportunidade de negócio - comentou por fim uma aprendiz mais nova, bem mais animada que antes.
Amorina se acomodava na mesa de trabalho entre uma idosa e uma criança. Ao liberar Pumpkaboo, que era bem maior que a maioria, ela atraía alguns olhares curiosos do que viria daquela guirlanda. A abóbora fantasma era um tradicional Pokémon conectado à temas assombrosos, mas isso não queria dizer que ninguém gostaria de ver uma guirlanda mais diferente do comum.
- Pumpkaboo... Haunted Seed! - comandou.
Pumpkaboo notou o olhar da coordenadora pedindo que não fizesse uma grande bagunça, por isso ele se focou bastante em controlar o golpe e criar uma única semente com aura roxeada. Caindo lentamente até o arame de ferro que sustentaria a guirlanda, a semente liberou uma raiz firme e de aparência desesperada que se entrelaçou nele. Apesar da aparência mais fúnebre e triste, ao menos as raízes mortas lembravam as árvores nuas pelo efeito do frio. Mas aquele claramente não seria a finalização da magnata, que realmente queria impressionar. Retirando os geodos brutos que possuía, ela raspava as margens e via um pó cristalizado cair em sua mesa. Com um pincel e cola fornecidos pela Casa da Lareira, a coordenadora fixou um pouco de brilho na guirlanda que começava a ficar mais viva.
- Agora preciso de algumas flores... Bullet Seed deve funcionar, não? - questionou à Pumpkaboo.
Mais uma vez a abóbora se focava para não criar um golpe destrutivo, mas sim embelezador. Quando três sementinhas comuns caíram em pontos diferentes da guirlanda, elas se abriram em flores de cores escuras e pétalas pontudas. Finalizando a construção da decoração, ela amarrava uma pinha falsa banhada a ouro para ficar suspensa dentro do arco. Elevando o objeto, ela recebia o olhar curioso das pessoas.
- Ora, que mente... diferente você tem garota - comentou a idosa ao lado da adolescente.
- Obrigada - retrucou, ao ignorar o fato de que era mais uma crítica do que realmente um elogio. - O que acha amiguinha? - questionou à criança do lado.
Amorina então se virou e viu a garota se tremendo ao seu lado. A guirlanda dela era branca por influência da Snover que a ajudou, porém havia tantas decorações de doces falsos colados em todo o arco que era difícil dizer que havia alguma formação de planta por trás dela.
- O seu tá bem bonito. O meu tá... colando tudo - disse ao tentar puxar o objeto da mesa e falhar.
- Bom, você realmente se empolgou nessa. Mas não tem problema. Deixa eu te ajudar!
A adolescente então puxou o objeto pela garota, vendo a cola gotejar sem parar. As aprendizes ficavam apenas olhando o acontecimento, até uma delas sair correndo, provavelmente para pegar produtos de limpeza. Com Snover esticando as vinhas e segurando a guirlanda suspensa no ar, a chance do objeto grudar de vez na mesa era quase nula. Infelizmente, parcela da decoração descolava e fazia a garotinha chorar.
- Não, não, querida. Não chore. Podemos colar tudo novamente
- Mas tá feio!
- Eu não acho. E... veja: Snover também não.
A menina, que tinha escondido o rosto ao se debruçar na mesa se levantou devagar para encarar o próprio Pokémon. Snover balançava orgulhosamente o objeto seguro nas vinhas, tentando secar rapidamente a cola que fora utilizada. Olhando bem, as decorações que foram ao chão criaram uma perfeita harmonia entre o branco das folhas da guirlanda com o colorido dos enfeites em formato de doces. Ainda faltava a decoração central do arco.
- O que você vai colocar no meio dele?
- Ia ser mais um doce, mas não deixaram eu pegar mais decoração - reclamou a menina.
- Bom... que tal usar isso aqui? - disse ao esticar o Pokéblock metade azul e metade amarelo para a garota.
- Tem certeza que quer me dar isso? - disse, recebendo uma resposta positiva. - Então Snover... use Powder Snow!
Amorina estranhava o comando, mas o Pokémon parecia entender o objetivo da criança. Soprando uma neve fofinha sobre a parte amarela do doce, ele ficava um mix de branco e azul que combinaria com o Inverno eterno que se instalou na Vila Natal. Depois de mais minutos aguardando toda a cola ficar bem firme, Amorina e garota seguiram juntas até o balcão da Casa da Lareira onde encontraram a enfermeira Joy.
- Que alegria ver guirlandas tão bonitas. Tem muita personalidade essas daqui. Vieram doá-las? - questionou.
- Sim, tia Joy! - disse orgulhosa. - Mas... será que quando ela for pendurada, você me avisar quem foi? Eu quero ir lá tirar foto e ver o que a pessoa achou!
- Bom... eu gosto muito de doces. Por que não penduramos bem aqui, na frente do balcão? - ofertou a enfermeira.
- Sério?! Você gostou tanto assim? Eu vou contar pra mamãe ver! - disse a garota, saindo animada em direção aos dormitórios.
- Ela é um doce. Se me permite o trocadilho.
- Pois é. Nesse caso, poderíamos te considerar um anjo? Ouvi pessoas comentando que você está ajudando bastante. Teve sorte com os itens perdidos?
- Eu... esqueci completamente deles. Me desculpe.
- Ora, não por isso querida. Você já está ajudando bastante em animar as crianças. Isso não pode ser ignorado. Tome, pegue as moedas por sua doação da guirlanda e mais algumas por sua boa ação até agora!
- Acho que eu e Pumpkaboo nos empolgamos. Alguém usaria uma guirlanda tão... assombrosa?
- Felizmente os Especialistas Ghost estão pela área e com toda certeza irão amar um enfeite personalizado. Vou ver o que consigo com eles e também te atualizo sobre novidades. Mas agora, se quer minha opinião profissional, seus olhos estão piscando lentamente e sua postura está irregular. Precisa descansar.
- Eu jamais recusaria a opinião profissional de uma Joy. Então, boa noite! - se despediu.
Amorina retornou para o dormitório que dividia com mais cinco pessoas, sendo que duas delas estavam papeando de forma incômoda. Por sorte, a coordenadora estava tão exausta que aquilo não era suficiente para impedi-la de atravessar o véu do inconsciente e sonhar com coisas maravilhosas. Horas mais tarde, se esgueirando entre os pertences espalhados pelo quarto, uma das aprendizes de Erika deixava uma Rabuta Berry ao lado da gaveta da magnata com uma mensagem dizendo "Que sua positividade continue viva e nos inspire ainda mais. Com muito carinho, Erika".
A magnata já não sabia se acreditava tanto naquelas lendas, mas as poucas horas que ela passara no evento foram suficientes para convencê-la de que pelo menos algo mágico estava no ar, sendo algo irrefutável considerando a existência de grandes místicos em Pokégea. De qualquer forma, aquilo estava longe do alcance da garota, por isso não valia divagar por tempo demais. Com isso, uma formação de três mulheres vestindo roupas de frio com o símbolo Grass estampado em suas costas chamava a atenção da coordenadora, que se esgueirou para pertinho delas.
- Precisamos fazer muitas guirlanda antes do dia vinte. A Erika disse que só ontem aumentou em 80% o número de turistas novos - comentou uma das mulheres.
- Não iremos conseguir fazer tudo a tempo. Minha Roselia já está esgotada e duvido que os Pokémon de vocês também não estejam - retrucou outra mulher.
- Com licença... - disse Amorina ao revelar que estava bisbilhotando a conversa. - Vocês estavam falando de guirlandas? Algum problema?
- Ahm... acho que não tem problema contar. Precisamos arrumar decorações pra todo mundo. Não esperávamos que o evento seria um sucesso tão grande, então agora é correr para ter o suficiente pra todo mundo. Mas você não precisa se preocupar com isso. Somos aprendizes da Erika, então temos que resolver isso - completou, parecendo frustrada.
- Vocês já cogitaram pedir ajuda? - perguntou, depois apontou para o número de turistas que estavam apenas conversando ao redor da lareira. - E com certeza teria diversas formas de enfeites para que cada um fosse único. Além disso, eu adoraria ajudar!
A mais velha das aprendizes colocou a mão no queixo como se cogitasse, talvez até se questionando porque não tinha pensado naquilo antes. Sem mais, ela bateu palma e chamou a atenção da multidão para fazer o oferecimento. Em síntese, para criar as guirlandas bastava criar um arco de planta e enfeitá-lo com o mais variado tipo de coisas. Os Pokémon Grass e Flower eram excepcionais para incentivar o crescimento desses adereços. Com uma parte dos turistas se levantando para receber as instruções, as aprendizes reservavam um cantinho da Casa da Lareira e deixavam as mesas de trabalho livres para que todos participassem.
- Sejam criativos em suas guirlandas, não se preocupem em exagerar. Ao terminá-las, vocês poderão doá-las para a Casa da Lareira ou simplesmente vendê-las por ai. Acreditem, vocês tem muita oportunidade de negócio - comentou por fim uma aprendiz mais nova, bem mais animada que antes.
Amorina se acomodava na mesa de trabalho entre uma idosa e uma criança. Ao liberar Pumpkaboo, que era bem maior que a maioria, ela atraía alguns olhares curiosos do que viria daquela guirlanda. A abóbora fantasma era um tradicional Pokémon conectado à temas assombrosos, mas isso não queria dizer que ninguém gostaria de ver uma guirlanda mais diferente do comum.
- Pumpkaboo... Haunted Seed! - comandou.
Pumpkaboo notou o olhar da coordenadora pedindo que não fizesse uma grande bagunça, por isso ele se focou bastante em controlar o golpe e criar uma única semente com aura roxeada. Caindo lentamente até o arame de ferro que sustentaria a guirlanda, a semente liberou uma raiz firme e de aparência desesperada que se entrelaçou nele. Apesar da aparência mais fúnebre e triste, ao menos as raízes mortas lembravam as árvores nuas pelo efeito do frio. Mas aquele claramente não seria a finalização da magnata, que realmente queria impressionar. Retirando os geodos brutos que possuía, ela raspava as margens e via um pó cristalizado cair em sua mesa. Com um pincel e cola fornecidos pela Casa da Lareira, a coordenadora fixou um pouco de brilho na guirlanda que começava a ficar mais viva.
- Agora preciso de algumas flores... Bullet Seed deve funcionar, não? - questionou à Pumpkaboo.
Mais uma vez a abóbora se focava para não criar um golpe destrutivo, mas sim embelezador. Quando três sementinhas comuns caíram em pontos diferentes da guirlanda, elas se abriram em flores de cores escuras e pétalas pontudas. Finalizando a construção da decoração, ela amarrava uma pinha falsa banhada a ouro para ficar suspensa dentro do arco. Elevando o objeto, ela recebia o olhar curioso das pessoas.
- Ora, que mente... diferente você tem garota - comentou a idosa ao lado da adolescente.
- Obrigada - retrucou, ao ignorar o fato de que era mais uma crítica do que realmente um elogio. - O que acha amiguinha? - questionou à criança do lado.
Amorina então se virou e viu a garota se tremendo ao seu lado. A guirlanda dela era branca por influência da Snover que a ajudou, porém havia tantas decorações de doces falsos colados em todo o arco que era difícil dizer que havia alguma formação de planta por trás dela.
- O seu tá bem bonito. O meu tá... colando tudo - disse ao tentar puxar o objeto da mesa e falhar.
- Bom, você realmente se empolgou nessa. Mas não tem problema. Deixa eu te ajudar!
A adolescente então puxou o objeto pela garota, vendo a cola gotejar sem parar. As aprendizes ficavam apenas olhando o acontecimento, até uma delas sair correndo, provavelmente para pegar produtos de limpeza. Com Snover esticando as vinhas e segurando a guirlanda suspensa no ar, a chance do objeto grudar de vez na mesa era quase nula. Infelizmente, parcela da decoração descolava e fazia a garotinha chorar.
- Não, não, querida. Não chore. Podemos colar tudo novamente
- Mas tá feio!
- Eu não acho. E... veja: Snover também não.
A menina, que tinha escondido o rosto ao se debruçar na mesa se levantou devagar para encarar o próprio Pokémon. Snover balançava orgulhosamente o objeto seguro nas vinhas, tentando secar rapidamente a cola que fora utilizada. Olhando bem, as decorações que foram ao chão criaram uma perfeita harmonia entre o branco das folhas da guirlanda com o colorido dos enfeites em formato de doces. Ainda faltava a decoração central do arco.
- O que você vai colocar no meio dele?
- Ia ser mais um doce, mas não deixaram eu pegar mais decoração - reclamou a menina.
- Bom... que tal usar isso aqui? - disse ao esticar o Pokéblock metade azul e metade amarelo para a garota.
- Tem certeza que quer me dar isso? - disse, recebendo uma resposta positiva. - Então Snover... use Powder Snow!
Amorina estranhava o comando, mas o Pokémon parecia entender o objetivo da criança. Soprando uma neve fofinha sobre a parte amarela do doce, ele ficava um mix de branco e azul que combinaria com o Inverno eterno que se instalou na Vila Natal. Depois de mais minutos aguardando toda a cola ficar bem firme, Amorina e garota seguiram juntas até o balcão da Casa da Lareira onde encontraram a enfermeira Joy.
- Que alegria ver guirlandas tão bonitas. Tem muita personalidade essas daqui. Vieram doá-las? - questionou.
- Sim, tia Joy! - disse orgulhosa. - Mas... será que quando ela for pendurada, você me avisar quem foi? Eu quero ir lá tirar foto e ver o que a pessoa achou!
- Bom... eu gosto muito de doces. Por que não penduramos bem aqui, na frente do balcão? - ofertou a enfermeira.
- Sério?! Você gostou tanto assim? Eu vou contar pra mamãe ver! - disse a garota, saindo animada em direção aos dormitórios.
- Ela é um doce. Se me permite o trocadilho.
- Pois é. Nesse caso, poderíamos te considerar um anjo? Ouvi pessoas comentando que você está ajudando bastante. Teve sorte com os itens perdidos?
- Eu... esqueci completamente deles. Me desculpe.
- Ora, não por isso querida. Você já está ajudando bastante em animar as crianças. Isso não pode ser ignorado. Tome, pegue as moedas por sua doação da guirlanda e mais algumas por sua boa ação até agora!
- Acho que eu e Pumpkaboo nos empolgamos. Alguém usaria uma guirlanda tão... assombrosa?
- Felizmente os Especialistas Ghost estão pela área e com toda certeza irão amar um enfeite personalizado. Vou ver o que consigo com eles e também te atualizo sobre novidades. Mas agora, se quer minha opinião profissional, seus olhos estão piscando lentamente e sua postura está irregular. Precisa descansar.
- Eu jamais recusaria a opinião profissional de uma Joy. Então, boa noite! - se despediu.
Amorina retornou para o dormitório que dividia com mais cinco pessoas, sendo que duas delas estavam papeando de forma incômoda. Por sorte, a coordenadora estava tão exausta que aquilo não era suficiente para impedi-la de atravessar o véu do inconsciente e sonhar com coisas maravilhosas. Horas mais tarde, se esgueirando entre os pertences espalhados pelo quarto, uma das aprendizes de Erika deixava uma Rabuta Berry ao lado da gaveta da magnata com uma mensagem dizendo "Que sua positividade continue viva e nos inspire ainda mais. Com muito carinho, Erika".
Missão "Guirlandas Natalinas!"
Missão "Espírito Natalino!"
Não encontrei o dono do item perdido, nem christmas envelope.
Brionne | Lv. 30 | 100%
Magical Litten | Lv. 26 | 100%
Pure Solrock | Lv. 20 | 100%
Frost Gastly | Lv. 25 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 22 | 100%
Nível médio: 23
Exp Share desativado.
Itemfinder: (5/10)
Pickup: (2/2) [1/3 usos]
Christmas Coins: (4/5)
Icy Seed: (1/1) [3/10 para nova colheita]
Snowball: (2/4)
White Apricorn: (1/2)
Rabuta Berry: (2/2) [0/10 para nova colheita]
Yache Berry: (1/2)
- Missões Ativas:
Christmas Coins [1/7]: Experimentou doces típicos!
Christmas Book: 50% de chance de encontrar 1 Christmas Envelope após cada evento.
Encontrados e Devolvidos (Nurse Joy): 50% de chance de encontrar o dono dos itens perdidos (1 de 3 entregues).Espírito Natalino (Missão Local): Presentear crianças tristes com algo de 1.500§ (3 de 3 crianças presenteadas).
Guirlandas Natalinas (Missão Local:) Criar guirlandas com Pokémon Grass ou Flower (1 de 3 criadas).
- Informações Relevantes:
- Recebeu a missão "Guirlandas Natalinas". Criou a primeira guirlanda e doou para a Casa da Lareira, recebendo 03 de Fama Local e 1 Christmas Coin.
Entregou 1 Pokéblock (+5 Beauty & Tough; +2 Cool) para uma criança, concluindo a quest "Espírito Natalino". Recebeu 15 de Fama Local e 3 Christmas Coins.
Colheu 1 Rabuta Berry dos recursos naturais.
Ps: Cada ponto do Pokéblock equivale a 150§. Esse Pokéblock dá, ao todo, 12 pontos (12x150 = 1.800§).
ElliotNightray
Amorina
Amorina ficou muito feliz quando acordou na manhã seguinte e viu a cartinha especial de Erika próxima à sua gaveta. Guardando a Yache Berry presenteada, ela aproveitou que nenhum dos seus colegas de quarto tinham despertado para correr ao banheiro e se arrumar. Dessa vez Amorina optava por uma roupa bem mais condizente com o natal, não apenas com o clima frio: vestia uma camisa de manga longa branca, embora a cobrisse totalmente com um sobretudo vermelho com beiradas de algodão, além de calça grossa preta e bota alta. Organizando também o cabelo para que ficasse bem organizado dentro da touca, ela estava pronta para seguir sua expedição.
Ao chegar até a cozinha comunitária, ela se surpreendeu em ver o local relativamente vazio. Havia em torno de dez pessoas espalhadas pelo recinto, mas dado a extensão do cômodo, parecia haver ainda menos. Uma das cozinheiras voluntárias fez sinal para que a coordenadora se acomodasse, depois trouxe uma bandeja com o café da manhã, sendo pão recheado, um copo de café com leite, uma fruta comum e dois biscoitinhos de gotas de chocolate. Sem pressa, pois não tinha ideia do que faria naquele dia, ela inclusive se dispôs a lavar algumas louças acumuladas antes de sair do recinto.
No saguão da Casa da Lareira, no cantinho em que as aprendizes de Erika tinham separado para fazer as guirlandas, uma delas estava cochilando em cima da decoração. Provavelmente tinha virado a noite naquele lugar, mas o mais surpreendente foi ninguém tê-la alertado sobre aquilo. Cuidadosamente, a coordenadora puxou alguns materiais entre laços, tintas e pincéis para ajudar a dorminhoca quando ela acordasse. Sacando a pokébola de Pumpkaboo, ela notou que o objeto estava vazio.
- Justo agora, seu malandrinho? - pensou sozinha.
Amorina então notou que não havia nenhum Pokémon capaz de ajudá-la na equipe, então só lhe restava ir até o Computador e ver se havia alguém guardado que pudesse realizar a tarefa. Movida pela ideia da criança que conheceu, ela queria fazer uma guirlanda que tivesse aparência de nevada, por isso depositou Pure Solrock e retirou a Cotton Flower Flabébé. A coordenadora tinha conseguido a espécie no Viveiro Xanadu no começo de sua jornada, mas confiava que a interação que elas tiveram no ato da captura fosse suficiente para que a fadinha a obedecesse.
- Olá fofinha. Se importa de me ajudar? - sussurrou para não despertar a aprendiz.
Flabébé ouvia atentamente o pedido da treinadora, então começou a tentar atendê-lo. Liberando vinhas da flor que carregava, ela entrelaçou uma espécie de trepadeira no arame da guirlanda. Soltando um pólen fino logo em seguida, pequenos bulbos se formavam em diversos pontos das vinhas, abrindo em flores de algodão volumosas. Com um pouco de tinta de Green Apricorn, Amorina deixou a parte debaixo dos algodões em tom das vinhas, parecendo que realmente havia nevado em cima do enfeite. Em homenagem ao Pokémon que a auxiliou, a coordenadora modelou alguns laços para que imitasse a "coroa" de Flabébé, colocando-a bem no topo da guirlanda. Como finalização, ela pegou um adereço que imitava um floco de neve para ficar suspenso no interior da decoração.
- E tá feito!
- Obrigadhaaaa - disse a aprendiz despertando, prolongando a vogal em seu bocejo. - O pessoal foi saindo aos poucos ontem a noite. Imaginei que não voltariam. Fizeram uma caixa inteira de decoração, mas ainda precisamos de mais - comentou a mulher, agora coçando os olhos.
- Eu tenho que fazer algumas coisas antes, mas posso tentar ajudar vocês de manhã e fim da noite. Se ainda precisarem, claro - respondeu.
Com uma joia de confirmação, a aprendiz se levantou ainda embriagada pelo próprio sono e seguiu em direção aos dormitórios. Com aquela deixa, Amorina fez um afago na cabeça de Flabébé antes de recolhê-la e seguir em direção ao Computador do lado do balcão da enfermeira Joy. Naquele instante, ela se surpreendeu quando viu Grace Wonder preenchendo uma papelada atrás dele.
- Grace? Se lembra de mim? Amorina. Nos conhecemos em Santalune - disse ao se aproximar da mulher.
- Oh... a coordenadora com a Popplio. Sim, sim, me lembro de você. Sua apresentação foi muito agradável de ver! - respondeu de forma cordial. - Veio curtir o final de ano, hã?
- De fato. Sempre gosto de mudar a rotina para conhecer coisas novas e aqui parecia ter muitas oportunidades. Ainda caçando Pokémon para doação? - questionou.
- Certamente não recusaríamos se você tiver algum em mente. Mas na verdade, eu gostaria mesmo é de gente disposta a adotar - comentou e suspirou. - O Centro tá ficando pequeno pra tanto Pokémon. E, bom, eles não recebem a atenção que mereciam toda hora. É complicado.
- Eu gostaria de adotar algum, se fosse possível. Eu só não sei como funciona.
- Tem mesmo? - disse a mulher animada. - Por acaso eu tenho alguns tickets aqui para adoção. É claro que não posso dar de graça, mas acho que cobrar muito caro seria excessivo... você tem três Christmas Coins aí? - questionou a mulher.
- Ahm... deixa eu ver - comentou ao revirar a bolsinha em que carregava as moedas sazonais. - TENHO!
- Maravilha. Tome, seu Wonder Ticket. Com ele você poderá pegar qualquer Pokémon no acolhimento. Temo que ainda estamos organizando as coisas, mas basta você ir no Lar dos Abraços quando o anúncio sair e recolher seu mais novo amiguinho. Não me preocuparei em dizer pra você cuidar bem dele, já que pelo que estou ouvindo, você é bem carinhosa.
- E ela realmente é! - completou a enfermeira Joy ao se reunir à conversa. - Já recebi a doação da guirlanda que você fez com Flabébé. Aqui está sua recompensa - disse a mulher ao entregar uma moedinha. - Já conseguiu achar os donos dos itens?
- Farei isso agora! - exclamou animada.
- Quer saber? Acho que a maioria do pessoal está dormindo. Se não for abusar de sua boa vontade, será que poderia ajudar alguns funcionários a decorar lá fora?
Amorina estava disposta a ajudar a enfermeira Joy, afinal, ela vinha de uma família de mulheres inspiradoras que dedicavam a vida à cuidar dos outros. Ainda que fosse uma vez no ano, ajudá-las era o mínimo que qualquer um poderia fazer em sinal de gratidão pelo esforço. Com isso, ela seguiu até a área externa, onde recebeu a carona de alguns funcionários em carrinhos de trilha para chegar até o "Lago Espelhado". Havia diversas barraquinhas ao redor da orla, mas todas estavam vazias. Enquanto trabalhavam colocando pisca-pisca, videiras falsas e diversas bolinhas com múltiplos Pokémon estampados, a magnata entreouviu os funcionários dizendo que receberiam diversos comerciantes que ainda estavam para se instalar nas barraquinhas, por isso era importante que a decoração estivesse pronta.
Passadas horas de trabalho, eles só tinham completado metade das barraquinhas que rondavam o lago, mas alertaram que provavelmente seria melhor deixar o restante pra outro dia. Dessa forma, eles retornaram para os carrinhos e faziam paradas temporárias, apenas para colocar mais enfeites nas placas espalhadas pelas trilhas, sendo sempre muito cuidadosos para não taparem as informações exibidas. Nessas pequenas paradas, eles cruzavam o caminho de algumas árvores frutíferas e pilhas de neve, que resultava a coleta dos itens para agregarem os recursos de Amorina.
Com o almoço sendo servido e uma fila enorme de turistas para consumir, os funcionários ficavam papeando com a coordenadora enquanto não chegava a vez. Eles compartilharam que, após a refeição, provavelmente iriam enfeitar diversos mini pinheiros e espalhariam pelos corredores e salas da Casa da Lareira. Dito e feito: mais uma vez pendurando fitinhas, bolinhas reluzentes e pisca-pisca pelos mini pinheirinhos - que eram fofíssimos, por sinal -, a coordenadora estava responsável de pedir cordialmente acesso aos dormitórios e colocar um dos enfeites no local. A maioria deixava sem problemas, inclusive debatiam com Amorina a melhor posição para colocá-los de forma que ficasse estratégico para bater uma boa foto.
- Terminei os quartos do segundo andar da ala leste. Estou exausta - comentou ao reencontrar os funcionários.
- Você pode relaxar então, Amorina. Já agilizou bastante nosso trabalho. Agora vamos só fazer mais alguns pinheirinhos reserva, pois a Erika está com medo dos turistas quebrarem a decoração e reclamarem quando o Delibird do Norte passar.
- Você acredita nele? - questionou, recebendo um olhar incrédulo dos funcionários.
- É óbvio que acreditamos. Basta olhar ao redor: não vê a magia?
Amorina não era uma descrente, só queria realmente saber a opinião alheia. Para sua surpresa, quando colocou as mãos dentro do bolso para se aquecer, ela sentiu um toque plástico e retirou um Chirstmas Envelope.
- Ok. Estou vendo a magia agora - comentou, fazendo os demais rirem, depois colou cuidadosamente sua nova figurinha no álbum. - Espero conseguir completá-lo ainda esse mês.
- Boa sorte com isso. Mas, pelo seu esforço, acho que tem grandes chances de dar certo - comentou a líder dos funcionários. - Aqui, toma uns Christmas Coins pelo seu apoio hoje.
Esticando a mão para pegar as moedinhas, Amorina era bombardeada por três pokébolas que caíam do alto. Ao olhar pra cima, viu que Pumpkaboo tinha coletado mais alguns itens "perdidos" por aí. Aquilo era mais perigoso, já que o número de pessoas reunidas era muito maior e a chance de terem coisas roubadas também. Mas a magnata apenas fingiu que estava tudo bem, recolhendo tudo que recebeu e organizou nos bolsos do sobretudo.
Ao chegar até a cozinha comunitária, ela se surpreendeu em ver o local relativamente vazio. Havia em torno de dez pessoas espalhadas pelo recinto, mas dado a extensão do cômodo, parecia haver ainda menos. Uma das cozinheiras voluntárias fez sinal para que a coordenadora se acomodasse, depois trouxe uma bandeja com o café da manhã, sendo pão recheado, um copo de café com leite, uma fruta comum e dois biscoitinhos de gotas de chocolate. Sem pressa, pois não tinha ideia do que faria naquele dia, ela inclusive se dispôs a lavar algumas louças acumuladas antes de sair do recinto.
No saguão da Casa da Lareira, no cantinho em que as aprendizes de Erika tinham separado para fazer as guirlandas, uma delas estava cochilando em cima da decoração. Provavelmente tinha virado a noite naquele lugar, mas o mais surpreendente foi ninguém tê-la alertado sobre aquilo. Cuidadosamente, a coordenadora puxou alguns materiais entre laços, tintas e pincéis para ajudar a dorminhoca quando ela acordasse. Sacando a pokébola de Pumpkaboo, ela notou que o objeto estava vazio.
- Justo agora, seu malandrinho? - pensou sozinha.
Amorina então notou que não havia nenhum Pokémon capaz de ajudá-la na equipe, então só lhe restava ir até o Computador e ver se havia alguém guardado que pudesse realizar a tarefa. Movida pela ideia da criança que conheceu, ela queria fazer uma guirlanda que tivesse aparência de nevada, por isso depositou Pure Solrock e retirou a Cotton Flower Flabébé. A coordenadora tinha conseguido a espécie no Viveiro Xanadu no começo de sua jornada, mas confiava que a interação que elas tiveram no ato da captura fosse suficiente para que a fadinha a obedecesse.
- Olá fofinha. Se importa de me ajudar? - sussurrou para não despertar a aprendiz.
Flabébé ouvia atentamente o pedido da treinadora, então começou a tentar atendê-lo. Liberando vinhas da flor que carregava, ela entrelaçou uma espécie de trepadeira no arame da guirlanda. Soltando um pólen fino logo em seguida, pequenos bulbos se formavam em diversos pontos das vinhas, abrindo em flores de algodão volumosas. Com um pouco de tinta de Green Apricorn, Amorina deixou a parte debaixo dos algodões em tom das vinhas, parecendo que realmente havia nevado em cima do enfeite. Em homenagem ao Pokémon que a auxiliou, a coordenadora modelou alguns laços para que imitasse a "coroa" de Flabébé, colocando-a bem no topo da guirlanda. Como finalização, ela pegou um adereço que imitava um floco de neve para ficar suspenso no interior da decoração.
- E tá feito!
- Obrigadhaaaa - disse a aprendiz despertando, prolongando a vogal em seu bocejo. - O pessoal foi saindo aos poucos ontem a noite. Imaginei que não voltariam. Fizeram uma caixa inteira de decoração, mas ainda precisamos de mais - comentou a mulher, agora coçando os olhos.
- Eu tenho que fazer algumas coisas antes, mas posso tentar ajudar vocês de manhã e fim da noite. Se ainda precisarem, claro - respondeu.
Com uma joia de confirmação, a aprendiz se levantou ainda embriagada pelo próprio sono e seguiu em direção aos dormitórios. Com aquela deixa, Amorina fez um afago na cabeça de Flabébé antes de recolhê-la e seguir em direção ao Computador do lado do balcão da enfermeira Joy. Naquele instante, ela se surpreendeu quando viu Grace Wonder preenchendo uma papelada atrás dele.
- Grace? Se lembra de mim? Amorina. Nos conhecemos em Santalune - disse ao se aproximar da mulher.
- Oh... a coordenadora com a Popplio. Sim, sim, me lembro de você. Sua apresentação foi muito agradável de ver! - respondeu de forma cordial. - Veio curtir o final de ano, hã?
- De fato. Sempre gosto de mudar a rotina para conhecer coisas novas e aqui parecia ter muitas oportunidades. Ainda caçando Pokémon para doação? - questionou.
- Certamente não recusaríamos se você tiver algum em mente. Mas na verdade, eu gostaria mesmo é de gente disposta a adotar - comentou e suspirou. - O Centro tá ficando pequeno pra tanto Pokémon. E, bom, eles não recebem a atenção que mereciam toda hora. É complicado.
- Eu gostaria de adotar algum, se fosse possível. Eu só não sei como funciona.
- Tem mesmo? - disse a mulher animada. - Por acaso eu tenho alguns tickets aqui para adoção. É claro que não posso dar de graça, mas acho que cobrar muito caro seria excessivo... você tem três Christmas Coins aí? - questionou a mulher.
- Ahm... deixa eu ver - comentou ao revirar a bolsinha em que carregava as moedas sazonais. - TENHO!
- Maravilha. Tome, seu Wonder Ticket. Com ele você poderá pegar qualquer Pokémon no acolhimento. Temo que ainda estamos organizando as coisas, mas basta você ir no Lar dos Abraços quando o anúncio sair e recolher seu mais novo amiguinho. Não me preocuparei em dizer pra você cuidar bem dele, já que pelo que estou ouvindo, você é bem carinhosa.
- E ela realmente é! - completou a enfermeira Joy ao se reunir à conversa. - Já recebi a doação da guirlanda que você fez com Flabébé. Aqui está sua recompensa - disse a mulher ao entregar uma moedinha. - Já conseguiu achar os donos dos itens?
- Farei isso agora! - exclamou animada.
- Quer saber? Acho que a maioria do pessoal está dormindo. Se não for abusar de sua boa vontade, será que poderia ajudar alguns funcionários a decorar lá fora?
Amorina estava disposta a ajudar a enfermeira Joy, afinal, ela vinha de uma família de mulheres inspiradoras que dedicavam a vida à cuidar dos outros. Ainda que fosse uma vez no ano, ajudá-las era o mínimo que qualquer um poderia fazer em sinal de gratidão pelo esforço. Com isso, ela seguiu até a área externa, onde recebeu a carona de alguns funcionários em carrinhos de trilha para chegar até o "Lago Espelhado". Havia diversas barraquinhas ao redor da orla, mas todas estavam vazias. Enquanto trabalhavam colocando pisca-pisca, videiras falsas e diversas bolinhas com múltiplos Pokémon estampados, a magnata entreouviu os funcionários dizendo que receberiam diversos comerciantes que ainda estavam para se instalar nas barraquinhas, por isso era importante que a decoração estivesse pronta.
Passadas horas de trabalho, eles só tinham completado metade das barraquinhas que rondavam o lago, mas alertaram que provavelmente seria melhor deixar o restante pra outro dia. Dessa forma, eles retornaram para os carrinhos e faziam paradas temporárias, apenas para colocar mais enfeites nas placas espalhadas pelas trilhas, sendo sempre muito cuidadosos para não taparem as informações exibidas. Nessas pequenas paradas, eles cruzavam o caminho de algumas árvores frutíferas e pilhas de neve, que resultava a coleta dos itens para agregarem os recursos de Amorina.
Com o almoço sendo servido e uma fila enorme de turistas para consumir, os funcionários ficavam papeando com a coordenadora enquanto não chegava a vez. Eles compartilharam que, após a refeição, provavelmente iriam enfeitar diversos mini pinheiros e espalhariam pelos corredores e salas da Casa da Lareira. Dito e feito: mais uma vez pendurando fitinhas, bolinhas reluzentes e pisca-pisca pelos mini pinheirinhos - que eram fofíssimos, por sinal -, a coordenadora estava responsável de pedir cordialmente acesso aos dormitórios e colocar um dos enfeites no local. A maioria deixava sem problemas, inclusive debatiam com Amorina a melhor posição para colocá-los de forma que ficasse estratégico para bater uma boa foto.
- Terminei os quartos do segundo andar da ala leste. Estou exausta - comentou ao reencontrar os funcionários.
- Você pode relaxar então, Amorina. Já agilizou bastante nosso trabalho. Agora vamos só fazer mais alguns pinheirinhos reserva, pois a Erika está com medo dos turistas quebrarem a decoração e reclamarem quando o Delibird do Norte passar.
- Você acredita nele? - questionou, recebendo um olhar incrédulo dos funcionários.
- É óbvio que acreditamos. Basta olhar ao redor: não vê a magia?
Amorina não era uma descrente, só queria realmente saber a opinião alheia. Para sua surpresa, quando colocou as mãos dentro do bolso para se aquecer, ela sentiu um toque plástico e retirou um Chirstmas Envelope.
- Ok. Estou vendo a magia agora - comentou, fazendo os demais rirem, depois colou cuidadosamente sua nova figurinha no álbum. - Espero conseguir completá-lo ainda esse mês.
- Boa sorte com isso. Mas, pelo seu esforço, acho que tem grandes chances de dar certo - comentou a líder dos funcionários. - Aqui, toma uns Christmas Coins pelo seu apoio hoje.
Esticando a mão para pegar as moedinhas, Amorina era bombardeada por três pokébolas que caíam do alto. Ao olhar pra cima, viu que Pumpkaboo tinha coletado mais alguns itens "perdidos" por aí. Aquilo era mais perigoso, já que o número de pessoas reunidas era muito maior e a chance de terem coisas roubadas também. Mas a magnata apenas fingiu que estava tudo bem, recolhendo tudo que recebeu e organizou nos bolsos do sobretudo.
NPC Grace Wonder
Missão "Guirlandas Natalinas!"
Não encontrei o dono do item perdido, mas achei 1 Christmas Envelope & Pickup.
Figurinha Comum Stonjourner.
Brionne | Lv. 30 | 100%
Magical Litten | Lv. 26 | 100%
Cotton Flower Flabébé | Lv. 5 | 100%
Frost Gastly | Lv. 25 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 22 | 100%
Nível médio: 23
Exp Share desativado.
Itemfinder: (6/10)
Pickup: (0/2) [2/3 usos]
Christmas Coins: (5/5)
Icy Seed: (1/1) [4/10 para nova colheita]
Snowball: (3/4)
White Apricorn: (2/2) [0/10 para nova colheita]
Rabuta Berry: (2/2) [1/10 para nova colheita]
Yache Berry: (1/2)
- Missões Ativas:
Christmas Coins [2/7]: Experimentou doces típicos e ajudou na decoração!
Christmas Book: 50% de chance de encontrar 1 Christmas Envelope após cada evento.
Encontrados e Devolvidos (Nurse Joy): 50% de chance de encontrar o dono dos itens perdidos (1 de 3 entregues).
Guirlandas Natalinas (Missão Local:) Criar guirlandas com Pokémon Grass ou Flower (2 de 3 criadas).
- Informações Relevantes:
- Gastou 1 Repel e encontrou a NPC Grace Wonder!
Gastou 3 Christmas Coins para receber 1 Wonder Ticket da missão "Motivando a Adoção" de Grace Wonder.
Ajudou nas decorações natalinas da missão "As Christmas Coins", recebendo 1 Christmas Coin e recebeu 1 extra por realizar 5 eventos.
Criou e doou uma guirlanda para a Casa da Lareira, recebendo 03 de Fama Local e 1 Christmas Coin.
Encontrou 3 Pokeball no Pickup.
Encontrou a Figurinha Comum Stonjourner.
Colheu 1 White Apricorn e 1 Snowball dos recursos naturais.
Ps: Para os fins dessa AR, troquei o Solrock pela Cotton Flabébé.
Última edição por Amorina em Ter Dez 05, 2023 8:49 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Amorina)
ElliotNightray
Amorina
Após o longo dia de trabalho ao lado dos funcionários da Casa da Lareira, Amorina foi liberada no comecinho da noite, mas achou que era perigoso demais sair na nevasca que se formava lá fora. Assim, a única atividade que surgia em sua mente era concluir a ajuda com as guirlandas das aprendizes de Erika, principalmente porque comparado ao primeiro dia, havia pouquíssimas pessoas trabalhando na área reservada para esse fim. Com Pumpkaboo e Flabébé já tendo lhe auxiliado na tarefa, ela decidia deixar sua marca registrada na terceira guirlanda ao trocar Flabébé pelo Shiny Tangela que possuía.
Quando a adolescente chegou com o emaranhado de vinhas amarelas na mesa, o Pokémon foi alvo de inúmeros elogios pela sua aparência diferente do padrão, além de terem exaltado a sorte da coordenadora. Com tudo mais calmo, ela apanhou os materiais e começou a confecção do item. Tangela forçou o crescimento de uma vinha com minúsculas folhas em seu corpo, entrelaçando logo em seguida no aro da guirlanda. Amorina gostava de pensar que aquela criaturinha fora banhada em ouro antes de encontrá-la, sendo essa a temática daquela decoração. Passando glitter prateado num laço branco, ela cuidadosamente organizou o casamento da planta e do pano, depois colocou alguns enfeites plásticos de estrelas presos nele. Ao notar que seria difícil demais - e até desperdício - destruir uma PokéCoin para formar o enfeite do centro da guirlanda, ela recortou um papelão, reforçou a base com cola e pintou com tinta dourada, tentando imitar ao máximo o item original. Na finalização, ela acoplou três gemas type falsas como um enfeite requintado final.
- Uau! Você se empolgou bastante nesse ai. Com certeza conseguirá um valor bem alto! - comentou uma das aprendizes que se aproximou para examinar a decoração.
- Acha mesmo? Bom... então quem sabe você não consegue arrecadar mais pra Casa da Lareira - retrucou, entregando a guirlanda para a mulher.
- Vai mesmo doar isso? Tem certeza? - emendou a mulher incrédula. - Erika com certeza ficará muito feliz. Só... posso bater uma foto de Tangela ao lado dela?
Amorina consentia com o pedido, mas no fim também foi pega pela foto com a guirlanda e Tangela de vinhas douradas. Ela não sabia como Erika reagiria a foto, mas estava feliz só de pensar que estaria sendo apresentada de forma indireta para a anfitriã do evento. Antes de sair, a aprendiz entregou uma Christmas Coin para a coordenadora pela doação, depois reservou a guirlanda, protegendo-a com um paninho. Depois de tudo aquilo, ela se organizou e foi dormir, esperando recomeçar a busca pelos donos das identidades perdidas que tinha na bolsa.
Na manhã seguinte, assim que chegou para tomar o café da manhã, ela viu diversos cozinheiros discutindo. Aparentemente, algum deles havia salgado a mistura de biscoitos, estragando completamente a receita. Havia diversas acusações para todo o lado, mas ninguém parecia realmente ter a feição de ser culpado. Amorina não sabia se era capaz de resolver aquele problema, mas pelo menos iria tentar. Enquanto dedos eram apontados, a aspirante à polícia começou a caminhar pela cozinha, olhando por vestígios ou rastros. Com sucesso, ela viu uma formação estranha de pedra de sal nas beiradas da vasilha em que os biscoitos eram preparados.
- Vocês usam sal em estado bruto? - questionou, fazendo os cozinheiros se silenciarem por um tempo antes de dizerem "Não" ao mesmo tempo. - Talvez estamos lidando com algum invasor - constatou em seguida, apontando para a pedra de sal.
Os cozinheiros se entreolhavam como se questionassem o motivo de não terem percebido aquilo, depois se colocaram a ajudar a coordenadora na caça do invasor, caso ainda estivesse pela área. Abrindo armários, dispensas, fornos, geladeiras e freezers, se havia alguém perturbando a paz dos cozinheiros, ele provavelmente já tinha ido embora. Contudo, próximo à saída da cozinha, havia uma grande dispensa de lixo. Cuidadosamente ela abriu a portinhola, vendo um Nacli espalhando cubículos de sal pela comida que foi jogada fora.
- Então ai está você! - comentou, atraindo a atenção do cubo de sal, que tentou lhe dar um empurrão. - Ei! Fica calmo, bonitão. Você quem está invadindo - disse, mas sem surtir efeito algum no selvagem. - Pumpkaboo, vamos pacificar esse encrequeiro! - disse ao libertar o próprio encrenqueiro, expondo o Lucky Egg para o fantasma.
Amorina já se tornara uma verdadeira inimiga do PokeMart, mas quis acreditar uma última vez na capacidade das Pokeball que eles comercializavam. Lançando a esfera contra a pedrinha de sal, ela viu os cozinheiros comemorarem quando a captura foi concluída. Assim, ela recebeu o agradecimento dos cozinheiros e a notícia de que reservariam a massa para ver se Siebold poderia salvar aquela fornada. Aquilo confirmava para a adolescente a ilustre presença do cozinheiro e Elite 4, uma figura que ela precisava conhecer em sua estrada pela fama.
- Vem Frederico. Ainda dá tempo de bater mais massa antes de mais gente acordar - comentou uma das cozinheiras.
- Espera ai! - disse ao se lembrar de ser um dos nomes no cartão. - Por acaso essa identidade é sua?
- Menina! Você salvou o dia duas vezes! - exclamou o homem animado. - Onde estava?
- Achados e perdidos. Vim devolver em nome da Casa da Lareira!
- Achados e perdidos? - questionou a outra cozinheira. - Então você mentiu quando disse que foi caçar lá. Onde você estava na primeira noite da Vila, Frederico? - emendou a mulher, em tom irritado.
Aquela era a deixa para que Amorina se esgueirasse para fora da cozinha, deixando que o casal resolvesse o próprio conflito. Correndo para o lado de fora, ela checava no RotomPhone a localização da última identidade que ela possuía na bolsa, torcendo para que o encontrasse ainda naquele dia. Contudo, como o aparelho denunciou a presença do homem próximo ao Lago Espelhado, que era alguns bons quilômetros de floresta de distância, ela esperaria o provável retorno dele nas mediações da Casa da Lareira.
A coordenadora soltou um sorriso contido quando viu uma formação de bonecos de neve em diversos padrões margeando o pavilhão da construção comunitária. Desejando também ter a própria marca registrada, ela convocou todos os Pokémon para auxiliarem na construção. Apesar disso, Litten ficou de escanteio quando notou que sua aura quente fazia a neve se deformar antes mesmo da coordenadora conseguir modelar o boneco. Dessa forma, Gastly encostava o corpo na neve e rolava de forma irregular, formando uma bolota que tinha o formato de seu corpo. Pumpkaboo achava a ideia o máximo e imitava, porém com suas proporções maiores, ele criou uma ainda maior. Amorina e Popplio utilizava as mãos para criar a terceira camada, assistindo os fantasmas ficarem intangíveis para saírem de dentro das bolotas de neve que tinham criado.
- T-U-D-O! Empi-lhado! - disse cansada ao forçar os braços para empilhar as bolas de neve. - Uf. Agora, só falta a decoração. O que acha de cada um fazer uma contribuição?
Gastly tomava a iniciativa do pedido, assoprando um vento gélido no rosto do boneco, criando uma máscara de gelo azul-escuro igual à que possuía. Brionne surgia logo em seguida, criando notas musicais rosadas que explodiam em contato com a neve, mas deixava a silhueta perfeita no "peito" do boneco. Pumpkaboo e Tangela disparavam sementes sanguessuga aos pés do boneco, formando uma calça de raízes. Carbink pedia ajuda de Amorina para colocar duas geminhas simples que tinha criado naquela hora, formando o olho do boneco.
- Farei a contribuição em seu lugar - comentou para Litten, que olhou curioso.
A coordenadora retirou uma touca de listras preto e vermelho, colocando no topo da cabeça do boneco, finalizando sua construção. O felino tentou conter a felicidade, mas sua boca se alargou num sorriso de forma inconsciente. Amorina tinha conseguido amalgamar um pouco de cada um em seu projeto, que querendo ou não, eram uma grande parte de sua essência. Não precisava de algo que simbolizasse a magnata, pois figuradamente, ela era o boneco moldado por seus parceiros. Não muito longe desses bonecos, uma resistente árvore de Yache Berry estava com diversas frutinhas, sendo coletada pela magnata, que também encontrou uma Christmas Coin próximo às raízes dela.
- Sinal de sorte, eu presumo.
Quando a adolescente chegou com o emaranhado de vinhas amarelas na mesa, o Pokémon foi alvo de inúmeros elogios pela sua aparência diferente do padrão, além de terem exaltado a sorte da coordenadora. Com tudo mais calmo, ela apanhou os materiais e começou a confecção do item. Tangela forçou o crescimento de uma vinha com minúsculas folhas em seu corpo, entrelaçando logo em seguida no aro da guirlanda. Amorina gostava de pensar que aquela criaturinha fora banhada em ouro antes de encontrá-la, sendo essa a temática daquela decoração. Passando glitter prateado num laço branco, ela cuidadosamente organizou o casamento da planta e do pano, depois colocou alguns enfeites plásticos de estrelas presos nele. Ao notar que seria difícil demais - e até desperdício - destruir uma PokéCoin para formar o enfeite do centro da guirlanda, ela recortou um papelão, reforçou a base com cola e pintou com tinta dourada, tentando imitar ao máximo o item original. Na finalização, ela acoplou três gemas type falsas como um enfeite requintado final.
- Uau! Você se empolgou bastante nesse ai. Com certeza conseguirá um valor bem alto! - comentou uma das aprendizes que se aproximou para examinar a decoração.
- Acha mesmo? Bom... então quem sabe você não consegue arrecadar mais pra Casa da Lareira - retrucou, entregando a guirlanda para a mulher.
- Vai mesmo doar isso? Tem certeza? - emendou a mulher incrédula. - Erika com certeza ficará muito feliz. Só... posso bater uma foto de Tangela ao lado dela?
Amorina consentia com o pedido, mas no fim também foi pega pela foto com a guirlanda e Tangela de vinhas douradas. Ela não sabia como Erika reagiria a foto, mas estava feliz só de pensar que estaria sendo apresentada de forma indireta para a anfitriã do evento. Antes de sair, a aprendiz entregou uma Christmas Coin para a coordenadora pela doação, depois reservou a guirlanda, protegendo-a com um paninho. Depois de tudo aquilo, ela se organizou e foi dormir, esperando recomeçar a busca pelos donos das identidades perdidas que tinha na bolsa.
Na manhã seguinte, assim que chegou para tomar o café da manhã, ela viu diversos cozinheiros discutindo. Aparentemente, algum deles havia salgado a mistura de biscoitos, estragando completamente a receita. Havia diversas acusações para todo o lado, mas ninguém parecia realmente ter a feição de ser culpado. Amorina não sabia se era capaz de resolver aquele problema, mas pelo menos iria tentar. Enquanto dedos eram apontados, a aspirante à polícia começou a caminhar pela cozinha, olhando por vestígios ou rastros. Com sucesso, ela viu uma formação estranha de pedra de sal nas beiradas da vasilha em que os biscoitos eram preparados.
- Vocês usam sal em estado bruto? - questionou, fazendo os cozinheiros se silenciarem por um tempo antes de dizerem "Não" ao mesmo tempo. - Talvez estamos lidando com algum invasor - constatou em seguida, apontando para a pedra de sal.
Os cozinheiros se entreolhavam como se questionassem o motivo de não terem percebido aquilo, depois se colocaram a ajudar a coordenadora na caça do invasor, caso ainda estivesse pela área. Abrindo armários, dispensas, fornos, geladeiras e freezers, se havia alguém perturbando a paz dos cozinheiros, ele provavelmente já tinha ido embora. Contudo, próximo à saída da cozinha, havia uma grande dispensa de lixo. Cuidadosamente ela abriu a portinhola, vendo um Nacli espalhando cubículos de sal pela comida que foi jogada fora.
- Então ai está você! - comentou, atraindo a atenção do cubo de sal, que tentou lhe dar um empurrão. - Ei! Fica calmo, bonitão. Você quem está invadindo - disse, mas sem surtir efeito algum no selvagem. - Pumpkaboo, vamos pacificar esse encrequeiro! - disse ao libertar o próprio encrenqueiro, expondo o Lucky Egg para o fantasma.
vs
- Pumpkaboo use Bullet Seed! - comandou. - Mas tente focalizar pra não criar bagunça - emendou ao ver o rosto dos cozinheiros.
A abóbora fantasma consentia com o comando, carregando a própria energia gramínea para criar sementes na boca. Ao disparar três delas em sequência, que explodiram como fogo de artifício controlado no tom verde-amarelado, ela deixou o selvagem bastante ferido pela efetividade dos golpes. Irritado, Nacli revidou criando uma esfera branca na frente da testa, que se transfigurou numa pedra e foi atirada contra Pumpkaboo. Para evitar que aquele projétil destruísse a cozinha, Pumpkaboo correu na direção dele e levou o golpe em cheio.
- Você está bem, Pumpkaboo? - questionou ao notar que ele estava levemente atordoado com a pedrada, mas bem. - Mais Bullet Seed, até derrotá-lo!
Para manter o foco e precisão, a abóbora fantasma disparou as sementes uma de cada vez, onde na segunda delas fez o corpo de Nacli reluzir, sendo a ativação de sua habilidade especial Sturdy. Contudo, com uma terceira e última sementinha explosiva pronta, o Pumpkaboo retirava a última energia de Nacli, fazendo os olhos laranjas se apagarem.
- Batalha:
Pumpkaboo | Pickup | Lv. 22 @ Lucky Egg [Vel. 29]
x
Nacli | Sturdy | Lv. 24 @ Nenhum [Vel. 24]
Turno 1
Pumpkaboo usou Bullet Seed (-63% | 3 Hits)
Nacli usou Smack Down (20%)
Pumpkaboo | 80%
x
Nacli | 37%
______________________________
Turno 2
Pumpkaboo usou Bullet Seed (-37% | 3 Hits)
Nacli ativou Sturdy durante a sequência, mas foi desmaiado pelo 3º hit.
Pumpkaboo | 80%
x
Nacli | 0%
Amorina já se tornara uma verdadeira inimiga do PokeMart, mas quis acreditar uma última vez na capacidade das Pokeball que eles comercializavam. Lançando a esfera contra a pedrinha de sal, ela viu os cozinheiros comemorarem quando a captura foi concluída. Assim, ela recebeu o agradecimento dos cozinheiros e a notícia de que reservariam a massa para ver se Siebold poderia salvar aquela fornada. Aquilo confirmava para a adolescente a ilustre presença do cozinheiro e Elite 4, uma figura que ela precisava conhecer em sua estrada pela fama.
- Vem Frederico. Ainda dá tempo de bater mais massa antes de mais gente acordar - comentou uma das cozinheiras.
- Espera ai! - disse ao se lembrar de ser um dos nomes no cartão. - Por acaso essa identidade é sua?
- Menina! Você salvou o dia duas vezes! - exclamou o homem animado. - Onde estava?
- Achados e perdidos. Vim devolver em nome da Casa da Lareira!
- Achados e perdidos? - questionou a outra cozinheira. - Então você mentiu quando disse que foi caçar lá. Onde você estava na primeira noite da Vila, Frederico? - emendou a mulher, em tom irritado.
Aquela era a deixa para que Amorina se esgueirasse para fora da cozinha, deixando que o casal resolvesse o próprio conflito. Correndo para o lado de fora, ela checava no RotomPhone a localização da última identidade que ela possuía na bolsa, torcendo para que o encontrasse ainda naquele dia. Contudo, como o aparelho denunciou a presença do homem próximo ao Lago Espelhado, que era alguns bons quilômetros de floresta de distância, ela esperaria o provável retorno dele nas mediações da Casa da Lareira.
A coordenadora soltou um sorriso contido quando viu uma formação de bonecos de neve em diversos padrões margeando o pavilhão da construção comunitária. Desejando também ter a própria marca registrada, ela convocou todos os Pokémon para auxiliarem na construção. Apesar disso, Litten ficou de escanteio quando notou que sua aura quente fazia a neve se deformar antes mesmo da coordenadora conseguir modelar o boneco. Dessa forma, Gastly encostava o corpo na neve e rolava de forma irregular, formando uma bolota que tinha o formato de seu corpo. Pumpkaboo achava a ideia o máximo e imitava, porém com suas proporções maiores, ele criou uma ainda maior. Amorina e Popplio utilizava as mãos para criar a terceira camada, assistindo os fantasmas ficarem intangíveis para saírem de dentro das bolotas de neve que tinham criado.
- T-U-D-O! Empi-lhado! - disse cansada ao forçar os braços para empilhar as bolas de neve. - Uf. Agora, só falta a decoração. O que acha de cada um fazer uma contribuição?
Gastly tomava a iniciativa do pedido, assoprando um vento gélido no rosto do boneco, criando uma máscara de gelo azul-escuro igual à que possuía. Brionne surgia logo em seguida, criando notas musicais rosadas que explodiam em contato com a neve, mas deixava a silhueta perfeita no "peito" do boneco. Pumpkaboo e Tangela disparavam sementes sanguessuga aos pés do boneco, formando uma calça de raízes. Carbink pedia ajuda de Amorina para colocar duas geminhas simples que tinha criado naquela hora, formando o olho do boneco.
- Farei a contribuição em seu lugar - comentou para Litten, que olhou curioso.
A coordenadora retirou uma touca de listras preto e vermelho, colocando no topo da cabeça do boneco, finalizando sua construção. O felino tentou conter a felicidade, mas sua boca se alargou num sorriso de forma inconsciente. Amorina tinha conseguido amalgamar um pouco de cada um em seu projeto, que querendo ou não, eram uma grande parte de sua essência. Não precisava de algo que simbolizasse a magnata, pois figuradamente, ela era o boneco moldado por seus parceiros. Não muito longe desses bonecos, uma resistente árvore de Yache Berry estava com diversas frutinhas, sendo coletada pela magnata, que também encontrou uma Christmas Coin próximo às raízes dela.
- Sinal de sorte, eu presumo.
Evento, encontrei o dono do item e não encontrei 1 Christmas Envelope.
Dados Nacli Arroaceiro!
Turno 1
Turno 2
Catchrate!
Brionne | Lv. 30 | 100%
Magical Litten | Lv. 26 | 100%
Shiny Tangela | Lv. 22 | 100%
Frost Gastly | Lv. 25 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 22 | 100%
Nível médio: 24
Exp Share desativado.
Itemfinder: (7/10)
Pickup: (1/2) [2/3 usos]
Christmas Coins: (1/5)
Snowball: (3/4)
Icy Seed: (1/1) [5/10 para nova colheita]
White Apricorn: (2/2) [1/10 para nova colheita]
Rabuta Berry: (2/2) [2/10 para nova colheita]
Yache Berry: (2/2) [0/10 para nova colheita]
- Missões Ativas:
Christmas Coins [3/7]: Experimentou doces típicos e ajudou na decoração! Ajudou nas Decorações! Construiu um Boneco de Neve!
Christmas Book: 50% de chance de encontrar 1 Christmas Envelope após cada evento.
Encontrados e Devolvidos (Nurse Joy): 50% de chance de encontrar o dono dos itens perdidos (2 de 3 entregues).Guirlandas Natalinas (Missão Local:) Criar guirlandas com Pokémon Grass ou Flower (3 de 3 criadas).
- Informações Relevantes:
- Derrotou um Nacli selvagem. Pumpakboo recebeu 432 de exp e subiu para nível 23 (379/1383).
Capturou Nacli com 1 Pokeball.
Encontrou o dono do item perdido, recebendo 1 de progresso na missão "Encontrados e Devolvidos".
Criou e doou uma guirlanda para a Casa da Lareira, recebendo 03 de Fama Local e 1 Christmas Coin. Concluiu a missão local "Guirlandas Natalinas".
Construiu um boneco de neve da missão "As Christmas Coins", recebendo 1 Christmas Coin.
Recebeu 01 de Fama Local por derrotar um Pokémon arruaceiro (Dado Selvagem Único).
Colheu 1 Yache Berry.
Ps: Para os fins dessa AR, troquei o Solrock pela Shiny Tangela.
- Ficha Selvagem:
- — Nacli
- Spoiler:
Nome: Nacli #963
Lvl: 24
Exp: 0/??
Sexo: Masculino
Habilidade: Sturdy
Item: Nenhum
OT: Amorina Dourado
Stats:
HP 55 Attack 55 Defense 75 Sp.Atk 35 Sp.Def 35 Speed 25 Total 280
Características:
Se Shadow terá +2 em Def
Ataques:
Rock Polish (Tough - 2 Pontos)
Rock Throw (Tough - 1 Ponto)
Smack Down (Tough - 1 Ponto)
Harden (Cute - 2 Ponto)
Tackle (Cute - 1 Ponto)
Headbutt (Cute - 2 Pontos)
Mud Shot (Tough - 1 Ponto)
Iron Defense (Tough - 2 Pontos)
CurseExtra (Clever - 2 Pontos)
(Lvl 24, Vila Natal)
Última edição por Amorina em Qui Dez 07, 2023 11:11 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Amorina)
Ártemis
Aprovado
Achei genial a forma que encaixou o Nacli na história, realmente você consegue criar uns personagens secundários e umas situações bem divertidas, espero que Frederico fique bem! Boa sorte em seus próximos sorteios!
Última edição por Ártemis em Sáb Dez 09, 2023 1:59 am, editado 3 vez(es) (Motivo da edição : Ártemis)
Ayla Akatsu
| Ficha | Box | Diário | Store |
| Personagens Secundários |
| Mural da Polícia | Relatórios |
| Fazenda |
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Amorina
Depois de passar as primeiras horas do dia esperando pelo dono da identidade perdida nos arredores da Casa da Lareira, Amorina aceitava o fato de que sua possível última missão de entrega teria que ser mais ativa e menos na sorte da garota de cruzar o caminho de alguém. Antes disso, ela correu para dentro da construção para devolver Tangela e trazer Pure Solrock como uma garantia extra contra selvagens de gelo. Ao notar que havia equipes de Ranger organizando grupos de caminhada em direção ao Lago Espelhado, ela apenas se reuniu à um deles e seguiu a trilha rumo ao extremo noroeste da área preservada.
Durante essa trilha, o grupo foi surpreendido por gloriosos Pokémon que corriam entre os pinheiros mais distantes, principalmente bandos de Deerling e alguns núcleos de Alolan Vulpix, embora essas últimas sempre conseguiam se esgueirar pela neve e sumirem de vista tão rápido quanto surgiram. Depois de minutos de caminhadas, com algumas pausas para observação e fotos, eles finalmente chegaram ao lago. Diferentemente da primeira vez que Amorina tinha vindo para auxiliar os funcionários da Casa da Lareira, as barraquinhas estavam bem cheias e totalmente decoradas, margeando o lago que tinha um gelo firme. Diversas pessoas já estavam patinando no lugar com os Pokémon, o que era algo que fazia a magnata sorrir.
- Essa primeira barraca aluga o equipamento de patinação, caso vocês não tenham trazido o de vocês. Apenas para seu conhecimento: o gelo é bem firme, então não se preocupem com o número de pessoas no lago. De qualquer forma, em caso de emergência, há uma barraca médica à cada dez barraquinhas que circulam o lago! - comentou o homem, ao apontar que as de tenda branca eram as alas emergenciais. - Haverão grupos transitando o dia todo para ir e voltar da Casa da Lareira. Para quem quiser se aventurar sozinho, não esqueça de observar as placas. Aproveitem as festividades! - finalizou o Ranger com um largo sorriso, antes de retornar ao posto de descanso.
Talvez fosse o próprio vislumbre em ver as águas dançando sob o gelo, talvez pelo próprio esquecimento, mas Amorina deixava de lado o fato de que deveria caçar o dono do item perdido e simplesmente embarcava na ideia de patinar graciosamente pelo gelo. A tarefa, contudo, se mostrava mais difícil do que parecia. Brionne e Carbink se libertavam, mantendo um ótimo equilíbrio na superfície gélida, enquanto Gastly e Pumpkaboo caçoavam da treinadora antes de auxiliá-la no próprio equilíbrio. Com o tempo, a coordenadora conseguia manter o foco e ficar em cima da lâmina que a fazia deslizar, fazendo apenas algumas voltas pequenas numa área no lago.
Se sentindo mais ousada, Amorina fez sinal para que os fantasmas a guiassem até mais próximo do centro do lago, já que havia uma pequena comoção se formando ao redor dele. Lá, ela encontrou uma graciosa jovem de cabelo verde e roupa requintada, realizando manobras graciosas e ousadas enquanto todos assistiam boquiabertos o domínio que ela possuía. A garota ainda segurava um cetro enfeitado, parecendo ser capaz da manipular algumas luzes que imitavam a aurora boreal abaixo dos pés, tudo numa conjuntura que fazia sentido o comentário de uma turista:
- Ela é a Rainha do Lago. Dizem que ainda ninguém conseguiu se apresentar melhor do que ela na neve.
A coordenadora sabia que de fato jamais seria capaz de derrotar alguém que já tinha aquela prática, mas isso não significava que ela não iria tentar. Assim, só lhe restava continuar treinando o equilíbrio na patinação antes de chegar o fatídico dia. A atenção da coordenadora inclusive era roubada quando o RotomPhone deslizou de seu bolso e flutuou em sua frente, indicando que o dono da identidade foi detectado por perto. Colocando as duas mãos no aparelho, ela processou que Pumpkaboo e Gastly tinham ficado intangíveis à alguns minutos atrás, deixando-a patinar por conta própria.
- Vocês deram sorte. Se eu tivesse caído aqui, teriam que me levar arrastada - comentou, imaginando que fingiria desmaio para conter a vergonha. - Mas agora fiquem perto. Encontrei o dono do item.
Popplio e Carbink se esforçaram pra acompanhar a coordenadora, enquanto Pumpkaboo ficava do lado direito da dona para ela se apoiar nas vezes em que cambaleava. Para o azar dela, o GPS dizia que ela estava próxima do dono, mas havia uma verdadeira multidão dançando ao ritmo de uma música que era tocada por um RotomDrone. O único jeito dela encontrar o dono do item seria adentrar a dança de casais.
- Ei! Quer dançar? - ofereceu para um garoto que estava apenas assistindo. - Ótimo, vamos! - exclamou ao dar a mão para ele e puxá-lo para a pista.
O garoto arregalou os olhos com a atitude, mas ele parecia ser muito bom na patinação ao se recuperar com facilidade e ainda estabilizar Amorina. Com a música festiva, eles não precisavam fazer voltas e nem manobras rápidas, bastava seguir a dança de mãos dadas. A coordenadora notou o menino corando levemente, mas torceu que fosse apenas o frio. Com a mão livre, ela espionou a identidade perdida e viu a foto: tratava-se de uma mulher de cabelo vermelho-escuro. Com aquele detalhe, não foi difícil encontrá-la entre os dançarinos. Infelizmente ela estava dançando com um outro homem, o que dificultaria seu trabalho.
- TROCANDO CASAIS! - gritou na esperança de conseguir fazer todos aderirem.
Dito e feito: os parceiros fazia uma volta em seus pares e lançava para a pessoa mais próxima. Amorina saía de um adolescente para dançar com uma criança. Ela até se sentiu humilhada quando o garotinho a rodeou duas vezes antes de dar a mão para ela e continuar a patinação. Com o ritmo acelerado, ela precisava se aproximar mais da dona da identidade para conseguir uma dança com ela.
- DESTROCANDO CASAIS! - gritou outra mulher.
Amorina então viu o garotinho deslizar pelo meio da pista pra retornar para a própria parceira, enquanto o garoto que ela tinha "sequestrado" para a dança fez a mesma coisa. Aquela tarefa parecia bem mais difícil que parecia, mas quando a musica encerrou e uma mais agitada começou, todos soltaram as mãos e começaram a patinar de forma autônoma. Num impulso rápido, a coordenadora seguiu reto na direção da mulher de cabelos vermelhos, que a segurou pelos braços e reduziu gradativamente a velocidade.
- Ei! Fique tranquila, eu estou segurando você - disse a mulher.
- Obrigada. Eu acho que ainda não controlo muito bem a velocidade nisso.
- Se inscreva nas aulas da Rainha do Lago. Ela oferta monitoria gratuita pra iniciantes - retrucou a mulher.
- Vou pensar nisso, obrigada pela recomendação - disse, sacando a identidade. - Isso por acaso é seu?
- Então estava com você - disse ao puxar o documento. - É notável que tenha me encontrado!
- Estou devolvendo em nome da Casa da Lareira. De qualquer forma, tinha o número do seu RotomID no verso - esclareceu por fim.
Com o trabalho concluído e a diversão garantida na patinação, Amorina achou que era melhor retornar à Casa da Lareira e avisar a enfermeira Joy sobre seu progresso. Quando ela chegou na margem do lago, pôde liberar Litten e Solrock para também darem uma olhada no lago antes deles irem embora, já que o calor de seus corpos poderia derreter a camada de gelo. O campo aberto, livre dos pinheiros, permitia que a tímida luz solar ultrapasse as nuvens mais finas e energizasse de alguma forma o cósmico Pokémon. Por outro lado, o familiar mágico da coordenadora parecia sentir algo no ar, já que olhou desconfiado para todos os lados, depois seguiu rumo à floresta.
- Litten! Pra onde você vai? - disse ao segui-lo. - Que isso?
Amorina via uma pequena pilha de neve derreter lentamente com a presença de Litten, revelando uma camada rígida de um baú vermelho com detalhes amarelados. Ao puxar o tesouro, ela destravou o objeto e viu uma coleção de pequenas moedinhas dentro dela. O formato não engava ninguém: eram Ghimmighoul Coins, necessárias para que um Pokémon muito especial feito do mais puro ouro tomasse sua forma completa. Como uma magnata e entusiasta de fazer valer seu sobrenome Dourado, ela precisava reunir o suficiente para sua conquista.
- Bom trabalho, pequeno - disse ao alisar o pelo do felino. - Só me questiono como conseguiu pressentir esse item.
A teoria inicial da coordenadora era de que o Pokémon tinha usado a magia sombria que habitava o corpo para se alinhar com as moedas de energia fantasmagórica, pois apesar de ser um baú cheio de ouro, estava bem leve. Aquilo dava arrepios na adolescente, mas logo passavam quando ela viu uma Christmas Coin jogada numa pilha de neve, onde inclusive aproveitou a oportunidade para moldar uma delas e guardar num tubo junto com as demais que tinha coletado.
- Pra Casa da Lareira? - questionou aos Pokémon ao se reunir a eles, que confirmaram. - Sigam-me! - animou, liderando a passagem de retorno, que dessa vez não seria guiada por ninguém.
Durante essa trilha, o grupo foi surpreendido por gloriosos Pokémon que corriam entre os pinheiros mais distantes, principalmente bandos de Deerling e alguns núcleos de Alolan Vulpix, embora essas últimas sempre conseguiam se esgueirar pela neve e sumirem de vista tão rápido quanto surgiram. Depois de minutos de caminhadas, com algumas pausas para observação e fotos, eles finalmente chegaram ao lago. Diferentemente da primeira vez que Amorina tinha vindo para auxiliar os funcionários da Casa da Lareira, as barraquinhas estavam bem cheias e totalmente decoradas, margeando o lago que tinha um gelo firme. Diversas pessoas já estavam patinando no lugar com os Pokémon, o que era algo que fazia a magnata sorrir.
- Essa primeira barraca aluga o equipamento de patinação, caso vocês não tenham trazido o de vocês. Apenas para seu conhecimento: o gelo é bem firme, então não se preocupem com o número de pessoas no lago. De qualquer forma, em caso de emergência, há uma barraca médica à cada dez barraquinhas que circulam o lago! - comentou o homem, ao apontar que as de tenda branca eram as alas emergenciais. - Haverão grupos transitando o dia todo para ir e voltar da Casa da Lareira. Para quem quiser se aventurar sozinho, não esqueça de observar as placas. Aproveitem as festividades! - finalizou o Ranger com um largo sorriso, antes de retornar ao posto de descanso.
Talvez fosse o próprio vislumbre em ver as águas dançando sob o gelo, talvez pelo próprio esquecimento, mas Amorina deixava de lado o fato de que deveria caçar o dono do item perdido e simplesmente embarcava na ideia de patinar graciosamente pelo gelo. A tarefa, contudo, se mostrava mais difícil do que parecia. Brionne e Carbink se libertavam, mantendo um ótimo equilíbrio na superfície gélida, enquanto Gastly e Pumpkaboo caçoavam da treinadora antes de auxiliá-la no próprio equilíbrio. Com o tempo, a coordenadora conseguia manter o foco e ficar em cima da lâmina que a fazia deslizar, fazendo apenas algumas voltas pequenas numa área no lago.
Se sentindo mais ousada, Amorina fez sinal para que os fantasmas a guiassem até mais próximo do centro do lago, já que havia uma pequena comoção se formando ao redor dele. Lá, ela encontrou uma graciosa jovem de cabelo verde e roupa requintada, realizando manobras graciosas e ousadas enquanto todos assistiam boquiabertos o domínio que ela possuía. A garota ainda segurava um cetro enfeitado, parecendo ser capaz da manipular algumas luzes que imitavam a aurora boreal abaixo dos pés, tudo numa conjuntura que fazia sentido o comentário de uma turista:
- Ela é a Rainha do Lago. Dizem que ainda ninguém conseguiu se apresentar melhor do que ela na neve.
A coordenadora sabia que de fato jamais seria capaz de derrotar alguém que já tinha aquela prática, mas isso não significava que ela não iria tentar. Assim, só lhe restava continuar treinando o equilíbrio na patinação antes de chegar o fatídico dia. A atenção da coordenadora inclusive era roubada quando o RotomPhone deslizou de seu bolso e flutuou em sua frente, indicando que o dono da identidade foi detectado por perto. Colocando as duas mãos no aparelho, ela processou que Pumpkaboo e Gastly tinham ficado intangíveis à alguns minutos atrás, deixando-a patinar por conta própria.
- Vocês deram sorte. Se eu tivesse caído aqui, teriam que me levar arrastada - comentou, imaginando que fingiria desmaio para conter a vergonha. - Mas agora fiquem perto. Encontrei o dono do item.
Popplio e Carbink se esforçaram pra acompanhar a coordenadora, enquanto Pumpkaboo ficava do lado direito da dona para ela se apoiar nas vezes em que cambaleava. Para o azar dela, o GPS dizia que ela estava próxima do dono, mas havia uma verdadeira multidão dançando ao ritmo de uma música que era tocada por um RotomDrone. O único jeito dela encontrar o dono do item seria adentrar a dança de casais.
- Ei! Quer dançar? - ofereceu para um garoto que estava apenas assistindo. - Ótimo, vamos! - exclamou ao dar a mão para ele e puxá-lo para a pista.
O garoto arregalou os olhos com a atitude, mas ele parecia ser muito bom na patinação ao se recuperar com facilidade e ainda estabilizar Amorina. Com a música festiva, eles não precisavam fazer voltas e nem manobras rápidas, bastava seguir a dança de mãos dadas. A coordenadora notou o menino corando levemente, mas torceu que fosse apenas o frio. Com a mão livre, ela espionou a identidade perdida e viu a foto: tratava-se de uma mulher de cabelo vermelho-escuro. Com aquele detalhe, não foi difícil encontrá-la entre os dançarinos. Infelizmente ela estava dançando com um outro homem, o que dificultaria seu trabalho.
- TROCANDO CASAIS! - gritou na esperança de conseguir fazer todos aderirem.
Dito e feito: os parceiros fazia uma volta em seus pares e lançava para a pessoa mais próxima. Amorina saía de um adolescente para dançar com uma criança. Ela até se sentiu humilhada quando o garotinho a rodeou duas vezes antes de dar a mão para ela e continuar a patinação. Com o ritmo acelerado, ela precisava se aproximar mais da dona da identidade para conseguir uma dança com ela.
- DESTROCANDO CASAIS! - gritou outra mulher.
Amorina então viu o garotinho deslizar pelo meio da pista pra retornar para a própria parceira, enquanto o garoto que ela tinha "sequestrado" para a dança fez a mesma coisa. Aquela tarefa parecia bem mais difícil que parecia, mas quando a musica encerrou e uma mais agitada começou, todos soltaram as mãos e começaram a patinar de forma autônoma. Num impulso rápido, a coordenadora seguiu reto na direção da mulher de cabelos vermelhos, que a segurou pelos braços e reduziu gradativamente a velocidade.
- Ei! Fique tranquila, eu estou segurando você - disse a mulher.
- Obrigada. Eu acho que ainda não controlo muito bem a velocidade nisso.
- Se inscreva nas aulas da Rainha do Lago. Ela oferta monitoria gratuita pra iniciantes - retrucou a mulher.
- Vou pensar nisso, obrigada pela recomendação - disse, sacando a identidade. - Isso por acaso é seu?
- Então estava com você - disse ao puxar o documento. - É notável que tenha me encontrado!
- Estou devolvendo em nome da Casa da Lareira. De qualquer forma, tinha o número do seu RotomID no verso - esclareceu por fim.
Com o trabalho concluído e a diversão garantida na patinação, Amorina achou que era melhor retornar à Casa da Lareira e avisar a enfermeira Joy sobre seu progresso. Quando ela chegou na margem do lago, pôde liberar Litten e Solrock para também darem uma olhada no lago antes deles irem embora, já que o calor de seus corpos poderia derreter a camada de gelo. O campo aberto, livre dos pinheiros, permitia que a tímida luz solar ultrapasse as nuvens mais finas e energizasse de alguma forma o cósmico Pokémon. Por outro lado, o familiar mágico da coordenadora parecia sentir algo no ar, já que olhou desconfiado para todos os lados, depois seguiu rumo à floresta.
- Litten! Pra onde você vai? - disse ao segui-lo. - Que isso?
Amorina via uma pequena pilha de neve derreter lentamente com a presença de Litten, revelando uma camada rígida de um baú vermelho com detalhes amarelados. Ao puxar o tesouro, ela destravou o objeto e viu uma coleção de pequenas moedinhas dentro dela. O formato não engava ninguém: eram Ghimmighoul Coins, necessárias para que um Pokémon muito especial feito do mais puro ouro tomasse sua forma completa. Como uma magnata e entusiasta de fazer valer seu sobrenome Dourado, ela precisava reunir o suficiente para sua conquista.
- Bom trabalho, pequeno - disse ao alisar o pelo do felino. - Só me questiono como conseguiu pressentir esse item.
A teoria inicial da coordenadora era de que o Pokémon tinha usado a magia sombria que habitava o corpo para se alinhar com as moedas de energia fantasmagórica, pois apesar de ser um baú cheio de ouro, estava bem leve. Aquilo dava arrepios na adolescente, mas logo passavam quando ela viu uma Christmas Coin jogada numa pilha de neve, onde inclusive aproveitou a oportunidade para moldar uma delas e guardar num tubo junto com as demais que tinha coletado.
- Pra Casa da Lareira? - questionou aos Pokémon ao se reunir a eles, que confirmaram. - Sigam-me! - animou, liderando a passagem de retorno, que dessa vez não seria guiada por ninguém.
Baú de Moedas, encontrei o dono do item perdido e não encontrei Envelope.
NPC Nurse Joy.
Brionne | Lv. 30 | 100%
Magical Litten | Lv. 26 | 100%
Pure Solrock | Lv. 20 | 100%
Frost Gastly | Lv. 25 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 22 | 100%
Nível médio: 23
Exp Share desativado.
Itemfinder: (8/10)
Pickup: (2/2) [2/3 usos]
Christmas Coins: (2/5)
Snowball: (4/4) [0/10 para nova colheita]
Icy Seed: (1/1) [6/10 para nova colheita]
White Apricorn: (2/2) [2/10 para nova colheita]
Rabuta Berry: (2/2) [3/10 para nova colheita]
Yache Berry: (2/2) [1/10 para nova colheita]
- Missões Ativas:
Christmas Coins [4/7]: Experimentou doces típicos e ajudou na decoração! Ajudou nas Decorações! Construiu um Boneco de Neve! Patinou no lago congelado!
Christmas Book: 50% de chance de encontrar 1 Christmas Envelope após cada evento.Encontrados e Devolvidos (Nurse Joy): 50% de chance de encontrar o dono dos itens perdidos (3 de 3 entregues).
- Informações Relevantes:
- Encontrou o Baú de Moedas com 80 Ghimmighoul Coins.
Patinou na neve da missão "As Christmas Coins", recebendo 1 Christmas Coin.
Encontrou o dono do último item perdido e concluiu a missão "Encontrados e Devolvidos" da Nurse Joy.
Colheu 1 Snowball dos recursos naturais.
Amorina
Na caminhada solitária entre as trilhas da Vila Natal, Amorina colocava muita coisa em perspectiva. Suas ideias transitavam desde sua próxima conquista de fita em Pewter, até a noção de que já fazia quase um ano que estava longe de casa. A maioria dos Pokémon estavam recolhidos, menos Litten, que insistia em ajudar a dona a se aquecer. Em passos lentos, sempre se direcionando pelas placas, ela finalmente retornou à Casa da Lareira no fim da tarde.
- Bem-vinda de volta - comentou a enfermeira Joy, que varria o chão do saguão próximo à enfermaria. - Teve sorte na devolução dos itens?
- Pode crer! - disse num sorriso forçado para esconder a exaustão. - Todo mundo foi pro lago hoje? - questionou ao notar que havia pouquíssimas pessoas rondando a lareira.
- Algumas atrações estavam atrasadas, mas agora que abriram estão a todo vapor. Além disso, explorar a área entre os pinheiros parece mais emocionante do que ficar o dia todo aqui dentro - respondeu, depois notou Amorina estranhando a sujeira no chão. - É só neve derretida, mas que acumula com pó e acaba ficando uma sujeira ainda maior. Não quero nem ver como estão os dormitórios - completou, suspirando.
- Não há voluntários para limpeza?
- Sim. Mas são poucos e não dão conta de tudo. Acho que estão tentando limpar os quartos da ala Leste nesse momento. Está interessada em se oferecer? - emendou.
Amorina não tinha muita experiência com limpeza de ambientes, já que é uma herdeira de família rica com mais funcionários do que familiares. Mesmo assim, ela sabia reconhecer o sujo do limpo, então bastava que ela fizesse essa transformação para cumprir a tarefa. Comprometida com a causa de auxiliar a enfermeira Joy por mais tempo, ela recebeu as orientações da mulher para encontrar os produtos de limpeza e auxiliar na manutenção da higiene das áreas comuns do saguão.
A magnata começou passando um pano com álcool sob as mesas, retirando pequenos rastros de doces e outras comidas que caíram e formaram uma crosta. Algumas exigiam mais esfregação, mas nada que a garota não fosse capaz de fazer. Para não atrapalhar seu foco, geralmente quando ela encontrava papéis de cartas rabiscadas, envelopes de figurinhas e embalagens de balas em geral, lançava tudo no chão para recolher posteriormente. Quando era encerrou a tarefa de higienizar as superfícies, ela reorganizou as decorações de mesa, sendo principalmente pequenos vasos de pinheiros de natal.
Notando que a enfermeira Joy se aproximava dela, Amorina correu para pegar um saco de lixo e recolheu toda a papelada que jogou no chão. Era surpreendente quantos pacotes de cartas já tinham sido abertos, o que também lembrava a adolescente de que fazia tempo que ela não encontrava nenhum.
- Aí! - gritou quando sentiu algo puxando o saco de lixo, vendo um Grimer absorver o pacote de uma só vez.
- Há alguns Pokémon processando o lixo para que não acabem prejudicando a floresta. Você pode entregar tudo pra esse espertinho, ele não se importa de consumir - comentou a enfermeira.
Com a opinião profissional de uma especialista em Pokémon, agora a coordenadora retirava tudo que achava inútil do chão e dos bancos para que Grimer comesse sem problemas. No final, ela descobria uma função muito interessante naquelas criaturas. Quando tudo que pertencia ao saguão foi limpo, Amorina recolheu as xícaras e canecas de bebidas que foram largadas e levou até a cozinha, onde eles se responsabilizaram em lavar a louça, mesmo que estivessem ocupados fazendo comida. A todo momento, ela tentou espiar se encontrava Siebold entre os chefes, mas sem sucesso.
Antes de anunciar para Joy que tinha terminado o serviço, Amorina viu Grimer choramingando ao cobrir o rosto. Seguindo a direção da qual ele veio, ela notou que uma das latas de lixo estava "tremendo". Não era incomum que selvagens invadissem as lixeiras em busca de comida e, considerando o ingresso de Nacli, tudo era possível. À passos silencioso, ela levantou parcialmente a tampa do lixo, mas logo alertou o felino que saltou da lixeira e afiou as unhas para atacar a adolescente. Num movimento de defesa da dona, Litten se libertou da pokébola e deu um encontrão para repelir o ataque sorrateiro.
- O lixo está se tornando um problema maior que eu pensava - comentou a Joy, que assistiu ao combate. - Vou levar esse pequenino para a enfermaria e ver se conseguimos abrigá-lo em outro lugar.
- Pois é. Sei que eles são inocentes pois estão com fome, mas é complicado tê-los bagunçando em áreas comuns.
- Quem sabe eu não coloque uma campanha para chamar atenção de quem esteja sujando. Acho que será mais atrativo do que convidá-los para ajudar na limpeza - brincou a enfermeira. - Mas vá descansar, Amorina. Você já me ajudou bastante. Deixe um pouco de serviço para mais pessoas gentis como você.
Apesar de ter concordado com a fala da enfermeira, enquanto fazia o caminho de volta até o dormitório, Amorina fez diversas pausas para recolher o lixo que encontrou pelas áreas comuns que passou e colocar no lugar certo. Era surpreendente o quanto de gente sem noção tinha surgido para prejudicar a higiene local, mas o que a confortava era o fato de poder ajudar sempre que possível em manter tudo em ordem.
Com o corpo cansado, mas a mente à milhão, Amorina deitou na cama e abriu o próprio Christmas Book. Para sua surpresa, havia um pacotinho de figurinha dentro dele, o qual ela tinha certeza que não havia antes. Mesmo assim, ela abriu e encontrou uma figurinha de Bronzong, novíssima para sua coleção. Ainda que estivesse longe de completar, era animador ver as páginas sendo completas pouco a pouco. "Pump-ka!" fez um barulho estranho, fazendo a coordenadora abaixar o caderno e ver que Pumpkaboo estava com uma Tamato Berry entre os dentes.
- Ora, você está muito eficiente, não é mocinho? - elogiou, fazendo um carinho na abóbora gigante e recolher a fruta. - Vem, gente, vamos assistir alguma coisa antes de dormir - emendou ao se aconchegar como podia na cama para abrigar todos os Pokémon e ligar uma série no RotomPhone.
- Bem-vinda de volta - comentou a enfermeira Joy, que varria o chão do saguão próximo à enfermaria. - Teve sorte na devolução dos itens?
- Pode crer! - disse num sorriso forçado para esconder a exaustão. - Todo mundo foi pro lago hoje? - questionou ao notar que havia pouquíssimas pessoas rondando a lareira.
- Algumas atrações estavam atrasadas, mas agora que abriram estão a todo vapor. Além disso, explorar a área entre os pinheiros parece mais emocionante do que ficar o dia todo aqui dentro - respondeu, depois notou Amorina estranhando a sujeira no chão. - É só neve derretida, mas que acumula com pó e acaba ficando uma sujeira ainda maior. Não quero nem ver como estão os dormitórios - completou, suspirando.
- Não há voluntários para limpeza?
- Sim. Mas são poucos e não dão conta de tudo. Acho que estão tentando limpar os quartos da ala Leste nesse momento. Está interessada em se oferecer? - emendou.
Amorina não tinha muita experiência com limpeza de ambientes, já que é uma herdeira de família rica com mais funcionários do que familiares. Mesmo assim, ela sabia reconhecer o sujo do limpo, então bastava que ela fizesse essa transformação para cumprir a tarefa. Comprometida com a causa de auxiliar a enfermeira Joy por mais tempo, ela recebeu as orientações da mulher para encontrar os produtos de limpeza e auxiliar na manutenção da higiene das áreas comuns do saguão.
A magnata começou passando um pano com álcool sob as mesas, retirando pequenos rastros de doces e outras comidas que caíram e formaram uma crosta. Algumas exigiam mais esfregação, mas nada que a garota não fosse capaz de fazer. Para não atrapalhar seu foco, geralmente quando ela encontrava papéis de cartas rabiscadas, envelopes de figurinhas e embalagens de balas em geral, lançava tudo no chão para recolher posteriormente. Quando era encerrou a tarefa de higienizar as superfícies, ela reorganizou as decorações de mesa, sendo principalmente pequenos vasos de pinheiros de natal.
Notando que a enfermeira Joy se aproximava dela, Amorina correu para pegar um saco de lixo e recolheu toda a papelada que jogou no chão. Era surpreendente quantos pacotes de cartas já tinham sido abertos, o que também lembrava a adolescente de que fazia tempo que ela não encontrava nenhum.
- Aí! - gritou quando sentiu algo puxando o saco de lixo, vendo um Grimer absorver o pacote de uma só vez.
- Há alguns Pokémon processando o lixo para que não acabem prejudicando a floresta. Você pode entregar tudo pra esse espertinho, ele não se importa de consumir - comentou a enfermeira.
Com a opinião profissional de uma especialista em Pokémon, agora a coordenadora retirava tudo que achava inútil do chão e dos bancos para que Grimer comesse sem problemas. No final, ela descobria uma função muito interessante naquelas criaturas. Quando tudo que pertencia ao saguão foi limpo, Amorina recolheu as xícaras e canecas de bebidas que foram largadas e levou até a cozinha, onde eles se responsabilizaram em lavar a louça, mesmo que estivessem ocupados fazendo comida. A todo momento, ela tentou espiar se encontrava Siebold entre os chefes, mas sem sucesso.
Antes de anunciar para Joy que tinha terminado o serviço, Amorina viu Grimer choramingando ao cobrir o rosto. Seguindo a direção da qual ele veio, ela notou que uma das latas de lixo estava "tremendo". Não era incomum que selvagens invadissem as lixeiras em busca de comida e, considerando o ingresso de Nacli, tudo era possível. À passos silencioso, ela levantou parcialmente a tampa do lixo, mas logo alertou o felino que saltou da lixeira e afiou as unhas para atacar a adolescente. Num movimento de defesa da dona, Litten se libertou da pokébola e deu um encontrão para repelir o ataque sorrateiro.
vs
- Obrigada, querido. Pegue! - disse ao expor o Lucky Egg para o felino. - Bulk Up! Vamos encerrar isso rápido.
Meowth notava as intenções de seu adversário, por isso foi bem rápido em saltar para perto de Litten e dar um golpe em falso, seguido de um ataque sujo que empurrou o familiar mágico para trás (Fake Out). Graças ao susto, Litten ficava sem se mover imediatamente, mas ficava furioso quando se recuperou.
- A provocação dele não será suficiente. Vamos de ofensiva... Darkest Lariat!
As patas dianteiras de Litten se imbuíam em chamas laranja-escuro com as bordas em tom preto, depois o Pokémon se lançou numa bola de canhão contra o alvo, jogando-o para trás. Meowth se levantava com dificuldade pelos ferimentos que sofria, parecendo surpreso com o potencial ofensivo do inicial. Em resposta, ele reluziu a moeda que tem no meio da testa e golpeou Litten com ela, causando alguns danos (Headbutt).
- Finalize-o com o mesmo golpe!
Por mais doce que fora a criação de Litten, sua parte sombria ainda o fazia se divertir com o sofrimento alheio. Ao notar que Meowth já estava exausto para continuar a batalha, o felino não sentiu pena e carregou o potencial máximo das chamas sombrias para dar o golpe giratório. Por sorte, o selvagem era lançado contra uma das poltronas almofadadas dispostas pelo saguão, desmaiado.
- Batalha:
Litten | Blaze | Lv. 26 @ Lucky Egg [Vel. 59]
x
Meowth | Pickup | Lv. 23 @ Nenhum [Vel. 53]
Turno 1
Meowth usou Fake Out (-13%)
Litten está assustado
Litten | 87%
x
Meowth | 100%
____________________________
Turno 2
Litten usou Darkest Lariat (-93%)
Meowth usou Headbutt (-21%)
Litten | 66%
x
Meowth | 7%
____________________________
Turno 3
Litten usou Darkest Lariat (-7%)
Litten | 66%
x
Meowth | 0%
- O lixo está se tornando um problema maior que eu pensava - comentou a Joy, que assistiu ao combate. - Vou levar esse pequenino para a enfermaria e ver se conseguimos abrigá-lo em outro lugar.
- Pois é. Sei que eles são inocentes pois estão com fome, mas é complicado tê-los bagunçando em áreas comuns.
- Quem sabe eu não coloque uma campanha para chamar atenção de quem esteja sujando. Acho que será mais atrativo do que convidá-los para ajudar na limpeza - brincou a enfermeira. - Mas vá descansar, Amorina. Você já me ajudou bastante. Deixe um pouco de serviço para mais pessoas gentis como você.
Apesar de ter concordado com a fala da enfermeira, enquanto fazia o caminho de volta até o dormitório, Amorina fez diversas pausas para recolher o lixo que encontrou pelas áreas comuns que passou e colocar no lugar certo. Era surpreendente o quanto de gente sem noção tinha surgido para prejudicar a higiene local, mas o que a confortava era o fato de poder ajudar sempre que possível em manter tudo em ordem.
Com o corpo cansado, mas a mente à milhão, Amorina deitou na cama e abriu o próprio Christmas Book. Para sua surpresa, havia um pacotinho de figurinha dentro dele, o qual ela tinha certeza que não havia antes. Mesmo assim, ela abriu e encontrou uma figurinha de Bronzong, novíssima para sua coleção. Ainda que estivesse longe de completar, era animador ver as páginas sendo completas pouco a pouco. "Pump-ka!" fez um barulho estranho, fazendo a coordenadora abaixar o caderno e ver que Pumpkaboo estava com uma Tamato Berry entre os dentes.
- Ora, você está muito eficiente, não é mocinho? - elogiou, fazendo um carinho na abóbora gigante e recolher a fruta. - Vem, gente, vamos assistir alguma coisa antes de dormir - emendou ao se aconchegar como podia na cama para abrigar todos os Pokémon e ligar uma série no RotomPhone.
NPC Nurse Joy.
Lixo da missão & Encontrei envelope
Meowth no Lixo & Figurinha Comum Bronzong
Pickup Berry Aleatória
Tamato Berry & Dados Meowth
Brionne | Lv. 30 | 100%
Magical Litten | Lv. 26 | 100%
Pure Solrock | Lv. 20 | 100%
Frost Gastly | Lv. 25 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 22 | 100%
Nível médio: 23
Exp Share desativado.
Itemfinder: (9/10)
Pickup: (2/2) [3/3 usos]
Christmas Coins: (3/5)
Snowball: (4/4) [1/10 para nova colheita]
Icy Seed: (1/1) [7/10 para nova colheita]
White Apricorn: (2/2) [3/10 para nova colheita]
Rabuta Berry: (2/2) [4/10 para nova colheita]
Yache Berry: (2/2) [2/10 para nova colheita]
- Missões Ativas:
Christmas Coins [4/7]: Experimentou doces típicos e ajudou na decoração! Ajudou nas Decorações! Construiu um Boneco de Neve! Patinou no lago congelado!
Christmas Book: 50% de chance de encontrar 1 Christmas Envelope após cada evento.
- Informações Relevantes:
- Derrotou um Meowth selvagem. Magical Litten recebeu 429 de exp (480/1833).
Concluiu a missão "Limpando a Bagunça" da NPC Nurse Joy.
Encontrou a Figurinha Comum Bronzong.
Encontrou 1 Tamato Berry no Pickup.
Recebeu 1 carga do Transform Battery.
- Ficha Selvagem:
- - Meowth
- Spoiler:
Nome: Meowth #052
Lvl: 23
Exp: 0/??
Sexo: Masculino
Habilidade: Pickup
Item: Nenhum
OT:
Stats:
HP40 Attack 45 Defense 35 Sp.Atk 40 Sp.Def 40 Speed 90 Total 290
Características:
Se Shadow terá +2 em Speed
Este Pokémon pertence ao Sub-Type Cat- Observações & Imunidades:
- Imune a moves do Type Ghost
Ataques:
Fake Out (Cute - 1 Ponto) (inicial)
Growl (Cute - 1 Ponto) (inicial)
Hone Claws (Clever - 2 Pontos) (inicial)
Feint (Cute - 1 Ponto) (inicial)
Scratch (Cute - 1 Ponto) (inicial)
Pay Day (Cute - 1 Ponto) (inicial)
Bite (Clever - 1 Ponto) (lvl 8)
Covet (Cute - 1 Ponto) (lvl 12)
Taunt (Clever - 1 Ponto) (lvl 16)
Headbutt (Cute - 2 Pontos) (lvl 20)
(Lvl x, local)
Última edição por Amorina em Dom Dez 10, 2023 1:00 pm, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Amorina)
ElliotNightray
Amorina
Com as atrações funcionando a todo vapor, os turistas agora tinham bem mais coisas para fazer, por isso sempre chegavam exaustos no quarto. Quando não iam dormir diretamente, eles apenas ficavam no RotomPhone até desmaiarem pelo fim da própria energia diária. Amorina era grata a isso, porém por algum motivo ainda tinha despertado na madrugada daquele dia, sem sono. Recolhendo todos os Pokémon que a rodeava, ela se ajeitava de forma correta na cama, embora sentisse algo estranho no ar.
No sonho em que tivera, ela reviveu um dia de Natal em Alola, onde seus pais alugaram um navio cargueiro para fazer o maior show de fogos no meio do mar de Seafolk Vilage. O pretexto era de que os Dourados estavam celebrando um ano de sucesso e prosperidade, mas na verdade, estavam apenas tentando compensar o final de ano que não passaram ao lado de Amorina. A lembrança era tão vívida, que ela até mesmo se lembrou de como ficou animada com a chuva de cores no céu, até se lembrar que estivera sozinha a noite toda dentro da mansão da família. Ela não culpava os pais, afinal, era a Premiere de um dos filmes mais famosos de sua mãe lançados na época, mas a solidão era difícil de esquecer facilmente.
Com aqueles pensamentos, a coordenadora lacrimejou sozinha ao esconder o rosto na coberta, incapaz de voltar a dormir em pensar que estava revivendo aquele dia. Depois de minutos deixando as lágrimas lavarem sua alma, a magnata se levantou em silêncio e foi até o saguão da Casa da Lareira. Pela primeira vez, ela estava verdadeiramente sozinha no espaço comunitário, pois nem mesmo a enfermeira Joy estava ocupando seu posto no balcão. Ela não tinha planos de como mataria tempo até querer voltar a relaxar e dormir, mas quando avistou os cartõezinhos de natal dispostos numa mesa, ela logo sacou um deles e pegou a caneta.
A coordenadora dava um sorriso bobo com aquela finalização, pois era uma brincadeira que seus pais faziam no passado. Mas ele se desmanchou bem rápido. Apesar das palavras bonitas, elas não apagavam o fato da solidão que a coordenadora tinha e que agora retornava a ser expelido dela. Sem pessoas por perto, a magnata não conteve o choro, apenas escondeu o rosto entre os braços apoiados na mesa para caso alguém surgisse de surpresa. Recuperando-se gradativamente ao respirar fundo, ela espiou pela janela congelada e avistou um brilho amarelado cobrindo o céu, embora ela não conseguia ver sua origem.
Correndo para o lado de fora, ela arregalou os olhos quando viu o rastro de uma estrela cadente cruzar o céu, deixando partículas douradas caírem lentamente como neve, embora desaparecesse antes de tocar o chão. Colocando as mãos juntas, a menina mentalizava seu pedido: "Que meus pais venham aproveitar o final de ano comigo", mas não ousou verbalizar. Na verdade, ela se sentia culpada em imaginar um pedido egoísta, já que eles tinham os próprios compromissos. Quando ela retornou os olhos aos céus, a estrela já tinha passado.
- Ora, que peninha. Talvez no ano que vem - disse uma voz levemente infantil que ecoou na mente da garota.
- Pois é. Você conseguiu fazer o pedido? - questionou inconscientemente e sem olhar para a origem do som, pois tentava fingir que não chorava.
- Hi hi... eu não faço pedidos. Eu os concedo! - animou a criatura branca.
Amorina então se virou e se deparou com a criatura lendária com que conversava: Jirachi. O psíquico flutuava inocentemente perto dela, encarando o local em que a estrela cadente havia atravessado. Ao notar que a coordenadora tinha ficado boquiaberta, ele deu um sorrisinho e continuou:
- Eu tenho telepatia, mas acho mais legal que verbalizem o pedido. Mas parece que você tem dúvida quanto ao que quer.
- Ahn?! Então... você sabia o que eu ia pedir? - questionou, corando com a resposta positiva. - Eu não poderia. Papai e mamãe já fizeram muito por mim. Embora eu quisesse eles por perto, seria ignorar o que eles querem.
- Mas pedir qualquer coisa é melhor do que pedir nada. Vamos lá, não tenha medo - comentou o lendário animado.
- Estranho. Eu sempre quis tanta coisa, mas agora, tudo parece irrelevante demais para pedir à você - ponderou a coordenadora, que não queria pedir a fama e fortuna que sonhara de forma fácil. - Será que você poderia voltar outro dia? Aliás... Jasmine está animada para te conhecer. Creio que conheça ela.
- Já vi uma pessoa pedir três desejos. Bem doidinha. Mas você não querer nada me parece ainda pior - pensou o Pokémon, embora não tivesse quebrado a conexão com a adolescente. - Jasmine terá o momento dela, quando precisar de mim. Agora estou aqui por você, Amorina. Não se acanhe, faça um pedido! - continuou o lendário, aparentemente moldando a personalidade para mais teatral, buscando retirar algo da adolescente.
- Você é bem insistente né? Mas... ok. Deixe-me apenas confirmar uma coisa - comentou ao elevar o RotomPhone, deixando que o aparelho vibrasse e soltasse brilhinhos na tela quando detectou o lendário. - Ai vai meu pedido então... que daqui pra frente, só exista abundância e felicidade em meu caminho!
- Um pedido abstrato. Mas para sua sorte, meus poderes psíquicos poderão prever o que você considera sendo essas duas palavras!
O Pokémon então flutuou mais alto no céu, abrindo os olhos no meio de sua barriga, que tinha um brilho forte ao seu redor. Na frente dele, surgia uma esfera de brilho dourado, que foi disparado com rapidez para o alto, fazendo o mesmo efeito que a estrela cadente vista anteriormente. Quando atingiu uma altíssima altura, a esfera se explodiu criando ainda mais efeitos de fogos de artifício no céu, onde inclusive o lendário havia desaparecido. Conforme caíam, as partículas brilhantes se transfiguravam em gemas preciosas e um fragmento de um item misterioso que foi amortecido na neve.
- Obrigada, Jirachi. Que você tenha um bom final de ano também - agradeceu para os céus, sorrindo ainda mais quando uma estrela piscou mais intensamente após a fala dela.
Amorina recolheu os itens do chão, embora não reconhecesse o que parecia ser o fragmento de um item especial que fora lançado junto com os demais, depois correu para dentro ao sentir o frio começar a doer em seus ossos. A coordenadora fez uma rápida pausa na beira da lareira para se aquecer antes de seguir para o quarto, onde encontrou as frutinhas completamente maduras no Berry Pot, com duas Dark Gem do lado dela. Provavelmente Carbink terminou de produzir e deixou as pedrinhas para serem vistas pela dona, ou talvez fosse o pedido de abundância se tornando realidade. Depois de recolher tudo, ela tombou na cama e encarou a carta que tinha escrito.
- Desculpa - sussurrou, antes de amassar o cartão e jogá-lo na bolsa, voltando a dormir.
No sonho em que tivera, ela reviveu um dia de Natal em Alola, onde seus pais alugaram um navio cargueiro para fazer o maior show de fogos no meio do mar de Seafolk Vilage. O pretexto era de que os Dourados estavam celebrando um ano de sucesso e prosperidade, mas na verdade, estavam apenas tentando compensar o final de ano que não passaram ao lado de Amorina. A lembrança era tão vívida, que ela até mesmo se lembrou de como ficou animada com a chuva de cores no céu, até se lembrar que estivera sozinha a noite toda dentro da mansão da família. Ela não culpava os pais, afinal, era a Premiere de um dos filmes mais famosos de sua mãe lançados na época, mas a solidão era difícil de esquecer facilmente.
Com aqueles pensamentos, a coordenadora lacrimejou sozinha ao esconder o rosto na coberta, incapaz de voltar a dormir em pensar que estava revivendo aquele dia. Depois de minutos deixando as lágrimas lavarem sua alma, a magnata se levantou em silêncio e foi até o saguão da Casa da Lareira. Pela primeira vez, ela estava verdadeiramente sozinha no espaço comunitário, pois nem mesmo a enfermeira Joy estava ocupando seu posto no balcão. Ela não tinha planos de como mataria tempo até querer voltar a relaxar e dormir, mas quando avistou os cartõezinhos de natal dispostos numa mesa, ela logo sacou um deles e pegou a caneta.
"Amados Mãe e Pai.
Sei que cartas já são ultrapassadas, mas acho que o Natal tem a mania de reviver coisas simples e torná-las mágicas, por isso escolhi essa forma pra conversar com vocês nesse final de ano. Como têm passado? Espero que os negócios estejam bem e as produções cinemáticas também. Hoje a noite sonhei com aquela vez que um cargueiro soltou fogos em minha homenagem, depois lembrei que nunca agradeci por isso. Obrigada!
Eu sinto falta de vocês, mas fico feliz que respeitaram minha trajetória nessa jornada. Mal posso esperar para reencontrá-los qualquer dia desses. Fiquem bem, cuidando um do outro.
Com Amor, ina."
A coordenadora dava um sorriso bobo com aquela finalização, pois era uma brincadeira que seus pais faziam no passado. Mas ele se desmanchou bem rápido. Apesar das palavras bonitas, elas não apagavam o fato da solidão que a coordenadora tinha e que agora retornava a ser expelido dela. Sem pessoas por perto, a magnata não conteve o choro, apenas escondeu o rosto entre os braços apoiados na mesa para caso alguém surgisse de surpresa. Recuperando-se gradativamente ao respirar fundo, ela espiou pela janela congelada e avistou um brilho amarelado cobrindo o céu, embora ela não conseguia ver sua origem.
Correndo para o lado de fora, ela arregalou os olhos quando viu o rastro de uma estrela cadente cruzar o céu, deixando partículas douradas caírem lentamente como neve, embora desaparecesse antes de tocar o chão. Colocando as mãos juntas, a menina mentalizava seu pedido: "Que meus pais venham aproveitar o final de ano comigo", mas não ousou verbalizar. Na verdade, ela se sentia culpada em imaginar um pedido egoísta, já que eles tinham os próprios compromissos. Quando ela retornou os olhos aos céus, a estrela já tinha passado.
- Ora, que peninha. Talvez no ano que vem - disse uma voz levemente infantil que ecoou na mente da garota.
- Pois é. Você conseguiu fazer o pedido? - questionou inconscientemente e sem olhar para a origem do som, pois tentava fingir que não chorava.
- Hi hi... eu não faço pedidos. Eu os concedo! - animou a criatura branca.
Amorina então se virou e se deparou com a criatura lendária com que conversava: Jirachi. O psíquico flutuava inocentemente perto dela, encarando o local em que a estrela cadente havia atravessado. Ao notar que a coordenadora tinha ficado boquiaberta, ele deu um sorrisinho e continuou:
- Eu tenho telepatia, mas acho mais legal que verbalizem o pedido. Mas parece que você tem dúvida quanto ao que quer.
- Ahn?! Então... você sabia o que eu ia pedir? - questionou, corando com a resposta positiva. - Eu não poderia. Papai e mamãe já fizeram muito por mim. Embora eu quisesse eles por perto, seria ignorar o que eles querem.
- Mas pedir qualquer coisa é melhor do que pedir nada. Vamos lá, não tenha medo - comentou o lendário animado.
- Estranho. Eu sempre quis tanta coisa, mas agora, tudo parece irrelevante demais para pedir à você - ponderou a coordenadora, que não queria pedir a fama e fortuna que sonhara de forma fácil. - Será que você poderia voltar outro dia? Aliás... Jasmine está animada para te conhecer. Creio que conheça ela.
- Já vi uma pessoa pedir três desejos. Bem doidinha. Mas você não querer nada me parece ainda pior - pensou o Pokémon, embora não tivesse quebrado a conexão com a adolescente. - Jasmine terá o momento dela, quando precisar de mim. Agora estou aqui por você, Amorina. Não se acanhe, faça um pedido! - continuou o lendário, aparentemente moldando a personalidade para mais teatral, buscando retirar algo da adolescente.
- Você é bem insistente né? Mas... ok. Deixe-me apenas confirmar uma coisa - comentou ao elevar o RotomPhone, deixando que o aparelho vibrasse e soltasse brilhinhos na tela quando detectou o lendário. - Ai vai meu pedido então... que daqui pra frente, só exista abundância e felicidade em meu caminho!
- Um pedido abstrato. Mas para sua sorte, meus poderes psíquicos poderão prever o que você considera sendo essas duas palavras!
O Pokémon então flutuou mais alto no céu, abrindo os olhos no meio de sua barriga, que tinha um brilho forte ao seu redor. Na frente dele, surgia uma esfera de brilho dourado, que foi disparado com rapidez para o alto, fazendo o mesmo efeito que a estrela cadente vista anteriormente. Quando atingiu uma altíssima altura, a esfera se explodiu criando ainda mais efeitos de fogos de artifício no céu, onde inclusive o lendário havia desaparecido. Conforme caíam, as partículas brilhantes se transfiguravam em gemas preciosas e um fragmento de um item misterioso que foi amortecido na neve.
- Obrigada, Jirachi. Que você tenha um bom final de ano também - agradeceu para os céus, sorrindo ainda mais quando uma estrela piscou mais intensamente após a fala dela.
Amorina recolheu os itens do chão, embora não reconhecesse o que parecia ser o fragmento de um item especial que fora lançado junto com os demais, depois correu para dentro ao sentir o frio começar a doer em seus ossos. A coordenadora fez uma rápida pausa na beira da lareira para se aquecer antes de seguir para o quarto, onde encontrou as frutinhas completamente maduras no Berry Pot, com duas Dark Gem do lado dela. Provavelmente Carbink terminou de produzir e deixou as pedrinhas para serem vistas pela dona, ou talvez fosse o pedido de abundância se tornando realidade. Depois de recolher tudo, ela tombou na cama e encarou a carta que tinha escrito.
- Desculpa - sussurrou, antes de amassar o cartão e jogá-lo na bolsa, voltando a dormir.
Missão "Desejo à Estrela"
Fragmento de Mytho Core & Próxima Gem Carbink.
Brionne | Lv. 30 | 100%
Magical Litten | Lv. 26 | 100%
Pure Solrock | Lv. 20 | 100%
Frost Gastly | Lv. 25 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 22 | 100%
Nível médio: 23
Exp Share desativado.
Itemfinder: (10/10)
Christmas Coins: (4/5)
Snowball: (4/4) [2/10 para nova colheita]
Icy Seed: (1/1) [8/10 para nova colheita]
White Apricorn: (2/2) [4/10 para nova colheita]
Rabuta Berry: (2/2) [5/10 para nova colheita]
Yache Berry: (2/2) [3/10 para nova colheita]
- Missões Ativas:
Christmas Coins [4/7]: Experimentou doces típicos e ajudou na decoração! Ajudou nas Decorações! Construiu um Boneco de Neve! Patinou no lago congelado!
Christmas Book: 50% de chance de encontrar 1 Christmas Envelope após cada evento.
- Informações Relevantes:
- Completou a missão "Desejo à Estrela", onde encontrou o lendário Jirachi. Recebeu 1 Fragmento de Mytho Core, 5 Steel Gem, 5 Psychic Gem e 02 de Fama Global.
Colheu 3 Starf Berry do Berry Pot e recolheu 2 Dark Gem de Carbink (Próxima: Fighting Gem em 17/12/2023).
Ps: Graças à conversa com Jasmine, eu reduzi o requisito da quest de 10 Eventos para 9.
Ártemis
Aprovado
''- Ora, que peninha. Talvez no ano que vem - disse uma voz levemente infantil que ecoou na mente da garota.''
Incrédula, Amorina é mesmo corajosa. Se uma voz infantil falasse comigo no meio da madrugada e eu estivesse sozinha ou eu desmaiava ou corria muito. Parabéns pelo texto, muito bem montado, espero que os pais de Amorina vejam ela esse final de ano, nem que seja por vídeo chamada pelo Rotom Phone.
Ayla Akatsu
| Ficha | Box | Diário | Store |
| Personagens Secundários |
| Mural da Polícia | Relatórios |
| Fazenda |
| Personagens Secundários |
| Mural da Polícia | Relatórios |
| Fazenda |
Amorina
Amorina acordou mais tarde naquela manhã, incerta se devia contar para alguém sobre seu encontro com Jirachi ou devia guardar o momento para si. Por sorte, ela não tinha que lidar com essa indecisão, pois quando se acomodou na cozinha da Casa da Lareira, os únicos comentários de todo mundo era sobre a nevasca que apertou na madrugada e criou uma camada grossa de neve na maioria das trilhas. Para piorar a situação, pouquíssimos turistas estavam dispostos a realmente auxiliar na liberação das trilhas, deixando os Ranger sobrecarregados e incapazes de abrirem as atrações.
- Quanto egoísmo - comentou ao saber os absurdos com a enfermeira Joy.
- A ajuda facilitaria as coisas, mas a maioria realmente veio para curtir o final do ano. Com muito esforço, eles levantam as canecas para beber chocolate quente - brincou a enfermeira. - Vamos passar filmes o dia todo nas telas da Casa da Lareira para que o pessoal se acalme. Enquanto isso, vou ficar fora um tempo para ajudar os Ranger.
- Mas e se surgir algum Pokémon ferido?
- Para os casos de emergência, deixei a enfermaria aberta onde poderão bater o botão que irá me alertar. Se for uma recuperação simples, eles poderão esperar.
- Quer saber, eu cubro você. Não na enfermaria, claro. Vou lá fora com os Ranger - comentou determinada. - Litten e Solrock devem ter descansado o suficiente. Além disso, gelo não é um problema para eles.
A magnata então recebeu uma luva grossa de trabalho da enfermeira Joy antes de seguir para o lado de fora e ver os Ranger tentarem limpar o pavilhão. Nas áreas mais afastadas de aquecedores externos e árvores, eles simplesmente podiam atear fogo com os Pokémon e derreter em segundos o volume de neve. Contudo, quando estavam próximos desses objetos, eles precisavam tomar cuidado para não destruir a fiação e nem causar um incêndio no processo.
- Amorina! - saudou uma das funcionárias da Casa da Lareira. - Não vai me dizer que se ofereceu para ajudar mais uma vez.
- Então eu não digo - brincou, deixando Litten e Solrock serem liberados.
- Bom, então vamos abusar de sua caridade. Está vendo a trilha que leva para o lado Leste? Ela é a mais problemática, então vamos deixar por último. Se você quiser, auxilie o pessoal na liberação da trilha ao Sul. Pensávamos que tinha acabado os turistas, mas Novus já alertou Erika de que dois comboios estão marcados para vir nos próximos dias.
A coordenadora não sabia como reagir aquela notícia, já que a Casa da Lareira, quando cheia, parecia estar realmente entupida de pessoas dividindo o mesmo espaço. Mas ao menos a oportunidade de mais pessoas virem prometia mais ajuda de almas caridosas, então era necessário pensar positivo. Dito isso, Amorina fez uma saudação final para sua "superiora" e seguiu rumo à trilha Sul. Ao encontrar uma bifurcação que não tinha sido trabalhada ainda, ela sinalizou o interesse naquele caminho e se separou dos demais Ranger.
- Vão me ajudar? - questionou para Litten e Solrock.
Para o azar da coordenadora, tanto o felino quanto o cósmico de fogo simplesmente flutuaram para o alto dos pinheiros e lá permaneceram por minutos. Se dando conta de que estava sozinha naquela tarefa, ela começou a forçar a pá contra a neve, lançando para fora do caminho. Enquanto fazia aquilo, ela se questionava se acabaria perdendo seu porte inocente e magro, mas se lembrava que como a temática do Hall de Pewter seria demonstrar uma grande resiliência, ela compreendeu aquilo como um mero pré-requisito para interpretar o papel que assumiria no palco.
Enquanto fazia o próprio trabalho, ela assustou com o Itemfinder apitando em sua mochila, indicando que já havia recarregado. Seguindo as dicas sonoras do aparelho, ela escavou um cantinho no centro da trilha, quase perfurando um pote de mel perdido no meio da neve. Ela sabia que o certo seria devolver o item perdido, mas considerando que uma nevasca assolou a Vila e poucas pessoas realmente quiseram ajudar, Amorina embolsou o item sem nenhuma culpa.
Depois de duas horas de trabalho, ela já tinha limpado doze por cento da trilha e estava tão ofegante que suava dentro da roupa de frio. Quando fazia pequenas "pausas", ela tentava reunir a neve em pilhas ao redor da trilha, buscando criar espaços diversos para que brincassem de construir boneco de neve ou só as usassem como fonte de munição para uma guerra de bola de neve. Quase beirando o almoço, ela olhava nervosa para o pouco progresso que tinha feito, pois numa rápida espiada no trabalho alheio, ela notou que pelo menos sessenta por cento das trilhas foram limpas.
- Finalmente decidiram aparecer. A vista estava boa? - questionou quando Litten e Solrock desceram dos céus, ignorando a ironia da dona.
Sem nem mesmo direcionar qualquer som para a coordenadora, Solrock pulsou o brilho que tinha no corpo como se fosse um coração. Cada vez mais acelerado o brilho, o psíquico se imbuiu em chamas de uma só vez, formando uma perigosa bola de fogo e se disparando em direção ao monte de neve que cobria o restante da trilha. Apesar da preocupação de Amorina em ver os pinheiros em chamas, Litten acompanhou seu aliado correndo e com o peito estufado, fazendo o cinturão sugar as brasas que fugiam do controle de Solrock. Quando chegaram no fim da intersecção que conectava dois caminhos, o felino deixou as chamas do cinturão crepitarem e fez pacientemente o caminho de volta na trilha, derretendo o restante de neve que sobrou nas beiradas como se fosse um aquecedor ambulante.
- Vocês podiam ter feito isso à horas atrás, mas me deixaram aqui sozinha? - reclamou.
Solrock então pela primeira vez entrou em contato com a dona, olhando para o céu com as nuvens abertas e o Sol raiando. Assim, Amorina tentava entender que eles foram tomar um banho de sol prolongado para fortalecerem suas forças flamejantes e limparem tudo de uma só vez, embora o sorrisinho travesso de Litten a fazia duvidar que sua lógica realmente fazia sentido. De qualquer modo, quando os demais Ranger chegaram para buscá-la para o almoço, ficaram surpresos com a eficiência da coordenadora.
No caminho de retorno, uma das Ranger atirou uma bola de neve no colega, que revidou o ataque. Quem tentou rir também levou bolada, começando uma verdadeira guerra de bola de neve dentro da trilha. Amorina correu para se esconder atrás de uma pilha, moldando a neve para formar uma barreira protetiva. Ainda que todos estivessem cansados, a brincadeira dentro da neve fazia seus corpos resfriarem, além de aliviarem tensão que sentiram com o esforço de cavar alguns bons centímetros de neve densa para liberar a trilha.
A coordenadora ainda sentiu um arrepio quando sentiu uma bola de neve bater em suas costas. Ao se virar, ela viu alguns Galarian Darumaka selvagens em bando rindo da cara dela. Em retaliação, uma das Ranger gritava "Nossos amigos não!" antes de tacar uma bola de neve que acertou em cheio um deles. Apesar de todos terem ficado tensos, as criaturinhas gélidas consideraram aquilo um desafio, deixando dois deles construindo uma muralha enquanto os outros três disparavam as bolas de neve contra todos os humanos. A brincadeira estava animada por um bom tempo, até uma sombra surgir entre os pinheiros atrás dos Darumaka e todos os Ranger ficarem estáticos.
- É a Darmanitan matriarca! Corre gente! - gritou a Ranger.
E lá começava a correria do grupo de funcionários para fugir e desviar das estacas de gelo que o Pokémon disparava. Amorina estava nervosa, mas ia se aliviando conforme via os Ranger rindo da situação. Quando eles finalmente escaparam e chegaram no pavilhão da Casa da Lareira, o mais velho deles proclamou:
- Isso... fica... entre nós! - comentou ofegante. - Você também Amorina. Aquela Darmanitan é bem antiga daqui... ela não se convence que os filhos são uns pestinhas. Vale a pena brincar com eles, mas não ouse desafiar ela. Além de ser uma infração ambiental, isso só iria criar complicações com os selvagens.
- Minha boca... é um túmulo - disse ao cair na neve fofa que ainda estava nos arredores.
- Mas aqui. Toma uma prenda, pela ajuda e pelo seu silêncio - concluiu outra Ranger, entregando duas Christmas Coins para a adolescente. - Agora bora almoçar, que o dia ainda vai ser puxado!
Graças aos serviços prestados, os Ranger não precisaram esperar na fila para receberem o almoço e acabaram puxando Amorina com eles. Depois de saborear um delicioso prato quente com carne e legumes temperados, acompanhado por um pão de mel exagerado em chocolate, ela encontrou um Christmas Envelope preso debaixo de sua bandeja. Havia muita expectativa sobre o conteúdo, mas acabava sendo uma figurinha repetida. Ao menos ela sabia que poderia trocar com outras pessoas.
- Amorina. Favor comparecer ao balcão da enfermaria - disse a voz da enfermeira ecoando pelo saguão da Casa da Lareira.
A coordenadora ficou apreensiva, pensando em tudo que fez de errado para ser chamada de forma tão abrupta para o local. "Será que descobriram o pote de mel? Serei considerada uma ladra? Perderei toda a fama que obtive porque tá todo mundo aqui dentro?" refletiu sozinha, até chegar no balcão e ver a enfermeira ainda trabalhando entre as macas.
- Que rápido! - comentou a mulher, organizando alguns novos aparelhos. - Entre aqui, por favor.
A tensão da adolescente só aumentava, mas ela não iria se entregar antes de descobrir se de fato alguém sabia sobre o pote de mel perdido. Contudo, dentro da sala da enfermaria, ela encontrou uma incubadora com um ovo laranja vívido conectado à diversos fiozinhos que checavam seu estado. O painel - infelizmente - simbolizava que não havia sinais vitais dentro dele.
- Ontem depois da tempestade, eu encontrei esse ovo largado bem na porta de entrada. Tinha um recado dizendo que a pessoa não era capaz de eclodi-lo. Tentei conectar os aparelhos para checar, mas tá tudo quieto lá dentro - explicou a enfermeira em tom triste. - Como alguém acha normal deixar um ovo largado no frio extremo do lado externo? E ainda acha que ele simplesmente irá eclodir por um milagre meu.
- Eu... sinto muito. Realmente não tem salvação?
- Honestamente? Estou incerta. O aparelho não tem sinais vitais, mas a coloração é o que me intriga. Esse laranja vívido me diz que ainda tem algo ali dentro esperando para eclodir. Mas, como eu preciso fazer constantes relatórios sobre os pacientes, deixar essa incubadora ocupada com a possibilidade da criatura já ter falecido irá trazer muitos problemas pra mim - comentou, olhando com muita humildade para Amorina. - Sei que pedi demais de você. Talvez até mais do que precisava realmente. Mas, considere esse um presente meu e... um pedido desesperado para salvar uma alma - ponderou, colocando a mão sob a casca do ovo com muito pesar.
- Enquanto houver vida, há esperança. Ficarei com ele até a noite de natal. Se ele despertar, eu venho te trazer novidades. Se não, ainda retornarei para homenagearmos ele - comentou, recebendo o ovo cuidadosamente. - Creio que Pumpkaboo irá entender a situação - comentou ao se dirigir até o Computador para depositar o fantasminha e permanecer com o ovo em sua custódia.
- Quanto egoísmo - comentou ao saber os absurdos com a enfermeira Joy.
- A ajuda facilitaria as coisas, mas a maioria realmente veio para curtir o final do ano. Com muito esforço, eles levantam as canecas para beber chocolate quente - brincou a enfermeira. - Vamos passar filmes o dia todo nas telas da Casa da Lareira para que o pessoal se acalme. Enquanto isso, vou ficar fora um tempo para ajudar os Ranger.
- Mas e se surgir algum Pokémon ferido?
- Para os casos de emergência, deixei a enfermaria aberta onde poderão bater o botão que irá me alertar. Se for uma recuperação simples, eles poderão esperar.
- Quer saber, eu cubro você. Não na enfermaria, claro. Vou lá fora com os Ranger - comentou determinada. - Litten e Solrock devem ter descansado o suficiente. Além disso, gelo não é um problema para eles.
A magnata então recebeu uma luva grossa de trabalho da enfermeira Joy antes de seguir para o lado de fora e ver os Ranger tentarem limpar o pavilhão. Nas áreas mais afastadas de aquecedores externos e árvores, eles simplesmente podiam atear fogo com os Pokémon e derreter em segundos o volume de neve. Contudo, quando estavam próximos desses objetos, eles precisavam tomar cuidado para não destruir a fiação e nem causar um incêndio no processo.
- Amorina! - saudou uma das funcionárias da Casa da Lareira. - Não vai me dizer que se ofereceu para ajudar mais uma vez.
- Então eu não digo - brincou, deixando Litten e Solrock serem liberados.
- Bom, então vamos abusar de sua caridade. Está vendo a trilha que leva para o lado Leste? Ela é a mais problemática, então vamos deixar por último. Se você quiser, auxilie o pessoal na liberação da trilha ao Sul. Pensávamos que tinha acabado os turistas, mas Novus já alertou Erika de que dois comboios estão marcados para vir nos próximos dias.
A coordenadora não sabia como reagir aquela notícia, já que a Casa da Lareira, quando cheia, parecia estar realmente entupida de pessoas dividindo o mesmo espaço. Mas ao menos a oportunidade de mais pessoas virem prometia mais ajuda de almas caridosas, então era necessário pensar positivo. Dito isso, Amorina fez uma saudação final para sua "superiora" e seguiu rumo à trilha Sul. Ao encontrar uma bifurcação que não tinha sido trabalhada ainda, ela sinalizou o interesse naquele caminho e se separou dos demais Ranger.
- Vão me ajudar? - questionou para Litten e Solrock.
Para o azar da coordenadora, tanto o felino quanto o cósmico de fogo simplesmente flutuaram para o alto dos pinheiros e lá permaneceram por minutos. Se dando conta de que estava sozinha naquela tarefa, ela começou a forçar a pá contra a neve, lançando para fora do caminho. Enquanto fazia aquilo, ela se questionava se acabaria perdendo seu porte inocente e magro, mas se lembrava que como a temática do Hall de Pewter seria demonstrar uma grande resiliência, ela compreendeu aquilo como um mero pré-requisito para interpretar o papel que assumiria no palco.
Enquanto fazia o próprio trabalho, ela assustou com o Itemfinder apitando em sua mochila, indicando que já havia recarregado. Seguindo as dicas sonoras do aparelho, ela escavou um cantinho no centro da trilha, quase perfurando um pote de mel perdido no meio da neve. Ela sabia que o certo seria devolver o item perdido, mas considerando que uma nevasca assolou a Vila e poucas pessoas realmente quiseram ajudar, Amorina embolsou o item sem nenhuma culpa.
Depois de duas horas de trabalho, ela já tinha limpado doze por cento da trilha e estava tão ofegante que suava dentro da roupa de frio. Quando fazia pequenas "pausas", ela tentava reunir a neve em pilhas ao redor da trilha, buscando criar espaços diversos para que brincassem de construir boneco de neve ou só as usassem como fonte de munição para uma guerra de bola de neve. Quase beirando o almoço, ela olhava nervosa para o pouco progresso que tinha feito, pois numa rápida espiada no trabalho alheio, ela notou que pelo menos sessenta por cento das trilhas foram limpas.
- Finalmente decidiram aparecer. A vista estava boa? - questionou quando Litten e Solrock desceram dos céus, ignorando a ironia da dona.
Sem nem mesmo direcionar qualquer som para a coordenadora, Solrock pulsou o brilho que tinha no corpo como se fosse um coração. Cada vez mais acelerado o brilho, o psíquico se imbuiu em chamas de uma só vez, formando uma perigosa bola de fogo e se disparando em direção ao monte de neve que cobria o restante da trilha. Apesar da preocupação de Amorina em ver os pinheiros em chamas, Litten acompanhou seu aliado correndo e com o peito estufado, fazendo o cinturão sugar as brasas que fugiam do controle de Solrock. Quando chegaram no fim da intersecção que conectava dois caminhos, o felino deixou as chamas do cinturão crepitarem e fez pacientemente o caminho de volta na trilha, derretendo o restante de neve que sobrou nas beiradas como se fosse um aquecedor ambulante.
- Vocês podiam ter feito isso à horas atrás, mas me deixaram aqui sozinha? - reclamou.
Solrock então pela primeira vez entrou em contato com a dona, olhando para o céu com as nuvens abertas e o Sol raiando. Assim, Amorina tentava entender que eles foram tomar um banho de sol prolongado para fortalecerem suas forças flamejantes e limparem tudo de uma só vez, embora o sorrisinho travesso de Litten a fazia duvidar que sua lógica realmente fazia sentido. De qualquer modo, quando os demais Ranger chegaram para buscá-la para o almoço, ficaram surpresos com a eficiência da coordenadora.
No caminho de retorno, uma das Ranger atirou uma bola de neve no colega, que revidou o ataque. Quem tentou rir também levou bolada, começando uma verdadeira guerra de bola de neve dentro da trilha. Amorina correu para se esconder atrás de uma pilha, moldando a neve para formar uma barreira protetiva. Ainda que todos estivessem cansados, a brincadeira dentro da neve fazia seus corpos resfriarem, além de aliviarem tensão que sentiram com o esforço de cavar alguns bons centímetros de neve densa para liberar a trilha.
A coordenadora ainda sentiu um arrepio quando sentiu uma bola de neve bater em suas costas. Ao se virar, ela viu alguns Galarian Darumaka selvagens em bando rindo da cara dela. Em retaliação, uma das Ranger gritava "Nossos amigos não!" antes de tacar uma bola de neve que acertou em cheio um deles. Apesar de todos terem ficado tensos, as criaturinhas gélidas consideraram aquilo um desafio, deixando dois deles construindo uma muralha enquanto os outros três disparavam as bolas de neve contra todos os humanos. A brincadeira estava animada por um bom tempo, até uma sombra surgir entre os pinheiros atrás dos Darumaka e todos os Ranger ficarem estáticos.
- É a Darmanitan matriarca! Corre gente! - gritou a Ranger.
E lá começava a correria do grupo de funcionários para fugir e desviar das estacas de gelo que o Pokémon disparava. Amorina estava nervosa, mas ia se aliviando conforme via os Ranger rindo da situação. Quando eles finalmente escaparam e chegaram no pavilhão da Casa da Lareira, o mais velho deles proclamou:
- Isso... fica... entre nós! - comentou ofegante. - Você também Amorina. Aquela Darmanitan é bem antiga daqui... ela não se convence que os filhos são uns pestinhas. Vale a pena brincar com eles, mas não ouse desafiar ela. Além de ser uma infração ambiental, isso só iria criar complicações com os selvagens.
- Minha boca... é um túmulo - disse ao cair na neve fofa que ainda estava nos arredores.
- Mas aqui. Toma uma prenda, pela ajuda e pelo seu silêncio - concluiu outra Ranger, entregando duas Christmas Coins para a adolescente. - Agora bora almoçar, que o dia ainda vai ser puxado!
Graças aos serviços prestados, os Ranger não precisaram esperar na fila para receberem o almoço e acabaram puxando Amorina com eles. Depois de saborear um delicioso prato quente com carne e legumes temperados, acompanhado por um pão de mel exagerado em chocolate, ela encontrou um Christmas Envelope preso debaixo de sua bandeja. Havia muita expectativa sobre o conteúdo, mas acabava sendo uma figurinha repetida. Ao menos ela sabia que poderia trocar com outras pessoas.
- Amorina. Favor comparecer ao balcão da enfermaria - disse a voz da enfermeira ecoando pelo saguão da Casa da Lareira.
A coordenadora ficou apreensiva, pensando em tudo que fez de errado para ser chamada de forma tão abrupta para o local. "Será que descobriram o pote de mel? Serei considerada uma ladra? Perderei toda a fama que obtive porque tá todo mundo aqui dentro?" refletiu sozinha, até chegar no balcão e ver a enfermeira ainda trabalhando entre as macas.
- Que rápido! - comentou a mulher, organizando alguns novos aparelhos. - Entre aqui, por favor.
A tensão da adolescente só aumentava, mas ela não iria se entregar antes de descobrir se de fato alguém sabia sobre o pote de mel perdido. Contudo, dentro da sala da enfermaria, ela encontrou uma incubadora com um ovo laranja vívido conectado à diversos fiozinhos que checavam seu estado. O painel - infelizmente - simbolizava que não havia sinais vitais dentro dele.
- Ontem depois da tempestade, eu encontrei esse ovo largado bem na porta de entrada. Tinha um recado dizendo que a pessoa não era capaz de eclodi-lo. Tentei conectar os aparelhos para checar, mas tá tudo quieto lá dentro - explicou a enfermeira em tom triste. - Como alguém acha normal deixar um ovo largado no frio extremo do lado externo? E ainda acha que ele simplesmente irá eclodir por um milagre meu.
- Eu... sinto muito. Realmente não tem salvação?
- Honestamente? Estou incerta. O aparelho não tem sinais vitais, mas a coloração é o que me intriga. Esse laranja vívido me diz que ainda tem algo ali dentro esperando para eclodir. Mas, como eu preciso fazer constantes relatórios sobre os pacientes, deixar essa incubadora ocupada com a possibilidade da criatura já ter falecido irá trazer muitos problemas pra mim - comentou, olhando com muita humildade para Amorina. - Sei que pedi demais de você. Talvez até mais do que precisava realmente. Mas, considere esse um presente meu e... um pedido desesperado para salvar uma alma - ponderou, colocando a mão sob a casca do ovo com muito pesar.
- Enquanto houver vida, há esperança. Ficarei com ele até a noite de natal. Se ele despertar, eu venho te trazer novidades. Se não, ainda retornarei para homenagearmos ele - comentou, recebendo o ovo cuidadosamente. - Creio que Pumpkaboo irá entender a situação - comentou ao se dirigir até o Computador para depositar o fantasminha e permanecer com o ovo em sua custódia.
NPC Nurse Joy
Itemfinder & Encontrei 1 Christmas Envelope
Figurinha Comum Drifloon
Brionne | Lv. 30 | 100%
Magical Litten | Lv. 26 | 100%
Pure Solrock | Lv. 20 | 100%
Frost Gastly | Lv. 25 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 22 | 100%
Nível médio: 23
Exp Share desativado.
Itemfinder: (1/10)
Christmas Coins: (5/5)
Snowball: (4/4) [3/10 para nova colheita]
Icy Seed: (1/1) [9/10 para nova colheita]
Yache Berry: (2/2) [4/10 para nova colheita]
White Apricorn: (2/2) [5/10 para nova colheita]
Rabuta Berry: (2/2) [6/10 para nova colheita]
- Missões Ativas:
Christmas Coins [5/7]: Experimentou doces típicos e ajudou na decoração! Ajudou nas Decorações! Construiu um Boneco de Neve! Patinou no lago congelado! Brincou de guerra de bola de neve!
Christmas Book: 50% de chance de encontrar 1 Christmas Envelope após cada evento.
O Abandono: Realizar boas ações para reviver o Mysterious Egg (0 de 10).
- Informações Relevantes:
- Completou a missão "Cuidados para Todos" da Nurse Joy, onde encontrou 2 Snowball.
Recebeu 1 Mysterious Egg da Nurse Joy ao iniciar a missão "O Abandono".
Recebeu 2 Christmas Coins por brincar na neve (evento compatível com o ambiente) e realizar 5 eventos na Vila, na missão local "As Christmas Coins".
Encontrou 1 Honey no Itemfinder.
Encontrou a Figurinha Comum Drifloon.
G.B
AprovadaPost simples, mas bem conciso de acordo com as missões. A forma como você trabalha sua narrativa é interessante de ler (eu ri na parte do pote de mel roubado)!
Amorina
Após receber o ovo misterioso de casca laranja da enfermeira Joy, Amorina carregou o possível bebê para todos os cantos, literalmente. Quando estava fora da Casa da Lareira para ajudar os Ranger à continuarem limpando as trilhas com camada grossa de neve, ela deixava Solrock e Litten ao redor dele para aquecê-lo. Por vezes, quando ela via alguém se ajudando ou sorrindo, ela jurava que o ovo reagia com um pulso dourado que o cobria parcialmente. A coordenadora não sabia o que aquilo significava, mas torcia para que Joy estivesse certa da existência de vida em seu interior.
Retornando exausta para dentro do dormitório, ela capotou, deixando o ovo bem seguro em cima de um travesseiro, coladinho na parede. Contudo, sua paz foi perturbada quando no começo da manhã um dos turistas simplesmente invadiu o dormitório dela carregando uma caixa de som, pois o amigo dele estava numa das beliches. Apesar das queixas, os dois disseram que podiam reclamar na recepção, já que ninguém podia expulsá-los de lá. Amorina levantou forçada, com olheiras que fariam sua mãe desmaiar, seguindo para conversar com a enfermeira Joy.
- Eu odeio ter que dizer isso, Amorina, mas eles estão certos - retrucou a enfermeira sobre a queixa. - Erika tem uma política de não expulsar ninguém das celebrações de fim de ano. Está sendo estudado a aplicação de multas por perturbação da paz, mas a tirada forçada deles é absolutamente inviável. Lamento.
- Como podem ser tão sem noção - disse ao se debruçar no balcão. - Estou exausta.
- Bom... na verdade, eu já iria mesmo te chamar - comentou a mulher, com um sorriso suspeito no rosto. - Os Ranger pediram para que você vá até uma das cabanas do lado sudoeste. Disseram que tem uma surpresa pra você lá.
Amorina olhava para a cara de Joy com muita desconfiança, já que os olhos da enfermeira estavam realmente transferindo muita alegria para um mero presente. A menos que fosse um grande presente. De qualquer forma, ela retornou para o dormitório e se trancou no banheiro para colocar roupa robusta e seguir para o local indicado. Ela ficou contente em saber que pelo menos a história da cabana era real, embora aquele parecia um presente que se daria para alguém que você odeia muito. Com notáveis partes da madeira cremadas, possivelmente por ser atingida por um raio, janelas destruídas, telhado aberto e outros diversos problemas estruturais, ela se questionava se aquilo era uma pegadinha.
- Pelo menos está bem localizado - ponderou para Litten, que aquecia ela e o ovo dentro da jaqueta.
- Vejo que você não mudou nada. Tem uma boa visão de oportunidades - comentou uma voz masculina grossa, mas com um leve teor de saudade.
A magnata se virou e imediatamente começou a chorar, correndo para abraçar os pais que estavam a esperando. Eles estavam ligeiramente diferentes do comum, pois Augusto pintou o cabelo de azul e colocou lente de contato, além de vestir roupa de lã, algo que ele sempre odiou como tecido. Eva permanecia esbelta, mas também se escondia com o cabelo totalmente marrom claro e lentes de contato verde, com um cachecol exagerado que cobria até a ponta de seu nariz. O abraço era reconfortante e necessário, uma reunião da família em um momento de tanta celebração.
- Jirachi fez isso?
- Jirachi? O lendário? O que ele teria feito? - questionou a mulher.
- Ah... depois eu te conto. Mas o que vieram fazer aqui?
- Hã hã - pigarreou o homem, fazendo uma voz de loucutor. - "Senhor e Senhora Dourado anunciam hiato em suas aparições públicas. O casal irá desfrutar de um retiro na fazenda da família, sem câmeras ou postagens em redes sociais. Eles esperam aproveitar um pouco do que construíram com tanto esforço e retornarão à todo vapor no ano seguinte, com a promessa de novos empreendimentos em Fortree e Goldenrod".
- Essa é a fazenda da família? Já estivemos melhor - brincou ao apontar para a cabana em ruínas.
- Bom, creio que em suas viagens, você também dormiu em locais que não se orgulha. Seu pai e eu não somos exceção. Contudo, queríamos realmente afastar bisbilhoteiros, então reduzimos o número de funcionários nos rondando e, consequentemente, precisaremos ficar mais na encolha. Subiríamos uma cabana inteira pra você se quisesse, mas acho que construí-la aos poucos será muito melhor - completou a atriz, com os olhos sorrindo, apesar de marejados.
Amorina ainda se manteve agarrada nos pais por algum tempo antes de entrar na cabana, vendo que havia neve para todo canto dentro dela. Naquele instante, Eva até se assustou com o volume na barriga da filha, mas ficou aliviada em descobrir que era apenas um ovo. Sendo bem mais delicada que agora Amorina era, a mãe assumiu o papel de ninar o bebê enquanto os outros membros da família realizavam as reformas iniciais.
- Temos que fechar o telhado antes de tirar a neve, ou então quando começar uma tempestade vai sujar tudo novamente. Mas arrumar o telhado com essas paredes carbonizadas é pedir para perder tudo. Vamos começar pela estrutura central. Me ajuda nessa, minha rainha? - questionou cordialmente o homem, que fez a adolescente irradiar com o antigo apelido.
A coordenadora ficou muito feliz em ver Maurice, o Komala que o pai possuía e vivia dormindo. Apesar de seu exterior pacífico, ele foi treinado o suficiente para ser forte como um touro, por isso não teve problemas em golpear uma das paredes e destruí-la completamente. O golpe até ameaçou fazer a construção inteira tombar, mas com Wood Hammer, o coala fazia o tronco que segurava se estender como uma pilastra, mantendo a sustentação enquanto o pai de Amorina trabalhava. Naquele instante, ela teve um vislumbre de quão incrível Augusto era, pois ele realmente era engajado em conhecer os empreendimentos que investia, por isso tinha alguma noção para medir e cortar a toras de madeira que iriam compor as renovadas paredes da cabana.
- Parece uma lâmina excelente - comentou quando viu o pai usar a serra elétrica para cortar como papel a madeira.
- Produto da Corporação - argumentou orgulhoso. - Eu podia ficar batendo com o martelo, mas não teria nem a metade da precisão. Posso pedir ajuda do seu Solrock para manter as coisas estáticas? - questionou em seguida. - Ele ainda é psíquico, certo?
Amorina dava uma risada contida com a estranheza, pois o Pure Solrock estava a tanto tempo com ela, que esquecera se tratar de uma espécie rara. Sem problemas, Augusto ergueu os troncos de sustentação para liberar Komala, depois Solrock colocou as metades em alinhamento, que foram pregadas nas colunas centrais pouco a pouco, dando um ar muito mais bonito para a cabana como um todo. A diferença de coloração não era um problema, pois tudo era feito de pinheiro. Quando as paredes foram finalizadas, Amorina auxiliou em prender mais algumas tábuas retas que garantiam a estabilidade entre as colunas, além de permitirem o corte retangular de uma parte dela para colocar janela.
- Isso tá horrível de aparência, mas pelo menos vai funcionar. Vamos ver o telhado agora.
Apesar de cansada e sonolenta, Amorina resistia às dores que sentia para auxiliar o pai nas tarefas. Ele já tinha encomendado os materiais, dizendo que até parte deles foram de graça pois seria uma cabana que eventualmente os Ranger poderiam utilizar. Com a escada na lateral do telhado, ele escalou sem problemas e segurou firme o objeto para que a filha se juntasse a ele. Na sequência, o pai da família liberou Major, um grande Toucannon que apanhava as telhas com suas fortes pernas e trazia sem problemas para o dono realizar toda a troca. A coordenadora auxiliava apenas na fixação delas, deixando bem alinhado e colado para evitar vazamentos de neve ou água.
- Acho melhor fazer um reforço lá dentro - comentou, temendo que o alinhamento não fosse suficiente. - Já volto!
Quando desceu as escadas e entrou na cabana, Amorina viu a Gardevoir da mãe manipulando um pincel com uma espécie de massa lisa que cobria a parte interna das telhas, depois era coberta por uma fina placa de madeira para deixar a vista do teto mais agradável.
- A massa é hidrofóbica. Não se preocupe com goteiras - completou com uma piscadela.
Amorina sentia que seus pais estavam lidando muito bem com toda a tarefa sozinhos, mas achou que ainda precisava contribuir mais, pois era um acontecimento em família. Deixando Solrock realizar as mesmas tarefas psíquicas que Gardevoir, ela retornou correndo para o telhado e continuou a própria tarefa de realinhamento das telhas que o pai apenas recebia de Toucannon e colocava na formação. Num passo em falso, a adolescente acabou pisando numa telha mais velha e frágil, afundando o tornozelo nela.
- Você está bem, querida? - questionou a mulher preocupada lá embaixo.
- Sim! Tudo certo ai embaixo?
- Apenas alguns destroços. Mas tá tudo sujo mesmo.
Augusto então engatinhou sobre as telhas até chegar na filha, vendo preocupado a marca vermelha que ficou ao redor da perna dela. Pedindo silêncio para o pai, Amorina era levada para o chão com a ajuda de Toucannon que a agarrou pelos ombros.
- Ainda precisamos terminar o telhado - comentou.
- Mais tarde, minha rainha. Agora você é o mais importante - retrucou o homem, fazendo um sinal para o alto e alertando um funcionário que estava à espreita do ocorrido. - Vão buscar um remédio para dor. Fique aí! - ordenou.
Atendendo a ordem, Amorina ficou sentada num dos troncos que sobrou da construção esperando o remédio chegar. Ela ficou culpada quando viu os pais sussurrando na entrada da cabana, depois olharam preocupados em sua direção. Desviando o olhar, a coordenadora viu um envelope cromado brilhando entre a neve, fazendo um sinal para que Litten coletasse o objeto. "Obrigada" sussurrou, abrindo o pacotinho para encontrar uma adorável figurinha de guizo que imitava um Vanillite. Retirando o álbum da bolsa, ela colou sua nova figurinha e olhou a coleção aumentando. Ainda ali, ela viu um amontoado de sementes ciano acima da neve, mas não ousaria se mexer antes da chegada do remédio, mas ficava de olho para coletar o item quando possível.
Retornando exausta para dentro do dormitório, ela capotou, deixando o ovo bem seguro em cima de um travesseiro, coladinho na parede. Contudo, sua paz foi perturbada quando no começo da manhã um dos turistas simplesmente invadiu o dormitório dela carregando uma caixa de som, pois o amigo dele estava numa das beliches. Apesar das queixas, os dois disseram que podiam reclamar na recepção, já que ninguém podia expulsá-los de lá. Amorina levantou forçada, com olheiras que fariam sua mãe desmaiar, seguindo para conversar com a enfermeira Joy.
- Eu odeio ter que dizer isso, Amorina, mas eles estão certos - retrucou a enfermeira sobre a queixa. - Erika tem uma política de não expulsar ninguém das celebrações de fim de ano. Está sendo estudado a aplicação de multas por perturbação da paz, mas a tirada forçada deles é absolutamente inviável. Lamento.
- Como podem ser tão sem noção - disse ao se debruçar no balcão. - Estou exausta.
- Bom... na verdade, eu já iria mesmo te chamar - comentou a mulher, com um sorriso suspeito no rosto. - Os Ranger pediram para que você vá até uma das cabanas do lado sudoeste. Disseram que tem uma surpresa pra você lá.
Amorina olhava para a cara de Joy com muita desconfiança, já que os olhos da enfermeira estavam realmente transferindo muita alegria para um mero presente. A menos que fosse um grande presente. De qualquer forma, ela retornou para o dormitório e se trancou no banheiro para colocar roupa robusta e seguir para o local indicado. Ela ficou contente em saber que pelo menos a história da cabana era real, embora aquele parecia um presente que se daria para alguém que você odeia muito. Com notáveis partes da madeira cremadas, possivelmente por ser atingida por um raio, janelas destruídas, telhado aberto e outros diversos problemas estruturais, ela se questionava se aquilo era uma pegadinha.
- Pelo menos está bem localizado - ponderou para Litten, que aquecia ela e o ovo dentro da jaqueta.
- Vejo que você não mudou nada. Tem uma boa visão de oportunidades - comentou uma voz masculina grossa, mas com um leve teor de saudade.
A magnata se virou e imediatamente começou a chorar, correndo para abraçar os pais que estavam a esperando. Eles estavam ligeiramente diferentes do comum, pois Augusto pintou o cabelo de azul e colocou lente de contato, além de vestir roupa de lã, algo que ele sempre odiou como tecido. Eva permanecia esbelta, mas também se escondia com o cabelo totalmente marrom claro e lentes de contato verde, com um cachecol exagerado que cobria até a ponta de seu nariz. O abraço era reconfortante e necessário, uma reunião da família em um momento de tanta celebração.
- Jirachi fez isso?
- Jirachi? O lendário? O que ele teria feito? - questionou a mulher.
- Ah... depois eu te conto. Mas o que vieram fazer aqui?
- Hã hã - pigarreou o homem, fazendo uma voz de loucutor. - "Senhor e Senhora Dourado anunciam hiato em suas aparições públicas. O casal irá desfrutar de um retiro na fazenda da família, sem câmeras ou postagens em redes sociais. Eles esperam aproveitar um pouco do que construíram com tanto esforço e retornarão à todo vapor no ano seguinte, com a promessa de novos empreendimentos em Fortree e Goldenrod".
- Essa é a fazenda da família? Já estivemos melhor - brincou ao apontar para a cabana em ruínas.
- Bom, creio que em suas viagens, você também dormiu em locais que não se orgulha. Seu pai e eu não somos exceção. Contudo, queríamos realmente afastar bisbilhoteiros, então reduzimos o número de funcionários nos rondando e, consequentemente, precisaremos ficar mais na encolha. Subiríamos uma cabana inteira pra você se quisesse, mas acho que construí-la aos poucos será muito melhor - completou a atriz, com os olhos sorrindo, apesar de marejados.
Amorina ainda se manteve agarrada nos pais por algum tempo antes de entrar na cabana, vendo que havia neve para todo canto dentro dela. Naquele instante, Eva até se assustou com o volume na barriga da filha, mas ficou aliviada em descobrir que era apenas um ovo. Sendo bem mais delicada que agora Amorina era, a mãe assumiu o papel de ninar o bebê enquanto os outros membros da família realizavam as reformas iniciais.
- Temos que fechar o telhado antes de tirar a neve, ou então quando começar uma tempestade vai sujar tudo novamente. Mas arrumar o telhado com essas paredes carbonizadas é pedir para perder tudo. Vamos começar pela estrutura central. Me ajuda nessa, minha rainha? - questionou cordialmente o homem, que fez a adolescente irradiar com o antigo apelido.
A coordenadora ficou muito feliz em ver Maurice, o Komala que o pai possuía e vivia dormindo. Apesar de seu exterior pacífico, ele foi treinado o suficiente para ser forte como um touro, por isso não teve problemas em golpear uma das paredes e destruí-la completamente. O golpe até ameaçou fazer a construção inteira tombar, mas com Wood Hammer, o coala fazia o tronco que segurava se estender como uma pilastra, mantendo a sustentação enquanto o pai de Amorina trabalhava. Naquele instante, ela teve um vislumbre de quão incrível Augusto era, pois ele realmente era engajado em conhecer os empreendimentos que investia, por isso tinha alguma noção para medir e cortar a toras de madeira que iriam compor as renovadas paredes da cabana.
- Parece uma lâmina excelente - comentou quando viu o pai usar a serra elétrica para cortar como papel a madeira.
- Produto da Corporação - argumentou orgulhoso. - Eu podia ficar batendo com o martelo, mas não teria nem a metade da precisão. Posso pedir ajuda do seu Solrock para manter as coisas estáticas? - questionou em seguida. - Ele ainda é psíquico, certo?
Amorina dava uma risada contida com a estranheza, pois o Pure Solrock estava a tanto tempo com ela, que esquecera se tratar de uma espécie rara. Sem problemas, Augusto ergueu os troncos de sustentação para liberar Komala, depois Solrock colocou as metades em alinhamento, que foram pregadas nas colunas centrais pouco a pouco, dando um ar muito mais bonito para a cabana como um todo. A diferença de coloração não era um problema, pois tudo era feito de pinheiro. Quando as paredes foram finalizadas, Amorina auxiliou em prender mais algumas tábuas retas que garantiam a estabilidade entre as colunas, além de permitirem o corte retangular de uma parte dela para colocar janela.
- Isso tá horrível de aparência, mas pelo menos vai funcionar. Vamos ver o telhado agora.
Apesar de cansada e sonolenta, Amorina resistia às dores que sentia para auxiliar o pai nas tarefas. Ele já tinha encomendado os materiais, dizendo que até parte deles foram de graça pois seria uma cabana que eventualmente os Ranger poderiam utilizar. Com a escada na lateral do telhado, ele escalou sem problemas e segurou firme o objeto para que a filha se juntasse a ele. Na sequência, o pai da família liberou Major, um grande Toucannon que apanhava as telhas com suas fortes pernas e trazia sem problemas para o dono realizar toda a troca. A coordenadora auxiliava apenas na fixação delas, deixando bem alinhado e colado para evitar vazamentos de neve ou água.
- Acho melhor fazer um reforço lá dentro - comentou, temendo que o alinhamento não fosse suficiente. - Já volto!
Quando desceu as escadas e entrou na cabana, Amorina viu a Gardevoir da mãe manipulando um pincel com uma espécie de massa lisa que cobria a parte interna das telhas, depois era coberta por uma fina placa de madeira para deixar a vista do teto mais agradável.
- A massa é hidrofóbica. Não se preocupe com goteiras - completou com uma piscadela.
Amorina sentia que seus pais estavam lidando muito bem com toda a tarefa sozinhos, mas achou que ainda precisava contribuir mais, pois era um acontecimento em família. Deixando Solrock realizar as mesmas tarefas psíquicas que Gardevoir, ela retornou correndo para o telhado e continuou a própria tarefa de realinhamento das telhas que o pai apenas recebia de Toucannon e colocava na formação. Num passo em falso, a adolescente acabou pisando numa telha mais velha e frágil, afundando o tornozelo nela.
- Você está bem, querida? - questionou a mulher preocupada lá embaixo.
- Sim! Tudo certo ai embaixo?
- Apenas alguns destroços. Mas tá tudo sujo mesmo.
Augusto então engatinhou sobre as telhas até chegar na filha, vendo preocupado a marca vermelha que ficou ao redor da perna dela. Pedindo silêncio para o pai, Amorina era levada para o chão com a ajuda de Toucannon que a agarrou pelos ombros.
- Ainda precisamos terminar o telhado - comentou.
- Mais tarde, minha rainha. Agora você é o mais importante - retrucou o homem, fazendo um sinal para o alto e alertando um funcionário que estava à espreita do ocorrido. - Vão buscar um remédio para dor. Fique aí! - ordenou.
Atendendo a ordem, Amorina ficou sentada num dos troncos que sobrou da construção esperando o remédio chegar. Ela ficou culpada quando viu os pais sussurrando na entrada da cabana, depois olharam preocupados em sua direção. Desviando o olhar, a coordenadora viu um envelope cromado brilhando entre a neve, fazendo um sinal para que Litten coletasse o objeto. "Obrigada" sussurrou, abrindo o pacotinho para encontrar uma adorável figurinha de guizo que imitava um Vanillite. Retirando o álbum da bolsa, ela colou sua nova figurinha e olhou a coleção aumentando. Ainda ali, ela viu um amontoado de sementes ciano acima da neve, mas não ousaria se mexer antes da chegada do remédio, mas ficava de olho para coletar o item quando possível.
Missão Local "As Cabanas de Natal"
PS Eva & Augusto Dourado
Encontrei 1 Christmas Envelope
Figurinha Épica Vanillite
Brionne | Lv. 30 | 100%
Magical Litten | Lv. 26 | 100%
Pure Solrock | Lv. 20 | 100%
Frost Gastly | Lv. 25 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Mysterious Egg
Nível médio: 24
Exp Share desativado.
Itemfinder: (2/10)
Christmas Coins: (1/5)
Snowball: (4/4) [4/10 para nova colheita]
Icy Seed: (1/1) [10/10 para nova colheita]
Yache Berry: (2/2) [5/10 para nova colheita]
White Apricorn: (2/2) [6/10 para nova colheita]
Rabuta Berry: (2/2) [7/10 para nova colheita]
- Missões Ativas:
Christmas Coins [5/7]: Experimentou doces típicos e ajudou na decoração! Ajudou nas Decorações! Construiu um Boneco de Neve! Patinou no lago congelado! Brincou de guerra de bola de neve!
Christmas Book: 50% de chance de encontrar 1 Christmas Envelope após cada evento.
O Abandono: Realizar boas ações para reviver o Mysterious Egg (1 de 10).
Cabana Deplorável:
[3/3] Trocar as madeiras carbonizadas
[0/2] Retirar o excesso de neve no interior da cabana
[0/2] Reconectar os fios elétricos
[1/2] Trocar telhas quebradas
[0/2] Trocar vidros das janelas
[0/1] Desentupir a chaminé
- Informações Relevantes:
- Adquiriu 4 pontos de progresso na reforma da "Cabana Deplorável" ao trocar as madeiras carbonizadas e começar a trocar as telhas quebradas. Recebeu 1 Christmas Coin pela tarefa.
Encontrou a Figurinha Épica Vanillite.
Recolheu 1 Icy Seed dos recursos naturais.
Ártemis
Aprovado
Que fofo a familia toda junta! En~tao os pedidos feitos para Jirachi realmente se realizam! Não tenho muito oque comentar, sempre muito bem descrito e adorei a forma que usou dos Pokémons para auxiliarem na tarefa, ficou tudo muito bem narrado, boa sorte com sua cabana e seus próximos eventos!
Ayla Akatsu
| Ficha | Box | Diário | Store |
| Personagens Secundários |
| Mural da Polícia | Relatórios |
| Fazenda |
| Personagens Secundários |
| Mural da Polícia | Relatórios |
| Fazenda |
Amorina
Desde que afundou o pé no telhado da cabana, Amorina foi proibida pelos pais de se levantar até a marca vermelha do tornozelo diminuir, ainda que ela dissesse que não estava com dor nenhuma na região. Enquanto estava sentada num banquinho improvisado de madeira, ela assistiu o pai e a mãe se reunirem constantemente na porta da cabana para discutir em sussurros. A magnata não sabia o que pensar daquilo, pois se vieram passar o fim de ano com ela, ficar de cochichos pelos cantos era a pior coisa que podiam fazer.
Ao mesmo tempo, ela não queria incomodá-los com questionamentos de suspeita. Seus pais nunca deram motivo para desconfiar de suas boas ações, então ela só fingia não ver as situações enquanto mexia no RotomPhone. Depois de minutos, Augusto recebeu uma chamada de vídeo e se aproximou das fiações do local, mostrando para um outro homem o estado em que se encontrava. Sob a orientação dele, o pai de Amorina pegou um canivete e retirou algumas conexões de fios já ultrapassadas e derretidas, ouvindo atentamente a explicação de como reconectá-las para não deixar que voltasse à dar curto.
Quando a magnata viu que a mãe saiu para caçar banheiro, já que a cabana era apenas um cômodo e não tinha a instalação, Amorina se levantou e deu um sorrisinho inocente para acompanhar de perto o trabalho do pai.
- Se sua mãe ver, vai ficar uma fera - comentou baixinho enquanto passava a fita isolante.
- Mas você não iria me dedurar, né? - questionou, vendo o homem rir de forma contida.
- Como está a dor?
- Passando.
- AH! Então estava doendo - disse o homem com a revelação. - Mas não vi você mancando, então realmente acho que está bem. Vai me ajudar nos fusíveis?
Augusto e Amorina iam para o lado de fora, na parte esquerda da cabana onde havia um poste que conectava a fiação da casa à subterrânea da Vila Natal. Segurando o RotomPhone do pai apenas para se sentir útil, já que o objeto podia flutuar autonomamente, a magnata também prestou atenção na explicação do eletricista remoto que guiava a mão do homem para os devidos cuidados. A coordenadora sentia arrepios quando o funcionário explicou que, caso Augusto fizesse um movimento em falso, poderia gerar uma sobrecarga do fusível e derreter toda a fiação, nem respirando quando o pai começou a mover o alicate para encaixar precisamente o fusível.
- Acho que tudo deu certo. Como eu sei?
- Está tudo certo - disse o eletricista, que gargalhou em seguida. - Você tinha que ver sua cara Augusto. Estava impagável. Acha mesmo que eu ia orientar meu patrão numa tarefa tão perigosa se isso fosse realmente sobrecarregar o sistema? De qualquer forma, bom trabalho na manutenção. Mande saudações para Eva - completou o homem, que já era um conhecido do magnata para fazer aquelas coisas.
- E é por isso que eu te disse pra não ter muita intimidade com funcionário - disse o pai, reunindo a fita e fios que sobraram das reformas.
- Bom, eles ainda guardaram seu segredo. No final, são realmente mais que funcionários - retrucou, fazendo o homem dar um sorriso de orgulho para ela.
A família então aguardou pacientemente dentro da cabana o retorno de Eva, que trazia um carrinho de mão com papelões e isopor protegendo pequenos retângulos de vidro. Amorina ignorou o olhar azedo da mãe ao reparar que já estava de pé com a marca ainda vívida, mas aparentemente a mulher não queria chamar atenção da filha depois de tanto tempo distantes.
- Já que está tão saudável, venha me ajudar à colocar o vidro na janela - sugeriu imperativamente para a filha, fuzilando o marido com os olhos.
A coordenadora não tinha problemas com aquilo, principalmente por saber que a mãe nunca sustentava uma feição emburrada pois causava rugas. Ainda sendo uma atriz cotada para papéis grandes, ela não iria estragar seus anos de cuidado por uma bobagem. Assim como não prejudicaria a própria mão, por isso utilizou uma luva para manipular a massa de vidraceiro enquanto a filha mantinha o painel firme nas bases da janela. A simplicidade daquela atividade ainda a tornava especial, pois estar próxima da mãe dava a mesma sensação de proteção.
- Seu cabelo está muito bonito - comentou a mulher baixinho.
- Tive uma boa professora para improvisar os cuidados.
E lá estava: o sorriso contido, mas sincero de Eva. Pessoas pagariam milhões de pokédolares para ver aquela feição de perto - literalmente, pois foi leiloado uma foto da atriz daquela forma -, mas Amorina não só tinha o privilégio de vê-lo gratuitamente, como era a principal responsável por fazê-los tomar conta do rosto da mãe. Deixando as próprias reflexões de lado, Eva começou a compartilhar diversas fofocas sobre o mundo dos famosos enquanto aplicava a massa cuidadosamente para fixar os vidros. Quando tudo foi finalizado, a coordenadora ficou de plantão esperando ela estabilizar parcialmente, limpando com um pano úmido as marcas de dedo que deixou antes de averiguar se tudo estava certo.
- Já está ficando mais quentinho, não é?! - animou.
- De fato. Estaria ainda mais se alguém não tivesse quebrado nosso telhado - brincou o pai ao apontar pro buraco que Amorina tinha aberto.
- Deixem de provocações. Vou até a Casa da Lareira encomendar algumas comidas para Siebold. Tentem não se ferir enquanto estou fora.
Eva então sacava o cachecol que usava anteriormente e o colocava mais uma vez sobre o pescoço, cobrindo parcela do rosto. Ainda que mantivesse seu corpo e rosto esbelto, era difícil encontrar alguma semelhança com a "Eva" que todos estavam acostumados a ver na revista, devido à tintura do cabelo e lente de contato. Quando a mulher saiu, Augusto e Amorina se entreolharam dando uma risadinha.
- Xadrez? Xadrez. - disseram ao mesmo tempo, correndo para as malas do pai para retirar um tabuleiro.
- Não pegarei leve dessa vez. Espero que você não tenha enferrujado.
Enquanto esperava o pai pensar nos movimentos que faria, Amorina espiou o ovo próximo de Litten e Solrock, vendo um brilho dourado percorrê-lo por breves segundos, depois se estabilizar em seu normal laranja vívido. Ela não sabia o que aquilo significava, mas mal podia esperar para descobrir. Nessa espiada, ela também viu um envelope cromado voando por baixo da porta direto até seus pés. Mostrando para o pai, ela arregalou os olhos quando viu a figurinha com um efeito psicodélico em formato de uma Celesteela enfeitada. Apesar daquilo lhe dizer que a sorte estava próxima, minutos depois ela perdeu a partida para o pai quando ele encurralou o rei.
Ao mesmo tempo, ela não queria incomodá-los com questionamentos de suspeita. Seus pais nunca deram motivo para desconfiar de suas boas ações, então ela só fingia não ver as situações enquanto mexia no RotomPhone. Depois de minutos, Augusto recebeu uma chamada de vídeo e se aproximou das fiações do local, mostrando para um outro homem o estado em que se encontrava. Sob a orientação dele, o pai de Amorina pegou um canivete e retirou algumas conexões de fios já ultrapassadas e derretidas, ouvindo atentamente a explicação de como reconectá-las para não deixar que voltasse à dar curto.
Quando a magnata viu que a mãe saiu para caçar banheiro, já que a cabana era apenas um cômodo e não tinha a instalação, Amorina se levantou e deu um sorrisinho inocente para acompanhar de perto o trabalho do pai.
- Se sua mãe ver, vai ficar uma fera - comentou baixinho enquanto passava a fita isolante.
- Mas você não iria me dedurar, né? - questionou, vendo o homem rir de forma contida.
- Como está a dor?
- Passando.
- AH! Então estava doendo - disse o homem com a revelação. - Mas não vi você mancando, então realmente acho que está bem. Vai me ajudar nos fusíveis?
Augusto e Amorina iam para o lado de fora, na parte esquerda da cabana onde havia um poste que conectava a fiação da casa à subterrânea da Vila Natal. Segurando o RotomPhone do pai apenas para se sentir útil, já que o objeto podia flutuar autonomamente, a magnata também prestou atenção na explicação do eletricista remoto que guiava a mão do homem para os devidos cuidados. A coordenadora sentia arrepios quando o funcionário explicou que, caso Augusto fizesse um movimento em falso, poderia gerar uma sobrecarga do fusível e derreter toda a fiação, nem respirando quando o pai começou a mover o alicate para encaixar precisamente o fusível.
- Acho que tudo deu certo. Como eu sei?
- Está tudo certo - disse o eletricista, que gargalhou em seguida. - Você tinha que ver sua cara Augusto. Estava impagável. Acha mesmo que eu ia orientar meu patrão numa tarefa tão perigosa se isso fosse realmente sobrecarregar o sistema? De qualquer forma, bom trabalho na manutenção. Mande saudações para Eva - completou o homem, que já era um conhecido do magnata para fazer aquelas coisas.
- E é por isso que eu te disse pra não ter muita intimidade com funcionário - disse o pai, reunindo a fita e fios que sobraram das reformas.
- Bom, eles ainda guardaram seu segredo. No final, são realmente mais que funcionários - retrucou, fazendo o homem dar um sorriso de orgulho para ela.
A família então aguardou pacientemente dentro da cabana o retorno de Eva, que trazia um carrinho de mão com papelões e isopor protegendo pequenos retângulos de vidro. Amorina ignorou o olhar azedo da mãe ao reparar que já estava de pé com a marca ainda vívida, mas aparentemente a mulher não queria chamar atenção da filha depois de tanto tempo distantes.
- Já que está tão saudável, venha me ajudar à colocar o vidro na janela - sugeriu imperativamente para a filha, fuzilando o marido com os olhos.
A coordenadora não tinha problemas com aquilo, principalmente por saber que a mãe nunca sustentava uma feição emburrada pois causava rugas. Ainda sendo uma atriz cotada para papéis grandes, ela não iria estragar seus anos de cuidado por uma bobagem. Assim como não prejudicaria a própria mão, por isso utilizou uma luva para manipular a massa de vidraceiro enquanto a filha mantinha o painel firme nas bases da janela. A simplicidade daquela atividade ainda a tornava especial, pois estar próxima da mãe dava a mesma sensação de proteção.
- Seu cabelo está muito bonito - comentou a mulher baixinho.
- Tive uma boa professora para improvisar os cuidados.
E lá estava: o sorriso contido, mas sincero de Eva. Pessoas pagariam milhões de pokédolares para ver aquela feição de perto - literalmente, pois foi leiloado uma foto da atriz daquela forma -, mas Amorina não só tinha o privilégio de vê-lo gratuitamente, como era a principal responsável por fazê-los tomar conta do rosto da mãe. Deixando as próprias reflexões de lado, Eva começou a compartilhar diversas fofocas sobre o mundo dos famosos enquanto aplicava a massa cuidadosamente para fixar os vidros. Quando tudo foi finalizado, a coordenadora ficou de plantão esperando ela estabilizar parcialmente, limpando com um pano úmido as marcas de dedo que deixou antes de averiguar se tudo estava certo.
- Já está ficando mais quentinho, não é?! - animou.
- De fato. Estaria ainda mais se alguém não tivesse quebrado nosso telhado - brincou o pai ao apontar pro buraco que Amorina tinha aberto.
- Deixem de provocações. Vou até a Casa da Lareira encomendar algumas comidas para Siebold. Tentem não se ferir enquanto estou fora.
Eva então sacava o cachecol que usava anteriormente e o colocava mais uma vez sobre o pescoço, cobrindo parcela do rosto. Ainda que mantivesse seu corpo e rosto esbelto, era difícil encontrar alguma semelhança com a "Eva" que todos estavam acostumados a ver na revista, devido à tintura do cabelo e lente de contato. Quando a mulher saiu, Augusto e Amorina se entreolharam dando uma risadinha.
- Xadrez? Xadrez. - disseram ao mesmo tempo, correndo para as malas do pai para retirar um tabuleiro.
- Não pegarei leve dessa vez. Espero que você não tenha enferrujado.
Enquanto esperava o pai pensar nos movimentos que faria, Amorina espiou o ovo próximo de Litten e Solrock, vendo um brilho dourado percorrê-lo por breves segundos, depois se estabilizar em seu normal laranja vívido. Ela não sabia o que aquilo significava, mas mal podia esperar para descobrir. Nessa espiada, ela também viu um envelope cromado voando por baixo da porta direto até seus pés. Mostrando para o pai, ela arregalou os olhos quando viu a figurinha com um efeito psicodélico em formato de uma Celesteela enfeitada. Apesar daquilo lhe dizer que a sorte estava próxima, minutos depois ela perdeu a partida para o pai quando ele encurralou o rei.
Missão Local "As Cabanas de Natal"
PS Eva & Augusto Dourado
Encontrei 1 Christmas Envelope
Figurinha Lendária Celesteela
Brionne | Lv. 30 | 100%
Magical Litten | Lv. 26 | 100%
Pure Solrock | Lv. 20 | 100%
Frost Gastly | Lv. 25 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Mysterious Egg
Nível médio: 24
Exp Share desativado.
Itemfinder: (3/10)
Christmas Coins: (2/5)
Snowball: (4/4) [5/10 para nova colheita]
Icy Seed: (1/1) [1/10 para nova colheita]
Yache Berry: (2/2) [6/10 para nova colheita]
White Apricorn: (2/2) [7/10 para nova colheita]
Rabuta Berry: (2/2) [8/10 para nova colheita]
- Missões Ativas:
Christmas Coins [5/7]: Experimentou doces típicos e ajudou na decoração! Ajudou nas Decorações! Construiu um Boneco de Neve! Patinou no lago congelado! Brincou de guerra de bola de neve!
Christmas Book: 50% de chance de encontrar 1 Christmas Envelope após cada evento.
O Abandono: Realizar boas ações para reviver o Mysterious Egg (2 de 10).
Cabana Deplorável:
[3/3] Trocar as madeiras carbonizadas
[0/2] Retirar o excesso de neve no interior da cabana
[2/2] Reconectar os fios elétricos
[1/2] Trocar telhas quebradas
[2/2] Trocar vidros das janelas
[0/1] Desentupir a chaminé
- Informações Relevantes:
- Adquiriu 4 pontos de progresso na reforma da "Cabana Deplorável" ao reconectar os fios elétricos e começar a trocar os vidros das janelas. Recebeu 1 Christmas Coin pela tarefa.
Encontrou a Figurinha Lendária Celesteela.
Ártemis
Aprovado
''- Você tinha que ver sua cara Augusto. Estava impagável. Acha mesmo que eu ia orientar meu patrão numa tarefa tão perigosa se isso fosse realmente sobrecarregar o sistema? De qualquer forma, bom trabalho na manutenção. Mande saudações para Eva -''
Essa cena apenas me lembrou de um Meme de um outro jogo que costumo jogar kkkkkkkk.
Não tenho muito oque elogiar, suas interações são sempre maravilhosas. É muito legal de ver como sua família mesmo tendo muito dinheiro é sempre bastante humilde e trata os funcionários como iguais, exemplos de magnatas, boa sorte em seus próximos eventos! (E parabéns pela figurinha da Celesteela)
Ayla Akatsu
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Amorina
Amorina e Augusto continuaram algumas partidas de xadrez enquanto esperavam Eva retornar com o almoço. Para o azar da adolescente, seus meses sem praticar a fizeram perder a manha de ler as jogadas do pai, que venceu todas as três revanches que ela pediu. No meio de uma partida, notando estar num caminho sem fim de mexer o Rei até a beirada do tabuleiro apenas para levar xeque-mate, ela ficou muito aliviada quando a mãe chegou com marmitas disposta num isopor branco, com o cheiro exalando.
- Ai... eu tô com muita fome, pai. Podemos terminar depois?
- Não. Depois do almoço vamos relaxar e terminar essa cabana - decretou o homem. - Sua mãe fez um disfarce pra gente, mas não pretendemos dormir de lente de contato - brincou sobre a impossibilidade de dividirem quarto na Casa da Lareira.
Assim, a família se reunia num cantinho da cabana que tinha sido limpo da neve, embora úmido devido as partes que derreteram parcialmente. A situação era digna de se dizer "deplorável", mas a companhia e a deliciosa comida fazia tudo valer a pena. A refeição tratava-se de um legume empanado, com molho de Tamato e diversas especiarias, um prato quente. De acompanhamento, havia também dois espetinhos de carne com molho levemente picante e um espetinho de batata com pimentões coloridos. Eva não era contra o consumo de carnes, mas evitava sempre que possível. Ao concluir a refeição, a mãe da família ainda revelou um pote com docinhos imitando brigadeiro.
- Siebold me disse que tem um segredo da avó dele nesse doce - comentou quando foi pegar um deles. - Aparentemente, tem um ingrediente que reforça a imunidade contra o frio.
Todos colocavam o doce na boca na mesma hora, sentindo o chocolate derreter lentamente na língua com feições alegres. Contudo, bem no finzinho da garganta surgia um desagradável gosto amargo, mas que provavelmente era o ingrediente secreto. Amorina só conseguia pensar que se tratava de uma raiz raspada, pois geralmente eram elas que se acoplavam nessa região do corpo e destruíam sua degustação de pratos.
Concluída a refeição, a família gastou a hora seguinte para deixar a comida abaixar enquanto conversava. A magnata aproveitou a oportunidade para contar sobre os encontros lendários que teve na viagem, o que fez os pais surtarem com a ideia da filha estar no perigoso ataque de Kyogre da Corrida Alto Mare. Pelo menos o fato da filha ter encontrado com Diancie, uma lendária de diamantes, acalmava os ânimos dos genitores, além de dar ideias para ambos aproveitarem do relato para projetar ainda mais coisas, seja na empresa ou na atuação.
- Ok. Hora de voltar pro telhado - comentou o homem ao se levantar. - Mas acho que tenho uma melhor abordagem para evitar mais ferimentos.
Augusto auxiliou Komala a subir no telhado agarrado nele, seguido por Solrock que flutuava sem problemas até a parte de cima da cabana. Ainda na escada, o homem orientou Solrock para manipular as telhas no local correto, deixando que o leve Komala organizasse tudo depois. Com o trabalho em equipe, pouco a pouco as últimas telhas restantes mais ao meio do telhado era colocadas, com o coala dorminhoco rolando em cima delas para sentir qualquer ondulação e consertar, sem nunca abrir os olhos, apenas na própria sensação do tato. Quando tudo foi finalizado, Eva ainda pediu que Gardevoir tirasse o marido da escada com a força psíquica, evitando que ele fizesse qualquer passo em falso, mas também para provocá-lo.
Com as reformas externas concluídas, o trio agora precisava trabalhar essencialmente na limpeza da neve que entrou. Eva sugeria que ligar a lareira e tapar a casa poderia aquecê-la para ajudar no trabalho, mas com a chaminé entupida, eles apenas seriam sufocados pela fumaça. Sem escolhas extras, Litten e Solrock ficaram flutuando no meio do único cômodo da cabana, manipulando as chamas em um anel contido que fazia o trabalho de derreter a neve mais grossa, permitindo que cada um dos humanos começasse a puxar a água que se formava até o lado de fora. Conforme a espessura da neve reduzia, mais suja a água ficava, demonstrando que a cabana estava completamente empoeirada antes dos telhados romperem, o que deixava Amorina incomodada pela alergia.
Expulsando a filha e marido do recinto, Eva fechou a porta e ficou apenas com Gardevoir, Glaceon e Meowstic dentro da cabana. Com toda a neve já retirada, só era necessário tirar o excesso de sujeira que sobrou no chão, por isso a mulher tratou de arregaçar as mangas e esfregar com a vassoura o chão de madeira com água e sabão, que em minutos fez tudo ficar ainda mais escuro pois o pó encrostado começava a se soltar. Gardevoir manipulava o espanador para retirar as teias de aranha das beiradas, recebendo a ajuda de Meowstic que criava paredes de luz para que ninguém tocasse o chão. Glaceon apenas estava liberta para corrigir a posição do balde, evitando que Eva fizesse constantes pausas.
Quando a esfregação foi concluída, a atriz abriu a porta, mas apenas para chamar Brionne. Amorina e Augusto, que estavam conversando sobre as possibilidades de investimento em Goldenrod se surpreenderam quando uma tromba de água imunda saiu de forma comportada pela porta da cabana, deslizando por um tobogã de gelo criado por Glaceon e manipulado psiquicamente por Meowstic e Gardevoir. Quando finalmente eles puderam entrar, encontraram uma cabana bem limpa e cheirosa.
- MÃE! - exclamou animada. - Isso tá impecável. Não sabia que a senhora sabia limpar assim.
- Tente ser assistente pessoal de palco antes de ascender na carreira. Você vai descobrir que limpar bastidores é uma das tarefas mais horripilantes, mas pelo menos lhe ensina alguns truques - retrucou orgulhosa ao lembrar da trajetória. - Augusto, ainda precisamos da lareira para não morrer de frio. Amorina, querida, se importa de retirar essa neve da frente da cabana? Vou descansar um pouco - concluiu a mulher.
Fazendo sinal de continência em provocação, pai e filha se dividiram para realizar a tarefa pedida pela mãe. Amorina ficava minutos para reunir a neve que ficou marrom-escuro pela sujeira lançada da cabana, se esforçando realmente para fazer o mais novo quintal ficar organizado. Enquanto isso, Augusto espiava por baixo da lareira o que estava acontecendo, sem sucesso pois estava tudo preto. Com isso, ele colocava Toucannon para lançar uma rajada de vento que iria tentar expelir tudo, enquanto Meowstic formava uma barreira de luz na entrada da lareira, impedindo que a sujeira retornasse. Amorina deu um gritinho quando viu a nuvem de fumaça "explodir" do topo da chaminé, fazendo uma chuva de fuligem cobrir com pigmentos pretos a neve branquinha que ela tinha conseguido deixar na frente de casa.
- Perdão, minha rainha - disse o homem quando viu a feição incrédula da filha. - Mas... ei! Está nevando!
A coordenadora levantava a cabeça e via que de fato havia uma nuvem acima dela, começando a soltar pequenos flocos de neve. Com o passar do tempo, eles foram aumentando, parecendo cumprir a função de esconder o caos de fuligem que o pai da garota tinha criado. Reunidos dentro da cabana, ela estava realmente bem mais confortável que antes, porém seus únicos móveis eram os tocos de madeira que foram improvisados como cadeira para o almoço.
- Vamos esperar a neve passar para comprar alguns colchões infláveis em Kiloude - disse a mãe.
- E se não passar até a noite?
- Melhor ainda. Se ainda estiver nevando, posso pedir pro pessoal trazer e montar os móveis que encomendamos - retrucou, parecendo mais animada com a possibilidade.
- Ai... eu tô com muita fome, pai. Podemos terminar depois?
- Não. Depois do almoço vamos relaxar e terminar essa cabana - decretou o homem. - Sua mãe fez um disfarce pra gente, mas não pretendemos dormir de lente de contato - brincou sobre a impossibilidade de dividirem quarto na Casa da Lareira.
Assim, a família se reunia num cantinho da cabana que tinha sido limpo da neve, embora úmido devido as partes que derreteram parcialmente. A situação era digna de se dizer "deplorável", mas a companhia e a deliciosa comida fazia tudo valer a pena. A refeição tratava-se de um legume empanado, com molho de Tamato e diversas especiarias, um prato quente. De acompanhamento, havia também dois espetinhos de carne com molho levemente picante e um espetinho de batata com pimentões coloridos. Eva não era contra o consumo de carnes, mas evitava sempre que possível. Ao concluir a refeição, a mãe da família ainda revelou um pote com docinhos imitando brigadeiro.
- Siebold me disse que tem um segredo da avó dele nesse doce - comentou quando foi pegar um deles. - Aparentemente, tem um ingrediente que reforça a imunidade contra o frio.
Todos colocavam o doce na boca na mesma hora, sentindo o chocolate derreter lentamente na língua com feições alegres. Contudo, bem no finzinho da garganta surgia um desagradável gosto amargo, mas que provavelmente era o ingrediente secreto. Amorina só conseguia pensar que se tratava de uma raiz raspada, pois geralmente eram elas que se acoplavam nessa região do corpo e destruíam sua degustação de pratos.
Concluída a refeição, a família gastou a hora seguinte para deixar a comida abaixar enquanto conversava. A magnata aproveitou a oportunidade para contar sobre os encontros lendários que teve na viagem, o que fez os pais surtarem com a ideia da filha estar no perigoso ataque de Kyogre da Corrida Alto Mare. Pelo menos o fato da filha ter encontrado com Diancie, uma lendária de diamantes, acalmava os ânimos dos genitores, além de dar ideias para ambos aproveitarem do relato para projetar ainda mais coisas, seja na empresa ou na atuação.
- Ok. Hora de voltar pro telhado - comentou o homem ao se levantar. - Mas acho que tenho uma melhor abordagem para evitar mais ferimentos.
Augusto auxiliou Komala a subir no telhado agarrado nele, seguido por Solrock que flutuava sem problemas até a parte de cima da cabana. Ainda na escada, o homem orientou Solrock para manipular as telhas no local correto, deixando que o leve Komala organizasse tudo depois. Com o trabalho em equipe, pouco a pouco as últimas telhas restantes mais ao meio do telhado era colocadas, com o coala dorminhoco rolando em cima delas para sentir qualquer ondulação e consertar, sem nunca abrir os olhos, apenas na própria sensação do tato. Quando tudo foi finalizado, Eva ainda pediu que Gardevoir tirasse o marido da escada com a força psíquica, evitando que ele fizesse qualquer passo em falso, mas também para provocá-lo.
Com as reformas externas concluídas, o trio agora precisava trabalhar essencialmente na limpeza da neve que entrou. Eva sugeria que ligar a lareira e tapar a casa poderia aquecê-la para ajudar no trabalho, mas com a chaminé entupida, eles apenas seriam sufocados pela fumaça. Sem escolhas extras, Litten e Solrock ficaram flutuando no meio do único cômodo da cabana, manipulando as chamas em um anel contido que fazia o trabalho de derreter a neve mais grossa, permitindo que cada um dos humanos começasse a puxar a água que se formava até o lado de fora. Conforme a espessura da neve reduzia, mais suja a água ficava, demonstrando que a cabana estava completamente empoeirada antes dos telhados romperem, o que deixava Amorina incomodada pela alergia.
Expulsando a filha e marido do recinto, Eva fechou a porta e ficou apenas com Gardevoir, Glaceon e Meowstic dentro da cabana. Com toda a neve já retirada, só era necessário tirar o excesso de sujeira que sobrou no chão, por isso a mulher tratou de arregaçar as mangas e esfregar com a vassoura o chão de madeira com água e sabão, que em minutos fez tudo ficar ainda mais escuro pois o pó encrostado começava a se soltar. Gardevoir manipulava o espanador para retirar as teias de aranha das beiradas, recebendo a ajuda de Meowstic que criava paredes de luz para que ninguém tocasse o chão. Glaceon apenas estava liberta para corrigir a posição do balde, evitando que Eva fizesse constantes pausas.
Quando a esfregação foi concluída, a atriz abriu a porta, mas apenas para chamar Brionne. Amorina e Augusto, que estavam conversando sobre as possibilidades de investimento em Goldenrod se surpreenderam quando uma tromba de água imunda saiu de forma comportada pela porta da cabana, deslizando por um tobogã de gelo criado por Glaceon e manipulado psiquicamente por Meowstic e Gardevoir. Quando finalmente eles puderam entrar, encontraram uma cabana bem limpa e cheirosa.
- MÃE! - exclamou animada. - Isso tá impecável. Não sabia que a senhora sabia limpar assim.
- Tente ser assistente pessoal de palco antes de ascender na carreira. Você vai descobrir que limpar bastidores é uma das tarefas mais horripilantes, mas pelo menos lhe ensina alguns truques - retrucou orgulhosa ao lembrar da trajetória. - Augusto, ainda precisamos da lareira para não morrer de frio. Amorina, querida, se importa de retirar essa neve da frente da cabana? Vou descansar um pouco - concluiu a mulher.
Fazendo sinal de continência em provocação, pai e filha se dividiram para realizar a tarefa pedida pela mãe. Amorina ficava minutos para reunir a neve que ficou marrom-escuro pela sujeira lançada da cabana, se esforçando realmente para fazer o mais novo quintal ficar organizado. Enquanto isso, Augusto espiava por baixo da lareira o que estava acontecendo, sem sucesso pois estava tudo preto. Com isso, ele colocava Toucannon para lançar uma rajada de vento que iria tentar expelir tudo, enquanto Meowstic formava uma barreira de luz na entrada da lareira, impedindo que a sujeira retornasse. Amorina deu um gritinho quando viu a nuvem de fumaça "explodir" do topo da chaminé, fazendo uma chuva de fuligem cobrir com pigmentos pretos a neve branquinha que ela tinha conseguido deixar na frente de casa.
- Perdão, minha rainha - disse o homem quando viu a feição incrédula da filha. - Mas... ei! Está nevando!
A coordenadora levantava a cabeça e via que de fato havia uma nuvem acima dela, começando a soltar pequenos flocos de neve. Com o passar do tempo, eles foram aumentando, parecendo cumprir a função de esconder o caos de fuligem que o pai da garota tinha criado. Reunidos dentro da cabana, ela estava realmente bem mais confortável que antes, porém seus únicos móveis eram os tocos de madeira que foram improvisados como cadeira para o almoço.
- Vamos esperar a neve passar para comprar alguns colchões infláveis em Kiloude - disse a mãe.
- E se não passar até a noite?
- Melhor ainda. Se ainda estiver nevando, posso pedir pro pessoal trazer e montar os móveis que encomendamos - retrucou, parecendo mais animada com a possibilidade.
Missão Local "As Cabanas de Natal"
PS Eva & Augusto Dourado
Não encontrei o Christmas Envelope
Brionne | Lv. 30 | 100%
Magical Litten | Lv. 26 | 100%
Pure Solrock | Lv. 20 | 100%
Frost Gastly | Lv. 25 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Mysterious Egg
Nível médio: 24
Exp Share desativado.
Itemfinder: (4/10)
Christmas Coins: (3/5)
Snowball: (4/4) [6/10 para nova colheita]
Icy Seed: (1/1) [2/10 para nova colheita]
Yache Berry: (2/2) [7/10 para nova colheita]
White Apricorn: (2/2) [8/10 para nova colheita]
Rabuta Berry: (2/2) [9/10 para nova colheita]
- Missões Ativas:
Christmas Coins [5/7]: Experimentou doces típicos e ajudou na decoração! Ajudou nas Decorações! Construiu um Boneco de Neve! Patinou no lago congelado! Brincou de guerra de bola de neve!
Christmas Book: 50% de chance de encontrar 1 Christmas Envelope após cada evento.
O Abandono: Realizar boas ações para reviver o Mysterious Egg (3 de 10).
Cabana Deplorável:
[3/3] Trocar as madeiras carbonizadas
[2/2] Retirar o excesso de neve no interior da cabana
[2/2] Reconectar os fios elétricos
[2/2] Trocar telhas quebradas
[2/2] Trocar vidros das janelas
[1/1] Desentupir a chaminé
- Informações Relevantes:
- Adquiriu 4 pontos de progresso na reforma da "Cabana Deplorável" ao concluir a troca das telhas, limpar a neve do interior da cabana e desentupir a chaminé, concluindo as reformas. Recebeu 1 Christmas Coin pela tarefa.
Recebeu o Certificado de Cabana Comum e 20 de Fama Local.
Última edição por Amorina em Qua Dez 13, 2023 1:37 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Amorina)
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