[Auto Route] 10.1

A experiência de Amorina em Pewter lhe rendia algumas reflexões, por isso espairecer era necessário. Com a proposta do Festival da Colheita, a coordenadora tinha a perfeita oportunidade para focar apenas em celebrações e culinária local. Chegando de Flying Taxi em Solaceon, ela logo via um grupo de pessoas fantasiadas para o evento descendo no mesmo ponto, além de ver que havia muitos enfeites laranja, amarelo e marrom espalhados pelas ruas, combinado com fenos. Envolta num ambiente tão acolhedor, ela demorava para perceber o RotomPhone vibrando. Era uma mensagem de sua mãe, Eva Dourado.

"Imaginei que teria interesse no Festival assim que ouvi os comentários de que esse ano seria maior. Já enviei um de nossos funcionários para recebê-la no hotel de Solaceon. Pegue sua fantasia e divirta-se bastante!"

Ansiosa, Amorina apenas ativou o GPS do RotomPhone e seguiu a localização marcada pela mãe na mensagem. Chegando na porta do hotel, ela logo reconheceu o funcionário da família pelo relógio de ouro que possuía. Com um sorriso no rosto, ele a guiou até um dos quartos mais afastados, fazendo a guarda por fora. Contudo, assim que ela abriu a porta, viu uma figura de curvatura feminina no meio do quarto. Ela usava um paletó que delineava muito bem seu corpo curvilíneo, num tom azul escuro com detalhes em preto, calça social seguindo o mesmo padrão e salto fino e alto nos pés. A figura cobria o rosto com uma máscara chique de Meowstic, sendo um dos pontos que fez Amorina abrir um largo sorriso e correr na direção da mulher.

- MÃE! - exclamou ao dar um abraço apertado na mulher. - Desculpa, não quis estragar seu look.
- Ora querida, esse abraço jamais seria capaz de estragar qualquer coisa. Mas me preocupa o fato de ter me reconhecido tão rápido.
- Não me trariam para o quarto errado e você é uma das poucas pessoas que consegue andar num salto tão fino - explicou sem tirar o sorriso do rosto.
- Justo. O importante é que eu consiga passar despercebida pelas multidões - comentou a mulher, se encarando num espelho alto que tinha no canto do quarto. - Eu adoraria ficar conversando com você a sós por hoje, mas meu tempo é curto e eu só tenho essa noite. Vista-se e então iremos aproveitar as delícias da colheita desse ano!

A coordenadora já estava acostumada com o tempo curto da mãe, porém sabia que cada segundo era o suficiente para fazer um bem enorme para cada uma delas. Sem perder mais tempo, Amorina correu para o banho e depois foi se vestir para o festival. Trajando um vestido vitoriano curto de seda laranja-claro, bordado e enfeitado com laços marrom escuro e um pano translúcido preto na altura do peito. Nas pernas, ela usava uma meia preta com abóboras estampadas e um sapato de salto baixo. Não fosse todo aquele preparativo, a coordenadora ainda foi surpreendida pelo cabeleireiro da mãe que a colocou na frente da penteadeira e demorou quarenta minutos para realizar o penteado. Em suma, ele ondulou as mechas que caíam de cada lado do rosto da adolescente, prendendo o resto num coque na parte superior da cabeça que foi enfeitado com presilhas de Vampire Zubat.

- Isso não é... demais?
- Talvez em sua jornada você tenha se acostumado com pouco querida. Mas esse é um evento único do ano. Aproveite para ser alguém... diferente!

Checando a própria aparência várias vezes, Amorina começava a amar cada vez mais os detalhes. Quando ela passava na luz, havia um amontoado de lantejoulas transparentes que reluziam de forma multicolorida para formar um fantasminha. Depois, ela viu que todos os seus Pokémon estavam fora da pokébola, bem trajados com roupas típicas da época.

Brionne possuía um adorável chapéu de bruxa com laço dourado. Litten afiava os dentes para fora da boca e usava uma capa que lembrava asas de morcego. Mudbray usava uma sela que imitava uma armadura. Solrock e Carbink usavam um traje de pano adaptado para seus corpos imitarem uma abóbora. Por fim, o grande Pumpkaboo da garota surgia, com uma adorável gravata de fantasminhas.

- Ora se vocês não estão uma elegância - comentava sorrindo.

Ao lado de Eva, o Meowstic macho surgia, trajando um pequeno terninho que lembrava os trajes de contos de vampiros. Ele e Litten se encaravam desconfortavelmente, mas depois pareciam bajular um ao outro com os sons emitidos e feição de metidos. Com todos arrumados, eles iam num verdadeiro bando para as ruas de Solaceon. Enquanto passeavam entre os moradores e turistas, elas sempre acabavam roubando a atenção de alguns olhos que apreciavam seus trajes e depois cumprimentavam cordialmente.

- O fato de eu não estar rodeada de paparazzi num traje desses é motivo de vitória - comentou a mulher sorrindo. - Vamos começar as festas!

Eva então puxava a filha para uma das mesas de picnic, onde um morador local estava grelhando cheirosos espetinhos que eram servidos de graça. Nas pausas de cada mordida, Amorina atualizava a mãe de suas aventuras, embora ela não pudesse reagir demais por ter o nariz e olhos cobertos pela máscara. Mesmo assim, de alguma forma a magnata compreendia as emoções da mulher apenas pelo movimento da boca, principalmente nos sorrisos contidos, que simbolizavam orgulho.

Depois de experimentarem os pratos salgados, a dupla se levantava e começava a caminhar um pouco mais pelo local, torcendo para encontrar pratos doces para complementar a experiência culinária. Contudo, fazendo o desvio pelas ruas mais afastadas para avaliar as decorações, Amorina trombava numa grandiosa Pumpcoll Berry brotando no chão. Ao olhar para um casal de idosos que estava na varanda de casa com um pote de doces fazer um sinal de "pode levar", ela se agachou e recolheu um exemplar da fruta, fazendo um movimento com o vestido em agradecimento.

Em meio aquela paisagem fantasmagórica, um simples cãozinho amarelo com um punhado de flores na boca chamava atenção da coordenadora, que seguiu a criatura com os olhos. Era um adorável Yamper, espécie que ela já conhecia, mas que por algum motivo tinha um brilho azulado ao redor dos olhos. Curiosa, ela fez um sinal para a mãe que a seguiu. Adentrando brevemente entre as árvores que rondavam a cidade, o clima subitamente ficava frio. Assim, em frente ao cãozinho enfeitiçado surgia uma criatura redonda com uma fumaça gélida marcante ao seu redor. Amorina tentava apontar a RotomDex para descobrir sobre ele, mas o aparelho alertava: "sem registro", coisa que as criaturas também escutaram.

- Para trás querida, eu cuido disso! - pontuou Eva, fazendo Meowstic assumir uma posição de ataque.
- Tudo bem, mãe. Eu dou conta! - retrucou. - Litten, Solrock, comigo!

vs
Info Adicional:

- Litten use Darkest Lariat no... Gastly? - chutou, ao notar a semelhança das criaturas. - Solrock use Flame Charge em Yamper!

O felino mágico era o mais ágil em campo, surpreendendo a mãe da adolescente quando absorveu a energia sombria no ar e começou a rodopiar imbuído nela, dando um encontrão no selvagem que imediatamente desmaiava. Com seu controlador desmaiado, Yamper voltava a ter a cor comum nos olhos, porém parecia bem irritada. Para evitar que o cão avançasse na coordenadora, Solrock deixou as chamas crepitarem pelo corpo quando também fez um encontrão no alvo, que revidou dando-lhe uma mordida potente (Bite).

- Finalize-a com os mesmos golpes!

Apesar do comando ser para a dupla, a investida de aura sombria de Litten era suficiente para deixar a segunda selvagem imóvel no chão. Eva deixava seu sorriso característico de orgulho escapar, fazendo Amorina estufar o peito pela conquista.

Batalha:

- Acha que é uma forma nova? Desconhecida? - perguntou animada para a mãe.
- A RotomDex é um aparelho muito bem alimentado, querida. Se não há registros, você foi pioneira. Aproveite!

Um Pokémon especial merecia uma esfera especial, assim Amorina retirou a Premier Ball que tinha partículas coloridas e a lançou contra o selvagem, que não relutou nem mesmo por um segundo para ser efetivamente capturado. Diferente das outras vezes, seu RotomDex realmente não atualizava, portanto a adolescente precisaria conhecer por conta própria seu novo amigo gélido.

Retornando para a cidade, Eva esticava os braços para que a filha entrelaçasse, seguindo pomposamente para mais fundo do Festival, onde provavelmente estariam as maiores e melhores atrações. Enquanto caminhava, Amorina admirava o trabalho dos estilistas de sua família, já que a roupa de Solrock estava intacta mesmo depois dele ter se imbuído em chamas. Talvez numa produção oficial, aquele fosse um furo de roteiro, mas ela sabia que não estava vivendo num filme.

Centro Pokemon
PS Eva Dourado

Evento Casal de Pokémon
Dados Yamper & Frost Spirit Gastly

Brionne | Lv. 27 | 100%
Magical Litten | Lv. 23 | 100% | Lucky Egg
Mudbray | Lv. 30 | 100%
Pure Solrock | Lv. 18 | 85%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 20 | 100%

Nível médio: 14 (22)
Exp. Share desativado.
Itemfinder: (5/10)
Pumpcoll Berry: (1/4)
Pickup: (0/2) [0/3 usos]

Informações Relevantes:

Ficha Selvagem:

Aprovado

Parabéns por ter sido a primeira a pegar a Bulba Form desse mês! Que sorte heim, esse Gastly é maravi-lindo. A interação da Amorina com a mãe é algo tão fofo e comovente, mesmo sendo um evento relativamente curto para demonstrar os laços de uma família, você conseguiu fazer isso com perfeição! Boa sorte em seus próximos achados e um ótimo Halloween!

Após encontrar o misterioso Pokémon gélido, Amorina achava suspeito o comportamento da mãe, que havia se afastado um pouco da menina para cochichar ao telefone. Ao retornar, Eva não deu grandes explicações, apenas abriu um sorriso e começou a experimentar a fatia de torta que havia pedido. A coordenadora até pensou em questioná-la sobre o motivo do suposto segredo, mas ela sabia o quão persuasiva e evasiva a mãe ela, por isso só desistiu e focou no próprio doce.

Depois de minutos, ela se surpreendeu quando uma equipe de reportagem chegou ao local trazendo Molly Hale, a representante da cidade. Não demorou para que um eco de multidão começasse "Amorina!", fazendo a espinha da adolescente gelar. Ainda escondida na máscara, Eva fazia movimentos exagerados com o braço para indicar a posição da filha, vendo Molly se aproximar. Assim, a coordenadora descobria que a PokéVisão queria fazer uma reportagem especial no Festival, porém o encontro de uma forma nova em Pokégea não poderia passar despercebido, por isso eles gostariam de uma rápida entrevista com a jovem sobre como foi o encontro e qual a criatura.

Sem poder recusar uma oferta de fama, a adolescente apenas limpou a boca e desamassou o vestido, se aproximando das câmeras rodeadas por moradores e turistas curiosos. Todos davam um grito de espanto quando Gastly se manifestou para eles, deixando o clima mais frio. Contudo, a parte mais bizarra era que um Gengar surgiu do chão perto do fim da entrevista, apontando para a direção de Allister numa parte afastada antes de todos os aparelhos da PokéVisão darem pane.

- Que infortúnio! Eu ainda tinha algumas coisas para falar. De qualquer forma, obrigada pela entrevista e parabéns pela conquista querida - comentou Molly gentilmente antes de dispersar a multidão ao convidá-los para uma rodada de graça de suco de Pumpcoll.

Amorina então ficava intrigada com o apontamento daquele Gengar, que sumiu antes que qualquer um pudesse dizer mais alguma coisa. Recolhendo a exausta Gastly, ela seguiu o rumo apontado sozinha. A medida que se aproximava, ela não pode deixar de abrir um leve sorriso ao ver a roupa adorável de Allister, embora o garoto se tremesse da cabeça aos pés só de imaginar ter que interagir com alguém desconhecido.

- Olá! - cumprimentou a jovem. - Sou Amorina.
- Seu... vestido é... bonito - retrucou o menino, pausando para respirar no nervosismo. - Allister. Sou Allister.
- Você gostou do Gastly? Vi que possui um Gengar, deve ter sido isso.
- ELE É MUITO LEGAL! - exclamou o garoto, como se mudasse de personalidade, mas logo murchou. - Desculpa. Sim. Ele é bem legal. Você parece ser especial, por ter um Pokémon desses.
- Gosto de pensar que foi apenas sorte - respondeu, antes de se instalar um silêncio constrangedor. - Sua roupa também é muito bonita. Pumpkaboo, né? Eu tenho um.

A grande abóbora fantasma da garota então surgia das sombras, quase como se realmente quisesse ser apresentado ao invés de simplesmente aparecer. Na sequência, uma outra sombra emergiu do chão, sendo um Pumpkaboo do mesmo tamanho da garota, mas pertencente ao especialista.

- Bom gosto - pareceu brincar o garoto ao soltar um riso contido. - Está gostando do festival?
- O clima é agradável. As decorações são bem chamativas. Particularmente, adoro o Outono pelo clima ideal para qualquer atividade, seja fora ou dentro de casa - explicou, vendo o garoto concordar com a cabeça.
- Eu... deveria ser o anfitrião deles. Mas... é muita gente. E estou... diferente - explicou o garoto mostrando os trajes.
- Você está muito elegante. Além disso, eu sei como é. Eu sou coordenadora, aliás - esclareceu, vendo a cabeça do menino se levantar como se fosse uma notícia fabulosa. - O nervoso dos palcos é comum, nunca passa. Minha mãe costumava dizer que as coisas não ficam mais fáceis com o tempo, é apenas a gente que aprende a se adaptar. No fim, a dificuldade sempre será a mesma.
- Sua mãe é coordenadora?
- Ah! - se espantou por dizer demais. - Digamos que... não. Mas ela conhece o mundo da fama - completou para se esquivar de mais perguntas.
- Alguma dica?
- Sorria! - comentou, depois encarou os olhos tristes do garoto pela máscara. - Desculpa, eu não quis. Olha, não há só uma forma de expressar alegria. Com o rosto mascarado, tudo o que nos resta é nos expressar pelo corpo - explicou a menina.

Ao se levantar, ela esticava a mão para Pumpkaboo, que entrelaçava uma vinha de seu corpo na garota. Com alguns passos de um lado para o outro, eles dançavam num ritmo só deles, deixando que a positividade e a conexão entre eles conversasse com Allister que assistia. O Pumpkaboo do garoto então esticou a própria vinha, deixando que o menino fosse ainda que desengonçado forçado a dançar.

- Se estiver muito difícil concentrar pela multidão, tente focar naquilo que gosta. Naqueles que te dão força ainda que a situação esteja difícil.

Allister então focava o olhar em Pumpkaboo, desviando parcialmente para Gengar quando dava um rodopio que o permitia ver o fantasma. Em minutos, o corpo estremecido do garoto se acalmava e seus movimentos ficavam mais soltos. Apesar da máscara, Amorina podia ver um movimento na beira do rosto do garoto, sendo indicativo de que por baixo dela ele estava sorrindo.

- E um discurso? Teria alguma dica mágica para isso? - questionou mais desenvolto ao parar de dançar, embora nunca encarasse a menina diretamente.
- O Festival da Colheita tem um significado especial para a população em geral. É o momento de fartura, de gratidão, um prenúncio do período invernal em que todos teremos que sobreviver. Em suma, é o momento de compartilharmos memórias e construir novas. O segredo é falar com a alma.
- Hmm... então o que acha de...

Depois de longos minutos de ensaio, Amorina e Allister caminhavam juntos rumo ao palanque no meio da rua principal. Todos olhavam e saudavam o especialista com grande entusiasmo, fazendo-o se recolher, mas logo Gengar começava a fazer algumas caretas enquanto flutuava e todos desviavam a atenção, deixando o menino respirar aliviado até chegar na posição oficial. A coordenadora ficava em pé por já não possuir mais lugares para sentar na fileira da frente, tendo Gengar e os Pumpkaboo ao seu redor, além dos demais Pokémon que haviam ficado próximos de Eva.

- Colhemos o que plantamos, isso é óbvio. Por isso... hoje nós celebramos aquilo que semeamos dia a dia uns nos outros. Gratidão, paz, harmonia, amor, esperança. Todas são palavras que precisam marcar as mesas enquanto nos deliciamos com as tortas - comentou o garoto, a todo momento virando subitamente para encarar Gengar que o aplaudia silenciosamente. - É também um momento de lendas, de contos de terror e bruxas, um período místico. Cada fantasia carrega uma história, podendo transformar a personalidade de pessoas para se adaptarem ao alter ego que assumiram. Esse é o espírito da criança que habita em cada um de nós, que só irá partir quando deixarmos de alimentá-lo com nossa inocência. Por isso, aproveitem o festival, divirtam-se, sejam diferentes. Brinquem com abóboras, espantalhos e com fantasmas... todos merecem a chance de receber um pouco do que vocês podem ofertar. E acreditem, as vezes um pequeno conselho ou convite para dançar pode ser exatamente o que alguém precisava - finalizou o especialista, deixando pela primeira vez a impressão em Amorina de que ele estava olhando para ela naquela última frase.

Todos aplaudiam em êxtase o discurso motivador, até mesmo Molly estava com os olhos lacrimejando, mas provavelmente era por ter achado os trajes do garoto uma fofura. Depois do discurso, as celebrações pareciam ter recebido um fôlego extra, já que os músicos começavam a tocar mais alto, muitas das abóboras que estavam apagadas se acendiam e as crianças finalmente começavam a correr para cima e para baixo com as típicas "Gostosuras ou Travessuras?". Amorina até mesmo riu quando viu Eva dando um sinal para Meowstic, que fez alguns doces da mesa flutuarem até as mãos da dona para que ela entregasse as balinhas como se fossem presentes exclusivos de um truque de mágica.

- Com licença - disse a voz nervosa de Allister. - Eu poderia lhe pedir um favor?
- É claro. O que posso fazer por você?
- Eu quero uma Contest Battle. Digo. Pumpkaboo quer... mas eu também - tentou se explicar nervosamente. - Mas eu não entendo muito.
- Não se preocupe. Eu vou ajudar - comentou com uma piscadela.

A coordenadora então se aproximou de uma das mesas de picnic e enviou uma mensagem para o funcionário da família, que agilmente trouxe sua mochila. Culpada pela viagem longa, a magnata ainda pagou diversos pratos para o homem comer enquanto aguardava. Assim, Amorina explicou detalhadamente como as PokéBlock funcionavam, aproveitando a oportunidade para misturar 4 Starf Berry e criar 2 Pokéblocks Multicoloridos. Allister então pediu para fazer o mesmo com as frutas que possuía, criando os cubos doces rosa e verde que ele entregou para Pumpkaboo. Alinhando-se ao iniciante em sua classe, a jovem também entregou os 2 Pokéblocks para o próprio fantasminha, deixando-o com uma êxtase açucarada e sorriso de satisfação.

- Acha que estou pronto para me apresentar?
- Só há um jeito de descobrir - disse animada.

Allister e Amorina se levantarem em êxtase, assustando algumas pessoas que passavam. Eles rumaram uma arena de terra batida improvisada, com fenos e fitas enfeitando os potes que o circulavam. Não demorou para que os curiosos notassem que uma batalha estava prestes a começar, provavelmente só não imaginavam que seria uma Contest Battle. Molly então liberava um dos RotomDrone da PokéVisão para bater foto dos competidores e projetar um outdoor no céu escuro.

vs
Info Adicional:

- Lembre-se de se divertir! - explicou tanto para Allister quanto para Pumpkaboo ao entregá-lo o Lucky Egg. - Comece com Confuse Ray! Controle seu oponente!
- Confuse Ray! - comandou Allister num grito contido.

A plateia se animava com a competição, vendo que cada uma das abóboras começava a projetar uma nuvem roxa ao redor de seus corpos, esticando até que elas se entrelaçassem e fosse impossível distingui-las. Apesar disso, o Pumpkaboo do especialista parecia sofrer os efeitos um pouco mais rápido, graças à ligeira maior experiência do fantasma da coordenadora.

- Agora use Razor Leaf!
- Aproveite os golpes anteriores, Allister. Pumpkaboo mergulhe-se nessa névoa confusa e revide com Astonish!

A abóbora da garota começava a rodopiar, forçando a névoa lhe cobrir parcialmente enquanto ele mesmo ficava intangível para se esconder dentro dela. Na sequência, Pumpkaboo criava uma projeção fantasmagórica que avançava num vulto contra o alvo, deixando a plateia entusiasmada. Apesar de tentar revidar, o Pokémon do especialista cambaleava no ar, caindo no chão ao perder o equilíbrio.

- Não fique envergonhada. Permita-me ensinar algo... Astonish novamente!
- Controle-o no Spite!

Amorina tinha dado um golpe repetido propositalmente, mostrando ao coordenador amador que a repetição não deixava a plateia tão animada por já ter visto o golpe acontecendo. Recuperado, o fantasminha de Allister criou um brilho azulado nos olhos da barriga que perseguiu e adentrou a cabeça do adversário, ameaçando-o de ser incapaz de utilizar aquele golpe mais vezes.

- Nada mal, certo? - brincou o menino. - Shadow Sneak!
- Isso vai ser interessante... Shadow Sneak você também, Pumpkaboo!

Ambas as abóboras paravam de flutuar para colocar seus pézinhos no chão, liberando uma sombra escura com olhos alaranjados que se movia de forma independente pelo chão. A plateia lutava de todo o jeito para olhar o duelo de sombras no chão, que se entrelaçavam quase numa dança sombria, até que uma encontrasse a outra e ambas retornassem para seus respectivos usuários, retirando seus pontos.

- Você é boa nisso!
- Só tenho mais prática. Você está dando um show também! Mas isso não quer dizer que iremos pegar leve... Razor Leaf! - disse num gesto teatral.
- Pegue-a com Spite!

O Pumpkaboo da coordenadora entendia o gesto exagerado da dona: era hora de um ataque especial. Ao invés de disparar diversas folhas afiadas, a abóbora se concentrava um pouco mais para criar uma única folha gigante e reluzente, que era disparada contra o alvo de brilho azul na barriga. Assim que o Pumpkaboo do especialista sofreu o dano, o fantasma da adolescente sentiu uma irritação na própria cabeça.

- Estamos quase lá! Devolva essa folha com mais algumas, Razor Leaf!
- Assuste-com com sua presença! Astonish!

Amorina ficava feliz em ver que o garoto dava ordens mais precisas para Pumpkaboo, demonstrando que estava se soltando a cada novo turno. Ainda assim, ela não tinha planos de perder. Com sua abóbora sendo a mais ágil, Pumpkaboo criou uma projeção fantasmagórica do próprio corpo, disparando-a contra seu alvo. Contudo, utilizando as folhas do golpe anterior, o adversário reconduziu o golpe e cortou a projeção adversária.

- Pelas sombras eles se revelam, certo? Shadow Sneak!
- Mergulhe também, Pumpkaboo!

Mais uma vez as abóboras faziam suas sombras autônomas brincarem pelo chão, mas agora elas eram mais travessas, ao passarem entre a plateia fazendo algumas pessoas darem pulinhos com medo da presença fantasma. Com um golpe sorrateiro, o fantasma da coordenadora dava um ataque no corpo físico do adversário, fazendo as duas sombras retornarem para seus usuários. A abóbora de Allister ficava com as presas mais expostas, demonstrando raiva.

- Isso foi interessante, mas agora não tem saída. Spite e cancelaremos um golpe dela!
- Os ataques são mais bonitos, mas não se esqueça que há mais comandos. Confuse Ray!

Pumpkaboo fazia agora a névoa roxeada surgir de sua barriga, vazando sem fim para cobrir o adversário que olhava para todos os lados, como se visse diversas formas que não conseguia explicar e ficava confuso com elas. Mesmo assim, o fantasma de Allister conseguia desferir seu controle mental de aparência azulada, que encontrava a mente do Pokémon da coordenadora e agora deixava diversos golpes dela em perigo.

- O tempo é curto e você não me dá folga. Pumpkaboo use Shadow Sneak!
- Só mais um pouco, Razor Leaf!

A abóbora da jovem começava a se mover, tocando os pézinhos no chão ao formar sua sombra fantasmagórica com olhos alaranjados. Apesar de para o público ser uma visão comum, a mente confusa do Pumpkaboo de Allister fazia com que aquela sombra se misturasse com a névoa e fizesse tudo rodar. Quando ele levou o golpe e tentou revidar, acabou batendo a cara no chão.

- Oh não... Pumpkaboo! - comentou o garoto com voz preocupada.
- Ele está seguro, não se preocupe. Os golpes não são para causar danos
- Certo! - retrucou ao notar que o fantasminha realmente não tinha nenhum ferimento. - Nossa vez de mergulhar nas sombras, Shadow Sneak!
- Astonish para repelí-lo!

Com a prioridade no golpe, a abóbora fantasma do especialista se preparava para colocar o pé no chão, mas se desequilibrava na própria confusão e batia de cara no chão. Com o último ponto sendo retirado pela inexecução do golpe, o RotomDrone logo soltava um som de comemoração e estampava em tela cheia o rosto de Amorina com Pumpkaboo.

Batalha:

- Isso foi... inesperado. Você está bem? - perguntou ao garoto, que ficou imóvel desde que o drone anunciou a derrota.
- Tá brincando? - respondeu seco. - Foi uma das melhores batalhas da minha vida! Eu nunca me diverti tanto vendo golpes que são utilizados todos os dias. Você viu como a névoa reluzia? Como aquelas folhas eram mais afiadas e reais que o normal? Que... que... - comentou animado, mas depois viu todos o encarando.
- E essa foi uma gloriosa demonstração, pessoal! Aplausos para Allister, que ainda com medo, se aventurou e nos deu um show. Estou enganada?

A multidão então começava a aplaudir e gritar o nome do menino, que ficava acanhado, mas parecia feliz. Depois que a plateia se acalmou, o garoto fez um sinal para Gengar, que trouxe uma bandeja de presentes para a menina. Haviam duas moedinhas de ouro com o rosto de um Pumpkaboo estampado, um Pokéblock verde, 3 Exp Candy um Pumpcoll Berry.

- Eu pedi essa fruta? - perguntou o garoto, vendo Gengar responder. - Certo. Cortesia sua.
- Bom, muito obrigada pelo presente - agradeceu numa cordial reverência, fazendo o fantasma corar. - Mas o que são essas moedas?

Allister gastava um tempo para explicar a origem das moedinhas, que eram originalmente apenas um símbolo temático, mas pelo temor das atividades criminosas, se tornou o dinheiro oficial dentro do Festival. Quando estavam prestes a sair para conversar um pouco mais, um garoto se aproximou de Alliser solicitando uma batalha no mesmo estilo que foi realizado contra a coordenadora. Mais uma vez Amorina via o músculo da bochecha do garoto erguer, demonstrando seu sorriso antes dele se despedir com um aceno da coordenadora e correr novamente para a arena.

- Ele é uma graça naquela roupa. Mas sei que você se segurou bastante - disse Eva quando a filha se aproximou. - Deixei todos bem alimentados enquanto você se apresentava. Não precisa me agradecer - emendou em seguida, mostrando os demais Pokémon da coordenadora.

Abraçando a mãe e dando um barulhento beijo na bochecha dela, Amorina olhava com satisfação todos os seus Pokémon com o rosto sujo de creme de torta de maçã. Pumpkaboo se queixava de não ter conseguido nada, correndo para um pote de balas que o funcionário da família segurava.

- Não acho que me segurei. Acho que apenas segui meu instinto. Apesar de ter vencido, aquela apresentação não era apenas sobre mim. Era sobre um novo Allister que ele estava aprendendo a conhecer - emendou num sorriso, vendo que Allister estava solto durante a segunda batalha de Contest e que Gengar estava como uma líder de torcida para o treinador.

PS Eva Dourado

Evento NPC
NPC Allister

Batalha (Não separei em turnos por serem muitos).

Brionne | Lv. 27 | 100%
Magical Litten | Lv. 23 | 100%
Mudbray | Lv. 30 | 100%
Pure Solrock | Lv. 18 | 85%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 20 | 100% | Lucky Egg

Nível médio: 14 (22)
Exp. Share desativado.
Itemfinder: (6/10)
Pumpcoll Berry: (2/4)
Pickup: (0/2) [0/3 usos]

Informações Relevantes:

APROVADO!

Contests Battles realmente abrem bastantes possibilidades para vencer do adversário, bem difícil ver um combate desses naturalmente, mas bem legal de acompanhar, acho que até perdendo seria interessante, porque cada ato seu teve uma reação, que não se resume em dano. Resolveu muito bem o combate, mesmo com pokémons semelhantes.

Boa sorte durante o festival, quer dizer, ainda mais sorte haha! Pode seguir!

Após a batalha contra Allister, Amorina e Eva se afastaram um pouco da rua principal, esperando encontrar mais coisas para fazer enquanto colocava o papo em dia. A mãe da coordenadora inclusive compartilhava um segredo do mundo estético que estava para surgir, sendo um batom especial que deixaria um brilho e cor natural na boca. A magnata logo associava isso ao fato de seu pai ter ficado um bom tempo fora, provavelmente buscando pessoas que fossem capazes de manipular o produto para fabricá-lo eventualmente em massa. Na verdade, naquela altura, Amorina conhecia apenas os antigos ramos das Corporações Dourado.

Elas continuaram o papo até passarem na frente do Centro Pokémon, que adoravelmente colocou um lençol branco com dois furos na moldura da Pokébola acima dele, deixando a aparência de um fantasma de olhos vermelhos espreitando quem adentrasse o local. Não só isso, como a própria enfermeira estava utilizando a roupa comum das oficiais Jenny. Entregando Solrock para recuperar o pouco de energia que lhe havia sido tirado na primeira batalha do Festival, Amorina aproveitava a deixa para realizar uma troca na equipe, deixando Mudbray descansar na Box enquanto trazia o fantasma gélido para a equipe.

- É uma decisão sábia. Seu Mudbray parece bem experiente comparado aos selvagens daqui - ponderou Eva. - Mas sua recente aquisição é uma escolha inteligente?
- Ela goste ou não, está capturada por mim. Não posso temê-la para sempre. Então, só me resta treiná-la para que confie em mim - respondeu a coordenadora, deixando a mãe orgulhosa.

Com o Computador sendo mais rápido que a enfermeira, a magnata também ia até o PokeMart, com o vendedor vestido de Frankestein e adquiria cinco pokébolas para usar, já que a resistência das criaturas de Solaceon era menor. Como padrão, ela recebia uma Premier de brinde. Quando terminou isso, elas aguardaram apenas mais alguns minutos até serem chamadas para recolher a pokébola do psíquico.

Retornando para as ruas de Solaceon, agora elas apenas apreciavam as paisagens e figurinos dos turistas, utilizando alguns deles para fazer uma foto conjunta e enviar para Augusto. Nesse meio tempo, o Pumpkaboo de Amorina sumiu entre as multidões, camuflando-se entre as abóboras de enfeite e as vezes nadando nas sombras das crianças. Mais alguns passos adiante, então todos sentiram uma presença ruim, já que começavam a encolher e arrepiar. Os murmurinhos começavam de um lado para o outro, até que uma dupla surgia de trás da moita. O primeiro era um Pumpkaboo de tamanho comum, imbuído numa aura sombria e de olhos vermelhos furiosos, de "mãos dadas" com um fantasma roxo flutuante com pérolas vermelhas no pescoço, sendo um casal do terror.

- É um Pokémon Sombrio! Fujam! - gritou uma das moradoras, fazendo as crianças se esgoelarem ao começarem a correr.
- Você cuida dessa?
- Pelo bem de uma amiga - comentou, ao lembrar que Touko é purificadora. - Solrock! Pumpkaboo! - disse ao lançar as pokébolas, mas apenas o psíquico se libertou. - Oh não... nesse caso... Gastly! - comandou, deixando o Lucky Egg exposto para ela.

vs
Info Adicional:

- Solrock use Flare Blitz em Pumpkaboo! Gastly use... ahm... - pausou para consultar o RotomDex, agora atualizado com os movimentos do fantasma. - Ice Shard!

O fantasma criogênico virava parcialmente o rosto para encarar a coordenadora, aparentemente julgando-a, mas depois se virou corretamente para os adversários. O fantasma perolado dava o pontapé na batalha, fabricando uma sombra roxa que passou pelo chão e golpeou sorrateiramente Solrock (Shadow Sneak). Com a prioridade, Gastly agia logo em seguida ao reunir a névoa do corpo e gerar uma orbe gélida que foi atirada contra o fantasma sombrio, que resistia bem graças ao véu corrupto. Antes que Pumpkaboo pudesse agir, Solrock projetou chamas pelas pontas do corpo, girando no próprio eixo para imitar o Sol ao colidir com seu alvo, que caiu desmaiado no chão.

- Bom trabalho! - comemorou, mas só então notou a perfeita diferença do flamejante psíquico e da gélida fantasma. - O que acham de um golpe duplo? Solrock use Flare Blitz mais uma vez, cubra Gastly em sua luz para que seu Astonish seja ainda mais assustador!

Apesar de tentar criar uma combinação entre os parceiros, Misdreavus utilizava mais uma vez seu golpe prioritário para atacar o Pokémon cósmico sorrateiramente, lhe deixando bem ferido (Shadow Sneak). Com isso, a habilidade de Solrock ativava, fazendo seu corpo reluzir branco no núcleo e espalhar uma aura positiva por todos os lados, além de aumentar seu potencial ofensivo. Com os fantasmas da batalha cegos pela luz, o psíquico teve muito tempo para criar chamas com beiras brancas e investir contra o último selvagem de pé, desmaiando-a. Com o fim do combate, a luz de Solrock voltava ao normal.

Batalha:

- Ótimo trabalho. Agradeço a confiança - comentou para a dupla, embora Gastly deu apenas uma suspirada soltando um vento gelado antes de se forçar a retornar para a pokébola. - Acho que ainda temos um longo tempo para melhorarmos isso. Solrock, descanse - complementou ao recolher o psíquico ferido.

Com a ameaça neutralizada, os moradores aplaudiam o desempenho da adolescente, que cordialmente os retribuiu com uma reverência. Por fim, ela lançava uma pokébola em cada um, obtendo sucesso nas duas capturas. Como padrão, a aura da Pokébola do Pokémon sombrio era negativa, por isso foi colocado bem no fundo da bolsa, onde por hora deveria ficar até a garota voltar ao Centro Pokémon.

Depois de todos os acontecimentos, Amorina e Eva faziam o perfeito caminho contrário, já que ter Solrock tão ferido era bem perigoso e até cruel. Ao chegarem na construção, elas se depararam com dois grandes Pumpkaboo rondando Allister que também curava os Pokémon com a enfermeira. Ao fitar sua mais nova amiga, o especialista explicou que o Pokémon da coordenadora foi atrás dele para assistir as batalhas, além de ter encontrado um cogumelo selvagem.

- Só isso, né? - perguntou desconfiada ao ver a cara de malandro de Pumpkaboo.
- Ele se comportou. Eu prometo - comentou o garoto. - Aliás, você não sabe o que aconteceu. Uma coordenadora utilizou um movimento combinado contra mim, retirando vários pontos. Foi incrível!
- Oh... eu acho que nunca te falei dos Combo Move por achar que você já conhecia. Mas, se quiser, posso te dar algumas aulas.

Enquanto o Gengar de Allister e o Solrock de Amorina ficavam sob cuidados da enfermeira, a dupla foi até a arena trás da construção para aprender um Combo Move. Antes, obviamente, eles precisavam criar uma base, por isso ficaram vendo os movimentos de cada Pokémon no RotomDex enquanto tinham o surto de ideias, sendo a maioria delas estranha demais para ser executada. Assim, só restava uma combinação que eles ainda não tinham pensando, mas que se fosse bem executada, seria belíssima!

- Trick-or-Treat com Leech Seed! Imagine só... o campo cheio de raízes sem padrão, com rostos assustadores... como naqueles filmes infantis! - explicou Amorina, deixando o olhar de Allister arregalado.

Os dois então começaram a explicar o movimento para suas abóboras, que compreendiam o objetivo, mas tinham dificuldade na execução. Por vezes, eles lançavam apenas as sementes comuns pelo chão, em outras, liberavam espíritos que subiam até o céu e desapareciam com um sopro do vento. Apesar disso, eles não desistiram, passando meia hora fazendo a torcida para que o golpe fosse realizado. Depois de muito sufoco, o Pumpkaboo de Amorina conseguia disparar as sementes com um tom roxo, que penetravam o solo e subitamente fazia as raízes assustadores surgirem, além de reluzirem em tons escuros ao tentar roubar a energia. Motivado, o Pokémon de Allister também acabava conquistando o feito, deixando toda a arena coberta pelo combo.

- Pumpkaboo, retire tudo isso! - comandou o coordenador amador.

Assim que a abóbora tocou nas raízes, elas tentaram se agarrar nele, mas falharam. Com seu alvo sendo imune ao golpe, as raízes retornavam para a semente, que logo era destruída naturalmente. Aquilo dava um alerta para a dupla: Pokémon Ghost ou Grass type eram imunes aos seus efeitos.

- Bom, se você enfrentar um Pokémon das tipagens do Pumpkaboo, provavelmente vai perder pontos. Mas, pelo menos se enfrentar algum diferente, vai ter uma combinação que vai deixar todos surpresos! - animou a garota.
- Sim! As raízes combinam muito com o clima da Colheita! Obrigado, Amorina! - comentou em voz contida, mas alegre.

Quando eles tentaram entrar novamente no Centro, foram surpreendidos por Eva que saltou do telhado e teve sua queda amenizada pelos dons psíquicos do Pokémon que ela possuía. Meowstic, Gengar e Solrock desciam logo em seguida, demonstrando que a enfermeira já havia liberado eles a um tempo, mas que para não atrapalhar o treinamento, a mulher os manteve ocupado observando o céu estrelado.

- Allister. É um prazer conhecê-lo. Sou mãe de Amorina - cumprimentou a mulher, vendo o garoto estremecer. - Não precisa ficar com medo de mim. Todo amigo de minha filha é meu amigo também - completou com um sorriso largo, que parecia assustá-lo ainda mais.
- É um prazer... a gente se vê... Amorina - disse pausadamente, correndo daquele lugar.
- Você pegou pesado dessa vez - repreendeu a garota.
- Oh, mas ele é tão adorável com aquela máscara. Além disso, eu não podia me dar ao luxo de revelar meu nome - explicou.

Com a situação esclarecida, Amorina compreendia os motivos da mãe, já que provavelmente Allister a reconheceria se desse o nome "Eva Dourado". Antes de saírem do Centro, a mulher ainda entregou mais dois PumpKoin e um Pokéblock Verde para a filha, dizendo que o próprio Gengar havia lhe entregue, apontando para Amorina como se quisesse dizer que era um presente extra.

- Acho que Gengar gostou de mim. Só espero que a minha também goste - comentou em seguida, olhando para bolsa onde estava a Pokébola da gélida Gastly.

PS Eva Dourado

Evento Casal de selvagens & Pickup
Dados Pumpkaboo & Misdreavus

NPC Allister
Combo "Haunted Seed"

Brionne | Lv. 27 | 100%
Magical Litten | Lv. 23 | 100%
Pure Solrock | Lv. 19 | 100%
Frost Spirit Gastly | Lv. 14 | 100% | Lucky Egg
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 20 | 100%

Nível médio: 14 (20)
Exp. Share desativado.
Itemfinder: (7/10)
Pumpcoll Berry: (3/4)
Pickup: (0/2) [1/3 usos]

Informações Relevantes:

Ficha Selvagem:

APROVADO

Ótima narração como de costume, ficou bem natural a interação da Amorina com os NPC's, mas a cereja do bolo foi toda a descrição do combo de Coordenador, me deu vontade até de criar um NPC Coordenador só pra criar combos kkkk.

Algumas horas se passaram desde que Amorina tinha ensinado o Combo Move para Allister, fazendo com que o clima ficasse ainda mais frio com a chegada da madrugada. Assim, a coordenadora e a mãe ficaram sempre passando próximo à barraquinhas que faziam espetinhos, absorvendo o calor antes de continuarem suas caminhadas. Apesar disso, pelo vestido curto da magnata, Eva sugeria que elas fossem até o Centro Comunitário, onde possivelmente estaria climatizado.

Seguindo o conselho, a dupla já foi capaz de ouvir na porta da construção as músicas punk que tocavam, todas com letras que associavam à temática assombrosa. Com boa parte do salão sendo iluminado por falsas velas flutuantes e abóboras iluminadas, Eva aproveitava a escuridão para se soltar ainda mais em sua dança e convidar a filha. Já fazia meses que Amorina não dançava em dupla, mas com a batida animada, não havia os rigorosos e pontuais movimentos da dança de salão, o que era um alívio.

Apesar de estar aproveitando o momento, a adolescente ficou bem incomodada quando viu um homem levando um Pumpkaboo grande para fora da pista de dança. Ela então checou os bolsos, notando que a pokébola de seu fantasminha estava vazia. Correndo no encontro do homem, ela o interceptou antes que pudesse efetivamente sair do Centro Comunitário.

- Ei! O que pensa que está fazendo? - questionou para Pumpkaboo, mas quem se sentiu culpado foi o homem.
- Céus! Você quase me mata de susto. Por acaso esse adorável Pumpkaboo é seu?
- Sim. Ele pegou algo que é seu?
- Não! Não. E mesmo que tivesse pego, eu não poderia julgá-lo por agir na sua própria natureza - ponderou o homem cordialmente para o fantasma. - Sou Conde Pumpka, mas pode apenas me chamar de Conde, encantado - disse o homem esticando as mãos e fazendo um gesto de que ia beijar.
- Amorina - apresentou, puxando a mão antes de que o homem tocasse o lábio nela. - Se incomodaria de explicar o que estava tentando fazer?
- Evidentemente você tem perguntas. Bom, um grande amigo meu está sediando um encontro de treinadores de Pumpkaboo. Na verdade, ele chama de "Mega Encontro de Treinador de Pumpkaboo e Gougeist".
- Nome longo - "e esquisito", pensou. - Eu não vi nenhum cartaz sobre esse encontro.
- Evidentemente que não queremos qualquer um em nossa reunião. Apenas aqueles que possuem essa criaturinhas. Aliás, conheça Príncipe, o meu pequenino Pumpkaboo.

Amorina ficava bem surpresa com o Pokémon do homem, que era menor que o topete do homem. Aquilo a fazia pensar que o próprio Pumpkaboo era ainda maior que o normal. Assim, o Conde dava algumas explicações extras sobre o que aconteceria na reunião, dizendo que ele ocorreria no segundo andar do Centro Comunitário, na sala onde aconteciam as reuniões anônimas. Apesar de desconfiada, a coordenadora achou que não custava tentar, seguindo o homem. Um alívio lhe bateu assim que ela viu Allister no meio da sala, cercado dos fantasminhas.

- Não sabia que Allister participaria.
- Bom, ele possui um Pumpkaboo - retrucou o Conde, sendo uma constatação bem óbvia.

O Conde então puxou a garota pela mão, apresentando-a como se fosse sua sobrinha ou filha dado o carinho que tinha na voz. Provavelmente era pelo fato dos dois estarem usando roupas que lembravam abóboras, embora no caso do vestido de Amorina era apenas a cor. Mesmo assim, todos lá eram bem cordiais e animados, enaltecendo os próprios Pokémon enquanto se comparavam com os demais. Acabando por cair na postura dos demais treinadores, a magnata acabava se gabando dela e Allister serem os únicos com um Super Size, o que gerou uma comoção para descobrir qual deles era maior.

- Ahh... ah... - balbuciava Allister nervoso com as pessoas o rondando, esperando o resultado da fita métrica. - O de Amorina é maior, por 2 milímetros - comentou.

Então todos eles aplaudiram, fazendo o Especialistar se encolher e a coordenadora corar. Ela não esperava que houvessem tantos fanáticos por aquela espécie, mas ficava feliz em ver que eles eram tão inofensivos quanto pareciam. Além disso, a oportunidade era perfeita para ver as abóboras de múltiplos tamanhos, que reforçava ainda mais a ideia da garota que ela tinha tirado na loteria seu amigo grandalhão. O que a preocupava era o tamanho do Pokémon quando virasse Gourgeist, já que as Large size que estavam no recinto batiam quase na cintura de seus donos.

- Vocês se reúnem todo ano aqui?
- Tecnicamente, é nosso primeiro. Mas pretendemos voltar anualmente sim - explicou uma mulher.
- Por falar nisso, vocês já ouviram falar do Labirinto Assombrado?

Todos os entusiastas então focavam no Conde, que explicou a existência de uma abóbora dourada dentro do labirinto, mas que seu encontro era extremamente raro. De início, não parecia ser algo que ela tinha interesse, mas quando o homem disse que pagaria quinze mil pokédollars pelo item, Amorina quase se engasgou com o suco de Pumpcoll que estava tomando, mas se recuperou rápido. Aquele preço era exorbitante para um artefato que provavelmente não teria uso algum, mas a magnata aprendeu a não questionar colecionadores, mas a trabalhar com eles.

Na sequência do encontro, as coisas foram bem mais simples, apenas com um pequeno baile de abóboras, onde cada treinador usava sua criatura como par. Na finalização, uma das entusiastas com Gougeist sugeriu que todos se unissem para fazer uma brincadeira na população: usarem Trick-or-Treat reunidos para criar um enorme fantasma. Com todos aprovando a ideia, eles foram despretensiosamente para fora do Centro Comunitário e se reuniram atrás dele. Em instantes, os Pokémon começavam a reunir um brilho azulado em suas barrigas, seguido de diversos fantasminhas e abóboras sorridentes que se elevavam no céu escuro e iluminavam para atrair a atenção do público.

- Isso é... DEMAIS! - exclamou a adolescente vendo as figuras assombrosas, mas fantásticas dançarem pelos ares antes de gradativamente desaparecerem numa lembrança que marcaria pra sempre a coordenadora.

Depois de meia-hora de reunião, eles resolviam se despedir recebendo algumas prendas que o Pumpkaboo de Allister entregava cordialmente. Quando Amorina foi receber o dela, recebeu uma piscadela do Pokémon, como se tentasse dizer para ela ficar em silêncio sobre o conteúdo da sacola. Quando se afastou dos grupos e reencontrou Eva Dourado dentro do Centro Comunitário, ela viu que havia ganhado alguns docinhos com o Pumpkaboo estampado e duas PumpKoin.

- Estou curiosa de onde conseguiu esse brinde, mas temo que não tenho permissão de perguntar já que você nem me convidou - comentou Eva.
- Talvez ano que vem... se você trouxer um Pumpkaboo para o evento - provocou a menina, fazendo um "soquinho" com a abóbora.
- Quase me arrependo de ter pego isso pra você, então - reclamou a atriz, colocando um Pumpcoll Berry na mesa.

Amorina dava um abraço apertado na mãe em pedido de desculpa. Espiando o relógio da mulher, a coordenadora sentia o tempo se apertar, já que a mãe possuía uma rotina estrita de sono para não envelhecer nem acordar indisposta, sendo o seu limite diário meia-noite. Pensando no que poderiam fazer para finalizar a noite, ela apenas ganhou tempo ao pedir alguns salgadinhos que estavam sendo servidos no local.

PS Eva Dourado

Evento NPC
NPC Conde Pumpka
Missão "Mega Encontro de Treinadores de Pumpkaboo e Gourgeist"

Brionne | Lv. 27 | 100%
Magical Litten | Lv. 23 | 100%
Pure Solrock | Lv. 19 | 100%
Frost Spirit Gastly | Lv. 14 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 20 | 100%

Nível médio: 14 (20)
Exp. Share desativado.
Itemfinder: (8/10)
Pumpcoll Berry: (4/4) [0/10 para voltar a colher]
Pickup: (1/2) [1/3 usos]

Informações Relevantes:

APROVADO

Amorina é muito divertida e animada, um evento simples bem narrada se torna algo muito mais divertido de se ler. E a interação da personagem com a mãe também da um calorzinho no kokoro.

Amorina e Eva faziam mais um passeio pelas ruas de Solaceon, sabendo que era os últimos minutos que estariam juntas por mais um tempo. No caminho, a atriz contava para a filha sobre os próximos papéis e eventos formais que iria visitar, lamentando o fato de que não teria a garota em casa para fofocar sobre a elite de Pokégea. A coordenadora ria, mas não podia conter a própria melancolia com as lembranças.

- Vou sentir sua falta.
- Devo dizer que vou sentir mais, já que estou segura em festas e mansões. Já você... - comentou a mulher, sentando num banco de uma área afastada e finalmente retirava a máscara para olhar nos olhos da filha. - Prometa que ficará bem. Que vai me mandar mensagens sobre suas conquistas.
- Só se me prometer que vai assistir todas as apresentações - brincou.

Enquanto estavam ali, elas olhavam ao longe uma névoa surgindo de repente, com uma luz fria brilhando dentro dela. Eva ficava em estado de alerta, assim como o Meowstic que tentava ver além dela, mas era em vão. A fumaça branca lentamente abraçava a dupla, fazendo Amorina sentir a mão suar e deslizar de Eva, deixando-a num completo vazio branco de sensação quente.

- Mãe?! - exclamou, fazendo um eco estranho que ficava bizarro cada vez que repetia.

Finalmente ela reencontrava a luz fria no meio da névoa, caminhando em sua direção. Cada passo fazia a sensação ficar ainda mais quente, até ser quase insuportável. Por sorte, Gastly se libertava e fazia sua aura gélida contrastar com o fenômeno sobrenatural, fazendo a névoa se dispersar com rapidez e revelar um local etéreo escuro, com apenas algumas sombra roxas dançando sob os pés da adolescente. Em frente à ela, estava uma criaturinha que lembrava uma vela, com olhos fixos no fantasma criogênico.

vs
Info Adicional:

- Que lugar é esse? - questionou olhando ao redor, mas recebeu uma bufada irritada de Gastly. - Combate. Claro, desculpa. Astonish!

Com medo do que aconteceria se pisasse em falso, a coordenadora ficou com os pés enraizados no chão enquanto a batalha acontecia. Gastly agia primeiro por ser mais ágil, fazendo uma cara assustadora e depois soltava uma espécie de "espírito" com a mesma feição, que avançou contra a vela fantasma e lhe causou danos. Assim, quando Litwick tentou se mover, ele ficou congelado de medo.

- Bom trabalho! Continue!

Gastly levantava um dos olhos, como se tentasse imitar a sobrancelha de quem pensava o óbvio, mas depois ficou intangível e desapareceu no ar, deixando a vela fantasma em pânico, olhando para todos os lados. Esperando a hora certa, Gastly se manifestou mais uma vez, cara a cara com seu alvo, que o fez se arrastar para trás e mais uma vez ficar com medo demais para agir.

Com o olhar determinado da treinadora, o fantasma criogênico apenas mantinha sua pressão no alvo, circulando-o como se estivesse fazendo um ritual antes de deixar o alvo tão nervoso que quando atacou, ele desmaiou na hora.

Batalha:

- Será que... - disse ao puxar uma Pokeball e lançar contra o fantasminha, que foi absorvido com sucesso e sem relutar. - Não resolveu.

Amorina notava que seu entorno ainda era escuro com sombras roxas, lhe fazendo arrepiar. Seria possível que aquilo não era uma mera ilusão fantasmagórica feita pela névoa?. Contudo, antes que ela continuasse a reflexão, Gastly deu um empurrão na esfera bicolor para a dona, que o pegou no chão. Em seguida, o Pokémon gélido começou a circular a adolescente, fazendo movimentos espirais ascendentes e descendentes até que Amorina começasse a ficar completamente coberta numa névoa fria.

- O que você tá fazendo? Gastly?! GASTLY?! - exclamava ao sentir o corpo se contorcendo por não suportar o frio.
- Amorina?! Amorina!! - gritou a voz que parecia surgir de Gastly, mas aos poucos ela ficava mais nítida. - Amorina! Acorda, por favor! - disse Eva, com a filha no colo.

A magnata despertava lentamente, olhando pela primeira vez para os olhos azul da mãe, que tinha um marcante semblante de preocupação. Amorina ainda sentia calafrios pela névoa de Gastly, porém tudo pareceu ter sido apenas um surto que ela teve em alguns minutos de inconsciência.

- Você está bem, querida? - questionou a mulher ao afastar alguns fios do cabelo da filha. - Você simplesmente deitou no meu colo e fechou os olhos. Primeiro sua pele começou a ferver e suar, depois você começou a se encolher de frio. O que houve?
- Eu... queria saber - disse com a voz exausta. - Só... ainda estou com sono.

Vendo a filha piscar os olhos com intervalos cada vez menores, Eva dava um sinal no RotomPhone para que os funcionários viessem buscá-las. Quando Amorina se deu conta, ela já estava no quarto do hotel, deitada ao lado da mãe que colocava os braços protetivamente por cima dela. Com movimentos bem fracos, a magnata alcançou o próprio RotomPhone e foi checar a Pokédex, sentindo mais um arrepio quando notou que havia um registro novo em sua Pokédex, piorando quando leu a descrição dada pelos estudiosos daquela espécie. Nervosa, ela puxou a coberta para cobrir até o pescoço, depois retribuiu o abraço na mãe, esperando que sua presença afastasse qualquer energia ruim.

Litwick, o Pokémon vela. Litwtick parece estar ajudando pessoas ao guiá-los em áreas que são escuras, mas na realidade eles estão as levando até o Mundo Fantasma

Na manhã seguinte, Eva se levantou cuidadosamente para não despertar a filha, dando-lhe um beijo na testa. Assim, ela viu o pequeno Carbink cochilando apoiado numa almofada ao pé da cama, com duas reluzentes gemas preciosas expostas na cor laranja, recolhendo-as para colocar na cabeceira da cama, juntamente com uma PumpKoin e uma pequena mensagem. Culpada por deixar a filha continuar o próprio caminho, Eva fechou a porta sentindo um aperto no peito a cada parte de Amorina que sumia, mas depois respirou fundo e seguiu para seus compromissos como uma celebridade.

PS Eva Dourado

Peculiar Vela
Dados Litwick

Turno 1
Turno 2

Próxima Gem Carbink

Brionne | Lv. 27 | 100%
Magical Litten | Lv. 23 | 100%
Pure Solrock | Lv. 19 | 100%
Frost Spirit Gastly | Lv. 14 | 100% | Lucky Egg
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 20 | 100%

Nível médio: 14 (20)
Exp. Share desativado.
Itemfinder: (9/10)
PumpKoin: (5/5)
Pumpcoll Berry: (4/4) [1/10 para voltar a colher]
Pickup: (2/2) [1/3 usos]

Informações Relevantes:

Ficha Selvagem:

Aprovado

Admito que ler essa captura me deu um pouco de medo do Litwick, ele parece ser tão fofinho mas a Pokédex diz cada coisa aterrorizante. Parabéns pelo evento e pela captura da velinha! Que sorte esses Flinch heim.

"Lamento ter que sair assim, mas não teria coragem de me despedir de novo. Espero que goste dos presentes.

Com amor, Eva."

Amorina despertava na manhã seguinte com a cabeça bagunçada, precisando repetir a leitura da carta quatro vezes para entender o conteúdo. Assim, ela recolheu os itens deixados pela mãe na mesa de cabeceira e levantou para pegar o RotomPhone. Sem demora, a coordenadora contou sua experiência bizarra na noite anterior com Litwick, embora parando para pensar, ela já não se lembrava de muita coisa, apenas de ver névoa e depois estar num local escuro bem desagradável, além do desmaio para sua amiga Titânia.

Por mais que a pesquisadora fosse esforçada, era bem improvável que ela estivesse de pé tão cedo, por isso Amorina apenas foi até a janela do hotel e deu uma espiada na rua. Surpreendentemente, comparado ao padrão de Solaceon, não havia sequer uma alma na rua. Provavelmente todos estavam ainda dormindo da noite anterior ou recarregando as energias para a noite que ia vir. Com o objetivo de continuar mais um tempo no Festival, a magnata fechava mais uma vez a janela, colocava a cortina para tapar as frestas da luz e tombava mais uma vez na cama.

Voltando a despertar apenas no meio da tarde, a coordenadora tomou um demorado banho na banheira luxuosa do hotel, relaxando todos os nervos do corpo no processo. Ela tentava afastar os pensamentos sobre o suposto "Mundo Fantasma" que a RotomDex mencionou ao focar nas apresentações, mas surpreendentemente, todos os seus devaneios a levavam numa apresentação com cores preta e roxa, associando imediatamente à dimensão misteriosa. Amorina apenas saiu do banho quando ouviu um movimento estranho vindo do quarto, correndo para tirar o sabão e completar o banho enquanto torcia pra ninguém forçar a porta.

- Perdoe a intromissão, senhorita Dourado. Bati algumas vezes na porta e não fui atendido, pensei que estava num passeio. Vou me retirar imediatamente - explicou um dos funcionários da família, que bateu a porta como sinal de sua boa-fé.
- Obrigada! - exclamou antes dele sair.

Amorina ainda espiou pela fresta da porta antes de sair, pedindo para que Solrock virasse a chave com o poder psíquico apenas por garantia. Assim, ela caminhou até a cama onde havia uma caixa com o símbolo da estilista que criou a roupa, sendo uma velha conhecida do pai da garota. Curiosa, ela abriu e rapidamente colocou as roupas de olhos fechados, espiando apenas onde estava o espelho para ter uma revelação completa.

Agora, a garota trajava um vestido que era branco e liso na altura do busto, tendo a parte da saia com múltiplos doces coloridos falsos costurados, criando a impressão de um arco-íris ao redor da menina. Embora não fosse a melhor temática assombrosa, ela não podia fingir que não gostou da fantasia. Com as pernas cobertas até a coxa, o complemento era um sapato vermelho com laço branco. A roupa era maravilhosa, mas o cabelo da coordenadora estava uma bagunça e, infelizmente, Eva tinha levado o cabeleireiro embora. Assim, restou à Amorina colocar a mão no próprio cabelo e estilizá-lo para ter uma aparência inocente e jovial que combinasse com o vestido.

- Não é tão profissional, mas dá pro gasto - comentou ao se olhar no espelho, vendo que todos os Pokémon também tinham roupinhas de doces.

Popplio recebia um cone de sorvete que ficava como enfeite em suas orelhas. Litten tinha um colar de balinhas cobrindo parcela do cinturão. Carbink e Pumpkaboo recebiam uma roupa que lembrava a embalagem translúcida de trufas. Solrock finalizava com fitas vermelho e branco ao redor das pontas do corpo, imitando o pirulito de natal. Apenas Frost Gastly não recebia um traje, mas considerando que quando não estava em combate, estava na pokébola, ela não parecia que iria sofrer por aquilo.

Na saída, para garantir que não teria nenhum encontro desagradável, ela retirou um dos Repel da bolsa e espichou o conteúdo pela roupa, sendo algo inodoro para humanos. Agora sozinha, Amorina tinha que ficar mais nos próprios pensamentos, embora seus Pokémon vira e mexe chamavam atenção para alguma barraquinha de seus interesses, embora com o sol ainda se pondo, a maioria deles só estava fazendo as preparações para a segunda noite do festival. Depois de horas passeando e apenas consumindo alguns pequenos doces que os moradores a davam, a coordenadora finalmente via o movimento maior começar com mais uma chamada de Allister nos palcos. Ele fazia algo bem menor dessa vez, mas igualmente inspirador.

Enquanto passeava pelo local, ela viu um adorável Gengar fantasiado, entregando alguns papeizinhos para os turistas que passavam. Curiosa, ela pegou um e leu sobre a história da caça às abóboras, que iriam render algumas premiações. Amorina apenas abriu um sorriso para o fantasma, que era bem mais simpático que os Gengar comum, depois seguiu mais à frente pelo seu passeio, ficando bem atenta entre as decorações para garantir que não perderia nem sequer uma das seis.

- Seria mais fácil o dono dele ter ficado lá para explicar o que estava acontecendo - comentou Amorina para Litten, que concordou.

A magnata fazia o comentário depois de ver pessoas pegando o papel e simplesmente jogando-o no lixo antes mesmo de tentar entender o conteúdo. Ela também não sabia se a recompensa era boa, mas jamais deixaria passar a oportunidade de ganhar coisas grátis. Por falar nisso, Amorina acabava passando de frente para uma casa de jogos amadora, já que o espaço era bem pequeno pro número de pessoas interessadas nele. Descrente de que conseguiria acessar o jogo mais popular, ela encontrou o famoso "Wack-a-Diglett" com apenas duas pessoas, entrando na fila para competir nele.

Não demorou muito para que ela ficasse cara a cara com o aparelho, tendo dois martelinhos de brinquedo e vários buracos em que sairiam a réplica do Pokémon toupeira. Desafiada pelo olhar provocativo de Litten, ela o deixou como seu "jogador 2". Quando o jogo começou, era bem fácil já que surgia apenas um Diglett e seu sumiço era demorado. Mas quanto mais eles duravam, mais criaturas surgiam e mais rápido elas mergulhavam no chão, retirando chance da dupla. Quando o aparelho finalmente piscou vermelho para indicar que eles já tinham atingido o limite de suas tentativas, Amorina viu o placar em favor do felino: 27 contra 22 acertos.

- Você batalhou bem meu pequeno. Mas eu demando uma revanche - comentou animada.

Apesar disso, a dupla teve que voltar pra fila, mas por sorte era apenas um casal e eles que estavam participando daquele jogo, garantido que a cada quinze minutos alterassem os jogadores. Amorina ficava chateada de ter perdido todas as vezes que competiu, mas pelo menos ela forçou Litten o suficiente que o felino quebrou o recorde de golpes no jogo, garantindo 1 PumpKoin extra como recompensa.

Depois de cansarem do esforço braçal e de olharem com rapidez para diversas direções, a coordenadora chamava o grupo para dividirem uma torta de Pumpcoll Berry, mas ela mesmo não havia gostado. Nesse meio tempo, Pumpkaboo surgiu travessamente no banco do lado da menina, deixando um Tiny Mushroom na mesa antes de começar a experimentar o pedaço que foi reservado pra ele.

- Espero que seja um cogumelo selvagem. Sem problemas hoje - comentou a menina, mas acreditava fielmente na boa-fé do fantasminha.

Pickup Pumpkaboo
NPC Conde Gengar

Brionne | Lv. 27 | 100%
Magical Litten | Lv. 23 | 100%
Pure Solrock | Lv. 19 | 100%
Frost Spirit Gastly | Lv. 15 | 100% | Lucky Egg
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 20 | 100%

Nível médio: 14 (20)
Exp. Share desativado.
Itemfinder: (10/10)
PumpKoin: (1/5)
Pumpcoll Berry: (4/4) [2/10 para voltar a colher]
Pickup: (0/2) [2/3 usos]

Informações Relevantes:

Missão Caçando Abóboras:

Aprovado

Sua interação com os Pokémon é sempre adorável, amo o jeito com que da personalidade para eles, assim como a descrição das fantasias que usam, me fazem imaginar algo fofo! Boa sorte com a caça as abóboras!

Depois de gastar as primeiras horas do festival no jogo dos Diglett, Amorina finalmente se despedia de seus colegas de fila e seguia o caminho pelo Festival. Agora, graças ao cartãozinho do Conde Gengar que a convidava para uma procura pelas abóboras, ela constantemente espionava os locais à sua volta, principalmente os montes de Pumpcoll que estavam acumuladas como enfeite. Infelizmente, ela ainda não tinha nenhuma sorte.

Em determinado momento, enquanto fuçava em meio à um amontoado de feno, ela quase enfartou quando algo começou a apitar em sua bolsa. Era o Itemfinder. Completamente carregado, ele também apontava para a adolescente que havia de fato um item perdido naquele feno, só provavelmente não era a abóbora que ela estava buscando. Assim, Amorina começou a remexer com cuidado o feno, pois sabia que era um item decorativo e ela não queria ir pra prisão por ter destruído aquilo, ainda mais agora que se tornou amiga do anfitrião da festa.

- Espero que seja algo muito bom porque eu estou... ACHEI! - se interrompeu, ao sentir algo firme no meio do feno e puxar um TM. - Worry... Seed? Oh - bufou frustrada, mas depois guardou o item na bolsa e se levantou. - Não que seja ruim, pois é de graça. Mas podia ter sido melhor - reclamou para Litten, que apenas assistia enquanto a garota tirava os fios de feno que tinham grudado em seu vestido.

Prosseguindo na própria exploração, Amorina arregalava os olhos ao ver uma garota que tinha cabelos pretos e um laço vermelho na cabeça. Aquele claramente era o mesmo padrão de uma história infantil que ela amava, portanto ela fez questão de desviar parcialmente seu trajeto para se aproximar dela. Aos pés dela, estava uma formação desordenada de Falinks, que diferentemente dos demais, pareciam ter personalidades diferentes.

- Comportem-se! Vocês já me fizeram perder pro Allister por estarem tão desordenados... por favor, Zangado, volta pra formação! - reclamava a adolescente.
- Com licença, posso ajudar? - perguntou Amorina para a garota, que abriu um sorriso.
- Que gracinha seu Pokémon. Qual é a espécie? - emendou ao ver o Litten nos ombros da menina.
- É um Litten. Um pouco diferente, talvez seja uma forma regional. Quem sabe - respondeu, tentando mascarar o fato de que era um Magical Familiar.
- Que adorável. Desculpe, eu nem me apresentei - comentou a menina. - Branca de Neve - emendou, numa reverência cordial, depois foi empurrada por um dos Falinks. - Ei! Ah... bom, esses são: Mestre, Dunga, Zangado, Dengoso, Soneca, Atchim e Feliz.
- Você nomeou todos eles? Que curioso.
- Não é muito diferenciá-los - comentou ao mostrar que cada um deles tinha um pequeno chapeuzinho de cor diferente. - Difícil é fazê-los cooperar.
- Nesse caso, renovo minha pergunta: posso ajudar?
- Por acaso... estaria disposta à uma batalha? Creio que depois de uma luta eles ficam minimamente ordenados.
- Bom... eu sou coordenadora. Mas creio que não faz mal uma pequena batalha amigável.

Amorina tomou distância de Branca de Neve, aproveitando a oportunidade para libertar Solrock e deixá-lo exposto ao Lucky Egg, assim como conectou o Exp Share exclusivamente para Gastly. Tomando a posição, ela libertava o psíquico cósmico, deixando todos os Pokémon da adversária curiosos, até formarem a típica fila de sua espécie.

vs
Info Adicional:

- Você está recheada de Pokémon diferentes! - disse Branca, surpreendida.
- Um pouco de sorte. Um pouco de coragem. Um pouco de se meter em problemas. Tudo isso faz você acabar encontrando algumas criaturinhas especiais - explicou. - Solrock use Confusion!
- Rock Slide, pequeninos!

A criatura cósmica era mais ágil e mais experiente, por isso criou um brilho multicolorido nos olhos, encarando fixamente o "Mestre" até deixá-lo num estado de transe confuso. Depois, o líder dos lutadores deu uma cambaleada para trás, derrubando em fila cada um de seus aliados, que sofreram danos como se estivessem vitalmente conectados. Em retorno, eles fizeram uma "parede" horizontal, onde cada um golpeou uma pedra com o escudinho dos braços e criou uma chuva de pedras que caiu sob o Pokémon da coordenadora.

- Esse trabalho em equipe foi fantástico!
- Ouviram? - perguntou aos lutadores, que pareciam mais determinados. - Agora tomem cuidado com os próximos ataques - emendou enquanto retirava a Potion e borrifava no grupo.
- Solrock... sabe o que fazer.

A treinadora de contos de fadas tinha utilizado um item curativo, o que fez seus Pokémon ficarem sem ordens naquele turno. Sem mais grandes comandos, Solrock esperou que seus adversários o encarasse, porém antes que eles pudessem coordenar numa fila, o psíquico colocou todos eles sob confusão com seu brilho multicolorido dos olhos, deixando que todos cambaleassem e começassem a se trombar, causando danos uns nos outros, deixando-os bem feridos.

Não precisando de mais ordens dado o cansaço dos lutadores e a maior velocidade de Solrock, o Pokémon cósmico mais uma vez induziu a confusão em seus adversários, que sofriam um único golpe mental e caíam como dominós.

Batalha:

- Ora, temo que o trabalho em grupo deles é melhor do que eu pensava - brincou.
- Tínhamos a vantagem, mas eles trabalharam bem. Provavelmente quando acordarem estarão bem melhor.
- Tomara. Eu preciso colher frutas para a torta que vou fazer, mas sem eles disposto a me proteger, só irei ser atacada por ai.
- Sabe, podemos passar no Centro Pokémon se você quiser e depois eu te ajudo na colheita.
- Faria isso mesmo? Oh! Pelos céus, obrigada! - comentou a garota bem animada. - Então vamos!

Amorina e Branca foram juntas até o Centro local, onde entregaram seus Pokémon enquanto conversavam sobre a preparação da torta. A coordenadora ficava bem animada com a explicação dos complexos passos do preparo, imaginando que com certeza seria um doce delicioso. Depois, a treinadora ainda recompensou a magnata pela ajuda em controlar os Pokémon, entregando um pouco de dinheiro e PokéCoins.

Finalmente do lado de fora, buscando algumas árvores que poderiam ser frutíferas para encontrar as maças, Amorina acabava encontrando uma abóbora com Eevee estampada bem próximo ao meio-fio da calçada, recolhendo o item e guardando na bolsa. Assim, ela riscava sua primeira conquista no cartãozinho do Conde Gengar e voltava a focar em ajudar Branca no trabalho.

- Acho que não me apresentei, sou...
- Amorina. Eu estava na multidão enquanto você dava entrevista. Como eu disse, você está recheada de Pokémon diferentes - interrompeu Branca, fazendo a coordenadora ficar contente com o reconhecimento.

Itemfinder, Evento NPC & Pumpkin
TM Worry Seed
NPC Branca de Neve

Turno 1

Brionne | Lv. 27 | 100%
Magical Litten | Lv. 23 | 100%
Pure Solrock | Lv. 19 | 74% | Lucky Egg
Frost Spirit Gastly | Lv. 16 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 20 | 100%

Nível médio: 14 (20)
Exp. Share em Modo Único para Gastly.
Itemfinder: (1/10)
PumpKoin: (2/5)
Pumpcoll Berry: (4/4) [3/10 para voltar a colher]
Pickup: (1/2) [2/3 usos]

Informações Relevantes:

APROVADO

Eu encontrei um pequeno erro na sua batalha, mas percebi que não afetaria muito. A Potion cura 20 de HP, não 10. Mas pelos meus cálculos isso não mudaria em nada no resultado final.

Não sei se confundiu com algum outro item, ou se usou alguma geração nova, mas tente utilizar os valores mencionados nesse tópico: https://bulbarpg.forumeiros.com/t9610-regras-do-forum-e-rpg#153379

Após auxiliar Branca de Neve em colocar ordem nos Falinks, Amorina continuou acompanhando a treinadora que precisava recolher as frutas para fazer uma torta. A magnata pensava que era óbvio que ela esperava pode experimentar um pedaço de graça, mas esperaria o oferecimento oficial da mais nova amiga antes de empurrar qualquer coisa. Caminhando até uma área mais afastada, onde as árvores estavam e ficaram a postos.

Branca ordenou que os Pokémon fizessem um ataque coordenado, golpeando três árvores de uma só vez. A princípio, nada caiu, o que deixou a garota bem frustrada. Porém, um barulho de zumbido começou de repente, com uma sombra de formato de favo de mel surgindo entre as copas e descendo com uma aparente raiva. Embora o local estivesse mal iluminado por ser de noite, Amorina sabia que nenhum selvagem se aproximava amigavelmente depois de ter sido perturbado em seu habitat natural.

- Branca! Cuidado! - alertou.

Com aquela deixa, a treinadora colocou as mãos na cabeça e se agachou para se proteger, sendo rodeada pelos Falinks que utilizavam os bracinhos para manterem a proteção extra. Assim, só restava a coordenadora exposta, que logo foi encarada pelo grupo de abelhas. Solrock, como já estava fora da pokébola pelo combate anterior, tomou a linha de frente.

vs
Info Adicional:

- Não esperem sutileza numa batalha injusta... Flare Blitz! - comandou.

Apesar dos selvagens irritados terem iniciado o combate, a agilidade do Pokémon cósmico sobressaia à medida que ele fazia chamas surgirem na ponta de seu corpo até consumi-lo por inteiro, rendendo um avanço perigosamente quente contra o primeiro alvo, que mal se acostumou com a luz emitida pelo golpe e imediatamente desmaiou com o contato. Apesar de poderoso, o golpe também retribuía parte da agressividade em danos ao usuário. Zunindo irritado, o segundo zangão fez dentes num tom oliva surgirem como holograma na frente do corpo, que pressionava e causava alguns danos no meteorito.

- E agora... brilhamos! Finalize com o melhor desempenho!

A deixa da garota era porque, graças aos ferimentos sofridos, Solrock reluzia ainda mais o corpo com a ativação de sua habilidade especial, agraciando o campo com uma névoa luminosa e acolhedora que também aumentava a ofensiva dele. O cósmico então avançou mais uma vez com seu calor ardente ainda mais forte, criando uma explosão de luz tão forte que até assustou alguns moradores curiosos que espiaram pelas janelas, mas depois voltaram aos afazeres comum em notar que era apenas uma batalha Pokémon. Quando tudo se acalmou, os selvagens estavam desmaiados no chão.

Batalha:

- Pelos céus... que força assustadora! - comentou Branca ao se levantar e ver Solrock reduzir o próprio brilho corporal. - Tem certeza que é uma coordenadora?
- Com confiança e treinamento, todos acabam sendo fortes enquanto soma isso ao estilo. Solrock talvez seja o mais desequilibrado deles nesse sentido, mas você não pode mentir que foi legal.
- Não mesmo - retrucou com olhos brilhando. - Mas, infelizmente... sem frutas para nós. De qualquer forma, valeu a pena a experiência ao seu lado - comentou Branca em seguida, fingindo muito mal a própria frustração.
- Quem sabe teremos outras oportunidades nos anos seguintes. É claro que eu espero que seus Falink façam as pazes, mas se precisar, estou à um pedido de distância - comentou enquanto retirava os itens dos selvagens.

Apesar de não ter tido sucesso naquela empreitada, Amorina acabava checando o RotomPhone com as atrações e descobria a existência de uma residência local que, durante aquele festival, abriria as porteiras de seu pomar e deixaria que qualquer um pudesse coletar maças e cogumelos numa competição para reunir ainda mais PumpKoin. Branca parecia alegre com a decisão, seguindo a coordenadora até o local que entregava uma cesta vazia para cada um dos participantes e os mantinha colados na cerca até completar o número de participantes.

Quando foi dada a largada, a magnata fez uma aposta diferente de seus adversários: ela se preocupou de coletar apenas os cogumelos que estavam no nível do chão, enquanto Solrock usava as forças psíquicas para retirar as frutinhas e as empilhava cuidadosamente. Depois disso, ela viu que a maioria começou a dividir as tarefas, exceto Branca que realmente tinha seis criaturas em um só. Passados os dez minutos do prazo, o braço de Amorina chegava a tremer com o número de produtos naturais coletados.

A apuração do vencedor era baseado na pesagem da cesta, sendo colocadas todas numa balança grande que atualizava automaticamente um ranking no telão acoplado à ela. Infelizmente, por 600 gramas, Amorina ficava fora do pódio e recebia apenas 1 PumpKoin como premio de consolação. Contudo, em comemoração exagerada, ela aplaudiu a vitória de Branca de Neve que ficou em primeiro lugar e finalmente conseguiu reunir as frutas necessárias para fazer sua grandiosa torta.

- É um grande achado, mas minhas mãos estão tremendo de tanto peso - comentou a treinadora expondo as mãos completamente vermelhas.
- Sem dúvidas seria melhor ter encontrado a fruta fresca da árvore, mas acho que essa também tem a sensação de conquista - comentou, fazendo um sinal teatral de que iria embora. - Nos vemos por ai, então.
- Nada disso! Você me ajudou, ainda que indiretamente, em conseguir minhas maçãs. O mínimo que posso fazer é te agradar com um pedaço de torta.

Amorina e Branca retornavam até o Centro Pokémon, onde enquanto a enfermeira cuidava do Pokémon cósmico da coordenadora, a herbalista começou a preparar uma deliciosa torta com massa feita à mão. Os passos eram tão complexos e os ingredientes cuidadosamente medidos que era impossível para a magnata acompanhar. Possivelmente era uma estratégia para que Branca não acabasse revelando algum segredo próprio no preparo. Assim que Solrock foi liberado, o forno do Centro tocou o sonzinho de conclusão da torta em harmonia, fazendo com que todos pudessem saboreá-la.

- Isso é delicioso. Você precisa me passar a receita qualquer dia desses - comentou a coordenadora.
- O segredo é colocar um pouco de veneno - explicou com feição séria, mas depois começou a rir. - Brincadeira.
- Olha, mesmo que tenha veneno nisso, valeu a pena o sabor. De qualquer forma, acho que a enfermeira Joy teria o antídoto.

Depois de terminar de provar a sobremesa e ficar alguns minutos para garantir que Branca estava brincando sobre o veneno, Amorina se preparou para voltar ao Festival quando encontrou uma abóbora de Mimikyu escondida atrás da placa do Centro Pokémon, riscando mais um encontro com o item para poder em breve reencontrar o Conde Gengar.

Centro Pokémon (se puder dar aprovado lá)

NPC Branca de Neve
Headbutt
Dados Combee (2x)
Caça às Abóboras

Brionne | Lv. 27 | 100%
Magical Litten | Lv. 23 | 100%
Pure Solrock | Lv. 20 | 31% | Lucky Egg
Frost Spirit Gastly | Lv. 16 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 20 | 100%

Nível médio: 14 (20)
Exp. Share em Modo Único para Gastly.
Itemfinder: (2/10)
PumpKoin: (3/5)
Pumpcoll Berry: (4/4) [3/10 para voltar a colher]
Pickup: (2/2) [2/3 usos]

Informações Relevantes:

Ficha Selvagem:

APROVADO

Ótima batalha, esse seu Solrock é bem forte mesmo. Queria transformar logo o meu, mas a vontade de completar a dex é maior e acabei deixando para depois.
Que pena não ter conseguido achar a maça, apesar que talvez esse fosse seu objetivo, pq eu particularmente ficaria puto por achar essa maça e ter que entregar xD

Seguindo a exploração pelo Festival, Amorina via que os dias do evento correram mais rápido que ela planejava, já que provavelmente só lhe restaria mais um final de semana antes de virar o mês e a estação. Dessa forma, por mais que fosse bem tarde da noite, ela resolveu passar no Centro Pokémon para curar os Pokémon para se manter ativa no evento, aproveitando ao máximo as festividades.

Com apenas Solrock debilitado, ela era liberada bem mais rápido que os outros. Antes de sair do local, ela viu um grande poster com a imagem de diversos espantalhos, junto com um convite para conhecer "O Labirinto Assombrado". Amorina não sabia o que pensar daquele nome, já que ela não conseguia imaginar como algo bom sairia de lá, mas depois se lembrou que o Conde Pumpka comentou sobre a existência da Abóbora Dourada, um artefato caríssimo.

- Ainda estamos dentro da cidade, qual a pior coisa que pode acontecer? - questionou para os Pokémon fora da pokébola, mas nem eles sabiam o que esperar.

Seguindo a rota indicada pelo RotomPhone, ela chegava ao dito local, que ficava num lote vazio com diversos fenos empilhados e uma névoa densa ao redor. O único local que parecia "receptivo" daquele labirinto eram os dois homens vestidos de vampiro próximo à entrada, que pareciam coletar as informações dos participantes antes de desejar à eles boa sorte com um sorriso contido no rosto.

- Não tenha medo... ou tenha. A escolha é sua - comentou um dos homens quando viu a coordenadora o encarando. - Você vislumbra a fortuna, mas pagará o risco para tê-la?
- Como você... sabia? - questionou confusa.
- A Família Brilhaluna tudo sabe daqueles que passearam pelas ruas de Solaceon... principalmente aqueles que tocaram as florestas. Nós somos os responsáveis por tornar esse labirinto ordinário em algo... fantástico - comentou de forma exagerada, fazendo uma sombra correr no topo dos fenos.
- Compreendo. Vocês são Místicos... interessante. Agora me diga: o que vou encontrar lá dentro, é real ou magia?
- Ousadia sua assumir que magia não é real. Mas, não posso responder sua dúvida. Algumas pessoas apenas aprendem quando vislumbram o sobrenatural - explicou, reduzindo a voz a cada pausa. - ENTÃO NÃO PERCA TEMPO! Adentre e descubra o que o destino te reserva! - exclamou.

Amorina não estava lá muito confortável com a aparência sombria da área interna do labirinto, mas quinze mil pokédolares não era algo para jogar fora. Respirando fundo, ela manteve apenas Litten em seu colo enquanto adentrava as paredes de feno. A cada passo, o local que ela entrou parecia se distanciar muito mais do que ela realmente andava, porém na primeira curva, tudo ficou numa penumbra. Uma densa névoa também surgiu, dançando entre as sombras e dando aparência de fantasmas que espionavam o vestido colorido da garota.

- Isso não é real, né? Você teria me alertado - perguntou ao felino, que era sensível ao sobrenatural.

Pela primeira vez em muito tempo, Litten realmente não sabia distinguir se aquilo era mera ilusão ou um mal real. Seus sentidos estavam entorpecidos por uma energia que vinha de todos os lados do feno, o que sugeria para ele que os bruxos da Família Brilhaluna eram bem mais experientes do que pareciam. O felino então sentiu uma dor imensa no peito quando Amorina se assustou com uma Pumpcoll Berry rodando pelo chão, fazendo-a dar um apertão no gato. Após aliviar a pressão, ela se desculpava com um beijinho na testa dele, mas permanecia tensa e tremia as pernas.

Caminhando mais fundo, a dupla via diversas figuras se formando em algumas entradas das bifurcações do labirinto, além de movimentos no chão abaixo da névoa densa, mas tudo era efêmero e desaparecia quase tão de repente quanto surgia. Num passo em falso, Amorina acabou esmagando uma Pumpcoll Berry com os pés, fazendo sons de lamento ecoarem por toda a sua volta. Nesse ato, ela começou a correr até chegar numa parte mais ampla do labirinto, com uma carriola de madeira lotada de abóboras esculpidas.

- Isso... me parece arenas de chefões naqueles jogos difíceis - comparou a menina, sentindo um arrepio subir sua espinha.

As abóboras então se ascenderam de uma só vez, com uma luz fria dentro de suas cabeças que formavam feições de desespero e agonia. Depois, a névoa se abria lentamente, até revelar um espantalho que encarava a garota. Amorina ficava paralisada, mas apenas pelo teste, ela deu um passinho para o lado e viu o objeto segui-la com a cabeça. Assim, a criatura sobrenatural criava vida completa, tentando forçar a boca selada por botões enquanto um ratinho de olhos vermelhos surgiu à sua frente.

- Isso é considerado perturbar espíritos? - questionou para Litten.

O felino apenas remexeu no aperto da coordenadora, passando a pata rapidamente na bolsa da garota para apanhar o Lucky Egg e logo assumiu uma posição de combate frente ao adversário. Amorina então compreendia: ela tinha perturbado um espírito.

vs
Info Adicional:

- Não vamos arriscar perder num local desses... Darkest Lariat!

O espantalho emitia um som estridente, mas que não formava uma palavra coerente para os ouvidos da adolescente, mas que pareciam muito bem compreensíveis para o pequeno ratinho que ele comandava. Mesmo assim, Litten focou na energia que estava a sua volta, encontrando no medo de sua dona a energia sombria necessária para potencializar seu movimento. O felino então rodeou a coordenadora, fazendo-a perder o medo a medida que uma aura vermelho e preto o circundava. Formando uma orbe de energia sombria, Litten se atirava contra seu alvo e criava uma explosão mágica que afastava a névoa e deixava o alvo desmaiado.

Batalha:

- Que esquisito... eu... você? - perguntou, ao notar que as pernas pararam de bambear e sua mente pensava com muito mais foco. - Espero que você não tenha neutralizado minha capacidade de sentir medo.

Sorrateiramente, uma das abóboras iluminadas começava a flutuar atrás da menina, ainda que Litten não tivesse advertido a dona de sua existência. Contudo, ao ver o contato visual do gato, ela virou e quase teve um infarto ao se deparar com a feição assombrosa de Pumpkaboo, que começava a gargalhar de forma tão contagiante que o felino também começou a rir.

- Não façam mais isso - comentou, colocando a mão no peito. - Acho que perdi três anos de vida nesse.

A abóbora fantasma então entregava uma Pokébola comum para a dona, aparentemente eles haviam se separado dentro do labirinto, mas ela nem se deu conta. Contudo, considerando que ela estava mais focada nos espíritos, barulhos e no chão, era natural que ela não se atentasse para questões menores. Voltando o foco para o espantalho, Amorina reparava que ele ficava inerte mais uma vez, porém não tentaria a sorte chegando ainda mais perto.

Com Pumpkaboo fora da pokébola e familiarizado com o clima do labirinto, a coordenadora foi guiada por ele até os caminhos corretos até a saída, ficando confusa quando encontrou mais uma vez o homem que a recebeu na entrada.

- Eu... falhei?
- Uma entrada, que também é a saída. Mas isso é um segredo dos poucos que conseguiram passar pelo Labirinto. Não compartilhe, ou terá bons anos de azar.
- Minha boca é um túmulo... sem trocadilhos - disse tensa.
- Mas foi um dos bons. De qualquer forma, meus parabéns. É bem raro ver alguém sair com a mesma feição de quando entrou. Quase me faz querer checar o porque de você estar tão tranquila depois dessa provação.
- Já lidei com monstros piores que um espantalho - completou com uma piscadela.

O homem então abria um sorriso contido, quase como se soubesse a verdade sobre o que estava escondido no labirinto, mas preferiu deixar a menina pensar que era apenas uma manipulação mágica de objeto. No fim, a ignorância é uma dádiva. Contudo, refletindo sobre as coisas que de fato poderia saber, Amorina dava um suspiro frustrado por não encontrar nenhuma das abóboras esculpidas do Conde Gengar, já que segundo a lista, a próxima deveria ser de Pikachu.

Exausta, a magnata retornava para o hotel e tombava na cama. Dessa forma, os próprios Pokémon trataram de realizar algumas tarefas da garota, como Brionne e Solrock num trabalho conjunto para colher as Starf Berry e Carbink polir muito bem as Steel Gem que produziu para reunir num presentinho na mesa de cabeceira da garota. Sem mexer mais nada, as produções reiniciavam.

Pickup, Labirinto & Abóbora
Dados Patrat

Próxima Gem Carbink

Brionne | Lv. 27 | 100%
Magical Litten | Lv. 23 | 100% | Lucky Egg
Pure Solrock | Lv. 20 | 100%
Frost Spirit Gastly | Lv. 17 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 20 | 100%

Nível médio: 14 (20)
Exp. Share em Modo Único para Gastly.
Itemfinder: (3/10)
PumpKoin: (4/5)
Pumpcoll Berry: (4/4) [4/10 para voltar a colher]
~~Pickup: (2/2) [3/3 usos]~~

Informações Relevantes:

Ficha Selvagem:

Aprovado

Um ótimo evento como sempre, mas admito que tive pena do pobre Litten, você apertando o bichinho de tanto medo kkkkk. Gostei da forma que interpretou os místicos e da maneira que narrou o labirinto. Boa sorte em seus próximos sorteios e Happy Halloween!

Depois de dormir como uma pedra ao ter ficado além do horário no Festival, Amorina acordou com tanta energia que decidiu fazer uma caminhada pela cidade. Aproveitando que as ruas estavam relativamente vazias, com apenas alguns comerciantes reorganizando a decoração e fazendo a limpeza da noite passada, ela também auxiliou em algumas tarefas e recebeu um almoço gratuito como recompensa. Apesar da experiência ter sido agradável, a coordenadora ficou um tanto desconfortável com algumas pessoas a encarando de longe.

- Com licença... Amorina? - questionou um policial ao se aproximar da garota. - Creio que Molly esteja à sua procura.
- Molly Hale? Por que ela não... - disse, buscando o RotomPhone nos bolsos, mas não os encontrou. - Devo ter esquecido no hotel.
- Não se preocupe. Ela está no Centro Comunitário. Agora, se me dá licença - completou fazendo um aceno com o boné e retornou à patrulha.

Amorina sabia que não podia fazer grandes coisas sem o RotomPhone, por isso preferiu fazer um desvio até o hotel para recuperar o aparelho antes de seguir para o Centro Comunitário. No caminho, ela percebeu que mais e mais pessoas a seguiam com os olhos enquanto passava. Foi só quando ela chegou no Hotel e viu uma das Pokevisão ligadas que se deu conta do que estava acontecendo: sua entrevista com Molly tinha provavelmente sido liberada em toda Pokégea e as pessoas estavam curiosas. Respirando fundo para não surtar, já que Eva passou alguns anos ensinando a filha como conter o nervosismo da opinião pública, a coordenadora se focou no objetivo e seguiu para ele.

Ao chegar no Centro Comunitário, ela se surpreendeu com o número de caixas pretas espalhadas, sendo comumente usadas em estúdios de filmagens. Molly estava com seus típicos trajes, conversando baixinho com um excêntrico homem de roupa social num mix de preto e roxo. Quando a representante da cidade colocou os olhos na magnata, ela abriu um sorriso.

- Veja só se não é famosa Amorina! Venha, aproxime-se. Quero que conheça alguém - comentou a mulher animada.
- Acho que famosa é um tanto exagero - retrucou.
- Não precisa de modéstia querida. Não é só da sua captura que eu estou falando. Muitos moradores comentaram seus feitos e descobertas pela cidade. Além, é claro, de terem assistido sua apresentação em Santalune - explicou a mulher, deixando a jovem corada a cada comentário. - Mas, por agora, quero que conheça Tim - apresentou apontando para o homem.
- Honrado em conhecê-la pessoalmente, senhorita Amorina - disse o homem numa reverência cordial.

Depois das apresentações, Molly começou a explicar os objetivos de Tim na cidade: criar um curta animado de terror. Contudo, por ainda estar com os recursos limitados devido aos investimentos na produção terem caído, o cineasta precisaria de mais ajuda que o normal para concluir as filmagens. Sem muita direção, ele viu nas lendas sobre o Frost Spirit Gastly a oportunidade perfeita para seu projeto, já que eram inúmeras as histórias sobre o surgimento do Pokémon e por ele ser uma novidade.

- E pensamos que você poderia ser a personagem principal! - completou a mulher, interrompendo as explicações do roteiro do diretor.
- E-Eu?!
- É claro que aceitamos um não como resposta, mas espero que considere. Você já está sendo estampada ao lado de sua criatura e... bem... você é a única que o possui até onde temos registro. Seria uma grande oportunidade para Solaceon divulgar ainda mais a cidade. E pra você somar sua fama como coordenadora.

Amorina começava o próprio devaneio da vida que gostaria de ter, estampando capas de revistas, estrelando em filmes e conquistando palcos. Sua visão era tão palpável que ela confirmou com a cabeça, incapaz de conter a própria felicidade caso abrisse a boca para expressar em palavras. Contudo, ela tinha um grande problema: o roteiro de Tim tinha um homem como protagonista e as cenas eram mais sobre um homem corajoso que enfrentou uma fera gélida que ameaçou os moradores da cidade. Assim, ela fazia propostas de intervenção ao contar as próprias experiências ao redor da cidade, principalmente focando quando conheceu o "Mundo Fantasma" ao ser guiada pela luz de Litwick. Por mais que não fosse muito expressivo, Tim readequou na mesma hora o roteiro e entregou uma cópia para que a magnata começasse a se familiarizar com sua nova personagem.

Apesar do projeto ser pequeno, as filmagens tomavam dias pois Tim gostava de deixar tudo perfeito, orientando cada membro e Pokémon que compunham a equipe. Amorina sentia que, por mais que ele fosse amador, ela estava em boas mãos pois a atenção aos mínimos detalhes era o que diferenciava um cineasta medíocre de um verdadeiro diretor de cinema, segundo sua mãe. Após duas semanas de gravações, a coordenadora ainda foi convidada para assistir o processo de edição até a versão final. Finalmente, beirando os últimos dias do Festival, a produção estava concluída para ser exibida gratuitamente no Centro Comunitário.

- É uma honra poder apresentar essa pequena obra em primeira mão para vocês... esperando conquistar o mundo - discursou brevemente Tim, antes de fazer uma reverência e apontar para o telão.

A história começava com uma adolescente caminhando pelas ruas de Solaceon durante o Outono, com as folhas secas esmagando sob seus pés sendo o único barulho real que se ouvia na cena. O céu alaranjado já marcava que a noite estava para cair, porém a menina não se importava com aquilo, seguindo seu rumo entre as casas abandonas na parte mais distante da cidade. Num dos postes, um Lampent substituía a verdadeira fonte de luz, encarando fixamente a garota. Em certo ponto, ela se agachou para cumprimentar uma Gothita, que tinha o olhar fixo por cima dos ombros da menina, como se estivesse vendo algo que não estava lá.

Ao ficar novamente de pé, ela se encolhia conforme uma brisa fluía ao seu redor, remexendo as árvores e deixando tudo mais frio. Em minutos, ela observara que na ponta dos galhos formava uma fina camada de gelo, que se espalhava com rapidez pelo asfalto completamente liso. Ao longe, ela via uma mãe acenar para uma roda de crianças que brincava no quintal, chamando-as todos para dentro. Com o único sinal de vida desaparecendo de vista, o vento parecia ficar mais agressivo, contorcendo cada vez mais a pobre adolescente que caminhara.

Com as bochechas ficando num vermelho vivo, ela tentava desesperadamente remexer a própria bolsa, mas seus dedos começavam a ficar roxos e seu toque estava sensível, como se qualquer movimento brusco a fizesse perdê-los. Ela então observou uma névoa abraçá-la lentamente, como uma coberta intangível fria que só piorava sua situação. No meio dela, uma luz fria surgia com a promessa de uma fonte de calor. A passos desengonçados, com constantes deslizes, a adolescente se arrastou pela rua, ganhando marcas roxeadas enquanto forçava a própria pele na camada de gelo. Mesmo que quisesse chorar pela dor, seus olhos já relutavam para permanecerem abertos com a violência dos ventos que não pareciam tocar a névoa.

Próxima da fonte de luz, ela esticou a mão para tocar uma misteriosa máscara gélida que reluzia de forma suspeita. Ao fazê-lo, a névoa se derretia, deixando a garota numa dimensão completamente escura, embora algumas sombras amórficas roxeadas dançavam sobre seus pés, aparentando rirem da agonia da menina completamente ferida. Depois, um Gastly comum surgiu do além, rindo da situação da garota antes de mergulhá-la num gás tóxico. Com sua única opção sendo a máscara que tinha em mãos, a menina cobria o rosto e sentia o objeto se acoplar em sua pele. Ela se esforçou tanto para gritar da agonia que sentia que as sombras da dimensão fantasmagórica começavam a se reunir a sua volta.

Em um instante, havia uma garota com uma máscara gélida e um Gastly. No outro, havia apenas uma criatura redonda e criogênica, com uma máscara que continha seu sorriso maléfico, embora seu olhar não enganasse suas intenções. Se aproximando gradativamente da câmera, o Pokémon assoprava a névoa fria que criava um efeito de congelamento na tela, encerrando o filme.

Na plateia do Centro Comunitário, o Pokémon da coordenadora utilizava sua presença congelante para realmente fazer todos os espectadores terem arrepios e se encolherem parcialmente. Por mais que algumas crianças começassem a chorar agarradas em seus responsáveis, a maioria dos moradores começou a aplaudir a exibição. Após minutos, todos eles estavam teorizando sobre o que teria acontecido e se aquela representação cinematográfica era a história real por trás do misterioso Pokémon recém-descoberto.

Quando Amorina estava se preparando para sair, uma multidão de moradores formou fila para tirar foto, já que ela foi o rosto e corpo da personagem principal. Enquanto se reuniam, muitos deles elogiavam o potencial da adolescente, dizendo que esperaria para ver mais trabalhos dela. Aquilo a fazia suspirar de alívio, além de aquecer seu coração: ela estava conseguindo conquistar o público, sendo os passos iniciais de seu grande sonho. Contudo, depois de uma série de fotos, Frost Gastly se manifestava corporalmente e fazia com que a maioria deles se afastasse, garantindo um espaço para que Molly recebesse a garota num abraço e a puxasse de volta para dentro do Centro Comunitário.

- Espero que seu Gastly não me ataque - brincou, mas por checar o Pokémon, ela estava realmente nervosa. - Pessoal! Pessoal! Um último acontecimento antes de retornarmos para nosso glorioso festival, agora abrilhantado pelo conto que acabamos de presenciar! - disse a mulher em voz alta, bem na frente do telão, fazendo com que algumas pessoas retornassem para suas cadeiras. - É com grande alegria no peito que eu a prestigio com a Chave de Solaceon, em reconhecimento por seus esforços na promoção da cidade. Em nome de todos os moradores, muito obrigada! - discursou brevemente a representante, entregando a chave de ouro com o nome da cidade para a coordenadora.

Amorina ficava surpresa com o acontecimento, tendo sorte que Molly a recebeu num caloroso abraço para cobrir seu rosto de processando as informações. A magnata pensava que precisaria enfrentar Molly para conquistar a chave, mas aquilo era muito melhor. Com um sorriso contido, mas os olhos marejados de emoção pelo reconhecimento, ela levantava a chave que recebia e chamava os aplausos do público.

- Você realmente mereceu o reconhecimento, mas espero que não esteja pensando que acabou - disse Tim, quando boa parte do público já tinha dispersado. - Não poderíamos deixar nossas estrelas sem alguns mimos extras. Aqui, peço que aceitem esses presentes.

Um dos assistentes de produção entregava uma pequena maleta com dois PumpKoin e alguns docinhos azulados dentro dele. Gastly mergulhava no objeto, mastigando a maior bala azul que rendia um pouco mais de energia para a fantasma, que soltava um olhar satisfeito.

- Obrigada. Eu é quem deveria estar dando presentes à vocês pela oportunidade mas... muito obrigada mesmo - emendou, não contendo a alegria que deixava seu sorriso de orelha a orelha.

Quando todos retornaram aos próprios afazeres, Amorina reorganizou a bolsa, ainda boba com tudo que tinha acontecido. "Ser famoso é ser recompensado por existir" era uma frase de Eva Dourado, que somente agora fazia sentido para a coordenadora. Depois disso, ela revirou os próprios bolsos e reencontrou o cartãozinho de caça à abóboras do Conde Gengar. Infelizmente, ela não tinha visto nenhuma abóbora esculpida, mas continuaria tentando até acabar o festival.

Missão Local "Noite Assombrosa"
Pikachu Pumpkin - Não achou

Brionne | Lv. 27 | 100%
Magical Litten | Lv. 23 | 100% | Lucky Egg
Pure Solrock | Lv. 20 | 100%
Frost Spirit Gastly | Lv. 18 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Pumpkaboo | Lv. 20 | 100%

Nível médio: 14 (20)
Exp. Share em Modo Único para Gastly.
Itemfinder: (4/10)
PumpKoin: (5/5)
Pumpcoll Berry: (4/4) [5/10 para voltar a colher]
~~Pickup: (2/2) [3/3 usos]~~

Informações Relevantes:

APROVADO

Esse Gastly já é mais famoso que alguns membros dsaudhaudas, parabéns pelo evento.

Depois da noite de estreia do curta assombrado, Amorina começou a receber tantos pedidos para fotos e para mostrar o Frost Gastly que mal pode aproveitar verdadeiramente os dias finais do Festival. Por sorte, ao menos ser famosa realmente tinha suas vantagens, já que toda manhã ela recebia mimos das barraquinhas a convidando para dar uma passadinha e auxiliar em suas promoções.

- Queria poder ajudar todo mundo, mas como vou fazer isso? - questionou aos Pokémon que estavam fora da pokébola no quarto de hotel.

Amorina notava pelo calendário que aquela seria a última noite do festival, por isso de fato ela teria que escolher qual dos locais ia visitar. Sem ideias, ela começou a espionar as caixas de aperitivos e lembrancinhas que recebeu. A maior delas era que saltava os olhos, com um panfleto no topo, mas que foi inicialmente ignorado pela garota. Ao abrir a caixa, ela se deparou com uma torta de maça com massa bem douradinha e recheio cheiroso. Experimentando-a, a garota teve um surto de açúcar e brilhou os olhos com o sabor delicioso.

- Eles são os melhores. Superaram até mesmo a Branca! - exclamou. - Não contem pra ela - emendou.

Os Pokémon então se reuniram para consumir a torta, com todos eles arregalando os olhos conforme sentiam o sabor dela derreter em todos os cantos da boca. Infelizmente, devido ao alto teor açucarado da sobremesa, eles só aguentaram dois pedaços antes de ficarem com uma sensação de tristeza, entorpecidos enquanto o próprio corpo absorvia o que acabaram de consumir. Nesse tempo, Amorina resolveu ler o panfleto da caixa, sendo basicamente um convite para uma competição de consumir tortas. Ela então se lembrou de ter visto uma multidão ao redor de uma mesa larga durante o Festival.

- Oh... então era isso. O que acham de uma competição de comer torta?

O questionamento parecia revirar o estômago de todos os Pokémon, que faziam uma careta e viravam de costas para a dona. Com um sorriso contido, ela se virou para a janela e viu o Berry Pot tomando o sol matinal com as Starf Berry completamente maduras. Enquanto colhia os frutos, ela sentiu Carbink cutucando seus pés para entregar as gemas valiosas que produziu na última semana, muito bem polidas por seu cachecol macio, recebendo um afago no topo da cabeça como agradecimento.

Mais tarde, Amorina ligou para a mãe e contou sobre tudo que estava acontecendo no Festival desde que ela saiu. Eva ficou bem orgulhosa dos primeiros passos da filha e disse que faria o possível para ter uma cópia do curta-metragem para ver em casa. Elas também discutiram sobre os presentes que a coordenadora recebeu, onde a mãe da garota prometeu que um funcionário iria passar no hotel e recolher o que não era perecível para levar até a mansão da família em Novus.

- Uma competição de tortas? Parece interessante - comentou a mulher. - Por que não participar?
- Recebemos uma amostra da torta da competição. Ninguém aguentou mais que dois pedaços. Acho que não vale a pena forçá-los.
- Ora, isso é muito fácil. Seu Zigzagoon é um comilão nato. Por que não se inscreve com ele?
- Eu não tenho contato com ele desde que o capturei... - ponderou. - Espera ai... como você sabe que eu tenho um Zigzagoon?
- ... - o silêncio tomava conta. - Desculpe filha, o sinal está ruim. Nos falamos mais tarde, até mais!

Amorina ficava confusa e irritada com o comportamento da mãe, mas, num ponto ela estava certa: Zigzagoon era um glutão e poderia enfrentar diversas rondas de tortas sem problemas, ao menos em tese. Dessa forma, a coordenadora recolheu todos os Pokémon e foi direto para o Centro Pokémon. Ela se despediu temporariamente de Pumpkaboo ao trocar a pokébola dele pela de Zigzagoon. Nervosa sobre a reação do Pokémon ao revê-la depois de tanto tempo, ela achou melhor apenas esperar até o Festival começar e convencê-lo com comida.

A noite, as luzes começavam a ascender e os turistas voltavam a caminhar animadamente pelas atrações do festival. Com aquele sendo o último dia, era possível ver que o Labirinto estava bem mais badalado, já que a passagem era limitada a uma única vez por ano. Contudo, desejando a competição culinária, Amorina seguia fiel ao seu objetivo e libertou o pequeno Zigzagoon.

- Oi! Se... lembra de mim? - questionou com um riso nervoso.

Zigzagoon mexeu o focinho com vigor, sentindo o cheiro da garota, depois colocou o linguão pra fora e pulou todo bobo no colo da coordenadora. Ela não sabia o que fez ele ficar tão amoroso com ela, mas não reclamaria. Amorina tinha encontrado o Pokémon no lixo, então estar sob cuidados de um treinador ainda parecia um destino melhor. Mas então ela se dava conta: não tinha treinado Zigzagoon. O guaxinim bicolor estava com pelo macio e cheiroso, quase como se tivesse sido preparado para o reencontro com a menina, mas ela não tinha tempo de investigar a razão por trás disso naquela hora.

- Vamos comer! - animou a garota, fazendo o Pokémon até se tremer de euforia.

Ao se cadastrar no evento, ela se sentiu pressionada ao ser colocada bem no meio da mesa larga e horizontal. Com Zigzagoon na cadeira à sua frente, o trabalho dela seria apenas torcer para que ele fosse capaz de comer todas as tortas antes do tempo acabar e durar mais tempo que os demais competidores. Esperando apenas alguns minutos a mais, outros cinco competidores chegaram, embora o homem com um Swalot era o que mais preocupava a garota.

- Você consegue, bonitão. É só focar em... comer - tentou encorajar o guaxinim, que a lambeu e voltou ao posto.

Um grupo de mulheres trazia uma pilha de tortas e colocava à disposição dos Pokémon na mesa. Quando o sino foi tocado, todos começaram o consumo. Swalot foi o mais rápido, consumindo tudo da primeira ronda em um minuto ao esticar assustadoramente a boca e engolir até mesmo as formas de metal. O Zigzaggon surgia logo em seguida, entrando dentro da forma para lamber até a última gota do recheio de torta. Duas pessoas foram eliminadas naquela primeira fase, restando seis competidores no total. Com um pequeno intervalo para que eles minimamente processem a comida, logo surgiam mais tortas que eram dispostas em uma pilha na mesa.

Quando o sino anunciou o começo da segunda ronda, o homem com Swalot conseguia mais um record ao engolir seis de uma só vez, em menos de dez segundos e garantia a vaga pra próxima. Zigzagoon realizava a mesma estratégia que anteriormente, mergulhando nos pratos para comer o que grudava na forma, embora acabasse beirando o tempo limite para o consumo. Assim, três competidores eram eliminados e Amorina ficava sorridente com a possibilidade de conquistar a vitória.

Com uma pausa maior antes da terceira ronda, Zigzagoon também bebia um pouco de água para ajudar no processo, embora aparentemente tinha o efeito contrário já que o Pokémon ficava com os olhos pesados. Mesmo assim, quando o sino da terceira ronda tocou, ele voltou à ativa e continuou no processo de engolir as tortas. Infelizmente, a cada fornada que ele completava, ele ficava ainda mais lento, não sendo capaz de consumir tudo dentro do tempo limite e sendo eliminado na terceira ronda.

- Não fique chateado. Você foi ótimo, mas agora precisa descansar - comentou ao ver a feição do Pokémon, que pulou em seu colo.

Amorina arregalava os olhos quando seu adorável guaxinim ágil virou uma bolota de massa corporal, respirando lentamente e com olhos cansados. Por segurança, ela levou a criatura até o Centro Pokémon, ficando ao lado dele durante todo o processo. Aproveitando do tempo, ela descobriu da Enfermeira Joy que seus pais haviam pedido para cuidar pessoalmente da "Box" da garota, demonstrando que possuíam um espaço agradável e seguro para acomodar os Pokémon que eram capturados por Amorina.

- Não sei se posso reclamar disso. Obrigada, Joy.

Antes de voltar o foco inteiramente à Zigzagoon dormindo na maca, Amorina enviou um "Obrigada" no grupo que tinha com os pais, deixando ao próprio entendimento deles saber o motivo do agradecimento. Mais tarde, quando o Pokémon recebeu alta, ela foi abordada por um dos organizadores da competição de tortas que a entregou 1 PumpKoin pela participação e um convite para que retornasse no ano que vem.

Missão Local "Competição de Consumo de Tortas"
1ª Ronda - Passou!
2ª Ronda - Passou! & Type Gem Carbink
3ª Ronda - Perdeu.

Brionne | Lv. 27 | 100%
Magical Litten | Lv. 23 | 100% | Lucky Egg
Pure Solrock | Lv. 20 | 100%
Frost Spirit Gastly | Lv. 18 | 100%
Carbink | Lv. 17 | 100%
Galarian Zigzagoon | Lv. 12 | 100%

Nível médio: 14 (20)
Exp. Share em Modo Único para Gastly.
Itemfinder: (5/10)
PumpKoin: (1/5)
Pumpcoll Berry: (4/4) [6/10 para voltar a colher]
~~Pickup: (2/2) [3/3 usos]~~

Informações Relevantes:

APROVADO

KKk Coitado do Zigzagoon!! Muito bom a descrição da competição e usar a fisiologia dos competidores para descrições da forma de como eles estavam devorando os pratos. Interessante!!

Re: [Auto Route] 10.1 — Festival da Colheita! - Publicado