Era até triste me acompanhar pelas ruas dessa cidade, mas Lopunny fazia o serviço. Novus tinha uma aura estranha. Sim, eu estava aprendendo a me comunicar através dos espíritos e toda forma, viva ou inata, tinha uma essência. Alguns chamam de memória, outras de alma. Seja lá o nome, tudo tem algo que pode ser lido pela via espiritual. O sensei de Alto Mare não parava de falar dessas coisas quando me ensinava a usar o Totem do Espírito. Sendo assim, passei a ficar mais sensível para essas coisas. Era engraçado para alguém que tem vergonha ou medo de ser visto fazendo paganismo.
Depois das compras, sentamos um pouco no parque da praça central. Eu realmente achei que gastar dinheiro fosse me animar, mas tinha algo faltando. Eu não sei... Não me sentia satisfeito, mesmo tendo conquistado tantas coisas em tão pouco tempo. Meu foco e dedicação eram invejados por muitos, mas não ligava tanto assim para opinião pública. Claro, até porque é impossível ler tudo o que escrevem. Ainda assim, me sentia estranho comigo mesmo.
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Será que não foi ambicioso demais desafiar minha família só para fazer minhas vontades? - Questionava ao vento, depois me voltando para a boneca negra.
Estávamos sentados na grama, à sombra de uma bela árvore com suas folhas bem verdes. Em breve estariam amarelando com o passar da estação. Algumas já ameaçavam a cair.
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Sinto uma vontade imensa de chorar. Como se tudo isso não passasse de birra pra não seguir os costumes e tradições. - Meu peito também estava apertado. A boneca sentia isso e tentava me mandar próximo, colocando minha cabeça em seu colo. Algumas lágrimas escorriam no rosto. -
Eu não quero parecer ingrato. Sinto que meus ancestrais devem se envergonhar de eu ter herdado esse poder e ainda assim querer destruir todo um legado.Estava agora afogado em lágrimas com o rosto colado no pano das pernas da coelha vodu. Sentia suas garras afiadas gentilmente entre as madeixas de meus cabelos. Ela cantarolava uma canção. Era calma. Parecia com sons de ninar. Ah, claro! Ela foi a boneca de uma criança, um dia. Será que a ninaram com essa canção e ela guardava na lembrança? Não tenho como saber sem tocar num lugar que não era meu direito. Apenas parei de chorar para ouvir melhor. Aquilo era bom. Me acalmava o coração. Lopunny era gentil e carinhosa. Me tratava muito bem, mesmo depois dos atritos no nosso início de jornada.
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Obrigado, meu amor - disse, abraçando-a.
Não fez o sentimento ruim ir embora, mas amenizou a dor no meu coração. O acúmulo era pesado demais para se carregar só. Por isso confiava no meu time como melhores amigos pra sempre. Nisso, tinha algo nas minhas pernas que ainda não tinha percebido. Era uma ave. Um patinho. Ducklett, era seu nome. Ele estava dormindo encima de mim. Deve ter chegado perto quando eu estava imóvel e Lopunny cantarolando e se sentiu convidado a se juntar a nós. Foi um gesto bem fofo, aliás. Fiquei até imaginando se ele não gostaria de nos acompanhar. Momentos assim eram poucos, mas sempre que tínhamos... era especial.
Estava decidido. O pequeno Ducklett agora fazia parte da família. Pegava uma Premier Ball e o colocava para dormir dentro dela. Talvez já fosse hora de ir embora. Apenas fiz alguns ajustes na plantação e dei alguns doces para Lopunny ter mais confiança nas coisas legais que pode fazer.
- Colher 4 Rabuta Berry
- Plantar 1 Rabuta Berry
- Usou 1 Occa [04] e 1 Shuca [04] para produzir 1 pokeblock +3 cool [30] +3 cute[27] e deu para Lopunny
- Usou 3 Pecha [00] para produzir 1 pokeblock +3 cute [30] e deu para Lopunny
- Recolhendo Ducklett de Natal 2022
- Lopunny ganhou 15 de felicidade pelo momento fofo