Vila de Natal

Depois de participar da peça teatral do ''Presépio Vivente'', enfim a pesquisadora conseguiu reservar para si um pequeno tempo e respirar, desta forma a jovem afastava-se da multidão que havia se formado ao redor do palco e se direcionava a uma região um pouco mais deserta. Ao afastar-se um pouco do tumulto, a garota avistava um idoso sentado solitário em um banco de pedra, o mesmo carregava em seu rosto um semblante triste e suas vestes não pareciam adequadas para o clima que tomava conta da Vila Natal. Percebendo que o homem podia estar necessitando de doações, a jovem não hesitou em aproximar-se do mesmo e oferecer um dos casacos que havia costurado anteriormente.

Ao entregar o presente para a figura, quase que instantaneamente o idoso sorriu e seu semblante triste juntamente com sua energia negativa haviam desaparecido. O homem vestia o casaco e agradecia imensamente a Ayla pelo presente, desta forma ele a entregava uma figurinha rara como forma de recompensá-la pela boa atitude. Depois de presentear a pesquisadora, o homem se erguia do banco e com ajuda de sua bengala caminhava até o palco ao lado, mostrando para alguns amigos e visitantes o presente que havia recebido da menina.

- Gentileza gera Gentileza não acha? - questionava Tim, o magnata que coincidentemente estava passando ali naquele exato momento. - Procurei você por toda parte, parece que a encontrei na melhor hora. - sorria o homem enquanto se sentava no banco de pedra e olhava para a naturista, percebendo que a mesma estava um pouco emocionada com o gesto fofo do idoso que apesar de não ter muito lhe ofereceu uma figurinha como forma de recompensá-la.

Percebendo que a menina estava em um momento frágil, Tim tentou de alguma forma distraí-la, conversando sobre suas vivências e sobre seus projetos, porém em determinado momento o magnata acabou por tocar no assunto de sua falta de criatividade, aparentemente durante sua estadia na Vila Natal quase todas suas ideias haviam se esvaído, ele havia conseguido criar alguns rascunhos porém nada que fosse fabuloso o suficiente para sair do papel. Notando que o homem precisava de uma ajuda para estimular sua criatividade, Ayla arremessou quatro de suas esferas metálicas para o alto, libertando assim Milotic, Baby Eevee, Pristine Wooper e Petilil. Apesar de ter liberado quatro monstrinhos, a naturista apenas desejava usar seus três principais, desta forma ela segurava Petilil em seus braços de forma a permiti-la que visse pela primeira vez como funcionava uma apresentação Contest.

~ Apresentação Gélida! ~
~ Estimulando a Imaginação ~

- É inspiração que você quer? pois terá Tim! - falava a menina animada enquanto usava suas mãos para manipular uma Ice Essence, usando de seus poderes místicos para controlar a neve do ambiente, fazendo um palco gélido. Com um estalar de dedos, a serpente marinha que já era acostumada com apresentações colocou-se à disposição, desta forma exibindo-se de forma graciosa a criatura começava a exibir seu esbelto corpo, dançando no palco gélido de forma encantadora ao mesmo tempo que fazia uso de Surf, criando embaixo de si uma grande quantidade de água, fazendo com que seu corpo e de seus companheiros fossem elevado.

Enquanto o trio surfava em cima das ondas, Ayla ordenava que sua raposa fizesse uso de Helping Hand em Ariel, devido a isso Aegir seguia as ordens de sua treinadora sem nem questionar, usando sua pata para passar parte de seus poderes a serpente marinha, fazendo-a potencializar e duplicar a quantidade de água em seu movimento. Enquanto Milotic manipulava a água criada por si, Baby Eevee parecia sentir-se completamente à vontade com aquele elemento, a criaturinha marrom mergulhava na água e saia fazendo algumas manobras e aquilo encantava a naturista, ela conseguia entender perfeitamente os pequenos sinais que seus monstrinhos apresentavam e certamente aquela afinidade com a água não passava desapercebido. Apesar da jovem quase ter se perdido na graça de Aegir, logo Ayla voltava seu foco para a apresentação e continuava dando as ordens para suas criaturas. - Angel, Rain Dance, Milotic finalize com Ice Beam! - ordenava a garota convicta de ambas escolhas.

Como forma de finalizar a apresentação a pequena axolote chacoalhava seu corpo e fazia uma tensa chuva cair sobre si mesma e seus aliados, molhando o corpo do trio e adicionando de certa forma um elemento a mais no show. Para finalizar, a serpente marinha nadava contra seu próprio movimento, chegando assim a tocar ao solo e logo após isso congelando toda a água que havia produzido com um raio gélido, formando duas esculturas de gelo que eram moldadas com ajuda de Baby Eevee e Pristine Wooper. Uma das esculturas representava o Delibird, um símbolo natalino que representava prosperidade e o bem, enquanto a outra figura esculpida era Krampus Sableye, um pokémon associado a travessuras e atitudes maléficas.


~ Gentileza gera Gentileza ~
~ Fazendo campanha & Um novo trabalho ~

- Bravo! Bravo! Que apresentação belíssima! - comentava o magnata enquanto se levantava do banco de pedra, aplaudindo a performance que a pesquisadora havia acabado de apresentar. Antes que Ayla e seus monstrinhos pudessem descer do palco gélido que haviam criado durante o espetáculo, uma pequena parcela de pessoas que estavam por ali haviam se acumulado em volta da naturista e seus Pokémons, aparentemente todos estavam encantados com o show principalmente pela presença da rara e bela criatura marinha, a Milotic.

Apesar da serpente gostar da fama que tinha, ela se sentia um pouco incomodada com os toques alheios e os olhares em cima de si a todo momento, porém como forma de manter a boa aparência e principalmente não desagradar sua treinadora, Ariel permanecia parada e aceitava os elogios com educação. Percebendo que tinha uma quantidade massiva de pessoas a sua volta a naturista aproveitava aquela oportunidade para divulgar a campanha benevolente de Tim Gumm, desta forma ela explicava melhor sobre o projeto que visava auxiliar pessoas vulneráveis e comentava sobre como o mundo da moda tem se esforçado para transformar Pokégea em um lugar melhor mesmo que através de pequenas atitudes.

Enquanto a naturista tentava de alguma forma arrecadar mais olhares para o projeto de Tim, Milotic aproveitava de sua beleza e raridade para seduzir os olhares curiosos, atraindo cada vez mais pessoas das ruas para perto de si e de sua treinadora. Em poucos minutos de explicação sobre o projeto de Tim, Ayla já havia conseguido juntar mais de 100 novos voluntários para aquela causa nobre, assim quase que triplicando os efeitos e impactos do projeto naquela área. Percebendo que teria muitos rostos novos para lhe auxiliar no projeto, o magnata telefonava para alguns empregados, os convocando para que fossem até as coordenadas que ele havia enviado e acabassem direcionando todas aquelas pessoas voluntárias até uma área adequada para que começassem a colaborar com a confecção de casacos.

Aos poucos o amontoado de pessoas que havia se acumulado a volta da pesquisadora ia se desfazendo, principalmente após a naturista retornar todos para as devidas Pokéballs, deixando apenas sua pequena Petilil nos aconchegos de seus braços. A naturista estava pronta para afastar-se da região e voltar ao palco principal onde em breve participaria de um coro natalino, porém antes que pudesse fazer um jovem a impediu. Mont Lisaneve apresentava-se como um morador das redondezas, o garoto comentava sobre o Baby Eevee, alertando-a que caso fosse necessário ele poderia fornecer seus serviços, levando-a para um passeio turístico mágico que certamente alegrará o pequenino a ponto de fazê-lo estar apto a evoluir.

A oferta era tentadora, porém por hora a naturista tinha outras coisas com que se preocupar e acabava passando a oportunidade naquele momento, dessa forma a jovem registrava o contato do homem, prometendo o chamar posteriormente caso necessitasse de auxílio com seus pequeninos. Percebendo que sua oferta não era necessária, o homem se despedia elegantemente e se juntava com o restante da multidão mais a frente, aparentemente ele seria um dos espectadores do coro natalino que se iniciaria em breve.

- Tem tanta gente... - comentava a pesquisadora nervosa enquanto dava um pequeno cubo azulado para o Petilil em seus braços, permitindo que sua criaturinha degustasse o mimo adocicado. - Tem mesmo, mas certeza que você se sairá bem. - comentava o homem enquanto voltava sua atenção para seu Rotom Phone. - Ei, espere! Tive uma ideia! - dizia o magnata empolgado enquanto retirava de dentro de sua maleta alguns pedaços de pano, sentando-se novamente no banco de pedra ali e costurando uma nova peça bem diante os olhos da pesquisadora.

Alguns tensos minutos de costura se passaram, até que enfim o homem terminou seu trabalho, ele havia costurado uma roupa de Krampus Sableye que caberia perfeitamente em um Mimikyu. Ao ver a peça, a naturista se encantava quase que instantaneamente. - Que belo! quanto custa??? - questionava a jovem enquanto se inclinava para ver a roupa mais de perto. - Bom, naturalmente eu venderia um exemplar deste feito a mão e original por 30.000$, porém como é para você me contento com 2.000$ e 5 Pokémons, que tal? - questionava o magnata enquanto abria uma caixa de presente e colocava a fantasia dentro com alguns outros objetos. - Certo, mas porque Pokémons? - perguntava a menina curiosa enquanto retornava sua Petilil para dentro da devida esfera metálica.

- Bom, digamos que eu quero apenas exemplares que foram capturados aqui na Vila Natal, talvez eles possam me dar mais inspirações natalinas para continuar com meus projetos e roupas. - se explicava o magnata enquanto pegava a caixa que estava fechada e a mostrava para Ayla. - Então, aceita 2.000$ + 5 Pokémons por um presente misterioso? - brincava o homem. Mesmo com um pouco de dúvidas sobre as intenções do homem com os Pokémons, a naturista não tinha motivo para desconfiar das intenções de Tim já que desde que ela o conheceu ele tem demonstrado um grande conhecimento e compaixão, desta forma a garota acabava por aceitar a troca, pagando a quantidade exigida e entregando alguns monstrinhos seus para a figura.

Spoiler:

Depois de transferir cinco de seus monstrinhos remotamente pelo Rotom Phone e depositar 2000$ na conta bancária da figura, o magnata agradecia pela negociação e desejava Ayla todo sucesso em sua aventura, assim o homem se afastava, deixando-a a sós com o presente. Sozinha novamente, a pesquisadora abria com cuidado a caixa e percebia que dentro da mesma existia não apenas a fantasia de Krampus Sableye, assim como outras duas juntamente com alguns itens úteis para Pokémons, como por exemplo Juices e PokéBlock. Colado em uma das fantasias, estava um bilhete de agradecimento de Tim, o homem deixava para trás um casaco branco costurado por ele mesmo como presente para a naturista, agradecendo-a por todo carinho e tempo que a jovem havia se dedicado ao projeto do magnata. Após guardar todos os mimos em sua bolsa, a jovem sorria e voltava alegre para o palco principal, ela estava pronta para participar do coro natalino.

★ Inverno ★ ★ Dia ★

★ Atualizações ★:

★ Time ★:

★ Off ★:

★ Outros ★:

Depois de um longo dia de trabalho, finalmente a pesquisadora voltava para sua cabana acompanhada apenas de suas duas raposas. Logo ao chegar na instalação a jovem fechou a porta do local e juntamente com seus monstrinhos acabou por adormecer, recuperando todas suas energias durante a noite, dessa forma com o nascer do sol no dia seguinte a garota e sua equipe se sentiam completamente revigorados.

Ao erguer-se da cama a garota se espreguiçava e coçava seus olhos suavemente, tentando focar sua visão com a claridade do sol que já invadia a cabana. Com cautela a jovem se aproximava de sua dupla de raposas, tocando-as. - Vamos pequeninos, acordem. - dizia a garota, tocando suavemente ambos Pokémon que começavam a despertar.

Enquanto a jovem começava a preparar sua bolsa para poder enfim se retirar da cabana e voltar para o centro da Vila, um som de objetos caindo vindo de seu armazém localizado em uma pequena cabana próximo a sua casa acabou por assustá-la. - Ouviram isso? - questionava a garota caminhando devagar até a janela e olhando para a pequena instalação, tentando entender oque havia feito aquele barulho. Sem sucesso de conseguir enxergar oque estava acontecendo de longe, a menina juntamente com seu Umbreon e Eevee passaram pela porta da frente, assim com passos calmos e cautelosos o trio se aproximava do armazém.

Enquanto se aproximava da origem do barulho, Ayla segurava firmemente em suas mãos a esfera metálica de Milotic, dessa forma ela arremessava a Pokéball serpente marinha para o alto, libertando-a. Cochichando, a garota explicava a situação para um de seus mais poderosos Pokémon. - Ariel... tem algo aí dentro, precisamos que use sua sutileza para entrar sem fazer barulho e localizar o invasor... - a jovem falava no tom mais baixo que conseguia.

( 100.0% ) | Nv.40 - Marvel Scale | | Item | Speed: 82 |

( 100.0% ) | Nv.29 - Serene Grace | | Grassy Seed | Speed: 57 |

Primeiro Turno
Mesmo que as recomendações de Ayla tenha sido primeiro localizar o Pokémon e após isso agir, Milotic não era muito um Pokémon de ''levar desaforo'' ou aguentar ''abusos'', desta forma a criatura batia sua cauda com força na porta, arrombando-a e entrando com velocidade dentro do armazém. Mesmo estando no escuro, os olhos afiados da serpente marinha varriam as redondezas, assim quando encontrou o menor sinal de movimento a criatura aquática não hesitou em usar sua poderosa combinação, mesclando Ice Beam com sua Aura Ofensiva, formando um raio tão gélido que ao entrar em contato com o invasor o nocauteava, sem dar chances do mesmo contra-atacar (-234.1%).

Inconsciente

Com o oponente nocauteado, Ariel enrolava sua cauda em volta do corpo da criatura e o arrastava para o lado de fora, jogando o monstrinho desmaiado aos pés de sua treinadora. - É... eu acho que não foi bem isso que eu queria, mas de certa forma foi eficaz, obrigada Ariel. - dizia a menina acariciando a cabeça de sua serpente e dando uma leve risada, aliás a atitude que Milotic havia tomado a recordou o momento em que Gallade fez a mesma coisa contra uma Chansey.

Percebendo que não tinha motivo para estar em pânico, a jovem retornava sua serpente marinha para a esfera metálica e usava de uma Premier Ball para capturar o pequeno Deerling, conseguindo pegar o monstrinho sem grandes dificuldades, assim como coletar o item que o mesmo estava segurando.


~ Voltando a Vila Natal ~
~ Recursos Naturais & Momento Especial ~

Após resolver o problema com o pequeno invasor, a naturista e suas raposas voltaram a caminhar em direção a Vila Natal, desta forma o trio usava o caminho de pedra que cortava a floresta de pinheiro para que não viessem a se perder em meio a densa mata. Enquanto andavam lado a lado, a pesquisadora começava a perceber uma mudança no comportamento da pequena raposa marrom. Baby Eevee não tinha mais medo ou se retraía quando a garota se aproximava, desta forma ele permitia que Ayla pudesse o segurar em seus braços, mesmo que isso o causasse algum receio ocasionalmente.

Percebendo uma oportunidade de fortalecer ainda mais aquilo que estava criando com o monstrinho, a jovem logo pegou Eevee em seus braços e pediu para que Loki localizasse alguma fruta madura aos redores, usando isso como desculpa para ficar um tempo a sós com o pequenino. Por ser um Pokémon com uma forte ligação a Ayla e também entendedor da Aura, Umbreon entendia o plano de sua treinadora, sendo assim ele não hesitava e logo se afastava, dando oportunidade para que a jovem pudesse desabafar com o pequeno Eevee.

- Bom, acho que ele não vai demorar... - dizia a pesquisadora enquanto aconchegava Eevee em seus braços e o acariciava. - Sabe pequenino, sei que nossas interações até o momento não foram tão boas, mas saiba que eu quero mudar isso, quero fazer com que sejamos grandes amigos. - comentava Ayla enquanto tirava seu Rotom Phone da bolsa e assim mostrava a foto de Flareon, uma outra Eeveelution que a jovem tinha em sua posse. - Eu gosto bastante da sua espécie, sabia? acho vocês incríveis e criaturas fabulosas - comentava a jovem enquanto começava a suavemente acariciar as orelhas do pequenino, conhecendo que aquele era o ponto mais fraco de qualquer Eevee ou Eeveelution.

- Como deve imaginar, Loki foi meu primeiro parceiro, ele era um Eevee diferente também, não gostava da mudança e isso o assustava, porém hoje em dia ele acostumou-se com a falta de permanência das coisas e se tornou uma criatura poderosa. - comentava a garota enquanto olhava para a raposa em seus braços, Eevee estava em silêncio, porém suas orelhas em alerta confirmavam que sua atenção estava total focada na pesquisadora. - Flareon foi minha segunda Eeveelution, ele é um Pokémon com dons de fogo e calor, uma criatura formidável, porém era um gigante bondoso, o encontrei dentro de uma caverna vulcânica durante uma competição no Catching Contest. - dizia a garota enquanto mostrava a imagem da raposa de fogo no Rotom Phone.

- Mesmo sendo apenas um Eevee agora, sei que um dia será tão grandioso quanto Flareon e Umbreon. - complementava a menina enquanto guardava seu Rotom Phone e tirava de dentro de sua bolsa um pequeno pano que estava enrolado em uma pedra azulada, assim mostrando ao Baby Eevee uma Water Stone. - Quando estiver pronto, poderá usar disso para alcançar esta forma grandiosa, meu pequeno Aegir. - dizia a pesquisadora enfim batizando o pequeno, escolhendo um nome familiar ao que havia escolhido para Loki. Enquanto o nome da raposa noturna fazia clara referência a um deus nórdico da discórdia, o apelido dado ao pequeno Eevee era inspirado em um deus nórdico das águas e oceanos, dando assim de certa forma um presságio do futuro que aguardava a raposa.

Quando a conversa da dupla enfim terminou, Umbreon que estava os seguindo escondido enfim resolvia aparecer, assim entregando nas mãos de Ayla uma Rabuta Berry juntamente com uma Snowball, ambos itens que ele havia achado em meio a floresta. - Obrigada meu amor. - agradecia a garota enquanto colocava o Baby Eevee nas costas da raposa noturna e guardava os mimos recebidos dentro de sua bolsa.


~ Aprendendo com o Melhor! ~
~ Siebold (Culinária Comunitária & Receitas) ~

Depois de algum período caminhando enfim o trio chegava no centro da Vila Natal, assim como de costume o grupo já se direcionava até a Casa da Lareira, buscando lá encontrar alguma atividade interessante para se envolverem. Enquanto o grupo esperava a enfermeira aparecer no balcão, um barulho na cozinha da instalação acabou por chamar a atenção de Ayla, aparentemente estava tendo alguma comemoração, ou reunião, seja lá oque fosse as pessoas estavam falando bastante. Curiosa com o acontecimento, a naturista se afastava da recepção e caminhava até a cozinha, percebendo que o famoso chefe Siebold estava ''acolhendo'' alguns novatos no ramo da culinária.

O Chefe demonstrava toda sua habilidade, dessa forma ele convidava a todos a terem uma aula gratuita, ensinando assim aos interessados como prepararem a massa de biscoito ideal. Curiosa com todo o movimento, Ayla que recém estava ingressando no mundo da culinária resolveu se aproximar, dessa forma em silêncio ela observava Siebold preparando os biscoitos.

- Bom, por onde começaremos Mes Chers. - o homem se alto questionava enquanto com seu olhar varria ao redor para análisar cada um dos ''alunos'' ali presentes. - Antes de tudo temos que usar os ingredientes corretos, ou seja sempre busque por alta qualidade e frescos, isso será fundamental. - explicava o chefe enquanto demonstrava alguns pacotes de trigos, ovos e jarros de leite.

Com cuidado e maestria de um verdadeiro chefe, o homem juntava todos os ingredientes dentro de um pote, usando assim uma colher de pal para preparar a massa e batê-la, criando uma massa bonita e consistente. - Oh là là! quase me esqueço. Lembre-se Messieurs de bater bem a massa, se não o biscoito irá esfarelar quando for retira-los da forma após passar pelo fogo. - explicava a figura tentando conter seus costumes linguísticos. - Bom, costumo usar gotas de chocolate na massa, isso cria algum sabor extra apesar de não ser nada saudável. - explicava Siebold, separando a massa em tabuleiros metálicos untados e preparando para levar ao forno.

O homem levava os tabuleiros com os biscoitos ao forno, colocando em temperatura média e deixando os mesmos cozinharem. Enquanto os biscoitos assavam, o chefe aproveitava do tempo para limpar sua bancada de trabalho, lavando as coisas que havia sujado e guardando ingredientes que não seriam mais úteis. - Lembrem-se, en cuisine tudo tem que estar sempre impecável, nada de sujeiras! Um bom chefe mantém seu local de trabalho sempre limpo. - explicava a figura enquanto limpava o restante das coisas.

Depois de alguns longos minutos assando, finalmente o chefe envolvia suas mãos em luvas e tirava a fornada de dentro do forno, colocando assim os tabuleiros sobre a mesa e permitindo que cada um pudesse se aproximar para degustar da massa. - Voa-lá, está una Délicieux! - complementava o chefe enquanto observava os alunos se deliciando com a massa recém cozida. Mesmo tímida, a pesquisadora se aproximava e comia um dos biscoitos e realmente confirmava com seu próprio paladar aquilo que todos estavam comentando, Siebold era um grande cozinheiro.

Conforme a cozinha se esvaziava após o término da aula, a naturista se aproximava do homem tentando de alguma forma conseguir umas dicas ou receitas da famosa figura, porém Siebold disse que não poderia vazar o segredo de seu sucesso de forma tão gratuita. Pensando nisso, a garota oferecia algumas moedas para o homem, assim pedindo em troca a receita daqueles biscoitos juntamente com alguma receita ''extra''. Mesmo um pouco receoso, o chefe entregava a Ayla duas receitas, uma de um bolo nevado e outra dos biscoitos que havia feito ainda pouco.


Alegre por ter conseguido oque queria, a mística se despedia do homem e o deixava em paz, assim ela retirava-se da instalação e ansiosa começava a passear pelos mercados locais, comprando alguns ingredientes para conseguir realizar aquelas receitas em sua própria cabana, Ayla estava pronta para fazer uma grande ceia com suas novas descobertas. Inspirada pelo conhecimento recebido, enquanto caminhava ao lado de seus monstrinhos e retornava para sua cabana, a garota aproveitava do tempo para ler as últimas quatro páginas restantes do livro de Lucy, assim conseguindo aprender uma nova receita conhecida como ''Bone Curry'', uma receita que apesar do nome peculiar parecia bastante gostosa.

★ Inverno ★ ★ Dia ★

★ Atualizações ★:

★ Time ★:

★ Off ★:

★ Outros ★:

~ Guirlandas Natalinas! ~
~ Missão Local ~

Mesmo um pouco enjoada com a confecção de guirlandas Natalinas, a naturista passou a tarde não apenas criando novos exemplares como também ensinando aos interessados como fazerem suas próprias decorações natalinas, dessa forma aos poucos a multidão furiosa clamando por guirlandas começou a se dissipar, sobrando apenas alguns rostos amargurados que tinham preguiças de fazerem suas próprias decorações.

Apesar de estar enjoada e saturada devido a quantidade de guirlandas criadas, a naturista resolvia ir até o fim daquilo que havia se proposto a fazer, desta forma ela mais uma vez usava de seu pequeno Sewaddle para gerar folhas, amarrando a vegetação no aro e decorando a mesma com um pouco de Glitter, fitas vermelhas e até mesmo pequenos sinos dourados que emitiam um tilintar suave conforme era balançado pelo vento. Com mais uma criação pronta, a garota a entregava para Joy, permitindo que a enfermeira escolhesse o destinatário daquela decoração.

~ Mudanças & Nascimento ~
~ Baby Eevee & Alterações ~

- Acho que trabalhamos muito hoje, preciso de uma pausa. - a pesquisadora comentava com seus monstrinhos, assim retornando Sewaddle para a devida Pokéball. Faltavam apenas algumas poucas unidades de decorações para serem confeccionadas, então em breve a naturista não precisaria mais estar presa a essa atividade um tanto quanto desgastante. Apesar de faltar poucos exemplares, a pesquisadora sentia uma necessidade latente de retirar-se da instalação e respirar um pouco, porém antes que pudesse se retirar da instalação um acontecimento inusitado roubou sua atenção.

Repentinamente, sua bolsa começou a se chacoalhar e a liberar um estranho brilho. Curiosa, Ayla logo apoiava a bolsa no balcão da Casa da Lareira e retirava sua incubadora de dentro da mesma, assim revelando que o ovo que estava carregando há alguns dias finalmente estava eclodindo. - Mais um amiguinho pra família... quem será dessa vez? - questionava a naturista para a dupla de Pokémons que ainda a acompanhavam. Umbreon ficava sobre duas patas, apoiando uma das suas patas dianteiras no balcão e outra em sua treinadora. A raposa noturna estava visivelmente curiosa, assim ele tentava ao máximo esticar seu corpo para conseguir ver o monstrinho que estava prestes a nascer. Enquanto Loki tinha dificuldade para ver o novo membro da equipe, Pristine Wooper aproveitava para escalar o corpo da raposa noturna, assim conseguindo subir no balcão e ficar lado a lado da incubadora.

Alguns tensos segundos se passaram e enfim o ovo rachou, revelando assim uma pequena raposa marrom, uma criaturinha minúscula que cabia na palma da mão de Ayla. - É... é um Eevee? - questionava a jovem enquanto retirava de sua bolsa seu Rotom Dex, apontando assim para o monstrinho e confirmando suas suspeitas.


Ao eclodir do ovo o pequenino bocejava e abria seus grandes e amendoados olhos, varrendo todo ambiente com seu olhar fofo e curioso. Ver um pequeno Eevee era uma grande surpresa para todos, aliás aquela espécie era extremamente rara e complicada de se achar em estado selvagem, porém quem visivelmente estava mais impressionado com a notícia era Loki, era a primeira vez que ele tinha contato com um Eevee, ainda mais um tão pequeno. A pequena raposa marrom após varrer todo ambiente, via o rosto de Ayla e se intimidava, escondendo-se atrás de algumas papeladas que repousavam sobre o balcão principal.

- Não precisa ter medo pequenino, não machucarei você... - comentava a menina enquanto tentava esticar sua mão para tocar no Pokémon, porém toda sua tentativa de conexão acabava sendo em vão, Eevee estava de fato muito assustado com o mundo a sua volta. Apesar do medo da treinadora e de Pristine Wooper, alguma coisa no olhar de Loki atraia o pequeno Eevee, o fazia se sentir confortável e menos intimidado, dessa forma a raposa marrom não hesitou em descer do balcão e grudar nas costas de Umbreon, como se buscasse proteção nos pelos escuros e fofos da raposa noturna.

- É Loki, parece que você tem um pequeno fã. - comentava a garota com um sorriso enquanto observava a cena fofa que se desenrolava em sua frente. Umbreon era uma criatura que não gostava muito de contato físico, ainda mais vindo de outros Pokémons, porém alguma coisa naquele pequenino o fazia hesitar em seus pensamentos egoístas, o despertava um instinto paterno.

- Bom, talvez ele se adapte mais rápido com sua ajuda. - complementava a pesquisadora enquanto usava o computador da instalação, assim fazendo alguns pequenos ajustes em sua equipe, retirando itens de seu Crocalor e Gallade e os enviando para a Box, colocando no lugar de Gallade sua serpente marinha e entregando-a um Lucky Egg. Com as alterações feitas em seu time, a naturista com cautela aproximava-se do pequeno Eevee que estava deitado nas costas de Umbreon, dessa forma ela encostava suavemente a Premier Ball no mesmo, conseguindo o capturar devido a seu nível extremamente baixo.

Depois de pegar a raposa oficialmente para si, Ayla o libertava para fora da esfera, permitindo que o mesmo pudesse voltar a repousar na pelagem afofada de Umbreon. - Tome, segure isso. - dizia a jovem enquanto aproximava um Exp.Share do recém nascido, um item que apesar de sua aparência simples carregava um mecanismo avançado para dividir experiência. Eevee não sabia ao certo oque fazer com aquele item, porém ele usava como forma de amolar seus dentes, mordendo partes do aparelho enquanto segurava com suas patinhas. - Só não quebre por favor... Não sei de onde eu tiraria um rim para comprar outro. - comentava a menina preocupada ao se recordar o quão caro era aquele recurso.

~ Uma estrela cadente! ~
~ Salvando Rudolph! ~

Com o pequenino oficialmente em sua equipe, a naturista e seus monstrinhos deixaram a instalação, dessa forma a garota levava sua Pristine Wooper dentro de seu casaco para aquecê-la do frio enquanto Umbreon carregava o recém nascido em suas costas, usando constantemente sua Aura Defensiva para envolver seu próprio corpo e o corpo do pequenino da neve suave que caia do lado de fora do estabelecimento.

Enquanto o quarteto caminhava do lado de fora, a naturista apenas conseguia refletir um pouco sobre o mais novo membro. Devido ao fato de ter criado Loki e o treinado, Ayla sabia bem como era a aparência de um Eevee, porém aquele era diferente, era menor e tinha pouco pelo em seu pescoço, era como se o mesmo tivesse vindo prematuro. Apesar de suas desconfianças, por hora a naturista se contentava com o fato do pequenino está bem, assim deixando suas dúvidas para serem sanadas posteriormente.

Conforme o grupo caminhava em meio a Vila procurando alguma instalação para que pudessem se alimentar, um enorme grupo de pessoas que transitavam na vila pararam de caminhar e começaram a apontar para os céus, apontando para um forte brilho que cortava o começo da penumbra noturna. O brilho percorria uma distância absurda e chocava-se contra algumas árvores no meio da floresta de pinheiro, causando não apenas um grande barulho como um forte abalo sísmico.

Ao sentir o solo tremer, todas as pessoas começavam a entrar em desespero e correr, criando um caos no local que anteriormente estava completamente em paz. Sentindo-se na obrigação de fazer seu papel de policial, a pesquisadora acalmava os residentes e turistas, alertando que ela era uma agente especializada e iria atrás de saber oque aconteceu. Com as ruas mais pacificadas, Ayla afastou-se do centro movimentado e adentrou na mata, assim com ajuda do olfato aguçado de seu Umbreon ela acabava encontrando a área do impacto alguns poucos minutos depois.


Chegando na zona de impacto da suposta estrela, a naturista rapidamente percebia que não se tratava de um astro que havia caído dos céus e sim um trenó do Papai Noel. Ayla olhava para o meio de transporte e almejava checá-lo, porém antes que pudesse fazer ela percebia a existência de um pequeno grupo de monstrinhos selvagens cercando uma rena de nariz avermelhado.

Entre os Pokémons hostis existia um Krampus Sableye, uma criatura conhecida por suas travessuras e seu comportamento extremamente peculiar. O pequeno causador de caos carregava em suas mãos uma quantidade grande de carvões flamejantes, tais carvões cujo também estavam ao redor do trenó. - Entendi... Ele derrubou as renas atirando carvões... - comentava a menina preocupada com tudo aquilo. - Certo, Loki se afaste. - dizia a garota enquanto soltava sua Pristine Wooper no chão, permitindo que a axolote se juntasse com a raposa noturna, afastando-se assim do combate que iria começar a acontecer.

Com seus monstrinhos em segurança mais pra trás, a naturista arremessava uma esfera metálica libertando sua majestosa serpente aquática. - Vamos lá Ariel, use Surf duas vezes seguidas com Aura Ofensiva! - ordenava a jovem confiante enquanto olhava furiosa para o grupo de monstrinhos que estavam intimidando o pequeno Deerling.

( 100.0% ) | Nv.40 - Marvel Scaler | | Lucky Egg | Speed: 82 |

( 100.0% ) | Nv.26 - Mischief | | Item | Speed: 42 | ( 100.0% ) | Nv.26 - Rock Head | | Black Tumblestone | Speed: 18 | ( 100.0% ) | Nv.26 - Sweet Veil | | Item | Speed: 30 |

Primeiro Turno
Ao entrar no campo de batalha a serpente marinha sentia os carvões (Hot Coals) encostarem em suas escamas, causando-a uma dor imensurável e deixando parte de seu corpo em chamas (Burn). Mesmo sendo consumida pelas chamas, a habilidade de Ariel (Marvel Scaler) a auxiliava, tornando suas defesas mais fortes devido ao fogo que consumia seu corpo (+1 Defesa). Krampus percebendo que uma adversária nova surgia de forma repentina, tratava de se movimentar rapidamente fazendo uso de (Fake Out), assustando a serpente e a fazendo recuar (-3.6.%).

Aproveitando que Ariel estava assustada, Milcery e Bonsly aproveitavam da oportunidade para enfraquece-la, dessa forma Milcery fazia uso de (Draining Kiss), beijando a serpente e sugando parte de sua energia vital (-5.0%). Bonsly por outro lado usava (Low Sweep), um golpe lutador que era aplicado na costela da serpente, quebrando uma delas ferindo-a assim como reduzindo sua velocidade (-1 Speed) (-5.0%). Além das feridas de seus inimigos, ao final do combate Ariel sentia as chamas (Burn) consumirem seu corpo, lhe queimando e ferindo (-6.0%).

Segundo Turno
Conhecedora de seus golpes, Krampus sabia que o movimento passado já não faria mais efeito e a serpente atacaria, desta forma ele usava de um golpe prioritário para superar a velocidade de sua adversária, usando de (Shadow Sneak) em Milotic. O fantasma noturno aproveitava-se do anoitecer para se camuflar e se aproximar de sua adversária, aplicando-a um arranhão (5.0%). Ao sentir o impacto contra seu corpo, Ariel grunhia e logo se preparava para revidar, assim fazendo uso de (Surf) juntamente com sua (Aura Ofensiva), criando uma grande onda de água e arremessando contra todos seus adversários ao mesmo tempo, nocauteando o trio sem grandes problemas (-150.0% Sableye Krampus), (-152.2% Milcery), (-360.0% Bonsly).

Inconscientes

Observações:

Ao término do combate a pesquisadora aproximou-se do trio inconsciente, dessa forma usou uma Great Ball na cabeça de Sableye Krampus, capturando a rara criatura sem grandes dificuldades. Além de capturar o monstrinho travesso, a naturista também recolhia o item que Bonsly estava segurando, conseguindo arrecadar dessa forma uma pequena pedra que seria útil posteriormente para craftar itens.

Após capturar Sableye, a naturista aproximou-se do Deerling que estava encurralado, dessa forma ela usou uma de suas Potions na ferida do monstrinho, aplicando suavemente a substância nos lugares onde estavam os arranhões. - Pronto, isso deve bastar. - comentava a jovem enquanto acariciava a cabeça do pequenino. - Onde estão as outras renas? - questionava a menina, guardando o frasco vazio em sua bolsa e olhando ao redor em busca de qualquer pista sobre o paradeiro das renas. Com os olhos cheios de lágrimas, Deerling se aproximava da treinadora e tentava se aconchegar perto da menina, buscando algum conforto na figura protetora de Ayla.

- Já passou, está tudo bem... - dizia a pesquisadora acariciando a cabeça do pequenino. O carinho da naturista acalmava um pouco a rena chorona, porém o pequenino continuava olhando para os céus, como se estivesse esperando algo, ou alguém. Percebendo a inquietude da criatura, Ayla começava a cogitar que as outras renas que puxavam o trenó haviam fugido voando e deixado ele para trás. - ... Você consegue voar? - questionava a menina tentando comprovar sua tese. Ao ouvir a pergunta, Deerling chorava mais ainda e buscava mais proximidade da naturista, aparentemente aquele era um assunto sensível para a pequena rena. - Desculpa, não precisa ficar triste assim, tudo vai ficar bem. - sugeria a jovem enquanto olhava ao seu redor buscando alguma solução para o problema.

Enquanto refletia um pouco sobre oque faria com aquele Pokémon, Eevee e Pristine Wooper um pouco mais empáticos se aproximavam da rena, tentando acalmá-la fazendo caretas e brincando. O monstrinho olhava curioso para aquela dupla e inclinava a cabeça tentando entender o comportamento repentino, porém de certa forma ele estava se entretendo com aquele pequeno teatro. Percebendo que não haveria outro modo de devolver a rena, a naturista tinha uma grande ideia. - Olha, eu irei visitar o Papai Noel em breve, oque acha de ficar comigo? estará em segurança até chegarmos lá. - sugeria a jovem enquanto mostrava um pequeno sino que havia recebido dos Stantler durante sua visita ao local mágico.

Percebendo que a jovem conhecia o Papai Noel, o monstrinho prontamente concordava com a cabeça, assim permitindo-se ser capturado por uma Premier Ball. Ao capturar com sucesso a criatura, Ayla voltará para perto do trenó abatido, conseguindo pegar alguns itens que haviam sido derrubados pelo impacto. A naturista pegava uma White Apricorn, uma Christmas Coin e uma Police Coin, assim como também coletava uma Snowball e uma Fairy Gem. - Esse trenó não tinha tanto presente, talvez era um trenó de treinamento. - cogitava a jovem ao perceber que uma rena pequena e inexperiente como aquela que recém havia capturado não poderia puxar o trenó do Papai Noel.

Depois de coletar todos os recursos do trenó, a naturista usava do frasco vazio de poção que recém havia usado para coletar o Pristine Gel de sua axolote, assim conseguindo um pouco mais daquela substância rara e adocicada. Com toda coleta feita, a pesquisadora voltava para a Vila Natal e resolvia tentar acalmar a todos que aguardavam ansiosamente por respostas. A menina falava que não tinha com oque se preocupar e que a polícia cuidaria da zona de impacto, desta forma a jovem usava seu Rotom Phone e entrava em contato com a delegacia de Kiloude City, passando informações sobre o trenó e pedindo para que a zona fosse isolada, evitando qualquer acidente ou coisa similar.

Após fazer seu trabalho como policial, a jovem e seus monstrinhos voltavam para a Casa da Lareira, desta forma a menina se focava em terminar sua última Guirlanda e consequentemente encerrar seu longo dia de trabalho.

★ Inverno ★ ★ Dia ★

★ Observação ★:

★ Atualizações ★:

★ Time ★:

★ Off ★:

★ Outros ★:

Desde a noite que capturou Nacli, Amorina nunca mais ouviu nenhuma risada macabra em seus ouvidos, mas mesmo assim ela sempre buscou estar perto dos pais, imaginando que a aura protetiva deles iria imunizá-la de todo mal. Com as caminhadas em família pelas atrações múltiplas da Vila Natal, a adolescente criou em si uma vontade de possuir duas espécies que eram nativas do ambiente: Milcery e Alolan Vulpix. Dessa forma, a magnata sempre acabava puxando os pais para dentro da floresta de pinheiros, almejando encontrá-las.

- Querida, não acha que deveríamos continuar nas trilhas? Estamos quase na área leste e sabe que é perigosa - ponderou a mãe.
- Desculpa arrastar vocês pra isso. Se não estiverem confortáveis, podem me esperar na cabana. Prometo que retornarei.

Eva e Augusto trocavam olhares, mas não diziam nada, apenas encaixavam o braço no braço do outro e seguiram a filha. Quando estava prestes a chegar na área leste da cidade, notável pela aparição de árvores mais altas que se concentravam nos montes, Amorina suspirou de frustração quando viu estacas de gelo fincadas em todas as direções. Graças à seu tempo com os Ranger e funcionários da Casa da Lareira, ela sabia se tratar de uma Darmanitan bem mais velha, que atacava os viajantes que ameaçavam sua prole. Incapaz de continuar sob pena de receber uma notificação ambiental, ela fez silenciosamente o caminho de volta, apenas parando para recolher uma Snowball muito bem formada que encontrou perdida na trilha.

- Lamento que não tenha encontrado o que busca - disse Augusto ao se aproximar da filha. - Mas, as vezes, nós encontramos o que queremos apenas ao deixar que as coisas aconteçam de forma natural. Não force um encontro. Viva e verá a vida te surpreender.

Amorina erguia os músculos do rosto num falso sorriso, mas não enganava ninguém. Para se animar, ela foi até uma das cabana-restaurante na trilha principal, onde eles desfrutaram de uma deliciosa refeição degustativa com o rodízio que era ofertado. Aquilo animou a adolescente por pouco tempo, até que ela viu uma criança chegar com o creme flutuante - nomeadamente Milcery - flutuando ao seu lado e sentando na mesa exatamente na direção em que ela se encontrava. Naquela altura, a magnata já sentia nojo de si mesma por estar sendo tão birrenta e reclamona. "Delibird vai me colocar na lista dos maldosos" pensou.

- Vamos patinar? - disse ao tentar se animar com a proposta, fazendo os pais sorrirem.
- Mas é claro! - exclamou Eva, ainda mais feliz.

Assim a família Dourado aguardou um dos trenós de viagem rápida e chegaram bem mais rápido até o Lago Espelhado. O local estava cada vez mais cheio, principalmente nas margens das barraquinhas, pois tinha um aviso nos cartazes de que novas brincadeiras foram abertas. Mesmo assim, a coordenadora se limitou à dar a mão para os pais e começar a patinação. Augusto e Amorina ainda eram iniciantes na modalidade, por isso trepidavam frequentemente. Eva, por outro lado, parecia um cisne tamanho o domínio que tinha sob a lâmina que raspava no gelo, tentando auxiliar o máximo possível a aumentar a confiança deles.

- É tudo sobre equilíbrio e coragem. Mantenham a cabeça firme e o corpo leve, depois é só mexer as pernas lentamente até ganharem memória muscular - explicou a mulher.
- Te garanto que é mais fácil quando você fala - retrucou Augusto ao travar numa parte por ter fincado a lâmina no chão.

A coordenadora riu da situação, mas depois tentou seguir os conselhos da mãe. Confiando no processo, ela elevou o queixo e começou a mexer lentamente as pernas, começando a fazer voltas e curvas sem desequilibrar. A todo momento ela checava o ovo que estava dentro de sua jaqueta, tentando sempre não fazer nada brusco para prejudicá-lo. Mais desenvolta, ela teve a ousadia de ir até a outra parte do lago, mais próxima da área selvagem onde encontrou uma linda Deerling carregando flores e raízes na boca. Ao chegar próxima a uma pedra, ela colocou tudo num montinho de neve, ao menos era o que parecia, até se mover.

Amorina arregalou os olhos quando viu uma criaturinha feita de creme tão branco quanto a neve se erguer e sorrir ao que parecia ser sua parceira. Imediatamente ela mudou seu percurso, se aproximando da duplinha. Deerling ao notar o movimento se agachou para que Milcery subisse em suas costas e planejou correr para a floresta. Num movimento rápido, Litten se desprendeu da jaqueta da dona e interceptou a dupla com um sorriso maléfico.

- Ei! Tudo bem! - disse ao chegar na beira do lago e retirar o patins, tocando apenas com a meia na neve gélida. - Nós só queremos... ser amigos de vocês! - explicou lentamente, tentando agregar gestos para simbolizar sua ideia. - Não pretendemos ferir nin... AI! - gritou na sequência.

Amorina tinha afundado o pé num buraco escondido pela neve, sentindo o frio afetar imediatamente desde sua canela até pouco abaixo do joelho. Assustados pelos gritos, Deerling correu para dar uma investida na direção da coordenadora, mas desviou no último segundo e pulou na pista de gelo natural que estava formada. Com o creme faerico flutuante e o bambi nativo de regiões gélidas, eles teriam o conhecimento de campo como vantagem.

- Não devia ser uma batalha. Mas vamos lá... Solrock! - comandou ao libertar o meteorito solar, que fez o Lucky Egg orbitar sua área.

vs

- Flutuem para não comprometer a neve. Litten use Fire Fang e Solrock Flame Charge. Mirem em Deerling!

Sem problemas, o felino fazia sua magia o desprender do chão e acompanhava a flutuação de Solrock. Assim, o familiar avançou com as presas afiadas crepitando em chamas perigosas que mordiscavam o corpo da corça e causava graves danos. Milcery dava um choro desesperado, mas Deerling sacudia o corpo e utilizava as forças que tinha para deixar as pernas numa aura vermelho-escuro e golpear o felino, que também sofria com a efetividade do golpe (Double Kick).
Solrock então controlou melhor as chamas ao redor do corpo e se disparou como uma estrela cadente contra Deerling, fazendo-a desmaiar enquanto recebia mais agilidade em sua movimentação geral. Retaliando o maior causador de problemas, o creme-fada dispou um beijinho rosado que explodiu no rosto de Litten e retornou como uma esfera verde para Milcery (Draining Kiss).

- Sinto muito que as coisas tenham saído desse jeito pequena, mas prometo provar que somos bons - tentou se explicar, mas não adiantou pois Milcery chorava ao pé de sua parceira. - Nesse estado ela vai resistir à pokebola. Litten use Fire Fang e Solrock... Flare Blitz.

Os flamejantes se entreolhavam e formavam uma fila, com o felino liderando a mandíbula de fogo e Solrock vindo logo atrás como uma incontrolável bola de fogo. A explosão fazia as chamas se espalharem por diversos lados quando Milcery desmaiou, mas a camada do lago era grossa demais para ceder, criando apenas uma depressão. Antes que alguns funcionários se aproximassem demais, Amorina sacou a Great Ball e lançou em direção à dupla de selvagens. Ainda inconsolada e agora furiosa, Milcery se desvencilhava da esfera e desferia mais um beijinho contra o felino, absorvendo as energias que retornavam numa esfera esverdeada. No resguardo do aliado, Solrock emendou um Flame Charge por conta própria, devolvendo o desmaio da fadinha.

Batalha:

- Eu sinto muito - disse antes de sacar mais uma Great Ball e lançar contra a fadinha.

Dessa vez, sem resistência a criatura era sugada e a captura confirmada, atualizando todos os dados no RotomPhone da adolescente. No controle de danos, Eva e Augusto se aproximaram da filha, onde a mãe libertou Glaceon para que soprasse um vento frio que devolveu a aparência comum à pista quando os funcionários chegaram. Ao notarem que se tratava da coordenadora que auxiliou em diversas tarefas, eles deixaram de lado a multa e apenas ajudaram os pais da magnata a levá-la até uma ala hospitalar de emergência.

Amorina tinha mais sofrido um susto e ficado com a perna fria do que realmente se machucado, por isso depois de uma cãibra terrível e horas com a perna coberta na ala hospitalar, ela recebeu permissão para que retornasse para a cabana com a condição de não usar mais golpes flamejantes perto do lago congelado.

- Acho que Milcery não ficará feliz quando me rever - comentou cabisbaixa no trenó que os levava.
- Você é uma boa menina, Amorina. Com certeza conseguirá fazer as pazes com ela. Basta dar tempo para que se acostumem uma com a outra - explicou a mulher, consolando a filha num abraço lateral.

Com o questionamento de "Será que sou mesmo?", a adolescente sentiu algo mexer em sua barriga, tremendo pouco a pouco. Surpresa, ela abriu a jaqueta e viu o ovo completamente dourado. Imediatamente ela pediu para que o condutor os levasse até a Casa da Lareira, fazendo os Sawsbuck acelerarem o ritmo para chegarem a tempo. Chegando na construção comunitária, ela ignorou a leve dor que sentia pelos efeitos da cãibra anterior e correu até a enfermaria.

- Ele tá vivo! - exclamou a adolescente para a enfermeira.
- Que maravilha! Venha, vamos colocá-lo na incubadora.

Amorina e Joy assistiram animadas quando o aparelho da incubadora começou a detectar vida dentro do ovo. Segundo a enfermeira, ainda precisaria de algum tempo até ele eclodir, mas era um milagre de natal que tivesse revivido. Com isso em mente, a coordenadora agradeceu a confiança depositada nela para cuidar do ovo, mas achou melhor que dali em diante ele permanecesse nos cuidados da dócil Joy. Aproveitando da passagem, a magnata aguardou a recuperação das energias de Litten e Solrock, sendo espiada constantemente por Joy.

- Imagino que algo tenha acontecido para tomar essa decisão, mas irei respeitá-la. Você já foi um anjo reanimando ele - comentou a mulher, preocupada com a feição da coordenadora. - Aqui. Tome algumas Christmas Coin. Espero que seja o suficiente para te distrair do que te preocupa.

Com as moedas em mãos e as pokébolas dos aliados em mãos, Amorina recebeu um abraço de Joy e depois retornou ao encontro dos pais. Com as pernas cambaleantes pela diminuição da adrenalina, Augusto pegou a filha no colo e a levou de volta até a cabana da família. Quando chegaram lá, viram um pacote cromado de figurinhas junto com uma moeda próxima a porta. Ao abrir e notar que era uma figurinha repetida da recente troca com Ayla, Amorina apenas se acomodou na cama e ficou olhando o RotomPhone para se distrair.